Caros Amigos lança edição extra sobre o PCC

Caros Amigos – maio de 2006

Nossa primeira edição extra

 

O repórter João de Barros vinha levantando tudo sobre o PCC desde janeiro deste ano. Reuniu tanto material, que havíamos decidido publicar a reportagem em série, três edições seguidas de Caros Amigos a partir do próximo mês. Com o acontecimentos do fim de semana do Dia das Mães, resolvemos lançar esta edição extra, que trata da força da organização criminosa que desta vez apavorou toda a cidade de São Paulo. Talvez tenha sido seu último ato espetaculoso, pois ultrapassou os limites de tolerância que vinham sendo estabelecidos em acordos entre o “partido”, como se autodenomina o PCC, e o governo do Estado de São Paulo. Daí que na terça-feira, dia 16, duas versões corriam os noticiários: gente do próprio governo se contradizendo, uns declarando que de novo houve acordo; outras, inclusive o governador, afirmando que não houve. Impossível determinar quem está com a verdade. O que se sabe, com certeza, é que ao deixar o Deic, o departamento policial onde veio prestar depoimento na sexta-feira anterior sobre a informação de que haveria ações criminosas em São Paulo no Dia das Mães em represália à transferência de 765 prisioneiros ligados ao PCC para o presídio de Presidente Venceslau, um grupo de presos (entre eles o líder do PCC, Marcola), foi levado diretamente para o Regime Disciplinar Diferenciado – uma nova versão da solitária – do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Assim, segundo fonte segura, Marcola, isolado no RDD, teria ficado surpreso ao saber a dimensão dos ataques que ele próprio teria planejado. Como o PCC sempre agiu na surdina, Marcola concluiu que os atentados estavam se voltando contra o próprio “partido”, que ele nem de longe deseja que seja tido como inimigo público, o que acabou acontecendo. Não era para menos (cont.)

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