As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:
Elizabeth Boase
The Fulfilment of Doom? The Dialogic Interaction between the Book of Lamentations and the Pre-exilic/Early Exilic Prophetic Literature
Reviewed by Bradley C. Gregory
Michael Carasik
Theologies of the Mind in Biblical Israel
Reviewed by David Lambert
John A. Dennis
Jesus’ Death and the Gathering of True Israel: The Johannine Appropriation of Restoration Theology in the Light of John 11.47-52
Reviewed by Mary L. Coloe
Thomas B. Dozeman and Konrad Schmid, eds.
A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation
Reviewed by J. Harold Ellens
Jörg Frey, Jan G. van der Watt, and Ruben Zimmerman, eds.
Imagery in the Gospel of John: Terms, Forms, Themes, and Theology of Johannine Figurative Language
Reviewed by Dorothy Lee
Zev Garber, ed.
Mel Gibson’s Passion: The Film, the Controversy, and Its Implications
Reviewed by Timothy D. Finlay
Annalisa Guida and Marco Vitelli, eds.
Gesù e i messia di Israele: Il messianismo giudaico e gli inizi della cristologia
Reviewed by Ilaria Ramelli
Michael W. Holmes
The Apostolic Fathers in English
Reviewed by Hennie Stander
Jon D. Levenson
Resurrection and the Restoration of Israel: The Ultimate Victory of the God of Life
Reviewed by Stephen L. Cook
Antti Mustakallio, ed., in collaboration with Heikki Leppä and Heikki Räisänen
Lux Humana, Lux Aeterna: Essays on Biblical and Related Themes in Honour of Lars Aejmelaeus
Reviewed by Korinna Zamfir
Anson F. Rainey and R. Steven Notley
The Sacred Bridge: Carta’s Atlas of the Biblical World
Reviewed by Oded Borowski
Ben-Zion Rosenfeld and Joseph Menirav
Markets and Marketing in Roman Palestine
Reviewed by Michael Trainor
C. Kavin Rowe
Early Narrative Christology: The Lord in the Gospel of Luke
Reviewed by Joel B. Green
Gregory Tatum
New Chapters in the Life of Paul: The Relative Chronology of His Career
Reviewed by Eve-Marie Becker
Gerd Theissen
The Bible and Contemporary Culture
Reviewed by Christian Danz
Dia: 28 de agosto de 2007
Sobre o Colóquio “A Bíblia e suas Traduções”
Como noticiado neste blog, em 23 de julho passado, no post UFMG: The Bible and its Translations, foi realizado nos dias 22 a 24 de agosto na Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte, MG, o I Colóquio Internacional “A Bíblia e suas Traduções”.
Dois colegas do grupo “Biblistas Mineiros” estiveram presentes: Johan Konings, que apresentou um trabalho, e Telmo Figueiredo, que enviou-me por e-mail alguns detalhes do evento e os resumos dos trabalhos. Diz Telmo que um livro com todas as Conferências e Comunicações será publicado pela Editora da UFMG possivelmente até o final deste ano [Obs.: saiu em 2009, veja no final do post]. E complementa com uma boa notícia: Algo importante a ser observado é que os estudos literários sobre a Bíblia entraram, para valer, no gosto de várias Faculdades de Letras do país e que núcleos de estudos judaicos e bíblicos têm sido formados em várias Universidades, o que é um grande avanço em nosso país.
Dos 27 resumos dos trabalhos apresentados, escolhi sete, meio ao acaso, a modo de exemplo do que lá foi debatido.
:: A tradução bíblica na perspectiva dos estudos da religião
> Tradução, tradição e o presente eterno do texto sagrado – Prof. Dr. Steven Engler, Mount Royal College, Canadá – PUC/SP, Brasil
No caso de textos sagrados, a idéia do texto único e original ganha uma grande força normativa. Neste contexto, a tradução interlingual se torna parte da transmissão de uma tradição religiosa. Esta apresentação coloca insights retirados dos debates sobre “a invenção da tradição” e das teorias antropológicas e sociológicas da dádiva, salientando as funções sociais de duas idéias: a transmissão pura do original dentro de uma comunidade e a transmissão fora destes limites sociais. Uma das funções da “ideologia da dádiva pura” (Jonathan Parry) é de legitimar o presente contingente (no sentido temporal) através do presente puro (no sentido econômico) do texto sagrado.
:: A Bíblia e os seus tradutores
> Tradução e Ideologia – Prof. Lysias Oliveira Santos, Seminário Teológico de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Nesta comunicação, espera-se, apresentar uma versão resumida de uma pesquisa sobre as motivações externas que podem interferir no ato tradutivo da Bíblia. Essa pesquisa abrange um levantamento no campo da teoria da tradução e, especificamente, da tradução da Bíblia. Sendo assim, propõe-se um método e uma tentativa de sua aplicação em algumas situações em que as motivações externas parecem ser fatores de influência direta no resultado da tradução.
:: A Bíblia e a criação do mundo
> As múltiplas faces de Eva na poesia hebraica – Profª. Drª. Nancy Rozenchan, USP
Utilizando quatro poemas da literatura hebraica contemporânea, a presente comunicação se propõe contrapor a eles três correntes que resumem as muitas transformações que a figura prototípica de Eva experimentou em sua rota tanto na literatura judaica como fora dela: de ser intimamente associada ao mal, de ser identificada com desejos carnais, e, por ter sido ela que teve tratos com a serpente, de ser dona de um poder demoníaco fatal. Serão abordados poemas (em tradução) de Iaacov Fihman, que indica a essência ambivalente da personagem Eva; de T. Carmi, que se centra sobre o poder e a força positiva do conhecimento feminino, de Ionatan Ratosh, além de ressaltar relações básicas homem/mulher, expressando um movimento constante entre domínio e ser dominado; além do uso metafórico do relato bíblico, de Dan Paguis, um dos mais impressionantes de que se tem conhecimento na poesia hebraica.
:: A Bíblia, o cinema, as artes
> Escândalos e blasfêmias: o sagrado e o profano na obra de Pasolini – Prof. Dr. Luiz Nazario, UFMG
Embora Pasolini não acreditasse na divindade de Cristo, acreditava na força poderosa que chamava de Sagrado e dizia que seria um louco se deixasse essa dimensão exclusivamente aos padres, como se o Sagrado fosse um monopólio da Igreja. Evidentemente, a tradição cristã nas igrejas e catedrais, na arte sacra e na hagiografia contava muito para Pasolini, e sua obra é testemunha disso. Mas, para ele, o Sagrado não era, necessariamente, o que a Igreja definia como tal. Para Pasolini, o Sagrado era uma força poderosa que existia dentro de todo ser humano; a mesma força que Freud chamou de Eros, em eterna luta contra Tânatos; a própria energia vital que cada um, ao longo da existência, dirige singularmente a objetos diversos: os religiosos a Deus, os burgueses ao dinheiro, os militantes ao poder. Pasolini dirigia essa energia ao sexo dos jovens e rapazes do povo.
:: A Bíblia e suas metáforas
> Destraduzindo a Bíblia: a realização utópica de Haroldo de Campos do signo Bíblico – Prof. Dr. Enrique Mandelbaum, USP
Haroldo de Campos, em suas traduções da Bíblia, realiza um intenso diálogo hermenêutico-ecumênico e suscita uma fantástica cenografia espiritual para enuclear o signo bíblico. Desse modo, ele traz, à cena, uma leitura que implica e reúne a história das leituras bíblicas.
> O Apocalipse como obra aberta – Prof. Bruno Loureiro Fernandes, UNI-BH
O Apocalipse foi utilizado em narrativas ficcionais (O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault, A Misteriosa Chama da Rainha Loana); e em trabalhos teóricos (Apocalípticos e integrados), pelo escritor e pesquisador italiano Umberto Eco. Sua visão do texto do Evangelho Segundo São João parece enfatizar seu caráter poético, bem como inserir a narrativa bíblica no conceito de “obra aberta”, por ele desenvolvido em obra homônima. O objetivo desta comunicação é, sobretudo, refletir sobre os textos literários do autor à luz de sua teoria.
:: Desafios da Tradução: Bíblia Hebraica e Cristã
> O problema da tradução da Bíblia no Brasil hoje – Prof. Dr. Johan Konings, FAJE, Belo Horizonte
O panorama atual das traduções no Brasil; o texto: questões documentais, sócio-histórico-culturais, lingüísticas; tradução e exegese; a comunidade interpretadora e a alteridade do texto; tradução para a leitura fiel em nosso meio; traduções formais, traduções dinâmicas e paráfrases; traduções eruditas e traduções pastorais.
GOHN, C.; NASCIMENTO, L. (orgs.) A Bíblia e suas traduções. São Paulo: Humanitas, 2009, 300 p. – ISBN 9788577321087
A atual guerra do Peloponeso contra o fogo
Não a antiga guerra, entre Atenas e Esparta, de 431 a 404 a.C., mas a atual, contra os devastadores incêndios que se espalharam pela Grécia, em especial na região do Peloponeso. As ruínas da antiga Olímpia foram salvas com muito esforço.
Se não tomarmos juízo, a pequena nave, vulgo Planeta Terra, pode ficar muito danificada para sustentar a vida.
Por aqui, região de Ribeirão Preto, região de canaviais, o clima está muito ruim, com uma névoa seca que tomou conta do ar, de ontem para cá, com atmosfera totalmente cinza, enfumaçada.
Haze, em inglês, aponta o Weather Watcher para a região: névoa seca, em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes.