SOTER 2023: A Amazônia e o futuro da humanidade

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 35º Congresso Anual terá como tema A Amazônia e o futuro da humanidade: povos originários, cuidado integral e questões ecossociais e será realizado no campus Coração Eucarístico da PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 11 a 14 de julho de 2023.

SOTER 2023: A Amazônia e o futuro da humanidade: povos originários, cuidado integral e questões ecossociais

Formato híbrido:
Presencial: Auditório João Paulo II – PUC Minas
Online: As transmissões serão realizadas pelo site do Congresso da SOTER – A transmissão online será exclusiva aos participantes inscritos.

A proposta do Congresso visa trazer mais luz, profundidade e densidade epistemológica, para os debates e produções de conhecimento sobre a importância singular da Amazônia no sistema vida e em nosso planeta. Mas também sobre a nossa responsabilidade enquanto Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – SOTER. Acreditamos que, ao refletir sobre as diversas questões ecossociais e o futuro da humanidade implicadas neste complexo ecossistema escolhido como tema central, ampliará, enriquecerá e aprofundará a nossa compreensão, por um lado, sobre a diversidade de culturas, de crenças, de éticas e ecoéticas, de paradigmas e modelos de desenvolvimento, mas também, por outro, de nossa identidade e missão enquanto pesquisadoras/es e cientistas da Área Ciências da Religião e Teologia.

Como parte integrante desse imenso objeto de estudos, a Amazônia, podemos mencionar, primeiramente, a necessária discussão, tão presente no pensamento decolonial, sobre a situação dos nossos povos originários, com a diversidade de suas culturas, a riqueza de suas tradições de sabedoria, o necessário reconhecimento de seus direitos fundamentais, o respeito a que estes povos merecem, como interlocutores e parceiros, membros da mesma humanidade, e as graves e recorrentes ameaças a que estão sistematicamente submetidos.

Em segundo lugar, importa enfatizar, o tema da ameaça climática, pois, temos testemunhado, sistematicamente, o descaso da população, das religiões e dos governos, com as suas organizações e instituições, diante do desmatamento, das queimadas e da degradação ambiental, de modo especial, do bioma amazônico. A perseguição e assassinato dos ativistas ambientais e dos direitos humanos em nosso país, a invasão e exploração de terras indígenas e áreas de proteção ambiental, os garimpos e minerações ilegais e irresponsáveis, o sucateamento dos órgãos de fiscalização, a flexibilização da legislação ambiental e a impunidade dos crescentes crimes ambientais e dos assassinatos de lideranças indígenas e ativistas, comprovam a gravidade, a necessidade e urgência de mudanças.

Em terceiro lugar, mencionamos a relevância do que os estudos das ciências humanas denominam como “ecologia integral” e o que, especificamente, a ecoteologia, na mesma direção, compreende como “o necessário cuidado de nossa casa comum”. O tema da ecologia, sem qualquer vanguardismo, urge ser acolhido e levado a sério por todos nós, enquanto conteúdo transversal irrenunciável, em nossas pesquisas, análises, debates, produções de conhecimento e ações. Não assumir a tarefa posta pela ecologia hoje significa, de certa maneira, cair em negacionismos inférteis ou mesmo trair a consciência que temos de nosso tempo. E isso é grave, pois, nas palavras do poeta alemão Goethe, “Quem, de três milênios, não é capaz de se dar conta, vive na ignorância, na sombra, à mercê dos dias, do tempo.”

Dentre muitos outros fatores aqui não mencionados, estes não podem ser olvidados. A situação do ecossistema amazônico, com seu frágil equilíbrio tão ameaçado, foi agravada nos últimos anos em nosso país. Os diagnósticos dos especialistas apontam para tempos cada vez mais sombrios, alguns falam de ponto crítico ultrapassado, outros até de irreversibilidade na sua recuperação, tamanho grau de destruição já encetado, realidade que coloca em risco não apenas a Amazônia em si, enquanto região específica, mas todo o sistema vida e, portanto, a vida humana.

No entanto, se por um lado a vida tem os seus ardis e revela uma capacidade surpreendente de reação e resistência, diante de suas agressões e de seus agressores, por outro, o próprio ser humano também, ainda que de forma ambivalente e muitas vezes revelar-se apequenado e mesquinho, revela igualmente uma capacidade extraordinária de colocar a sua inteligência a serviço da vida, de produzir conhecimentos e transformá-los em técnicas e tecnologias, que fizeram e fazem a diferença em mudanças urgentes e necessárias. Já foi capaz de ser sensivelmente solidário e superar situações trágicas, de recuperar áreas altamente degradadas, de salvar rios tidos como mortos ou espécies condenadas a extinção, de engendrar soluções para realidades tidas como sem solução. Será que nosso esperançar tem consistência e fecundidade criativa para sonharmos com uma Amazônia que proteja a vida e a diversidade cultural e religiosa e que devolva seus traços originários? Esperançamos uma Amazônia que integre e promova todos os seus habitantes, para poderem consolidar o “bem viver”.

Os 60 anos do Vaticano II

Concílio Ecumênico Vaticano II – 60 anos: profecia para o terceiro milênio e a vida da Igreja

Nesta terça-feira, 11/10/2022, celebram-se os 60 anos do início do Concílio Vaticano IIConcílio Vaticano II (11 de outubro de 1962 – 8 de dezembro de 1965)

“Isto é magistério: o Concílio é magistério da Igreja. Ou você está com a Igreja e portanto segue o Concílio, ou, se você não segue o Concílio ou o interpreta ao seu modo, como quiser, você não está com a Igreja. Nesse ponto, temos que ser exigentes, severos. O Concílio não deve ser negociado para ter mais destes… Não, o Concílio é assim! E este problema que nós estamos vivendo, da seletividade em relação ao Concílio, se repetiu ao longo da história com outros Concílios.”

Foi com essas palavras que o Papa Francisco reafirmou o Concílio Vaticano II, em discurso proferido no Escritório Catequético Nacional da Conferência Episcopal Italiana, em 29 de janeiro de 2021.

Leia o texto.

Fonte: IHU – 11 Outubro 2022

SOTER 2022: Religiões e projetos de Brasil nos 200 anos de Independência

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 34º Congresso Anual terá como tema Religiões e projetos de Brasil nos 200 anos de Independência e será realizado no campus Coração Eucarístico da PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 11 a 15 de julho de 2022.

O dia 11 será destinado a reuniões e preparação, com a abertura do evento marcada para o dia 12 de julho.

O Congresso de 2022 será realizado de forma híbrida. Neste formato teremos atividades 100% presenciais, 100% virtuais e simultâneas (presenciais e virtuais ao mesmo tempo). Neste formato, a preparação e realização do congresso estão sendo pensadas de maneira a atender todas as exigências sanitárias e orientações da universidade para este momento.

A dinâmica do congresso: as conferências e painéis terão formato híbrido (presencial e online), GTs e FTs serão 100% on-line. Outras atividades poderão ser 100% presenciais.

A Igreja do futuro

A Igreja do futuro? No meio das pessoas

Num mundo sem horizonte transcendente, a evidente crise da Igreja do Ocidente não deve ser considerada de forma matemática (declínio demográfico, curva das práticas religiosas, diminuição dos padres…). Segundo o teólogo canadense Gilles Routhier – convidado da Faculdade de Teologia do Trivêneto – o futuro da Igreja passa por se tornar um sinal no meio das pessoas: uma Igreja que se mistura com a vida de homens, mulheres e crianças.

A reportagem é de Paola Zampieri, publicada por Settimana News, 11-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Gilles RouthierQue futuro para as igrejas do Ocidente? Como “reinventar” a antiga Igreja, em um contexto cada vez mais global: esse é o tema sobre o qual o teólogo Gilles Routhier (professor titular da Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas da Université Laval – Québec, Canadá, onde leciona eclesiologia e teologia prática) discursou na Faculdade de Teologia do Trivêneto no âmbito do curso de teologia pastoral do prof. Andrea Toniolo.

“Estamos perante a necessidade de elaborar, num tempo radicalmente novo, uma figura inédita da Igreja – começou -. Isso é fazer um ato de tradição, ou seja, expressar o que recebemos de novas formas. Não se trata de ‘reinventar a antiga Igreja’, mas de expressar o Evangelho, que recebido do Espírito, institui a Igreja em novas formas e dá uma nova figura ao Cristianismo.”

A operação não é simples de realizar e o tornar-se cada vez mais global da Igreja representa um desafio particular.

Gilles Routhier faz referência à Igreja de Québec, que hoje vive no contexto do que Charles Taylor chama de terceira secularização, ou seja, em um mundo onde Deus não faz mais parte do horizonte da vida e do discurso dos homens: “Nós nos contentamos com um mundo sem horizonte transcendente no qual se nasce, se vive e se morre sem abertura para o infinito. É o traço da cultura que, na minha opinião, determina a situação atual”, afirma o teólogo canadense.

Existe uma figura de Igreja que passa, que cai em ruína por divisões, clericalismo, falta de lucidez e determinação para realizar verdadeiras e autênticas conversões, abusos (autoritarismo, pedocriminalidade, abusos espirituais e financeiros …). A pandemia tem sua parte, mas não se pode atribuir-lhe a totalidade do atual desmantelamento.

 

Uma Igreja marginalizada

Sancionar o fim dessa figura de Igreja e renunciar à sua restauração é o passo necessário para pensar a Igreja do futuro, que Routhier vê como “uma Igreja frágil e pobre, não por escolha, mas por fatalidade; uma Igreja despojada e sem posses, privada de seus bens (econômicos, financeiros e imobiliários), pobre em recursos pastorais, privada de sua influência e de seu poder. Como no caso dos pobres – continua ele – será marginalizada, não será mais convidada nos lugares de poder, não será mais ouvida na mídia, não será mais considerada nos livros de história, será ridicularizada por suas opiniões”. É nessa realidade, já às nossas portas, que devemos pensar.

Entre os recursos a que podemos recorrer para pensar a nova situação, Routhier aponta a figura evangélica do seviço, lembrando a Lumen gentium, n. 8 e a Ad gentes, n. 5. “Cristo não cessa, no decurso do seu ministério – explica -, de formar os seus discípulos para que adotem outra perspectiva; não uma visão de poder e domínio, mas uma perspectiva de serviço, de humildade, que inclui a marginalização, a perseguição, ser postos à morte. Só entenderão essa perspectiva depois de sua Páscoa”.

Ao lado disso, cita a experiência de monges trapistas na Argélia. “Despojada, esvaziada de qualquer pretensão de poder, a comunidade teve uma irradiação espiritual mais importante quando soube ser solidária com as pessoas atingidas pela crise: a comunidade não tinha outro papel senão o de ser um sinal, um sinal de comunhão e de reconciliação no meio das pessoas”.

 

Redefinir a Igreja: um projeto de conversão

Eis, pois, um ponto de partida para pensar a Igreja quando ela se torna marginal: ela deve se redefinir. “Essa reorientação – explica Routhier – não se concentrará mais sobre o quanto perde em número, em obras, em prestígio social, mas vai formular de maneira positiva um projeto: quem somos nós neste lugar? Para que somos chamados? O que podemos nos tornar? Se essas duas realidades – fazer número e ser sinal – forem confundidas, muitas vezes os projetos de evangelização resultam distorcidos. Não podemos pensar este futuro de forma matemática, com os olhos fixos nas evoluções demográficas, na curva das práticas religiosas e nas estatísticas do número de padres e membros”.

O projeto de se fazer sinal não pode ser empreendido como só o que sobra, mas deve ser abraçado voluntariamente, redescobrindo, como São Francisco, a alegria do Evangelho na pobreza. “Isto exige uma conversão – destaca – porque esse projeto pede que a Igreja desenvolva uma verdadeira solidariedade com o povo em que está inscrita”.

Essa solidariedade não consiste em dar algo, mas em viver com o outro. “Não se trata simplesmente de ser uma Igreja que doa, mantendo-se numa posição de superioridade, mas de tentar ser ‘uma Igreja pobre para os pobres’, segundo a expressão do Papa Francisco”. Portanto, é necessário focar em projetos em que se criem vínculos com as outras pessoas, ao invés de realizar obras que demandam muitos meios.

“Essa Igreja deixará de ser clerical – acrescenta – mas será formada por comunidades disseminadas: será uma ‘Igreja de vizinhança’, uma Igreja misturada, e não na margem, com a vida de homens, mulheres e crianças”. Isso supõe – como escreve o Papa Francisco em relação à paróquia – “que realmente esteja em contato com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração” (EG 28).

“Na minha opinião – conclui Routhier -, a Igreja do Québec tem futuro. Não na restauração do passado, mas no desenvolvimento de uma nova figura que represente um encontro fecundo do Evangelho na cultura.”

Fonte: IHU – 13 Dezembro 2021

 

La Chiesa del futuro? In mezzo alla gente

In un mondo senza orizzonte trascendente, l’evidente crisi della Chiesa d’Occidente non va considerata in modo matematico (calo demografico, curva delle pratiche religiose, diminuzione di preti…). Secondo il teologo canadese Gilles Routhier – ospite alla Facoltà teologica del Triveneto – il futuro della Chiesa passa attraverso il suo farsi segno in mezzo alla gente: una Chiesa mescolata con le vite degli uomini, delle donne e dei bambini.

Quale futuro delle chiese d’Occidente? Come “re-inventare” l’antica Chiesa, in un contesto sempre più mondiale: è il tema su cui il teologo Gilles Routhier (ordinario alla Facoltà di teologia e di scienze religiose dell’Université Laval – Québec, Canada, dove insegna ecclesiologia e teologia pratica) è intervenuto alla Facoltà teologica del Triveneto nell’ambito del corso di teologia pastorale del prof. Andrea Toniolo.

«Ci troviamo davanti alla necessità di elaborare, in un tempo radicalmente nuovo, una figura inedita di Chiesa – ha esordito –. Questo è fare atto di tradizione, cioè esprimere in forme nuove quello che abbiamo ricevuto. Non si tratta di “re-inventare l’antica Chiesa”, ma di esprimere il vangelo, che ricevuto dallo Spirito istituisce la Chiesa, in forme nuove e di dare una nuova figura al cristianesimo».

L’operazione non è semplice a realizzarsi e il divenire sempre più mondiale della Chiesa pone una sfida particolare.

Gilles Routhier fa riferimento alla Chiesa di Québec, che oggi vive nel contesto di quella che Charles Taylor chiama la terza secolarizzazione, cioè in un mondo dove Dio non fa più parte dell’orizzonte della vita e del discorso degli uomini: «Ci si accontenta di un mondo senza orizzonte trascendente nel quale si nasce, si vive e si muore senza apertura all’infinito. È il tratto della cultura che, a mio parere, determina la situazione attuale» afferma il teologo canadese.

C’è una figura di Chiesa che passa, che cade in rovina in ragione delle divisioni, del clericalismo, della mancanza di lucidità e di determinazione a operare delle vere e autentiche conversioni, degli abusi (autoritarismo, pedocriminalità, abusi spirituali e finanziari…). La pandemia ha la sua parte, ma non bisogna attribuirle la totalità del disfacimento attuale.

 

Una Chiesa marginalizzata

Sancire la fine di questa figura di Chiesa e rinunciare alla sua restaurazione è il passaggio necessario per pensare la Chiesa del futuro, che Routhier vede come «una Chiesa fragile e povera, non per scelta ma per fatalità; una Chiesa spogliata e spossessata, privata dei suoi beni (economici, finanziari e immobiliari), povera in risorse pastorali, privata della sua influenza e della sua potenza. Come nel caso dei poveri – prosegue – sarà marginalizzata, non la si inviterà più nei luoghi di potere, non la si sentirà più nei media, non la si considererà più nei libri di storia, verrà schernita per le sue opinioni». È a questa realtà, già alle nostre porte, che bisogna pensare.

Fra le risorse a cui attingere per pensare la situazione nuova, Routhier indica la figura evangelica del servo, richiamando Lumen gentium, n. 8 e Ad gentes, n. 5. «Cristo non cessa, nel corso del suo ministero – spiega –, di formare i suoi discepoli affinché essi adottino un’altra prospettiva; non una visione di potenza e di dominio, ma una prospettiva di servizio, di umiltà, che includa la marginalizzazione, la persecuzione, l’essere messi a morte. Non comprenderanno questa prospettiva che dopo la sua Pasqua».

Accanto a questo, cita l’esperienza dei monaci trappisti in Algeria. «Spogliata, svuotata di ogni pretesa di potere, la comunità ha avuto un irraggiamento spirituale più importante nel momento in cui ha saputo farsi solidale con le persone colpite dalla crisi: la comunità non aveva altro ruolo che quello di essere segno, segno di comunione e di riconciliazione in mezzo alla gente».

 

Ridefinire la Chiesa: un progetto di conversione

Ecco allora uno spunto per pensare la Chiesa quando diventa marginale: essa deve ridefinirsi. «Questa reimpostazione – spiega Routhier – non si concentrerà più su quanto perde in numero, in opere, in prestigio sociale, ma formulerà in maniera positiva un progetto: chi siamo noi in questo luogo? A cosa siamo chiamati? Cosa possiamo divenire? Se si confondono questa due realtà – fare numero ed essere segno – i progetti di evangelizzazione risultano spesso distorti. Non si può pensare questo futuro in modo matematico, con gli occhi fissi sulle evoluzioni demografiche, sulla curva delle pratiche religiose e sulle statistiche relative al numero dei preti e dei membri».

Il progetto di farsi segno non può essere intrapreso come ripiego ma dev’essere abbracciato volontariamente, ritrovando come san Francesco la gioia del vangelo nella povertà. «Ciò richiede una conversione – sottolinea – in quanto tale progetto sollecita la Chiesa a sviluppare una vera solidarietà con il popolo nel quale è inscritta».

Questa solidarietà non consiste nel dare qualcosa, ma nel vivere con l’altro. «Non si tratta semplicemente di essere una Chiesa che dona, mantenendosi in una posizione di superiorità, ma cercare di essere “una Chiesa povera per i poveri”, secondo l’espressione di papa Francesco». Bisogna, dunque, puntare su progetti in cui si creano legami con gli altri, piuttosto che fare delle opere che domandano molti mezzi.

«Questa Chiesa non sarà più clericale – aggiunge – ma sarà fatta di comunità disseminate: sarà una “Chiesa del vicinato”, una Chiesa mescolata, e non al margine, con la vita degli uomini, delle donne e dei bambini». Ciò suppone – come scrive papa Francesco a proposito della parrocchia – «che realmente stia in contatto con le famiglie e con la vita del popolo e non diventi una struttura prolissa, separata dalla gente, o un gruppo di eletti che guardano a se stessi. La parrocchia è presenza ecclesiale nel territorio, ambito di ascolto della Parola, della crescita della vita cristiana, del dialogo, dell’annuncio, della carità generosa, dell’adorazione e della celebrazione» (EG 28).

«Secondo il mio parere – conclude Routhier –, la Chiesa di Québec ha un avvenire. Non nella restaurazione del passato, ma nello sviluppo di una nuova figura che rappresenta un incontro fecondo del Vangelo nella cultura».

Fonte: Settimana News – Paola Zampieri: 11 dicembre 2021

SOTER 2021: Religião, Laicidade e Democracia

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 33º Congresso Anual terá como tema Religião, Laicidade e Democracia: cenários e perspectivas e será realizado online, com transmissão pelo site do Congresso da SOTER, de 12 a 16 de julho de 2021.

Ao trabalhar no seu 33° Congresso o tema “Religião, Laicidade e Democracia: cenários e perspectivas”, a SOTER procura trazer uma questão importante e relevante paraSOTER 2021: Religião, Laicidade e Democracia: cenários e perspectivas o atual contexto. Entende que é importante produzir um discurso científico que leve em consideração as novas realidades que surgem na sociedade e que interpelam o pensar e o viver das pessoas. O avanço da pandemia da Covid-19 e a grave crise política que atinge o país nos exigem uma atenção especial, um compromisso frente a estas realidades.

Por esta razão, o Congresso Internacional da SOTER em 2021, atende os seguintes objetivos:

:. Oferecer uma análise do atual contexto social, político e religioso, com atenção à laicidade do Estado e à emergência de novos movimentos sociais, políticos e religiosos que interagem na configuração democrática. Dentro deste cenário, situar a perspectiva das religiões e a responsabilidade que possuem perante este quadro, e da teologia como fonte de interrogação.

:. Fundamentar os entendimentos sobre a democracia e laicidade para, a partir disso, discutir a questão do Estado, a questão do Direito, aspectos relevantes às liberdades e a causa dos direitos humanos e da liberdade.

:. Proporcionar uma reflexão sobre a responsabilidade das religiões no atual contexto social, político e religioso, com atenção à garantia do estado democrático e na defesa da laicidade do Estado.

:. Oferecer um olhar prospectivo sobre o quadro atual, que se tornou mais grave por conta da pandemia da Covid-19, e neste olhar destacar o papel das religiões e da teologia dentro deste cenário e quais seriam as novas perspectivas que se abrem à sociedade.

O Congresso Internacional da SOTER está entre os mais tradicionais da Área de Ciências da Religião e Teologia no país, chegando, em 2021, à sua 33ª edição, o que demonstra a consolidação da sua proposta e a importante contribuição acadêmica que traz à sociedade, na especificidade do seu saber, sempre com temas atuais e de interesses urgentes para a sociedade.

A cada ano, este Congresso reúne um número significativo de teólogos, cientistas da Religião, estudantes de pós-graduação e pesquisadores de áreas afins, tanto em nível nacional como internacional. Para 2021, o Congresso prossegue as discussões anteriores e mantém a preocupação de estar atento às urgências da sociedade. Por esta razão, tratará sobre “Religião, Laicidade e Democracia: cenários e perspectivas”.

Hoje, percebe-se que a sociedade apresenta inúmeros desafios e que passa por profundas transformações. Neste cenário, é importante que as sociedades científicas, as universidades e os pesquisadores se posicionem sobre estes novos acontecimentos, na intenção de oferecer uma proposta reflexiva, que seja crítica, dialogal e construtiva. Este contexto convida a uma reflexão responsável, a partir de dados concretos que atingem o fator democrático e os direitos das pessoas, dentre eles, a liberdade, a laicidade e a questão religiosa. Visualiza-se hoje novas manifestações, novos gritos sociais e políticos, novos espaços de resistência e projeta-se uma transformação das estruturas e das instituições. É urgente pensar o papel da teologia e das religiões para um agir responsável, salvaguardando as garantias, os espaços e as liberdades, a fim de levantar pontos e práticas já existentes, mas também com a finalidade de oferecer novas perspectivas de atuação e investigação.

A proposta deste Congresso investe em conferências com especialistas nacionais e internacionais, grupos de trabalho e fóruns temáticos, painéis e publicações.

SOTER 2019: Decolonialidade e práticas emancipatórias

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 32º Congresso Anual terá como tema Decolonialidade e práticas emancipatórias – Novas perspectivas para a Área de Ciências da Religião e Teologia e será realizado no campus Coração Eucarístico da PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 9 a 12 de julho de 2019.

SOTER 2019: Decolonialidade e práticas emancipatóriasO Congresso Internacional da SOTER está entre os mais tradicionais da Área de Ciências da Religião e Teologia no país, chegando, em 2019, à sua 32ª edição, o que demonstra a consolidação da sua proposta e a importante contribuição acadêmica que traz à sociedade, na especificidade do seu saber, sempre com temas atuais e de interesses urgentes para a sociedade. A cada ano, o Congresso Internacional da SOTER reúne um número significativo de teólogos, cientistas da Religião, estudantes de pós-graduação e pesquisadores de áreas afins, tanto em nível nacional como internacional.

Para 2019, o Congresso prossegue as discussões anteriores e mantém a preocupação de estar atento às urgências da sociedade. Por esta razão, tratará sobre decolonialidade e práticas emancipatórias, abordando as novas perspectivas para a Área de Ciências da Religião e Teologia.

Hoje, a sociedade apresenta inúmeros desafios e muitos deles podem ser classificados como étnicos, culturais e religiosos, que tocam em questões fundamentais do existir humano, atingindo aspectos do direito, da ética e de novas categorias de interpretação e de interação da realidade. Logo, um olhar a partir desta perspectiva, de baixo, das muitas resistências sociais, oferece novos caminhos e novas abordagens para o saber.

A categoria decolonial vem sendo estudada em várias frentes e em várias Áreas de Pesquisa; assim, é importante que a Área de Ciências da Religião e Teologia também se debruce sobre este tema, a fim de levantar pontos e práticas já existentes, mas também com a finalidade de oferecer novas perspectivas de atuação e investigação. É um discurso que oferece outra composição, pois sua proposta tem como base estrutural o lugar de onde se diz e se produz o conhecimento, alimentado pelas lutas, resistências e marcado pelo tempo e lugar, em que as esperanças se encontram.

A proposta deste Congresso investe em conferências com especialistas nacionais e internacionais, grupos de trabalho e fóruns temáticos, painéis e publicações.

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SOTER 2018: Religião, Ética e Política

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 31º Congresso Anual terá como tema Religião, Ética e Política e será realizado no campus Coração Eucarístico da PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 10 a 13 de julho de 2018.

10-13 de julho de 2018: 31º Congresso Anual da SOTER: Religião, Ética e Política

A cada ano, o Congresso Internacional da SOTER reúne um número significativo de teólogos, cientistas da Religião, estudantes de pós-graduação e pesquisadores de áreas afins, tanto em nível nacional como internacional. Para 2018, o Congresso prossegue as discussões anteriores e mantém a preocupação de estar atento às urgências da sociedade. Por esta razão, tratará sobre “Religião, Ética e Política”. A sociedade atual apresenta desafios que tocam questões fundamentais, sobretudo na ótica do direito, da democracia, nas causas sociais, na multiculturalidade que tece o nosso contexto e em temas que exigem uma postura nova e um olhar mais profundo da realidade. O tema também se faz relevante pela situação política do país e de todo o mundo. 2018 traz ainda a comemoração dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Dentro destas intenções, o olhar da teologia e das religiões se faz importante, e é onde se espera apresentar uma contribuição.

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