Dois novos livros de Philip R. Davies

DAVIES, P. R. The Origins of Biblical Israel. London: Bloomsbury T&T  Clark, 2009, 208 p. – ISBN 9780567137616

Diz a editora:

DAVIES, P. R. The Origins of Biblical Israel. London: Bloomsbury T&T Clark, 2009The book starts from the problem defined by recent archaeological discovery about the societies that formed the backbone of the kingdoms of Israel and Judah, their origins and their relationship. It has become clear that the biblical notion of a 12-tribe ‘nation’ united by descent and religion does not correspond to these findings. The challenge is not to argue endlessly about how far the differing accounts can be reconciled, as a prolongation of an old debate about biblical ‘historicity’, but to try and understand what historical, social and cultural process led to the production of the biblical portrait of an Israel of 12 tribes embracing two kingdoms. Davies argues for the importance of the role of Bethel as a royal sanctuary, then a central sanctuary of the Neo-Babylonian and Persian province of Judah. In particular, the figure of Jacob as the ancestor of ‘Israel’, associated with Bethel, became the eponym of the biblical ‘all Israel’ and the name ‘Israel’ survived as the name of a new society, even as Jerusalem was re-established as the major, and subsequently the only, official Judaean temple.

 

DAVIES, P. R. On the Origins of Judaism. Abingdon: Routledge, 2014, 183 p. – ISBN 9781845533267.

Deste livro diz a editora:

This book covers several basic issues in the formation of early Judaism. It explores the identity of those who produced and canonized the Hebrew Bible and subsequentlyDAVIES, P. R. On the Origins of Judaism. Abingdon: Routledge, 2014 shaped its interpretation, re-examines the significance and impact of Second Isaiah, and the books of Ezra and Nehemiah, traces the root of Jewish apocalyptic literature, and the possible origins of the exodus story. Two final chapters consider the mechanics of table fellowship in diaspora Judaism and consider the ethical systems of the Hebrew Bible and of the Athenian tragedians in the light of their respective social and political structures. Some of these essays have previously appeared but all have been revised.

Egiptologia no Brasil

Está na ANBA – Agência de Notícias Brasil-Árabe, assinada por Isaura Daniel, a seguinte notícia: Egiptólogos brasileiros se reúnem em Curitiba [Obs.: link quebrado].

“Pesquisadores brasileiros vão dividir a partir de hoje (30), em Curitiba, os seus conhecimentos a respeito do Egito Antigo. Até o sábado (01) o Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) vai receber egiptólogos e estudiosos do assunto vindos de várias partes do Brasil. Eles vão participar do 2° Encontro Nacional de Estudos Egiptológicos. O tema será a religião no cotidiano do Egito Antigo. Segundo o coordenador do encontro, Moacir Elias Santos, são esperadas cerca de 150 pessoas. Serão abordados, por exemplo, como os faraós associavam sua propaganda política à religião, o culto aos animais que ocorria na época e os textos dos sarcófagos, antigas tumbas. Também farão parte dos painéis temas extras ao assunto principal, como a herança dos obeliscos egípcios na atualidade, elementos das charges e caricaturas egípcias na imprensa brasileira e a presença do Egito Antigo na literatura infanto-juvenil. De acordo com Santos, que também é professor adjunto e responsável pela disciplina de História Antiga e Arqueologia do curso de História da Uniandrade, o encontro terá como conferencistas grandes autoridades em egiptologia, como Juan José de Castilhos, do Instituto Uruguaio de Egiptologia, e Maurício Elvis Schneider, do Círculo Brasileiro de Egiptologia. Participarão do encontro como palestrantes especialistas de universidades dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná”.

Leia a notícia completa. Versão em inglês: Egyptologists from Brazil to meet in Curitiba [link quebrado].

Agradeço a Andie, do Egyptology News, pela dica.

Debate entre Finkelstein e Mazar em livro

Está para sair em livro, agora em setembro de 2007, o debate entre os arqueólogos Israel Finkelstein e Amihai Mazar ocorrido em outubro de 2005 no International Institute for Secular Humanistic Judaism – IISHJ – de Farmington Hills, MI, USA.

FINKELSTEIN, I.; MAZAR, A. The Quest for the Historical Israel: Debating Archaeology and the History of Early Israel. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2007, 220 p. ISBN 9781589832770.

FINKELSTEIN, I.; MAZAR, A. The Quest for the Historical Israel: Debating Archaeology and the History of Early Israel. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2007Three decades of dialogue, discussion, and debate within the interrelated disciplines of Syro-Palestinian archaeology, Israelite history, and Hebrew Bible on the question of the relevance of the biblical account for reconstructing early Israel’s history have created the need for a balanced articulation of the issues and their prospective resolutions. This book brings together for the first time and under one cover, the currently emerging “centrist” paradigm as articulated by Israel Finkelstein and Amihai Mazar, two leading figures in the field of early Israelite history and archaeology. Although these two authors advocate distinct views of early Israel’s history, they nevertheless share the position that the material cultural data, the biblical traditions, and the ancient Near Eastern written sources are all significantly relevant to the historical quest for Iron Age Israel. The results of their research are featured here in accessible, parallel syntheses of the historical reconstruction of early Israel with the aim of facilitating comparison and contrast of their respective interpretations. The two histories presented in Quest are based on invited lectures the authors delivered in October 2005 at the International Institute for Secular Humanistic Judaism’s Sixth Biennial Colloquium in Detroit, Michigan.

Observo que o livro está disponível em pdf para download gratuito no Projeto ICI da SBL.

Novo livro do Cassio: lançamento em 3 de setembro

Hoje Cássio Murilo Dias da Silva enviou-me dois pequenos textos com autorização para publicá-los no Observatório Bíblico. Quero lembrar aos leitores que Cássio estará lançando seu novo livro Leia a Bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2007, 104 p. ISBN 9788515033072, no dia 3 de setembro próximo, como noticiei no link acima.

Os textos abaixo são um Curriculum Vitae do autor e um press-release do livro.

“Meu nome, Cássio Murilo Dias da Silva. Sou nascido em Jundiaí e criado em Campo Limpo Paulista.

Fiz o ensino médio e fundamental em Campo Limpo, nas escolas ‘Francisco Monlevade’ e ‘XV de Outubro’. Cursei a Filosofia no Seminário de Jundiaí e a Teologia na PUC de Campinas. Entre 1988 e 1992, cursei o Mestrado no Instituto Bíblico de Roma, e para lá voltei em 2001, para obter o Doutorado nas chamadas ‘Ciências Bíblicas’. Trata-se de um estudo aprofundado da Bíblia e de tudo o que a ela se relaciona: as línguas antigas, a história antiga, a sociedade e a cultura do povo de Jesus.

Nesta semana lanço meu terceiro livro: Leia a Bíblia como literatura.

O primeiro – Metodologia de exegese bíblica – apresenta as técnicas necessárias para se ler a Bíblia de modo científico. O segundo – Aquele que manda a chuva sobre a face da terra – é a minha tese doutoral, um estudo profundo de alguns trechos do Antigo Testamento, nos quais Deus aparece como o criador e o dominador das chuvas. Este terceiro livro reelabora de modo mais simples várias coisas que já haviam aparecido no Metodologia, mas agora com uma linguagem mais acessível e, por outro lado, com algumas complementações.

Este livro constitui uma ‘caixa de ferramentas’ para quem já tem algum contato com a Bíblia na oração e na catequese, mas não está satisfeito somente com isso e quer mais. Não é uma introdução à Bíblia, e sim uma introdução à leitura da Bíblia como uma obra literária, que não perde nada para os grandes romances ou livros de aventura ou as poesias clássicas.

Isso não diminui em nada o valor da Bíblia. Bem ao contrário, recoloca a Bíblia em seu devido lugar, pois ela não é uma palavra de Deus que ‘caiu do céu em dia de limpeza’, e sim a Palavra de Deus em palavras humanas. Neste novo livro, mostro como os autores bíblicos usaram o que tinham de melhor para transmitir com respeito, veneração e amor a mensagem de Deus. Por isso, o título do livro é um desafio, mas também um conselho: ‘leia a Bíblia como literatura’”.

Até aqui o Curriculum. Agora o press-release:

Leia a Bíblia como literatura: este título quer ser uma provocação, quase um desafio, e nos convida a ler a Bíblia, não como um depósito de verdades ou um repertório de conselhos a serem utilizados na pregação e da doutrinação, e sim lê-la pelo simples prazer de ler uma obra bem escrita.

Sacrilégio? De forma alguma. Se assim o fosse, os primeiros sacrílegos seriam os autores humanos que emprestaram a Deus palavras, conceitos, figuras literárias e os muitos outros elementos que compõem o texto bíblico. De fato, os livros bíblicos não perdem em nada para as grandes obras da literatura universal, nem os autores sagrados são inferiores a tantos mestres da literatura mundial. Todavia, nossa preocupação em ler os textos bíblicos para dele extrair mensagens espirituais quase sempre faz com que não percebamos como os textos bíblicos são bem formulados, com uma profundidade poética impressionante e com um vigor narrativo invejável.

Leia a Bíblia como literatura quer abrir horizontes e oferecer um instrumental acessível aos que já amam a Palavra de Deus e querem aprender a amá-la ainda mais”.

Resenhas na RBL – 28.08.2007

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Elizabeth Boase
The Fulfilment of Doom? The Dialogic Interaction between the Book of Lamentations and the Pre-exilic/Early Exilic Prophetic Literature
Reviewed by Bradley C. Gregory

Michael Carasik
Theologies of the Mind in Biblical Israel
Reviewed by David Lambert

John A. Dennis
Jesus’ Death and the Gathering of True Israel: The Johannine Appropriation of Restoration Theology in the Light of John 11.47-52
Reviewed by Mary L. Coloe

Thomas B. Dozeman and Konrad Schmid, eds.
A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation
Reviewed by J. Harold Ellens

Jörg Frey, Jan G. van der Watt, and Ruben Zimmerman, eds.
Imagery in the Gospel of John: Terms, Forms, Themes, and Theology of Johannine Figurative Language
Reviewed by Dorothy Lee

Zev Garber, ed.
Mel Gibson’s Passion: The Film, the Controversy, and Its Implications
Reviewed by Timothy D. Finlay

Annalisa Guida and Marco Vitelli, eds.
Gesù e i messia di Israele: Il messianismo giudaico e gli inizi della cristologia
Reviewed by Ilaria Ramelli

Michael W. Holmes
The Apostolic Fathers in English
Reviewed by Hennie Stander

Jon D. Levenson
Resurrection and the Restoration of Israel: The Ultimate Victory of the God of Life
Reviewed by Stephen L. Cook

Antti Mustakallio, ed., in collaboration with Heikki Leppä and Heikki Räisänen
Lux Humana, Lux Aeterna: Essays on Biblical and Related Themes in Honour of Lars Aejmelaeus
Reviewed by Korinna Zamfir

Anson F. Rainey and R. Steven Notley
The Sacred Bridge: Carta’s Atlas of the Biblical World
Reviewed by Oded Borowski

Ben-Zion Rosenfeld and Joseph Menirav
Markets and Marketing in Roman Palestine
Reviewed by Michael Trainor

C. Kavin Rowe
Early Narrative Christology: The Lord in the Gospel of Luke
Reviewed by Joel B. Green

Gregory Tatum
New Chapters in the Life of Paul: The Relative Chronology of His Career
Reviewed by Eve-Marie Becker

Gerd Theissen
The Bible and Contemporary Culture
Reviewed by Christian Danz

Sobre o Colóquio “A Bíblia e suas Traduções”

Como noticiado neste blog, em 23 de julho passado, no post UFMG: The Bible and its Translations, foi realizado nos dias 22 a 24 de agosto na Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte, MG, o I Colóquio Internacional “A Bíblia e suas Traduções”.

Dois colegas do grupo “Biblistas Mineiros” estiveram presentes: Johan Konings, que apresentou um trabalho, e Telmo Figueiredo, que enviou-me por e-mail alguns detalhes do evento e os resumos dos trabalhos. Diz Telmo que um livro com todas as Conferências e Comunicações será publicado pela Editora da UFMG possivelmente até o final deste ano [Obs.: saiu em 2009, veja no final do post]. E complementa com uma boa notícia: Algo importante a ser observado é que os estudos literários sobre a Bíblia entraram, para valer, no gosto de várias Faculdades de Letras do país e que núcleos de estudos judaicos e bíblicos têm sido formados em várias Universidades, o que é um grande avanço em nosso país.

Dos 27 resumos dos trabalhos apresentados, escolhi sete, meio ao acaso, a modo de exemplo do que lá foi debatido.

:: A tradução bíblica na perspectiva dos estudos da religião
> Tradução, tradição e o presente eterno do texto sagrado – Prof. Dr. Steven Engler, Mount Royal College, Canadá – PUC/SP, Brasil
No caso de textos sagrados, a idéia do texto único e original ganha uma grande força normativa. Neste contexto, a tradução interlingual se torna parte da transmissão de uma tradição religiosa. Esta apresentação coloca insights retirados dos debates sobre “a invenção da tradição” e das teorias antropológicas e sociológicas da dádiva, salientando as funções sociais de duas idéias: a transmissão pura do original dentro de uma comunidade e a transmissão fora destes limites sociais. Uma das funções da “ideologia da dádiva pura” (Jonathan Parry) é de legitimar o presente contingente (no sentido temporal) através do presente puro (no sentido econômico) do texto sagrado.

:: A Bíblia e os seus tradutores
> Tradução e Ideologia – Prof. Lysias Oliveira Santos, Seminário Teológico de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Nesta comunicação, espera-se, apresentar uma versão resumida de uma pesquisa sobre as motivações externas que podem interferir no ato tradutivo da Bíblia. Essa pesquisa abrange um levantamento no campo da teoria da tradução e, especificamente, da tradução da Bíblia. Sendo assim, propõe-se um método e uma tentativa de sua aplicação em algumas situações em que as motivações externas parecem ser fatores de influência direta no resultado da tradução.

:: A Bíblia e a criação do mundo
> As múltiplas faces de Eva na poesia hebraica – Profª. Drª. Nancy Rozenchan, USP
Utilizando quatro poemas da literatura hebraica contemporânea, a presente comunicação se propõe contrapor a eles três correntes que resumem as muitas transformações que a figura prototípica de Eva experimentou em sua rota tanto na literatura judaica como fora dela: de ser intimamente associada ao mal, de ser identificada com desejos carnais, e, por ter sido ela que teve tratos com a serpente, de ser dona de um poder demoníaco fatal. Serão abordados poemas (em tradução) de Iaacov Fihman, que indica a essência ambivalente da personagem Eva; de T. Carmi, que se centra sobre o poder e a força positiva do conhecimento feminino, de Ionatan Ratosh, além de ressaltar relações básicas homem/mulher, expressando um movimento constante entre domínio e ser dominado; além do uso metafórico do relato bíblico, de Dan Paguis, um dos mais impressionantes de que se tem conhecimento na poesia hebraica.

:: A Bíblia, o cinema, as artes
> Escândalos e blasfêmias: o sagrado e o profano na obra de Pasolini – Prof. Dr. Luiz Nazario, UFMG
Embora Pasolini não acreditasse na divindade de Cristo, acreditava na força poderosa que chamava de Sagrado e dizia que seria um louco se deixasse essa dimensão exclusivamente aos padres, como se o Sagrado fosse um monopólio da Igreja. Evidentemente, a tradição cristã nas igrejas e catedrais, na arte sacra e na hagiografia contava muito para Pasolini, e sua obra é testemunha disso. Mas, para ele, o Sagrado não era, necessariamente, o que a Igreja definia como tal. Para Pasolini, o Sagrado era uma força poderosa que existia dentro de todo ser humano; a mesma força que Freud chamou de Eros, em eterna luta contra Tânatos; a própria energia vital que cada um, ao longo da existência, dirige singularmente a objetos diversos: os religiosos a Deus, os burgueses ao dinheiro, os militantes ao poder. Pasolini dirigia essa energia ao sexo dos jovens e rapazes do povo.

:: A Bíblia e suas metáforas
> Destraduzindo a Bíblia: a realização utópica de Haroldo de Campos do signo Bíblico – Prof. Dr. Enrique Mandelbaum, USP
Haroldo de Campos, em suas traduções da Bíblia, realiza um intenso diálogo hermenêutico-ecumênico e suscita uma fantástica cenografia espiritual para enuclear o signo bíblico. Desse modo, ele traz, à cena, uma leitura que implica e reúne a história das leituras bíblicas.

> O Apocalipse como obra aberta – Prof. Bruno Loureiro Fernandes, UNI-BH
O Apocalipse foi utilizado em narrativas ficcionais (O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault, A Misteriosa Chama da Rainha Loana); e em trabalhos teóricos (Apocalípticos e integrados), pelo escritor e pesquisador italiano Umberto Eco. Sua visão do texto do Evangelho Segundo São João parece enfatizar seu caráter poético, bem como inserir a narrativa bíblica no conceito de “obra aberta”, por ele desenvolvido em obra homônima. O objetivo desta comunicação é, sobretudo, refletir sobre os textos literários do autor à luz de sua teoria.

:: Desafios da Tradução: Bíblia Hebraica e Cristã
> O problema da tradução da Bíblia no Brasil hoje – Prof. Dr. Johan Konings, FAJE, Belo Horizonte
O panorama atual das traduções no Brasil; o texto: questões documentais, sócio-histórico-culturais, lingüísticas; tradução e exegese; a comunidade interpretadora e a alteridade do texto; tradução para a leitura fiel em nosso meio; traduções formais, traduções dinâmicas e paráfrases; traduções eruditas e traduções pastorais.

GOHN, C.; NASCIMENTO, L. (orgs.) A Bíblia e suas traduções. São Paulo: Humanitas, 2009, 300 p. – ISBN 9788577321087

A atual guerra do Peloponeso contra o fogo

Não a antiga guerra, entre Atenas e Esparta, de 431 a 404 a.C., mas a atual, contra os devastadores incêndios que se espalharam pela Grécia, em especial na região do Peloponeso. As ruínas da antiga Olímpia foram salvas com muito esforço.

Se não tomarmos juízo, a pequena nave, vulgo Planeta Terra, pode ficar muito danificada para sustentar a vida.

Por aqui, região de Ribeirão Preto, região de canaviais, o clima está muito ruim, com uma névoa seca que tomou conta do ar, de ontem para cá, com atmosfera totalmente cinza, enfumaçada.

Haze, em inglês, aponta o Weather Watcher para a região: névoa seca, em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes.

Estudo do clima ajuda a explicar a História

Veja, em artigo do jornal israelense Haaretz, de 23/08/2007, assinado por Ofri Ilany, como o estudo das mudanças climáticas ocorridas no passado ajuda a explicar situações históricas, como o (des)povoamento de uma região e deslocamentos de grupos humanos em um território.

Aqui, na região costeira de Canaã, na Idade do Bronze.

 

Researchers say communities abandoned the coastal plain in the Bronze Age due to climate change and flooding

The history of the Land of Israel over the last few thousand years has been fraught with upheavals and wars, and the arrival and disappearance of many peoples. A recently published study raises the possibility of a different kind of cause for shifting settlement patterns in the land some 5,500 years ago: Climate change led to the flooding of the coastal plain (which had been a populated commercial and settlement center) and the creation of many swamps.

The concentration of population, commerce and trade in Israel’s coastal plain is not a phenomenon unique to our era. Even before the events the Bible describes in the Land of Israel, during the early first Bronze Age, 5,500 years ago, numerous communities dotted the coastal strip, from the vicinity of Gaza to the Galilee. The first royal dynasties appeared around that time in Egypt, and clay vessels uncovered in southern coastal communities indicate that the area (apparently under Egyptian control) served as an important trade route for the Egyptians.

And then, 5,500 years ago, say the archaeologists, there was a dramatic change. The coastal region was almost completely abandoned while concurrently in other areas an urban revolution was underway, with large fortified cities being built. After the era of urban, commercial prosperity, for almost a thousand years, the coastal plain mostly contained but a few small and scattered communities.

“The phenomenon is amazing,” says archaeologist Dr. Avraham Faust, director of Bar-Ilan University’s Institute of Archaeology. “There was a fairly large population in the coastal plain, and at the end of a relatively short process it emptied almost completely. In the alluvial areas, nearly all of the communities disappeared. The Egyptians also abandoned the coastal plain and trade no longer passed that way.”

Faust adds: “The key question that engaged us is why? What caused the community to disappear?” His research with Dr. Yosef Ashkenazy, a climate researcher at Ben-Gurion University of the Negev, suggests a comprehensive explanation of the phenomenon: The Canaanite coastal settlements were abandoned in the face of environmental change. Increased precipitation led to the flooding of parts of the coastal plain and to a rise in the level of groundwater, which eventually resulted in the spread of swamps, and that apparently caused the residents to leave the area.

The two researchers’ article appeared recently in the journal Quarternary Research. As part of the study, Faust and Ashkenazy compared the archaeological findings on the thinning of communities in the coastal region with data indicating a rise in precipitation in the relevant period. Among other things, the researchers rely on measurements of precipitation during earlier eras, taken from the Nahal Sorek stalagmites, and evidence of changes in the level of the Dead Sea.

According to Faust, the limestone ridges of the coastal plain blocked the flow of surging rivers, creating a drainage problem, and the swelling waters caused swamps to appear specifically in this area. There are findings that indicate a peak level of swamps in this era, says Faust. Excavations in Tel Aviv, at the Exhibition Grounds, uncovered a settlement that was abandoned a little after 3000 BCE. It was covered by a layer of dark soil that proved to contain “a very high percentage of swamp flora,” says Faust.

One of the most interesting findings, indicating the likeliness of swamps in the coastal region, is the relative abundance of hippopotamus bones uncovered in excavations. Hippopotamuses thrived in the Land of Israel during prehistoric times and are identified as the “behemoths” mentioned in the Bible. The substantial evidence of an increased hippopotamus population indicates these animals came to enjoy more hospitable living conditions, i.e., more swamps, attesting to higher humidity levels.

Faust and Ashkenazy’s study considers the unexpected and considerable impact that climate change can have on a population. “It is usually believed that only a drop in precipitation leads to the abandonment of settlements,” say the researchers. “We are trying to show that an increase in precipitation can also have an impact.”

Grecia em chamas, patrimonio cultural em risco


Informe-se:
Fight to save Olympic birthplace – BBC News: 26 August 2007, 18:52 GMT (com mapa dos incêndios)
Grécia já conta 56 mortos em incêndios; Olímpia é salva – Folha Online: 26/08/2007 – 15h25 (com imagem de satélite da Nasa)
Incêndios ameaçam ruínas antigas de Olímpia na Grécia – BBC Brasil: 26 de agosto, 2007 – 10h10 GMT (com galeria de fotos)

Direito à Memória e à Verdade

Brasil merece “comissão da verdade” sobre 64

A regra de que a História sempre é escrita pelos vitoriosos foi quebrada pelo livro Direito à Memória e à Verdade, obra que relata os 11 anos de trabalho da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Pela primeira vez, um documento oficial do governo federal conta a história dos derrotados pela ditadura militar de 1964 (…) O Estado brasileiro assume a versão de que a repressão política decapitou, esquartejou, estuprou, torturou e ocultou cadáveres, entre outros atos cruéis, de opositores da ditadura que já estavam presos e que não tinham como reagir. “A maioria das mortes se deu na prisão, sob intensas torturas”, afirma o livro, que é produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. A obra será divulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto (…) Em 1995, o então presidente Fernando Henrique Cardoso teve a coragem de editar uma lei que fez o Estado brasileiro assumir a responsabilidade pela morte de “causas não naturais” dos opositores da ditadura. Foi um grande avanço. Lula, que tinha feito muito menos nessa área do que o antecessor, dá agora um passo importante ao bancar um livro que diz com todas as letras como aconteceram essas mortes de “causas não naturais” (…) O livro traz um resumo sobre 475 casos. Desses, 339 foram apreciados pela comissão de mortos e desaparecidos (…) Editado com tiragem de 5.000 exemplares e 500 páginas, o documento…

Leia o texto completo escrito por Kennedy Alencar na Folha Online de 26/08/2007.

Leia Mais:
Livro relata abusos sexuais contra presos da ditadura – Folha Online: 26/08/2007 – 08h43