A Bíblia Paulinas

A Bíblia

Diz a editora:

Como parte deste grande projeto, a Paulinas já havia publicado, com sucesso e boa acolhida dos leitores, o Novo Testamento (2015), os Salmos (2017) e o Pentateuco (2021). Agora, chega às livrarias a edição completa, com os 73 livros que formam a Bíblia católica.A Bíblia - Paulinas 2023

A tradução de “A Bíblia” destaca-se pelo respeito às línguas originais, evitando supressões e acréscimos desnecessários.

Os tradutores e as tradutoras, especialistas da área, usaram como base os manuscritos em hebraico, aramaico e grego, a fim de que o leitor possa ter em mãos um texto fiel à mensagem original.

Nos Evangelhos, por exemplo, fez-se a harmonização das chamadas passagens sinóticas, ou seja, aquelas passagens muito semelhantes que aparecem em mais de um Evangelho, permitindo ao leitor perceber as semelhanças e as diferenças entre os quatro Evangelhos.

Fez-se também uma ampla revisão dos nomes bíblicos, de modo a identificar mais claramente as personagens e os lugares bíblicos.

Para preparar e auxiliar a leitura, foram elaboradas introduções a todos os livros bíblicos, com informações sobre a autoria, datação, estrutura e principais temas da obra.

Também foram redigidas amplas notas explicativas para todas as passagens bíblicas, com informações literárias, teológicas, históricas e geográficas, bem como com abundantes referências bíblicas, a fim de que o leitor possa consultar passagens relacionadas ao texto que está lendo.

Por fim, “A Bíblia” é enriquecida com mapas que auxiliam na contextualização dos eventos descritos nas Escrituras, guiando os leitores em uma jornada ao longo da rica e cativante história bíblica, e com um roteiro de leitura orante, a fim de ajudar as pessoas a fazerem uma experiência mais profunda e transformadora das Sagradas Escrituras.

A apresentação gráfica prima pela funcionalidade e beleza, trazendo o texto em fontes legíveis e em duas cores, impressa em papel-bíblia de cor palha, que facilita a leitura, e com capa, símbolo, ilustração e tipologia especial do artista sacro Cláudio Pastro.

Carta da ABIB sobre projeto de lei que proíbe alterações ou acréscimos no texto da Bíblia

São Paulo, 1 de dezembro de 2022

Ilmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados

Arthur Lira (PP-AL)

Ref. Projeto que “proíbe alterações ou acréscimos no texto bíblico”

Pela presidência da ABIB (Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica), dirigimo-nos a Vossa Excelência para manifestar nossa inquietação sobre o projeto de Lei N° 4.606, de 2019, aprovado por esta respeitosa casa – ainda que em regime de urgência, conforme noticiado nos jornais no último dia 23 – proibindo alterações ou acréscimos na Bíblia.

Criada em 2004, durante um congresso que reuniu pesquisadores(as), professoras(es) e estudantes na área de estudo e pesquisa bíblica, das mais diversas confissõesBiblia Hebraica Stuttgartensia religiosas, a ABIB tornou-se o espaço privilegiado do pensamento crítico das hermenêuticas e exegeses bíblicas. E é mediante esse acervo de estudos que nos credenciamos para manifestar total desacordo com os termos e objetivos do citado projeto. Diante de tal proposta, questionamos:

1) Redigidos, originalmente, em hebraico e grego, e canonizados nos anos de 85 d.C., pelos sábios judeus reunidos na assembleia de Jâmmia, como é possível alterar, séculos depois, as páginas do AT (Antigo Testamento)? A mesma questão aplica-se aos textos do NT (Novo Testamento). A prática de Jesus de Nazaré foi essencial para o surgimento dos primeiros textos paulinos – surgidos entre os anos 54 a 64 d.C. – e, mais tarde acrescidos pelos evangelistas e líderes comunitários preocupados em preservar os ensinamentos expostos por Jesus de Nazaré.

2) O Art. 1° afirma: “Fica vedada qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada…”. Mediante tal propositura, perguntamos: quem será esta pessoa ou entidade capaz de fiscalizar essas possíveis alterações? Seria esta a mais nova atribuição da Câmara dos Deputados?

3) Sobre isso, questionamos igualmente: de qual Bíblia estamos falando? Para o Antigo Testamento há ao menos dois cânones (lista oficial de livros inspirados): o hebraico e o grego, com diferentes versões para os mesmos livros e, mesmo, passagens bíblicas, além de o cânon grego acrescentar livros que não se encontram no cânon hebraico. Devido a isso, as igrejas cristãs adotaram diferentes conjuntos de livros. As igrejas de tradição evangélica adotam o que se considera “cânon breve”; a Igreja Católica adota o “cânon médio”, com sete livros a mais que o cânon evangélico; as Igrejas de tradição ortodoxa adotam “cânon longo”, com outros cinco ou seis livros. Qual destes cânones – hebraico, grego, protestante-evangélico, católico ou ortodoxo – será o padrão para se estabelecer o que é “acrescentado” e o que é “retirado” da Bíblia? O projeto parece não levar em conta este fato ligado ao desenvolvimento histórico do cânon e que não pode ser eliminado por decreto.

4) Também não podem ser eliminadas por decreto as divergências entre os manuscritos que contêm as primeiras cópias dos livros sagrados. Deve-se levar em conta que não existe um único versículo bíblico que esteja com as mesmas palavras em todos os manuscritos. O processo de formação e desenvolvimento da Bíblia supõe, já desde os inícios, acréscimos, supressões e mudanças de palavras.

5) Nesta mesma linha, o fato de os originais terem sido escritos em hebraico e grego (para não falar também de aramaico, siríaco, copta, armeno, boairico e latim), a tradução de um texto bíblico é atividade extremamente complexa, pois a mesma palavra em grego ou hebraico pode (e, por vezes, deve) ser traduzida de mais de uma maneira para o português. Perguntamos: a Câmara de Deputados irá arbitrar também para cada uma das infinitas divergências e possibilidades de tradução e de interpretação de uma mesma palavra ou frase?

6) Nossas igrejas professam que a correta interpretação das Sagradas Escrituras conjuga um esforço pessoal de leitura, análise exegética – muitas vezes um esmerado trabalho de tradução dos textos originais encontrados em aramaico, hebraico, grego e latim, conjugados com a ação do Espírito Santo. Como é possível controlar a produção de um vasto campo hermenêutico?

The Greek New Testament7) Mais absurdo é pensar combater a “Intolerância Religiosa” – optamos por manter o destaque exposto no projeto –, com o frágil argumento de garantir “uma vez por todas, a inviolabilidade de sua redação e sua explanação pública no Brasil”, quando sabemos que qualquer tipo de intolerância ocorre por ignorância ou livre desejo de cometer tal ato violento e que só será superado por um processo contínuo de aprimoramento do sistema educacional.

8) Permita-nos, ainda, um último aceno. Ao recorrer ao texto de João 8,32 – “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”, o projeto reedita a única hermenêutica condenada por todas as igrejas cristãs que se debruçam, há séculos, sobre as Escrituras e nelas encontram meios para manifestar, na sociedade brasileira e no mundo, os sinais do Reino de Deus, a saber: a leitura fundamentalista. Leitura essa, que prescinde dos contextos literários, históricos, filológicos e redacionais ao interpretar os textos bíblicos ao pé da letra, como se fossem palavras escritas, hoje, em algum órgão de imprensa!

Certos de estarmos abrindo um espaço de um frutuoso diálogo com esta Casa de Leis, provocado pela aprovação do referido projeto, subscrevemo-nos no desejo de colaborar para que as igrejas, alicerçadas nas páginas das Sagradas Escrituras, sigam colaborando na superação de todo e qualquer tipo de violência.

A carta é assinada por Antonio Carlos Frizzo, Presidente da Abib e por Kenner Terra, Secretário da Abib.

Faça o download da carta, em pdf, clicando aqui.

Sobre a tradução da Bíblia

BARTON, J. The Word: On the Translation of the Bible. London: Penguin, 2022, 320 p. – ISBN 9780241448816.

A Bíblia é considerada universal e especial, a fonte de verdades fundamentais inscritas em palavras exatas e sagradas. Durante grande parte da história do judaísmo eBARTON, J. The Word: On the Translation of the Bible. London: Penguin, 2022 quase a totalidade do cristianismo, no entanto, os crentes entenderam esmagadoramente as escrituras não nas línguas em que foram escritas pela primeira vez, mas sim em suas próprias – em tradução.

Este livro examina como santos, estudiosos e intérpretes desde os tempos antigos até o presente produziram versões da Bíblia na linguagem de seus dias, mantendo-se fiéis ao original. Explica os desafios que eles negociaram, desde pequenas ambiguidades textuais até a amplitude de estilo e diferenças gritantes na forma e pensamento entre os primeiros escritos e os mais recentes, e expõe a influência que eles têm em algumas das questões mais profundas da fé: a natureza de Deus, a existência da alma e a possibilidade de sua salvação.

Lendo dezenas de traduções ao lado de seus antigos antecedentes hebraicos e gregos, John Barton traça a migração de palavras e ideias bíblicas através das fronteiras linguísticas, iluminando os significados originais, bem como as formas como foram reformulados. ‘Os tradutores têm estado entre os principais agentes na mediação da mensagem da Bíblia’, escreve ele, ‘até mesmo na formação do que é essa mensagem’.

 

The Bible is held to be both universal and specific, the source of fundamental truths inscribed in words that are exact and sacred. For much of the history of Judaism and almost the entirety of Christianity, however, believers have overwhelmingly understood scripture not in the languages in which it was first written but rather in their own – in translation.

This book examines how saints, scholars and interpreters from ancient times down to the present have produced versions of the Bible in the language of their day while remaining true to the original. It explains the challenges they negotiated, from minute textual ambiguities up to the sweep of style and stark differences in form and thought between the earliest writings and the latest, and it exposes the bearing these have on some of the most profound questions of faith: the nature of God, the existence of the soul and possibility of its salvation.

John Barton (1948-)

 

Reading dozens of renderings alongside their ancient Hebrew and Greek antecedents, John Barton traces the migration of biblical words and ideas across linguistic borders, illuminating original meanings as well as the ways they were recast. ‘Translators have been among the principal agents in mediating the Bible’s message,’ he writes, ‘even in shaping what that message is.’ At the separation of Christianity from Judaism and Protestantism from Catholicism, Barton demonstrates, vernacular versions did not only spring from fault lines in religious thinking but also inspired and moulded them. The product of a lifetime’s study of scripture, The Word itself reveals the central book of our culture anew – as it was written and as we know it.

John Barton was the Oriel and Laing Professor of the Interpretation of Holy Scripture at the University of Oxford from 1991 to 2014 and since 1973 has been a serving priest in the Church of England. He is the author of numerous books on the Bible, co-editor of The Oxford Bible Commentary and editor of The Cambridge Companion to Biblical Interpretation. He was elected a Fellow of the British Academy in 2007 and is a Corresponding Fellow of the Norwegian Academy of Science and Letters.

50 anos do Mês da Bíblia

SILVANO, Z. A.; BATISTA, E. M. (orgs.) 50 anos 1971-2021 – Mês da Bíblia: Memórias, desafios e perspectivas. São Paulo: Paulinas, 2021, 504 p. – ISBN 9786558080831.SILVANO, Z. A.; BATISTA, E. M.  (orgs.) 50 anos 1971-2021 - Mês da Bíblia: Memórias, desafios e perspectivas. São Paulo: Paulinas, 2021, 504 p. - ISBN  9786558080831.

Essa obra objetiva celebrar o jubileu de ouro do Mês da Bíblia, contemplando o passado (1971-2021), mas também apresentando novos desafios e perspectivas para a área bíblica nos nossos dias.

Essa história teve seus inícios com a contribuição das Irmãs Paulinas que começaram os Movimentos Bíblicos, as Semanas Bíblicas Populares e o “Mês da Bíblia” no Brasil, como fruto do próprio carisma da congregação e de sua inserção na pastoral da Igreja local.

Também recordamos os 100 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, berço da iniciativa do “Mês da Bíblia”, e que sempre teve a preocupação de “proclamar a Palavra”.

Clique aqui e leia uma amostra do livro.

Mês da Bíblia: 50 anos

Comissão para a Animação Bíblico-Catequética lança “selo” comemorativo pelos 50 anos do Mês da Bíblia

Por ocasião dos 50 anos do Mês da Bíblia, a ser celebrado no mês de setembro, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou um selo especial para a comemoração.

Segundo o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, a ideia da logo é torná-la conhecida por todas as comunidades do Brasil, por ocasião da celebração do jubileu deSelo comemorativo pelos 50 anos do Mês da Bíblia ouro. “Desejamos motivar também as regionais e dioceses a utilizarem a nosso logo colocando seus nomes”, encoraja padre Jânison.

Para esse jubileu do “Mês da Bíblia”, em 2021, o tema escolhido é a Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema é “todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d), extraído do “hino batismal”, descrito em Gl 3,26-28, quando Paulo afirma que todos são filhos e filhas de Deus. Esse tema e o lema do “Mês da Bíblia 2021” estão em sintonia com o evangelho do Domingo da Palavra de Deus, que é extraído de Mc 1,14-20, quando Jesus inicia a sua missão, após a prisão de João Batista.

Segundo o padre Jânison, celebrar o jubileu de ouro do mês da Bíblia é muito importante para fortalecer a animação bíblica, o estudo, a reflexão e a oração a partir da Bíblia em toda a Igreja no Brasil.

“Comemoramos essa caminhada tão bonita na Igreja no Brasil, nas comunidades e paróquias celebrando o mês da Bíblia em setembro, com um livro estudado a cada ano, e ao mesmo tempo, neste ano celebrativo/formativo, apontamos novos caminhos passando de uma pastoral bíblica para a animação bíblica de toda a pastoral. Todas as pastorais e movimentos são motivadas a assumir a animação bíblica”, afirma o padre Jânison.

Para a irmã Izabel Patuzzo, também assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, este é um jubileu que deixou marcas na vida de tantas comunidades que se reúnem ao redor da Palavra de Deus para dela se alimentar. “A organização dos círculos bíblicos são encontros fecundos de grupos, comunidades e pastorais que partilham a Palavra de Deus e a colocam como alma de toda ação evangelizadora. Esta leitura comunitária da Bíblia, tem como objetivo que a Palavra de Deus seja fonte de vida e esperança para todos os povos. Com metodologias simples e profunda ao mesmo tempo, ajudam o povo de Deus a descobrir nas Escrituras, o valor sagrado da dignidade humana e o convite ao discipulado missionário de Jesus em nossos dias”, diz.

“Nas pequenas comunidades missionárias, a mensagem Evangelho é atualizada e se propõe a ser fermento em todas as dimensões da vida e das relações econômicas, sociais, culturais, políticas, religiosas e ecológicas. Nestes 50 anos a Palavra de Deus, tem sido conhecida, meditada, iluminado e transformado tantas realidades”, diz a irmã.

Para ela, o Mês da Bíblia muito tem ajudado os discípulos e discípulas de Jesus a abeirar-se de sua Palavra. “Queremos que esta celebração chegue nos regionais, dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. Que a celebração do jubileu de ouro do mês da Bíblia seja uma oportunidade para dinamizar a animação bíblica de toda pastoral, pois o encontro com o Jesus na Eucaristia e na Palavra alimentam a espiritualidade cristã no dia a dia da vida”, enfatiza irmã Izabel.
Mês da Bíblia

A Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.

 

Como surgiu o Mês da Bíblia?

O Mês da Bíblia surgiu em 1971, na Arquidiocese de Belo Horizonte, por ocasião da celebração do seu cinquentenário. As Irmãs Paulinas, através do Serviço de Animação Bíblica (SAB) deram o primeiro impulso, e posteriormente a CNBB assumiu-o como uma proposta nacional.

Entre seus objetivos estão o de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

Fonte: Animação Bíblico-Catequética da CNBB – 24/03/2021

Nova edição da Bíblia TEB

Loyola está anunciando para breve uma nova edição da Bíblia TEB. Obs.: já está disponível.

Diz a editora:

Tradução brasileira da famosa “Traduction Oecuménique de la Bible” (TOB) francesa (segundo a 12ª ed., de 2010). Ela é o modelo das traduções ecumênicas, por causa da composição interconfessional de seus colaboradores e porque ela adota, para o Antigo Testamento, a sequência judaica dos livros bíblicos. É uma excelente bíblia de estudo, com ricas notas e muitas referências de textos paralelos.

Esta nova edição é um verdadeiro evento editorial. Além de totalmente revista e atualizada conforme as novas produções científicas de hermenêutica e arqueologia Bíblia TEBbíblicas, conta com mais seis livros deuterocanônicos, utilizados na liturgia pelas igrejas ortodoxas. Sua nova diagramação facilita o manuseio e a localização das notas e dos comentários.

Quais Bíblias você usa?

Sobre a edição francesa:

La TOB 2010 constitue un événement éditorial et œcuménique sans précédent, parce qu’elle contient six livres deutérocanoniques supplémentaires, en usage dans la liturgie des Églises orthodoxes : 3 et 4 Esdras, 3 et 4 Maccabées, la Prière de Manassé et le Psaume 151. L’ajout de ces livres, sous l’impulsion de l’Institut de théologie orthodoxe Saint-Serge, confirme le caractère œcuménique de la TOB. Consultées sur cette initiative, les différentes Églises ont donné leur approbation officielle. Ces livres additionels ont été placés après les livres deutérocanoniques reçus par les catholiques. Ils ont été traduits, introduits et annotés sous la supervision d’un comité scientifique, selon les principes propres à la TOB. Certains de ces textes n’existaient pas jusqu’à maintenant en traduction française. Une grande introduction aux livres deutérocanoniques, inédite, complétée par un tableau récapitulatif des canons juif et chrétiens de l’Ancien Testament offre un nouveau regard sur la formation complexe du canon des Écritures et sa réception dans les diverses traditions.

Nova edição da tradução da Bíblia da CNBB

Lançada nova edição da tradução da Bíblia Sagrada da CNBB, em Brasília (DF) –  21/11/2018

Bíblia Sagrada - Tradução oficial da CNBB - 2018

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira, 21 de novembro, a nova tradução oficial da Bíblia Sagrada. O ato aconteceu durante a reunião do Conselho Permanente da entidade e contou com a participação de bispos, padres e convidados. “Este é um momento de evangelização da nossa Conferência Episcopal. Nós tivemos um longo caminho, foram muitos anos de trabalho e de dedicação de muitas pessoas”, afirmou o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, na mesa de abertura.

Como recomenda o Concílio Vaticano II, a tradução oficial da Bíblia se baseia nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos, comparados com a Nova Vulgata – a tradução oficial católica. O projeto teve início em 2007, quando a coordenação de tradução e revisão, composta pelos padres Luís Henrique Eloy e Silva, Ney Brasil Pereira (in memoriam) e Johan Konings, fez a revisão integral conjunta, enquanto os professores padre Cássio Murilo Dias, dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa e Maria de Lourdes Lima colaboraram em algumas partes.

Durante o lançamento, o coordenador de tradução e revisão da Bíblia, padre Luís Henrique afirmou que a revisão se compôs de características diversas das traduções anteriores. De acordo com ele, no início visava-se um texto mais apurado em vista de outros objetivos como, por exemplo, o texto como referência para os documentos oficiais para os bispos do Brasil. Ele fez questão de enfatizar que, essa tradução, visou também uma maior facilitação à memória bíblica do país.

Assim como a Nova Vulgata, a nova Bíblia da CNBB leva em conta novas descobertas documentais e a crescente valorização das antigas traduções gregas, siríacas, egípcias e latinas, às vezes mais antigas ou de maior importância para a Igreja que os textos comumente considerados como os mais originais.

Padre Johan Konings, vice-coordenador de tradução e revisão da Bíblia destacou durante o lançamento que nem a Nova Vulgata, nem a nova tradução da Bíblia pretendem restabelecer um “texto original” único, mas procuram representar os textos que os primeiros cristãos conheceram, citaram e comentaram.

Luís Henrique Eloy e Silva e Johan Konings, coordenadores da tradução, com a Direção da CNBB

As introduções e notas, bem como os títulos e subtítulos das seções, embora aprovados pela Comissão para a Doutrina da Fé, não possuem caráter oficial, mas, baseadas em fontes científicas, fazem desta edição uma verdadeira “Bíblia de estudo”, servindo para cursos de Bíblia e de Teologia , em sintonia com as orientações do Magistério católico. Segundo o presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Pedro Carlos Cipollini, a tradução é importante para a Igreja no Brasil porque serve de referencial. “A CNBB tem uma tradução aprovada e isso faz a diferença no sentido de que dá uma segurança maior no uso desse texto nas várias atividades da nossa Igreja”, disse o bispo.

Ao final do lançamento, o presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha agradeceu aos exegetas e a todos os que colaboraram no aprimoramento das várias edições da Bíblia da CNBB, e de modo especial, nesta nova tradução. “Confiamos esta Bíblia Sagrada – Tradução Oficial da CNBB a Maria, Mãe da Igreja, discípula fiel do Senhor, que acolheu, meditou e cumpriu a Palavra”, disse o bispo.

Disponível para venda no site da Editora da CNBB.

Leia Mais:
Ler a Bíblia no Brasil hoje

História das traduções da Bíblia no Brasil

MALZONI, C. V. As edições da Bíblia no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2016 [reimpressão: 2018], 176 p. – ISBN 9788535641981.

 

Cláudio Vianney Malzoni, As edições da Bíblia no Brasil

Escreve Cláudio Vianney Malzoni –  Doutor em Ciências Bíblicas pela École Biblique et Archéologique Française de Jérusalem, 2002 – em seu blog em 10.10.2016:

Foi publicado pelas Edições Paulinas meu livro “As edições da Bíblia no Brasil”. O livro é o resultado de uma pesquisa que ainda está em andamento. Ela começou há cerca de dez anos atrás. Em 2010, aparecia seu primeiro resultado: um artigo publicado na Revista Didaskalia, da Universidade Católica Portuguesa. Depois, vieram as orientações de Iniciação Científica com alunos da Universidade Católica de Pernambuco, e o pós-doutorado na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, sob a orientação de J. Konings, com ajuda financeira da CAPES. Este livro é um modo de partilhar os resultados atuais dessa pesquisa com o público interessado e conquistar mais interessados ainda para a pesquisa desse tema apaixonante.

Diz a editora:
Este livro conta a história das traduções da Bíblia no Brasil (…) A primeira tradução completa da Bíblia ao português, ainda que sem os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foi feita no século XVIII, por João Ferreira de Almeida, em Batávia, atual Jacarta, na Indonésia. No Brasil, a primeira tradução da Bíblia tem sua origem no início do século XX, tendo sido publicada em 1917 com o nome de Bíblia Sagrada, Tradução Brasileira. É sobre isso que versa esta obra, dividida em duas partes. A primeira faz uma apresentação das principais edições da Bíblia presentes no Brasil. A segunda parte trata das questões que envolvem o ofício de tradução da Bíblia, seus desafios e sua beleza.

Leia Mais:
Fórum de Ciências Bíblicas 2: A tradução da Bíblia para a língua portuguesa

Nova tradução da Bíblia por Cássio e Irineu

Em 20 de setembro de 2009 noticiei aqui no blog: Cássio e Irineu fazem nova tradução da Bíblia.

Pois hoje recebi e-mail do Cássio com uma boa notícia: saiu, pela Loyola, a tradução dos Evangelhos e Atos dos Apóstolos, feita por Cássio Murilo Dias da Silva (PUC-Campinas) e Irineu Rabuske (PUCRS).

Evangelhos e Atos dos Apóstolos. Novíssima tradução dos originais. São Paulo: Loyola, 2011, 272 p. – ISBN 9788515038671.

Diz a editora:
Esta edição apresenta uma tradução totalmente nova e aderente ao texto grego, que preserva características literárias do original, sem abdicar da fluência e da clareza do português. Não se trata de mais uma nova versão dos textos bíblicos a partir dos originais. Esta publicação traz também inúmeras notas de caráter exegético, literário, teológico, histórico e filosófico, contendo as principais informações que o leitor necessita para compreensão adequada dos textos. Assim o leitor poderá, com maior proveito, rezar, meditar, estudar, anunciar, amar e praticar a Palavra de Deus.