Presidente da CNBB fala sobre O Código Da Vinci

CNBB: quarta, 17 de maio de 2006

Esclarecimentos sobre “O Código Da Vinci” – Cardeal Majella

Cardeal Geraldo Majella Agnelo – Arcebispo de São Salvador da Bahia – Presidente da CNBB

A difusão do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, e do filme baseado sobre a obra, tem suscitado em muitas pessoas perplexidades, dúvidas e confusão a respeito de algumas verdades fundamentais da fé cristã referentes a Jesus Cristo e à Igreja. A CNBB, consciente de sua responsabilidade em relação à defesa da verdadeira fé da Igreja, vem a público para prestar alguns esclarecimentos. Não devemos esquecer que a obra em questão é de ficção e não retrata a história de Jesus, nem da Igreja. Não se pode atribuir verdade às afirmações claras ou veladas do autor. O que é fantasia deve ser lido e entendido como fantasia. As únicas fontes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja são os textos do Novo Testamento, da Bíblia. A história da Igreja, depois dos apóstolos, está retratada em obras de caráter histórico, cujas afirmações são respaldadas pelo rigor do método histórico. Alertamos, portanto, que a obra, no seu gênero fantasioso, apresenta uma imagem profundamente distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos, ao longo de dois mil anos de história do cristianismo. É lamentável que a obra, com roupagem pseudocientífica, se ponha a versar de maneira leviana e desrespeitosa sobre convicções tão sagradas para os cristãos. Muitos cristãos sentem-se feridos em sua fé e nas convicções que lhes são profundamente caras. Outras pessoas são induzidas à dúvida sobre verdades da fé pregadas pela Igreja, desde sua origem, e transmitidas de geração em geração, com zelosa fidelidade à doutrina dos apóstolos. Ainda outras são levadas, inclusive, a levantar suspeitas sobre a honestidade da Igreja nas afirmações de fé sobre Jesus Cristo, seu divino fundador. Diante disso, afirmamos, com toda convicção, que a Igreja, de forma alguma, ocultou no passado, nem oculta no presente, a verdade sobre Jesus Cristo (cont.)

A Obra Histórica Deuteronomista na revista Estudos Bíblicos

Acabo de receber o número 88 da revista Estudos Bíblicos, o quarto e último fascículo de 2005, com 101 páginas.
Seu título: Obra Histórica Deuteronomista.
Coordenador deste número: Telmo José Amaral de Figueiredo

Autores: o grupo dos “Biblistas Mineiros”, escrevendo desta vez:
Johan Konings: Editorial – A Obra Histórica Deuteronomista: uma narrativa da (in)fidelidade
Airton José da Silva: O Contexto da Obra Histórica Deuteronomista
José Luiz Gonzaga do Prado: A invasão/ocupação da terra em Josué. Duas leituras diferentes
Jacir de Freitas Faria: Juízes: utopia ou invenção de uma sociedade igualitária?
Euclides Balancin: Sobre juízes, sacerdotes, reis e… profetas
Leyde Maria Leite: “A solidão da fé” (1Sm 1,4-5)
Jaldemir Vitório: O livro dos Reis: redação e teologia
Jaldemir Vitório: Monarquia e profetismo: duas instituições em conflito. 1Rs 21,1-19 – A vinha de Nabot.

Konings começa assim o editorial:

No presente número de Estudos Bíblicos, os “biblistas mineiros” damos continuidade ao assunto tratado no número 71 (2001), intitulado “Israel e sua história”, entretanto publicado também como livro avulso pela Ed. Vozes (como possivelmente o será também o presente fascículo). Alguns pressupostos literários e históricos encontram-se mais amplamente desenvolvidos na publicação anterior…

Filme O Código Da Vinci não agrada a jornalistas em Cannes

Cannes recebe “O Código Da Vinci” friamente

Risos nos momentos cruciais. Silêncio cortado por assobios no fim. O filme “O Código Da Vinci”, do diretor Ron Howard, recebeu uma fria acolhida pela maioria dos cerca de 2.000 jornalistas convidados para a estréia em sessão especial para a imprensa na sala Debussy, do Palácio dos Festivais, em Cannes.

No filme, o professor de semiologia Robert Langdon (Tom Hanks) se une a Sophie Neveu (Audrey Tautou), e juntos têm revelações importantes. Mas essas revelações foram recebidas por risos na sala, que estava lotada.

As reações dos críticos ouvidos ao final pela France Presse iam todas no mesmo sentido. “Não era muito compreensível. A frase básica do filme foi recebida com risos, ou zombaria, isto resume tudo”, comentou Gerson da Cunha, crítico do “Times of India”.

“É quase tão ruim quanto o livro”, afirmou Peter Brunette do jornal norte-americano “Boston Globe”. “Felizmente havia o [ator] Ian McKellen no filme.”

“O público estava perplexo, não houve aplausos, só silêncio”, declarou Margherita Ferrandino, da televisão italiana RAI 3. “Só li o livro pela metade e me cansei. É terrível!”, exclamou.

Fonte: France Press – Folha de S. Paulo: 16/05/2006