Tendências atuais no estudo de Gênesis 12–25

SONEK, K. The Abraham Narratives in Genesis 12–25. Currents in Biblical Research, Volume 17, Issue 2, February 2019, p. 158-183.

Este artigo tenta traçar o desenvolvimento da exegese de Gênesis 12–25 em trabalhos acadêmicos publicados desde o ano 2000. Gênesis 12-25 traz as narrativas sobre Abraão e sua família.

Cinco tipos de estudos são apresentados e brevemente avaliados:
1. Comentários sobre as perícopes bíblicas em questão
2. Obras que discutem a formação histórica das narrativas de Abraão
3. Estudos sincrônicos e teológicos
4. Estudos de recepção do texto
5. Outros estudos detalhados de Gênesis 12–25.

O artigo apresenta uma ampla gama de abordagens metodológicas e visa delinear as tendências atuais no estudo de Gênesis 12–25

Currents in Biblical Research, Volume 17, Issue 2, February 2019

Genesis 12–25, which relates the call, journeys, and life of Abraham and his family, continues to inspire and puzzle readers. Some of its stories have long been a source of controversy. Some have given rise to a variety of academic questions. Modern readers wrangle over the meaning of these ancient narratives. They investigate their historical formation, literal sense, and subsequent interpretation (…) Abraham is a figure of national, historical, and theological importance. His story has given rise to a vast array of scholarly works. This article looks at some of those works with a view to outlining the current state and future development of research related to the Abraham narratives.

The academic literature on Genesis 12–25 exceeds the possible limits for a concise survey, and a presentation of recent works in this field can no longer be comprehensive. In a sense, the real question is about the scholarly works that have to be excluded from the survey. Many important studies on the Abraham narratives, both short and lengthy, could not be taken into consideration in this review. However, an interested reader will find them in the bibliographies of the books and articles presented below. For this reason, the present survey does not attempt to be comprehensive, but only representative.

This article attempts to trace the development of exegesis of Genesis 12–25 in scholarly works published since 2000. Five types of studies are introduced and briefly evaluated: (1) commentaries on the biblical pericopes in question; (2) works discussing the historical formation of the Abraham narratives; (3) synchronic and theological studies; (4) reception studies; and (5) other detailed studies of Genesis 12–25. The article presents a wide range of methodological approaches, and aims to delineate current trends in the study of Genesis 12–25.

Kris Sonek: Department of Biblical Studies, Catholic Theological College, University of Divinity, East Melbourne, Victoria, Australia.

Eu sou Assurbanípal: exposição no Museu Britânico

I am Ashurbanipal is at the British Museum, London, from 8 November 2018 to 24 February 2019.

Assurbanípal, rei da Assíria (668-627 a.C.)

King Ashurbanipal of Assyria (r. 669–c. 631 BC) was the most powerful man on earth. He described himself in inscriptions as ‘king of the world’, and his reign from the city of Nineveh (now in northern Iraq) marked the high point of the Assyrian empire, which stretched from the shores of the eastern Mediterranean to the mountains of western Iran (…) This major exhibition tells the story of Ashurbanipal through the British Museum’s unparalleled collection of Assyrian treasures and rare loans. Step into Ashurbanipal’s world through displays that evoke the splendour of his palace, with its spectacular sculptures, sumptuous furnishings and exotic gardens. Marvel at the workings of Ashurbanipal’s great library, the first in the world to be created with the ambition of housing all knowledge under one roof. Come face to face with one of history’s greatest forgotten kings.

:: Leia sobre Assurbanípal aqui, aqui e aqui.

:: Leia sobre a exposição:

I Am Ashurbanipal at the British Museum – Cathleen Chopra-McGowan – Bible History Daily: 01/30/2019

‘Some of the most appalling images ever created’ – I Am Ashurbanipal review – Jonathan Jones – The Guardian: Tue 6 Nov 2018

Fundamentalismo como parte das estratégias teopolíticas atuais

A identidade fundamentalista é uma identidade ameaçada, amedrontada, cheia de incertezas e, por isso, uma identidade que reage agressivamente. É uma identidade que não tem consciência de si mesma, mas se define pela delimitação ou negação de inimigos reais ou supostos (J. Moltmann).

No artigo Fundamentalismo e modernidade, publicado na revista Concilium, v. 241, n. 3, Petrópolis, 1992, o conhecido teólogo J. Moltmann escreve nas p. 142-143:

Os fundamentalistas não reagem às crises do mundo moderno, mas às crises que o mundo moderno provoca em sua comunidade de fé e em suas convicções básicas. A convicção de fé se baseia na segurança da autoridade divina. Nas assim chamadas Religiões do Livro, é a autoridade divina do documento da revelação: a palavra de Deus é, como o próprio Deus, sem erro e infalível (…) As ciências históricas e empíricas do mundo moderno são reconhecidas enquanto concordarem com [o documento divino da revelação], mas são rejeitadas se questionarem esta autoridade intemporal (…) O documento divino da revelação não pode estar sujeito à interpretação humana mas, ao contrário, a interpretação humana deve estar sujeita ao documento divino da revelação. O fundamentalismo exclui todo juízo racional sobre a condicionalidade histórica de sua origem e sobre a diferença hermenêutica em relação às condições mudadas do presente. O conteúdo de verdade do documento da revelação é intemporal e não precisa ser constantemente explicado ou atualizado, mas apenas conservado intocável. O fundamentalismo baseado na revelação não argumenta, apenas afirma. Não pede compreensão, mas sujeição. Não se trata absolutamente de um problema hermenêutico mas de uma luta pelo poder: ou a palavra de Deus ou o ‘espírito da época’. O fundamentalismo também não é um fenômeno de retirada ou de defesa, mas de avanço sobre o mundo moderno para dominá-lo. Faz parte das várias estratégias teopolíticas atuais…

Descobertas arqueológicas importantes para entender a Bíblia

Vale pelas listas. Entretanto, o enfoque, arqueologia bíblica, precisa ser filtrado. Além do que, listas de “10 mais” raramente escapam da subjetividade.

Como observou Jim Davila, em 30 de janeiro de 2019, no post Top ten archaeological discoveries relating to Hebrew Bible? “Overall this is a pretty good list, although I do not endorse some of the interpretations put on the finds” [No geral, esta é uma boa lista, embora eu não apoie algumas das interpretações dadas aos achados arqueológicos].

Pois:

A ‘História de Israel’ está mudando. O consenso foi rompido. A paráfrase racionalista do texto bíblico que constituía a base dos manuais de ‘História de Israel’ não é mais aceita. A sequência patriarcas, José do Egito, escravidão, êxodo, conquista da terra, confederação tribal, império davídico-salomônico, divisão entre norte e sul, exílio e volta para a terra está despedaçada. O uso dos textos bíblicos como fonte para a ‘História de Israel’ é questionado por muitos. A arqueologia ampliou suas perspectivas e falar de ‘arqueologia bíblica’ hoje é proibido: existe uma ‘arqueologia da Palestina’, ou uma ‘arqueologia da Síria/Palestina’ ou mesmo uma ‘arqueologia do Levante’ (SILVA, A. J. A História de Israel no debate atual – Última atualização: 24.10.2018).

:: Top Ten Discoveries in Biblical Archaeology Relating to the Old Testament – By Windlebry: Bible Archaeology Report – January 12, 2019

Crônica Babilônica que menciona a tomada de Jerusalém em 597 a.C.

:: Top Ten Discoveries in Biblical Archaeology Relating to the New Testament – By Windlebry: Bible Archaeology Report – January 19, 2019

TIBERIEVM PON]TIVS PILATVS PRAEF]ECTUS IVDA[EA]E - Inscrição de Cesareia - Museu de Israel, Jerusalém


Leia Mais:
Arqueologia no Observatório Bíblico

Literatura Profética II 2019

A Literatura Profética II é continuação da Literatura Profética I. A carga horária semanal é de 2 horas, no segundo semestre do segundo ano de Teologia.

Ementa
A disciplina aborda os profetas mais significativos de Israel desde o final do reino de Judá até a reconstrução pós-exílica na época persa. Cada um é tratado no seu contexto, nas características de sua atuação e textos escolhidos são lidos.

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. Jeremias
2. Ezequiel
3. Dêutero-Isaías (Is 40-55)
4. Ageu
5. Zacarias 1-8
6. Trito-Isaías (Is 56-66)

IV. Bibliografia
Básica
MESTERS, C. O profeta Jeremias: um homem apaixonado. São Paulo: Paulus/CEBI, 2016.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DÍAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, vol. I: 2004 [3. reimpressão: 2018]; vol. II: 2002 [4. reimpressão: 2015].

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao profetismo bíblico. Petrópolis: Vozes, 2016.

Complementar
CROATO, J. S. et al. Os livros Proféticos: a voz dos profetas e suas releituras. RIBLA, Petrópolis, n. 35/36, 2000/1/2.

DA SILVA, A. J. Arrancar e destruir, construir e plantar. A vocação de Jeremias. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 15, p. 11-22, 1987.

DA SILVA, A. J. Nascido Profeta: a vocação de Jeremias. São Paulo: Paulus, 1992.

DA SILVA, A. J. O discurso de Jeremias contra o Templo. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 129, p. 85-96, 2016. Artigo na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização:  28.07.2016.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Jeremias. Texto na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 23.01.2017.

DA SILVA, A. J. Superando obstáculos nas leituras de Jeremias. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 107, p. 50-62, 2010.

DA SILVA, A. J. Vale a pena ler os profetas hoje? Artigo na Airton’s Biblical Page. Última atualização: 22.08.2015.

GAMELEIRA SOARES, S. A. et al. Profetas ontem e hoje. 3. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 4, 1987.

HAUSER, A. J. (ed.) Recent Research on the Major Prophets. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, 2008. Disponível online.

REIMER, H. et al. Segundo Isaías: Is 40-55. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 89, 2006.

SCHWANTES, M. et al. Profetas e profecias: novas leituras. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 73, 2002.

WILSON, R. R. Profecia e Sociedade no Antigo Israel. 2. ed. revista. São Paulo: Targumim/Paulus, 2006.

Leia Mais:
Preparando meus programas de aula de 2019
História de Israel I 2019
História de Israel II 2019
Hebraico Bíblico 2019
Pentateuco 2019
Literatura Deuteronomista 2019
Literatura Profética I 2019

Literatura Profética I 2019

Abordarei agora a Literatura Profética I, que é estudada no primeiro semestre do segundo ano de Teologia, com carga horária semanal de 2 horas. A Literatura Profética I trabalha, além de questões globais do profetismo, uma seleção de textos dos profetas do século VIII a.C. O texto que orienta a maior parte do estudo é o meu livro A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. Os profetas dos séculos seguintes são estudados na Literatura Profética II, que vem logo no semestre seguinte.

I. Ementa
A disciplina apresenta, como ponto de partida, uma discussão sobre as origens, o teor e os limites do discurso profético israelita. Busca compreender a necessidade da profecia como resultado da ruptura provocada pelo surgimento do Estado monárquico que pressiona as tradicionais estruturas tribais de solidariedade. Aborda, em seguida, os profetas do século VIII a.C.: Amós, Oseias, Isaías 1-39 e Miqueias. Cada um é tratado no seu contexto, nas características de sua atuação e textos escolhidos são lidos. Procura-se identificar em cada um deles a sua função de crítica e de oposição ao absolutismo do Estado classista, em nome da fé em Iahweh, que exige um posicionamento solidário em favor dos mais fracos.

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas do século VIII a.C. com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. A origem do movimento profético em Israel
2. O teor do discurso profético
3. Os profetas do século VIII a.C.
3.1. Amós
3.2. Oseias
3.3. Isaías 1-39
3.4. Miqueias

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998. Disponível online, em formato pdf, e atualizado em 2011.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DÍAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, vol. I: 2004 [3. reimpressão: 2018]; vol. II: 2002 [4. reimpressão: 2015].

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao profetismo bíblico. Petrópolis: Vozes, 2016.

Complementar
CROATO, J. S. et al. Os livros Proféticos: a voz dos profetas e suas releituras. RIBLA, Petrópolis, n. 35/36, 2000/1/2. RIBLA está online, em espanhol.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Amós. Texto na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 23.01.2017.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Isaías. Texto na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 23.01.2017.

DA SILVA, A. J. Vale a pena ler os profetas hoje? Artigo na Airton’s Biblical Page. Última atualização: 22.08.2015.

GAMELEIRA SOARES, S. A. et al. Profetas ontem e hoje. 3. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 4, 1987.

HAUSER, A. J. (ed.) Recent Research on the Major Prophets. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, 2008. Disponível online.

SCHWANTES, M. A terra não pode suportar suas palavras“ (Am 7,10): reflexão e estudo sobre Amós. São Paulo: Paulinas, 2012.

SCHWANTES, M. et al. Profetas e profecias: novas leituras. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 73, 2002.

SICRE, J. L. Com os pobres da terra: a justiça social nos profetas de Israel. São Paulo: Academia Cristã/Paulus, 2011.

WILSON, R. R. Profecia e Sociedade no Antigo Israel. 2. ed. revista. São Paulo: Targumim/Paulus, 2006.

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Pentateuco 2019
Literatura Deuteronomista 2019
Literatura Profética II 2019

Literatura Deuteronomista 2019

Lecionar Literatura Deuteronomista é um desafio e tanto. Enquanto as questões da formação do Pentateuco são discutidas há séculos, a noção da existência de uma Obra Histórica Deuteronomista (= OHDtr) só foi formulada muito recentemente, como se pode ver aqui.

Além disso, há dois problemas com a disciplina: carga horária exígua para estudar textos de livros tão complexos como, por exemplo, Josué ou Juízes – a disciplina tem apenas 2 horas semanais durante o primeiro semestre do segundo ano de Teologia – e uma bibliografia ainda insuficiente em português. Há excelente debate acadêmico hoje, contudo está em inglês e alemão, principalmente.

Para completar, prefiro estudar o livro do Deuteronômio aqui e não no Pentateuco, também por duas razões: a disciplina Pentateuco já é por demais sobrecarregada e o Deuteronômio é a chave que abre o significado da OHDtr. Por isso, ele faz muito sentido aqui.

Por outro lado, há uma integração muito grande da Literatura Deuteronomista com três outras disciplinas bíblicas: com a História de Israel, naturalmente; com a Literatura Profética, irmã gêmea; com o Pentateuco, através do elo deuteronômico.

I. Ementa
A Obra Histórica Deuteronomista (OHDtr) tentará responder aos desafios do presente repensando o passado no final da monarquia e na situação de exílio e pós-exílio. Faz isso percorrendo toda a história da ocupação da terra, desde as vésperas da entrada em Canaã até a derrocada final da monarquia em Israel e Judá.

II. Objetivos
Pesquisar a arquitetura, as ideias basilares e a teologia da Literatura Deuteronomista como uma obra globalizante, e de cada um de seus livros, a fim de dar fundamentos para sua interpretação e atualização.

III. Conteúdo Programático

1. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista
2. O Deuteronômio
3. O livro de Josué
4. O livro dos Juízes
5. Os livros de Samuel
6. Os livros dos Reis

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista. Artigo na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 14.01.2019.

RÖMER, T.  A chamada história deuteronomista: Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, 2008.

SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014.

Complementar
DA SILVA, A. J. et al. Obra História Deuteronomista. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, 2005.

DA SILVA, A. J. Bibliografia comentada sobre a OHDtr. Observatório Bíblico: 24 de fevereiro de 2007.

DA SILVA, A. J. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, p. 11-27, 2005.

FARIA, J. de Freitas (org.) História de Israel e as pesquisas mais recentes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: A nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018.

GONZAGA DO PRADO, J. L. A invasão/ocupação da terra em Josué: Duas leituras diferentes. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, p. 28-36, 2005.

JACOBS, M. R.; PERSON, R. F. Jr. (eds.) Israelite Prophecy and the Deuteronomistic History: Portrait, Reality, and the Formation of a History. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2013. Disponível online.

PERSON, R. F. Jr. The Deuteronomic School: History, Social Setting and Literature. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2002. Disponível online.

STORNIOLO, I. Como ler o livro do Deuteronômio: escolher a vida ou a morte. 5. ed. São Paulo: Paulus, 1997.

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Pentateuco 2019

A disciplina Pentateuco é estudada no segundo semestre do primeiro ano, com carga horária de 4 horas semanais. Há uma profunda crise nesta área de estudos, muito semelhante à crise da História de Israel. A teoria clássica das fontes JEDP do Pentateuco, elaborada no século XIX por Hupfeld, Kuenen, Reuss, Graf e, especialmente, Wellhausen, vem sofrendo, desde meados da década de 70 do século XX, sérios abalos, de forma que hoje muitos pesquisadores consideram impossível assumir, sem mais, este modelo como ponto de partida. O consenso wellhauseniano foi rompido, contudo, ainda não se conseguiu um novo consenso e muitas são as propostas hoje existentes para explicar a origem e a formação do Pentateuco.

I. Ementa
Oferece ao aluno um panorama da pesquisa exegética na área da formação e composição dos cinco primeiros livros da Bíblia e estuda os seus principais textos.

II. Objetivos
Familiariza o aluno com as tradições históricas de Israel e com as mais recentes pesquisas na área do Pentateuco para que o uso do texto na prática pastoral possa ser feito de forma consciente.

III. Conteúdo Programático
1. Novos paradigmas no estudo do Pentateuco

2. O Decálogo: Ex 20,1-17 e Dt 5,6-21

3. A criação: Gn 1,1-2,4a e Gn 2,4b-25

4. O pecado em quatro quadros: Gn 3,1-24

5. O dilúvio: Gn 6,5-9,19

6. A cidade e a torre de Babel: Gn 11,1-9

7. As tradições patriarcais: Gn 11,27-37,1

8. O êxodo do Egito: Ex 1-15

IV. Bibliografia
Básica
MESTERS, C. Paraíso terrestre: saudade ou esperança? 20. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SCHWANTES, M. Projetos de esperança: meditações sobre Gênesis 1-11. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.

SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014.

Complementar
BOUZON, E. O Código de Hammurabi. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

BRANDÃO, J. L. Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

DA SILVA, A. J. Histórias de criação e dilúvio na antiga Mesopotâmia. Artigo na Ayrton’s Biblical Page, 2018.

DA SILVA, A. J. O pentateuco e a história de Israel. In: Teologia na pós-modernidade: abordagens epistemológica, sistemática e teórico-prática. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 173-215.

DA SILVA, A. J. Pequena bibliografia sobre o Livro do Êxodo, o Pentateuco e o Êxodo do Egito. Observatório Bíblico: 19 de julho de 2011.

DOZEMAN, T. B.; SCHMID, K. (eds.) A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2006. Disponível online.

DOZEMAN, T. B.; RÖMER, T.; SCHMID, K. (eds.) Pentateuch, Hexateuch, or Enneateuch? Identifying Literary Works in Genesis through Kings. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2011. Disponível online.

GARCÍA LÓPEZ, F. O Pentateuco.  2. ed. São Paulo: Ave-Maria, 2004.

GRUEN, W. et al. Os dez mandamentos: várias leituras. 2. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 9, 1987.

SCHWANTES, M. et al. A memória popular do êxodo. 2. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 16, 1996.

SCHWANTES, M. et al. Pentateuco. RIBLA, Petrópolis/São Leopoldo, n. 23, 1996/1.

SKA, J.-L. O canteiro do Pentateuco: problemas de composição e de interpretação/aspectos literários e teológicos. São Paulo: Paulinas, 2016.

STORNIOLO, I. Mandamentos, ontem e hoje (Entrevista com Pe. Ivo Storniolo). Vida Pastoral, São Paulo, n. 149 , p. 27-29, nov./dez. 1989. Disponível online.

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Hebraico Bíblico 2019

O curso de Hebraico Bíblico compreende apenas 30 horas no primeiro semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download ou acesso online na Ayrton’s Biblical Page > Noções de Hebraico Bíblico.

I. Ementa
Introdução elementar à língua hebraica bíblica, que parte de um texto específico, Gn 1,1-8, e trabalha com os elementos de ortoépia (pronúncia normal e correta dos sons), ortografia (escrita correta das palavras) e etimologia (formação das palavras e suas flexões) encontrados neste pequeno trecho. O método escolhido foi o de ouvir, ler e escrever a língua hebraica.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico, para se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso o cantor.

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Estão disponíveis, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia, a transliteração e a análise do texto. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se a vogal é breve ou longa e se o seu som é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é mais complexa e tem que ser detalhada.

3. Escrever
Nesta seção é possível aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto. Há sugestões de gramáticas e dicionários na bibliografia. E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Revisto e atualizado em 14.01.2019. Brodowski, 2001.

BUSHELL, M. BibleWorks 10. Norfolk, VA: BibleWorks, 2015.

Complementar
DA SILVA, A. J. Recursos para aprender hebraico – Na Play Store (Android) e no YouTube. Observatório Bíblico – 29 de julho de 2018.

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, [1967/1977], 1997.  A BHS está disponível também online ou para download gratuito.

FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010.

KIRST, N. et alii Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português. 31. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2016.

LAMBDIN, T. O. Gramática do Hebraico Bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2016].

MENDES, P. Noções de Hebraico Bíblico. Texto Programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010.

SCHÖKEL, L. A. Dicionário Bíblico Hebraico-Português. São Paulo: Paulus, 1997 [6. reimpressão: 2018].

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