Quem matou Jesus? Judeus ou romanos?

EDWARDS, J. C. Crucified: The Christian Invention of the Jewish Executioners of Jesus. Minneapolis: Fortress Press, 2023, 237 p. – ISBN 9781506490953.

Os historiadores do cristianismo primitivo concordam unanimemente que Jesus foi executado por soldados romanos. Este consenso estende-se à população em geralEDWARDS, J. C. Crucified: The Christian Invention of the Jewish Executioners of Jesus. Minneapolis: Fortress Press, 2023 quando vê um filme sobre Jesus ou uma peça na Semana Santa e se lembra dos soldados romanos martelando os cravos na cruz.

No entanto, para os primeiros cristãos o detalhe de que Jesus foi crucificado por soldados romanos sob a direção de um governador romano ameaçava o seu desejo de uma existência estável no mundo romano. Começando com os escritos encontrados no Novo Testamento, os primeiros cristãos procuraram reescrever a sua história e transferir a culpa pela crucificação de Jesus de Pilatos e dos seus soldados para os judeus. Durante o século II, predominou uma narrativa da crucificação com algozes judeus. Durante o século IV, esta narrativa funcionou para encorajar o antijudaísmo dentro do recém-estabelecido império cristão.

No entanto, no mundo moderno, existe um grau significativo de ignorância relativamente à difusão – ou, por vezes, até à existência! – da afirmação entre os antigos cristãos de que Jesus foi executado por judeus. Esta ignorância é profundamente problemática, porque deixa uma lacuna na nossa compreensão daquilo que durante tanto tempo foi a base direta da perseguição cristã aos judeus. Além disso, isenta de culpa os venerados autores cristãos antigos que construíram e perpetuaram a afirmação de que os judeus executaram Jesus. E a um nível inconsciente, ainda pode influenciar a compreensão dos cristãos sobre os judeus e o judaísmo.

Leia o prefácio do livro, em pdf, clicando aqui.

J. Christopher Edwards é professor de Estudos Religiosos no St. Francis College, Brooklyn, New York.

Algumas resenhas

Roma matou Jesus, mas os judeus foram levaram a culpa. Por que isso aconteceu, quando e como? Passo a passo, texto por texto, J. Christopher Edwards traça o desenvolvimento desta terrível tradição, ao mesmo tempo que convoca os seus leitores a refletirem sobre as suas consequências morais e teológicas para o cristianismo. Esta é uma história assustadora, contada de forma convincente. —Paula Fredriksen, Universidade de Boston / Universidade Hebraica de Jerusalém

Quem matou Jesus? A realidade histórica – que os romanos crucificaram Jesus – foi abandonada pouco depois da sua morte. Neste livro muito legível e envolvente, Christopher Edwards nos conduz cuidadosamente pelas evidências. Ele mostra-nos o surgimento do mito que culpava os judeus e como funcionou entre os primeiros seguidores de Jesus para justificar a ruptura do cristianismo com o judaísmo e acusar falsamente os judeus do pior crime: o deicídio. Seu livro é um esforço crucial para corrigir esse “erro sagrado”. —Susannah Heschel, autora de The Aryan Jesus: Christian Theologians and the Bible in Nazi Germany.

Neste livro acadêmico, mas acessível, J. Christopher Edwards investiga a afirmação errônea de que os judeus crucificaram Jesus. Ele traça o seu desenvolvimento desde os primeiros documentos cristãos, incluindo os Evangelhos, até o século IV. Ele elucida as diferentes circunstâncias em que esta acusação surgiu e as diferentes formas como foi utilizada, bem como o seu papel na criação de um antijudaísmo cristão. Edwards escreve com sobriedade e equilíbrio louváveis, mas ao fazê-lo nunca se esquiva das questões moralmente complexas e perturbadoras que acompanham o estudo de tal assunto. —James Carleton Paget, Universidade de Cambridge.

J, Christopher Edwards (1982-)Historians of early Christianity unanimously agree that Jesus was executed by Roman soldiers. This consensus extends to members of the general population who have seen a Jesus movie or an Easter play and remember Roman soldiers hammering the nails. However, for early Christians, the detail that Jesus was crucified by Roman soldiers under the direction of a Roman governor threatened their desire for a stable existence in the Roman world. Beginning with the writings found in the New Testament, early Christians sought to rewrite their history and shift the blame for Jesus’s crucifixion away from Pilate and his soldiers and onto Jews. During the second century, a narrative of the crucifixion with Jewish executioners predominated. During the fourth century, this narrative functioned to encourage anti-Judaism within the newly established Christian empire. Yet, in the modern world, there exists a significant degree of ignorance regarding the pervasiveness–or sometimes even the existence!–of the claim among ancient Christians that Jesus was executed by Jews. This ignorance is deeply problematic, because it leaves a gaping hole in our understanding of what for so long was the direct underpinning of Christian persecution of Jews. Moreover, it excuses from blame the venerated ancient Christian authors who constructed and perpetuated the claim that the Jews executed Jesus. And on an unconscious level, it may still influence Christians’ understanding of Jews and Judaism.

J. Christopher Edwards (PhD, University of St Andrews) is professor of religious studies at St. Francis College, Brooklyn. He is the author of Early New Testament Apocrypha and The Ransom Logion in Mark and Matthew.

As confissões de Jeremias

EWALD, H. Die Propheten des Alten Bundes. In zwei Bänden. Erster Band. Stuttgart: Verlag von Adolph Krabbe, 1840.Quem usou pela primeira vez o termo “confissões”?

Quem começou os estudos críticos sobre Jeremias foi o alemão Heinrich Ewald em 1840: Die Propheten des Alten Bundes, In zwei Bänden [Os profetas da Antiga Aliança, vols. 1 e 2]. Nesta obra ele analisa os “diálogos” de Jeremias, especialmente o material hoje conhecido como “confissões” de Jeremias.

O termo “confissões” (Konfessionen, em alemão) foi usado pela primeira vez em 1902 pelo alemão Wilhelm Erbt, em seu livro Jeremia und seine Zeit: Die Geschichte der letzten fünfzig Jahre des vorexilischen Juda [Jeremias e seu tempo: a história dos últimos cinquenta anos do Judá pré-exílico] .

Estes textos foram analisados sob a ótica da crítica das formas [estudo do gênero literário] e foram aprovados pelo alemão Walter Baumgartner em 1917, em seu livro Die Klagegedichte des Jeremia [As lamentações de Jeremias]. Ele os definiu como “lamentos individuais”, semelhantes aos que são encontrados nos Salmos.

A posição de Walter Baumgartner influenciou a maioria dos pesquisadores que vieram depois dele.

Foram feitas outras tentativas, como, por exemplo a definição destes textos como “processos legais”, mas a ideia não teve sucesso. Ou como “lamento profético”, mas isto também não funcionou.

Quantas “confissões”?

Não existe consenso acadêmico quanto ao número de textos que podem ser chamados de “confissões de Jeremias”. O número vai de 5 a 8.

Qual é o significado das “confissões”?

Georg Heinrich August Ewald (1803-1875)De H. Ewald (1840) até H. Graf Reventlow (Liturgie und prophetisches Ich bei Jeremia, 1963) as confissões foram vistas, com raras exceções, como fontes primárias para a reconstrução biográfica e psicológica da vida do profeta.

A partir de Reventlow – que via Jeremias como um profeta cultual e os textos das confissões como uma expressão cultual, e que foi muito criticado por isso – as confissões passam a ser vistas como uma expressão mais ampla da interpretação redacional da atividade profética de Jeremias. Ou seja: da vida real do profeta sabemos pouco, sabendo mais, através da redação do livro, sobre como Jeremias foi lido por seus intérpretes, especialmente no pós-exílio.

Para saber mais sobre Jeremias e sobre as “confissões de Jeremias” leia o meu texto Perguntas mais frequentes sobre o profeta Jeremias.

Bibliografia

DIAMOND, A. R. The Confessions of Jeremiah in Context: Scenes of Prophetic Drama. Sheffield: Sheffield Academic Pres, 1987.

LINDBERG, R. J. “‘The Pain of Being Faithful to the Word of the LORD’: An Exegetical Study of Jeremiah’s Confessions” (2015). Seattle Pacific Seminary Theses. Disponível em: https://digitalcommons.spu.edu/spseminary_etd/2

MASTNJAK, N. Jeremiah’s Laments as Effective Speech. Journal for the Study of the Old Testament, Vol. 47(4), p. 431–454, 2023.

THIELE, D. H.The identity of the “I” in the “Confessions” of Jeremiah. Master’s thesis, Avondale College, Cooranbong, Australia, 1998. Disponível em: https://research.avondale.edu.au/theses_masters_research/1/

Sobre o mundo conceitual da Bíblia Hebraica

WALTON, J. H. O pensamento do Antigo Oriente Próximo e o Antigo Testamento: Introdução ao mundo conceitual da Bíblia Hebraica. São Paulo: Vida Nova, 2021, 416 p. – ISBN 9786586136395.

Nesta obra, John H. Walton investiga como os povos vizinhos de Israel pensavam sobre os deuses e seus templos, sobre a formação do universo, sobre os seres humanosWALTON, J. H. O pensamento do Antigo Oriente Próximo e o Antigo Testamento: Introdução ao mundo conceitual da Bíblia Hebraica. São Paulo: Vida Nova, 2021 e seus governantes e até mesmo sobre sua produção cultural, a fim de desvendar como tudo isso moldou a forma como Israel pensava acerca de si, do mundo e de Deus.

Walton vai além do academicismo e mantém um objetivo prático ao longo da obra: ajudar seus leitores a aperfeiçoar a exegese do Antigo Testamento com base em informações do mundo antigo. Com dezenas de ilustrações e quadros com análises comparativas, Pensamento do antigo Oriente Próximo é um recurso indispensável para todos que desejam estudar e expor o texto bíblico fielmente.

O original em inglês Ancient Near Eastern thought and the Old Testament: introducing the conceptual world of the Hebrew Bible é de 2006 e a segunda edição de 2018.

John H. Walton é professor de Antigo Testamento no Wheaton College, Illinois, USA.

Veja aqui outras obras de John H. Walton. Algumas foram traduzidas para o português.

Gn 1,1: no princípio ou em princípio?

Estamos tão acostumados a ler o começo do livro do Gênesis como No princípio que dificilmente perguntamos como é em hebraico.

Em hebraico é  בְּרֵאשִׁית (berē’shîth) e Gn 1,1 pode ser ouvido aqui.Em princípio ou No princípio? Por Edson de Faria Francisco - 2018

Bereshít é formado por uma preposição (be=em), sem artigo, e por um substantivo (reshit=princípio, início, começo) e, por isso, deveria ser traduzido, literalmente, por “Em [um] princípio” ou “Em [um] começo” ou, ainda, “Em [um] início”, sem o artigo definido que usamos em “No princípio”.

Lembrando que não existe artigo indefinido em hebraico, como “um” ou “uma”. O artigo é, portanto, apenas definido, como “o” ou “a”. Mas o português exige que coloquemos “um” aqui, “Em um princípio”.

Entretanto, isto não quer dizer que todas as traduções que usam o artigo definido “o” estejam erradas. Gramáticos e comentaristas dizem que a presença do artigo pode estar implícita nesta formulação.

Quer saber mais sobre isso? Recomendo a leitura de Em princípio ou No princípio? texto muito claro escrito por Edson de Faria Francisco, da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e que está disponível para download, em pdf, em Academia.edu.

Pode ser baixado também aqui.

Recomendo ainda, para os interessados na Bíblia Hebraica e na língua hebraica bíblica, a página Bíblia Hebraica, de Edson de Faria Francisco.

O Pentateuco sapiencial

MAZZINGHI, L. O Pentateuco sapiencial: Provérbios, Jó, Coélet, Sirácida, Sabedoria. Características literárias e temas teológicos. São Paulo: Loyola, 2023, 362 p. – ISBN 9786555042917.

O aprofundamento unitário do “Pentateuco sapiencial” — composto por Provérbios, Jó, Coélet, Sirácida e Sabedoria — permite-nos fazer emergir uma riqueza teológicaMAZZINGHI, L. O Pentateuco sapiencial: Provérbios, Jó, Coélet, Sirácida, Sabedoria. Características literárias e temas teológicos. São Paulo: Loyola, 2023 que ilumina o pensamento judaico e a identidade de Israel.

O livro descreve as características literárias e históricas próprias de cada um dos livros analisados e focaliza os temas teológicos que procedem com clareza da reflexão de Israel: a dimensão experiencial própria de uma sabedoria entendida como “arte de viver”; a perspectiva pedagógica e ético-social com a qual a sabedoria é proposta dentro de um preciso projeto educativo; o papel de Deus na vida do homem; o problema do mal; a figura da Sabedoria personificada; a teologia da criação como verdadeiro coração da teologia dos sábios.

O texto configura-se como uma introdução à literatura sapiencial bíblica e se dirige sobretudo a estudantes e a pessoas interessadas em empreender um percurso de aprofundamento.

“Julguei oportuno” — escreve o autor — “evitar dois extremos: por um lado, o risco de oferecer um texto muito volumoso e excessivamente difícil […]. Por outro lado, eu quis evitar também o risco de oferecer um manual muito simples, de nível mais baixo, que deixasse de abordar problemáticas complexas e aspectos exegéticos que exigem um estudo mais aprofundado”.

O original, em italiano, é de 2012.

Luca Mazzinghi é professor de Antigo Testamento na Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma.

Escavando a terra de Jesus

STRANGE, J. R. Excavating the Land of Jesus: How Archaeologists Study the People of the Gospels. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2023, 208 p. – ISBN ‎ 9780802869500.

Ao contrário da crença popular, a arqueologia da Galileia do século I d.C. não busca ilustrar ou provar os evangelhos. Pelo contrário, a arqueologia procura compreender aSTRANGE, J. R. Excavating the Land of Jesus: How Archaeologists Study the People of the Gospels. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2023 vida das pessoas que viveram no tempo de Jesus.

Como entendemos Jesus e sua atuação como parte de um mundo maior? Como interpretamos a cultura material juntamente com as evidências textuais dos evangelhos? Como sabemos onde e como escavar?

James Riley Strange ensina aos estudantes como resolver esses problemas neste interessante livro. Baseando-se na experiência profissional como arqueólogo em Israel, Strange explica a metodologia atual para levantamento topográfico, escavação de evidências e interpretação de dados.

James Riley Strange é professor de Novo Testamento na Samford University, Homewood, Alabama, USA. Ele também dirige o projeto de escavação Shikhin na Galileia e pesquisa a arqueologia da Palestina do período helenístico ao bizantino.

Leia algumas avaliações do livro aqui.

 

Contrary to popular belief, archaeology of first-century Roman Galilee is not about illustrating or proving the Gospels, drawing timelines, or hunting treasure. Rather, it is about understanding the lives of people, just like us, who lived in the time of Jesus. How do we understand Jesus and his mission as part of a larger world? How do we interpret material culture alongside textual evidence from the Gospels? How do we know where and how to dig?

James Riley Strange teaches students how to address these problems in this essential textbook. Drawing on professional experience as a scientific archaeologist in Israel, Strange explains current methodology for ground surveying, excavating evidence, and interpreting data. Excavating the Land of Jesus is the ideal guide for students seeking answers in the dirt of the Holy Land.

James Riley Strange is the Charles Jackson Granade and Elizabeth Donald Granade Professor in New Testament at Samford University. He also directs the Shikhin Excavation Project in Israel and researches the archaeology of Palestine in the Hellenistic through Byzantine periods, early Christianity, and postbiblical Judaisms.

Table of Contents

Foreword by Luke Timothy Johnson
Preface
List of Abbreviations
Introduction: The Problem of Understanding First-Century Roman Galilee
1. The Problems of Where to Dig and How to Know Where You Are Digging
2. The Problem of How to Dig
3. The Problem of Using Texts and Archaeology
4. The Problem of Understanding Ancient Technologies
5. The Problem of Understanding Ancient Values
Conclusion: The Problem of Why Archaeologists Dig
Works Cited
Illustration Credits
Indexes

A Bíblia Paulinas

A Bíblia

Diz a editora:

Como parte deste grande projeto, a Paulinas já havia publicado, com sucesso e boa acolhida dos leitores, o Novo Testamento (2015), os Salmos (2017) e o Pentateuco (2021). Agora, chega às livrarias a edição completa, com os 73 livros que formam a Bíblia católica.A Bíblia - Paulinas 2023

A tradução de “A Bíblia” destaca-se pelo respeito às línguas originais, evitando supressões e acréscimos desnecessários.

Os tradutores e as tradutoras, especialistas da área, usaram como base os manuscritos em hebraico, aramaico e grego, a fim de que o leitor possa ter em mãos um texto fiel à mensagem original.

Nos Evangelhos, por exemplo, fez-se a harmonização das chamadas passagens sinóticas, ou seja, aquelas passagens muito semelhantes que aparecem em mais de um Evangelho, permitindo ao leitor perceber as semelhanças e as diferenças entre os quatro Evangelhos.

Fez-se também uma ampla revisão dos nomes bíblicos, de modo a identificar mais claramente as personagens e os lugares bíblicos.

Para preparar e auxiliar a leitura, foram elaboradas introduções a todos os livros bíblicos, com informações sobre a autoria, datação, estrutura e principais temas da obra.

Também foram redigidas amplas notas explicativas para todas as passagens bíblicas, com informações literárias, teológicas, históricas e geográficas, bem como com abundantes referências bíblicas, a fim de que o leitor possa consultar passagens relacionadas ao texto que está lendo.

Por fim, “A Bíblia” é enriquecida com mapas que auxiliam na contextualização dos eventos descritos nas Escrituras, guiando os leitores em uma jornada ao longo da rica e cativante história bíblica, e com um roteiro de leitura orante, a fim de ajudar as pessoas a fazerem uma experiência mais profunda e transformadora das Sagradas Escrituras.

A apresentação gráfica prima pela funcionalidade e beleza, trazendo o texto em fontes legíveis e em duas cores, impressa em papel-bíblia de cor palha, que facilita a leitura, e com capa, símbolo, ilustração e tipologia especial do artista sacro Cláudio Pastro.

Mês da Bíblia 2023: sobre a Carta aos Efésios

SEGANFREDO, A. C.; BAQUER, V. P.; SILVANO, Z. A. Carta aos Efésios: “É pela graça que fostes salvos!” (Ef 2,5). São Paulo: Paulinas, 2023, 160 p. – ISBN 9786558082217.

A Carta aos Efésios destaca-se pela sua densidade teológica, cristológica e pneumatológica, e de forma especial pela concepção de Igreja (eclesiologia).

A parteSEGANFREDO, A. C.; BAQUER, V. P.; SILVANO, Z. A. Carta aos Efésios: “É pela graça que fostes salvos!” (Ef 2,5). São Paulo: Paulinas, 2023, 160 p. parenética exorta a comunidade, formada pelos(as) batizados(as), tanto oriundos da cultura judaica como da gentílica, a manterem a unidade na diversidade; a agirem eticamente, tendo Cristo como o princípio normativo; a comportarem-se como filhos da luz; a revestirem-se da “nova humanidade” em Cristo, a mudarem as relações familiares e sociais, deixando-se guiar pelo Espírito, a fim de poder vencer tudo o que é o antirreino.

Antônio César Seganfredo é missionário scalabriniano, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Roma), com especialização pela École Biblique et Archéologique de Jerusalém. É professor de Novo Testamento e diretor administrativo do Instituto Teológico São Paulo (ITESP), bem como secretário da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB 2023-2024).

Vinicius Pimentel Baquer é presbítero do clero da Diocese de Diamantino (MT); bacharel em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Teologia (FAJE) (Belo Horizonte/MG) e mestre em Teologia pela PUCRS (Porto Alegre/RS).

Zuleica Aparecida Silvano é irmã paulina, mestra em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma e doutora em Teologia Bíblica pela Faculdade Jesuíta de Teologia (FAJE) (Belo Horizonte/MG). É assessora no Serviço de Animação Bíblia/Paulinas (SAB), responsável pelo subsídio do Mês da Bíblia, por Paulinas; professora no Departamento de Teologia da FAJE; membra da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB); da Comissão Bíblica do CEBITEPAL (CELAM) e da equipe interdisciplinar da CRB.