Gn 1,1: no princípio ou em princípio?

Estamos tão acostumados a ler o começo do livro do Gênesis como No princípio que dificilmente perguntamos como é em hebraico.

Em hebraico é  בְּרֵאשִׁית (berē’shîth) e Gn 1,1 pode ser ouvido aqui.Em princípio ou No princípio? Por Edson de Faria Francisco - 2018

Bereshít é formado por uma preposição (be=em), sem artigo, e por um substantivo (reshit=princípio, início, começo) e, por isso, deveria ser traduzido, literalmente, por “Em [um] princípio” ou “Em [um] começo” ou, ainda, “Em [um] início”, sem o artigo definido que usamos em “No princípio”.

Lembrando que não existe artigo indefinido em hebraico, como “um” ou “uma”. O artigo é, portanto, apenas definido, como “o” ou “a”. Mas o português exige que coloquemos “um” aqui, “Em um princípio”.

Entretanto, isto não quer dizer que todas as traduções que usam o artigo definido “o” estejam erradas. Gramáticos e comentaristas dizem que a presença do artigo pode estar implícita nesta formulação.

Quer saber mais sobre isso? Recomendo a leitura de Em princípio ou No princípio? texto muito claro escrito por Edson de Faria Francisco, da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e que está disponível para download, em pdf, em Academia.edu.

Pode ser baixado também aqui.

Recomendo ainda, para os interessados na Bíblia Hebraica e na língua hebraica bíblica, a página Bíblia Hebraica, de Edson de Faria Francisco.

Recomendações para o estudo do grego do Novo Testamento

Curso

Grego Bíblico – Online desde 2000.

Este curso foi escrito para ser usado com meus alunos do CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto -, onde lecionei grego durante 8 anos na década de 80 do século XX. Teoricamente o curso não exige a instalação de nenhuma fonte grega, pois os sistemas atuais possuem fontes Unicode e elas são intercambiáveis. Mas, se preferir, faça o download da fonte Cardo  e a instale em seu sistema. Para várias informações úteis, leia, no Observatório Bíblico, a postagem O Curso de Grego foi convertido para Unicode, publicada em 30 de setembro de 2009.

 

Texto grego do Novo Testamento impresso

ALAND, B. et al. (eds.) O Novo Testamento Grego – 5ª Edição Revisada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.Nestle-Aland Novum Testamentum Graece

Quinta edição revisada do Novo Testamento Grego. O texto grego, estabelecido por uma comissão internacional e interconfessional, é idêntico à 28ª edição do Novum Testamentum Graece de Nestle-Aland.

ou

ALAND, B. et al. (eds.) Novum Testamentum Graece: Nestle-Aland – NA28. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

Esta é a 28ª edição do Novum Testamentum Graece, obra também conhecida como “Nestle-Aland” ou “NA28”. Trata-se da principal referência entre as edições do Novo Testamento grego, em uma edição completamente revisada.

 

Texto grego do Novo Testamento para Android

Confira duas postagens do Observatório Bíblico de 27.12.2005 e de 12.05.2018: Texto grego do NT para Kindle e Android e Bíblia Hebraica e Novo Testamento Grego para Android

 

Texto grego do Novo Testamento online

Confira a postagem do Observatório Bíblico de 04.09.2011: Bíblias Online na Sociedade Bíblica Alemã

 

Gramática de grego do Novo Testamento

SWETNAM, J. Gramática do Grego do Novo Testamento I-II. São Paulo: Paulus, 2002.

SWETNAM, J. Gramática do grego do Novo Testamento I-II, 2002O grande conhecimento do grego, aliado à experiência no ensino, levou James Swetnam, professor de grego do Novo Testamento (koiné) do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, a produzir esta Gramática do Grego do Novo Testamento (vol. I e II). Frutos de mais de 30 anos de pesquisa, seus livros são dirigidos tanto aos que estudam o grego bíblico como aos desejosos de estudar de forma autodidática a língua do Novo Testamento. Esta gramática é adotada no Pontifício Instituto Bíblico de Roma, na formação de todos os estudantes que iniciam o curso.

ou

SANTOS, A.-A. G. Gramática do grego do Novo Testamento. São Paulo: Loyola, 2008.

Este manual é uma introdução ao grego do Novo Testamento e não pressupõe nenhum conhecimento prévio das línguas clássicas.

ou

REGA, L. S.; BERGMANN, J. Noções do Grego Bíblico: Gramática Fundamental. São Paulo: Vida Nova, 2014

Esta é uma gramática fundamental para o estudo do grego do Novo Testamento.

 

Dicionário de grego do Novo Testamento

SCHOLZ, V. Dicionário Grego-Português do Novo Testamento. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

O conceituado Dicionário Grego-Português, importante recurso do Novo Testamento Grego, em uma edição independente. Todo o léxico do Novo Testamento Grego, que passa dos 6.400 verbetes, está incluído, tornando a publicação completa e, ao mesmo tempo, concisa.

ou

RUSCONI, C. Dicionário do Grego do Novo Testamento. 6. reimpressão. São Paulo: Paulus, 2017.

Este Dicionário do Grego do Novo Testamento contém: todos os vocábulos que ocorrem ao menos uma vez no Novo Testamento; todos os vocábulos que no Novo Testamento ocorrem ao menos uma vez como variantes; numerosos vocábulos que aqueles que conhecem o grego clássico esperariam encontrar em uma determinada acepção, mas que o grego neotestamentário não usa, substituindo-os por neologismos ou por vocábulos que sofreram evolução de significado em relação ao clássico; a maioria das possíveis grafias diversas de termos que (sobretudo se de origem semítica como topônimos, nomes próprios etc.) são atestados em formas diferentes; para os empréstimos semíticos ou latinos, o correspondente original; inseridas na ordem alfabética, as formas difíceis ou irregulares, tanto de verbos quanto de outras palavras.

ou

ORTIZ, P. Dicionário do grego do Novo Testamento. São Paulo: Loyola, 2009

Este livro cumpre três funções: é um dicionário grego-português, um dicionário português-grego e também uma concordância. As palavras podem ser buscadas tanto em sua forma grega como em sua tradução no português. Para maior utilidade, as citações também estão organizadas segundo afinidades temáticas.

 

Recursos adicionais

FRIBERG, B.; FRIBERG, T. O Novo Testamento Grego Analítico. São Paulo: Vida Nova, 2006.

O estudioso encontrará nesta publicação o texto completo do Novo Testamento grego com uma análise gramatical interlinear de cada palavra. O pesquisador tem ao seu alcance uma análise baseada no que há de melhor à disposição na erudição grega, na teoria da tradução e nas conquistas da linguística moderna.

MOUNCE, W. D. Léxico analítico do Novo Testamento grego. São Paulo: Vida Nova, 2013.

Baseado no aclamado texto grego da UBS. Apresenta definições de acordo com os melhores léxicos gregos atuais. Inclui também as leituras variantes. Dá a frequência de cada forma flexionada e a referência de cada forma que ocorre apenas uma vez. Inclui os números de Goodrick-Kohlenberger e de Strong para todas as palavras. Inclui as partes principais de todos os verbos. Contém uma seção gramatical que apresenta os paradigmas e uma explicação dos motivos de serem formados como são.

RIENECKER, F.; ROGERS, C. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995.Greek New Testament Reader - Matt Robertson: Novo Testamento Grego para Android

Aqui o estudante de grego encontrará a explicação das principais palavras usadas no Novo Testamento com sua análise gramatical e seu significado. As passagens mais difíceis têm comentários exegéticos e explicações adicionais.

SCHOLZ, V. Novo Testamento Interlinear Grego-Português. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2019.

O Novo Testamento Interlinear Grego-Português é uma importante ferramenta para o estudo do Novo Testamento na língua original grega. A tradução interlinear coloca uma palavra ou expressão portuguesa debaixo de cada palavra ou expressão grega, sempre que a mesma pode ou precisa ser traduzida. Isto permite uma leitura mais rápida do texto grego do Novo Testamento, pois dispensa a constante consulta a um dicionário. Mais do que uma tradução propriamente dita, para ser usada à parte do texto grego, o Interlinear quer facilitar o acesso justamente ao texto grego do Novo Testamento. Este Interlinear traz o texto grego da quinta edição revisada de O Novo Testamento Grego, uma tradução literal em português, e mais duas traduções da Sociedade Bíblica do Brasil: a Nova Almeida Atualizada e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Há ainda outros recursos auxiliares, como análise de verbos irregulares, análise dos verbos mais frequentes e uma breve explicação sobre a língua grega do Novo Testamento.

Cursos de introdução ao grego e ao hebraico no PIB

Com certa frequência me perguntam quais são as exigências de estudo das línguas bíblicas no Pontifício Instituto Bíblico de Roma (= PIB).

Estou observando os programas dos cursos introdutórios de grego e hebraico para o próximo ano acadêmico, 2023-2024. Transcrevo aqui o que vi.

Lembrando porém, que, depois disso, é necessário fazer ainda os cursos superiores, bem mais aprofundados, de grego e hebraico.

Algumas obras recomendadas existem em versão para o português.

Os cursos introdutórios de grego do NT e hebraico bíblico são de 5 horas semanais e duram dois semestres.

Para ser admitido no currículo do Mestrado [Licenza] em Sagrada Escritura é necessário ter obtido aprovação nos exames de qualificação em grego e hebraico ou ter concluído com sucesso os dois semestres dos cursos introdutórios a estas línguas ministrados pelos docentes do Pontifício Instituto Bíblico. O objetivo dos cursos introdutórios de grego e de hebraico é preparar o aluno para os cursos superiores de grego do NT (A-B) e hebraico bíblico (A-B-C) e para os cursos da seção exegético-teológica.

Os professores:
Luca PEDROLI (grego)
Luigi SANTOPAOLO (hebraico)

O curso de grego

Os objetivos específicos do curso de grego são os seguintes:The Greek New Testament
1. Domínio da morfologia básica do grego do NT
2. Aquisição de um vocabulário fundamental
3. Conhecimento dos pontos mais importantes da sintaxe
4. Capacidade de traduzir frases simples de e para o grego
5. Facilidade de leitura em grego em voz alta.

Esses objetivos específicos vão garantir que o aluno seja capaz de ler e compreender o texto grego dos Evangelhos.

Programa do curso:
:. Grego I-II (I sem.): Lições 1-54 da gramática de J. Swetnam
:. Grego III-IV (II sem.): lições 55-67 da gramática de J. Swetnam + lectio cursiva dos Evangelhos de Marcos e João.

O exame final de grego III-IV incluirá a última parte da gramática e a tradução de um texto de Marcos e João sem o uso do dicionário e de um texto de outro livro do Novo Testamento com o uso do dicionário.

Bibliografia básica:
1. J. SWETNAM, Gramática do grego do Novo Testamento I. São Paulo: Paulus, 2002.

2. C. RUSCONI, Dicionário do Grego do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2003.

3. O Novo Testamento Grego – Quinta Edição Revisada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

Todas as edições críticas do Novo Testamento grego são úteis, exceto as que trazem traduções em línguas modernas.

Bibliografia complementar:
C. S. RANJAR, Grammar of New Testament Greek. An Introductory Manual. Rome: Gregorian & Biblical Press, 2020.

C. S. RANJAR, Morphological Analysis of New Testament Greek. A Handbook for Students. Rome: Gregorian & Biblical Press, 2021.

Livros recomendados:
1. Para a lectio cursiva do segundo semestre, M. ZERWICK – M. GROSVENOR, A Grammatical Analysis of the Greek New Testament. 2nd reprint of the 5th edition. Rome: Gregorian & Biblical Press, 2010 e M. ZERWICK, Il greco del Nuovo Testamento. Rome: Gregorian & Biblical Press, 2010.

2. Uma gramática do NT: F. BLASS – A. DEBRUNNER, Grammatica del greco del Nuovo Testamento. 2. ed. Brescia: Paideia, 1997.

 

O curso de hebraico

Os objetivos específicos do curso de hebraico são os seguintes:Biblia Hebraica Stuttgartensia
1. Domínio da morfologia hebraica básica do AT.
2. Aquisição de um vocabulário fundamental.
3. Conhecimento dos pontos mais importantes da sintaxe.
4. Capacidade de traduzir exercícios simples para o hebraico e exercícios mais complexos do hebraico.
5. Facilidade de leitura em hebraico em voz alta.
6. Familiaridade com a transliteração do hebraico.

Esses objetivos específicos vão garantir que o aluno seja capaz de ler e compreender textos narrativos simples do Antigo Testamento em hebraico.

Programa do curso:
Hebraico I-II (I sem.): lições 1-42 da gramática de T. O. Lambdin
Hebraico III-IV (II sem.): lições 43-55 da gramática de T. O. Lambdin + lectio cursiva do livro de Juízes (exceto cap. 5).

O exame final de Hebraico III-IV incluirá a última parte da gramática e a tradução de um texto do livro de Juízes sem o uso do dicionário e de um texto em prosa narrativa de outro livro bíblico com o uso do dicionário.

Livros necessários:
1. T. O. LAMBDIN, Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2020].

2. K. ELLIGER – W. RUDOLPH, Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, [1967/1977], 1997.

3. Um dicionário de hebraico do AT [há vários possíveis]

Uma gramática para aprofundamento, como P. JOÜON – T. MURAOKA, A Grammar of Biblical Hebrew, rev. ed. Roma: PIB, 2006.

Sobre os exames:
Os cursos introdutórios são cursos de um ano, embora administrativamente sejam divididos em dois semestres. Portanto, não é possível seguir parte do curso em anos diferentes. Para ambos os cursos introdutórios existem dois exames oficiais: um no final do primeiro semestre e outro no final do segundo semestre. Os que não obtiverem aprovação no exame do primeiro semestre podem inscrever-se na disciplina do segundo semestre, no entanto, na sessão seguinte, devem repetir o exame antes do exame do segundo semestre. Aqueles que forem aprovados nos exames (do curso introdutório ou de qualificação) em apenas um idioma deverão ser aprovados no outro idioma em até 18 meses. Os cursos introdutórios têm cinco aulas por semana, uma aula por dia, exceto às quintas-feiras.

 

Corsi introduttivi di greco e di ebraico

I corsi sono di 5 ore settimanali e durano due semestri.

Per essere ammessi al curriculum per la Licenza in Sacra Scrittura è necessario aver superato gli esami di qualificazione di greco e di ebraico o aver completato con successo entrambi i semestri dei corsi introduttivi di tali lingue offerti da docenti dell’istituto. Lo scopo dei corsi introduttivi di greco e di ebraico è di preparare lo studente ai corsi superiori di greco del NT (A-B) e di ebraico biblico (A-B-C) e ai corsi della sezione esegetico-teologica.

Professori:
Luca PEDROLI (greco)
Luigi SANTOPAOLO (ebraico)

Greco

Gli obiettivi specifici del corso di greco sono i seguenti:
1. Padronanza della morfologia di base del greco del NT.
2. Acquisizione di un vocabolario fondamentale.
3. Conoscenza dei punti più importanti della sintassi.
4. Abilità nel tradurre frasi semplici dal e in greco.
5. Facilità nel leggere il greco ad alta voce.
Questi obiettivi specifici tendono a far sì che lo studente sia in grado di leggere e capire il testo greco dei Vangeli.

Programma del corso:
Greco I-II (I sem.): lezioni 1-54 della grammatica di J. Swetnam.
Greco III-IV (II sem.): lezioni 55-67 della grammatica di J. Swetnam + lectio cursiva dei vangeli di Marco e Giovanni.
L’esame finale di Greco III-IV comprenderà l’ultima parte della grammatica e la traduzione di un testo di Marco e Giovanni senza l’uso del vocabolario e di un testo da un altro libro del Nuovo Testamento con l’uso del vocabolario.

Libri necessari:
J. SWETNAM, Il greco del Nuovo Testamento. Parte I, Morfologia (edizione italiana a cura di C. Rusconi; Edizioni Dehoniane, Bologna 1995).
2. C. RUSCONI, Vocabolario del greco del Nuovo Testamento (Edizioni Dehoniane, Bologna 2001).
3. Una edizione del testo greco del Nuovo Testamento. Si raccomanda The Greek New Testament (United Bible Societies, Stuttgart 1993). Ogni edizione critica del Nuovo Testamento è utilizzabile, fuorché quelle accompagnate da traduzioni in lingue
moderne.

Bibliografia complementare:
C.S. RANJAR, Grammar of New Testament Greek. An Introductory Manual (Subsidia Biblica 52; Gregorian & Biblical Press, Rome 2020).
C.S. RANJAR, Morphological Analysis of New Testament Greek. A Handbook for Students (Subsidia Biblica 55; Roma 2021).

Libri raccomandati:
1. Per la lectio cursiva del secondo semestre si raccomanda: M. ZERWICK – M. GROSVENOR, A Grammatical Analysis of the Greek New Testament, 2nd reprint of the 5th edition (Subsidia Biblica 39; Gregorian & Biblical Press, Rome 2010) insieme al volume: M. ZERWICK, Il greco del Nuovo Testamento, traduzione e adattamento alla lingua italiana di G. Boscolo (Subsidia Biblica 38; Gregorian & Biblical Press, Rome 2010).
2. Una grammatica più ampia del NT: F. BLASS – A. DEBRUNNER, Grammatik des neutestamentlichen Griechisch = Grammatica del greco del Nuovo Testamento (ed. U. Mattioli – G. Pisi) (Paideia, Brescia 1982).

Ebraico

Gli obiettivi specifici del corso d’ebraico sono i seguenti:
1. Padronanza della morfologia di base dell’ebraico dell’AT.
2. Acquisizione di un vocabolario fondamentale.
3. Conoscenza dei punti più importanti della sintassi.
4. Abilità nel tradurre esercizi semplici in ebraico ed esercizi più complessi dall’ebraico.
5. Facilità nel leggere l’ebraico ad alta voce.
6. Familiarità nella traslitterazione dell’ebraico.
Questi obiettivi specifici tendono a far sì che lo studente sia in grado di leggere e capire testi narrativi semplici dell’A.T. ebraico.

Programma del corso:
Ebraico I-II (I sem.): lezioni 1-42 della grammatica di T. Lambdin
Ebraico III-IV (II sem.): lezioni 43-55 della grammatica di T. Lambdin + lectio cursiva del libro dei Giudici (eccetto cap. 5).

L’esame finale di Ebraico III-IV comprenderà l’ultima parte della grammatica e la traduzione di un testo del libro dei Giudici senza l’uso del vocabolario, e di un testo di prosa narrativa da un altro libro biblico con l’uso del vocabolario.

Libri necessari:
1. T. LAMBDIN, Introduction to Biblical Hebrew (New York 1971) = Introduzione all’ebraico biblico (SubBib 45; Gregorian & Biblical Press, Roma 2013) = Introducción al Hebreo Bíblico (Ed. Verbo Divino, Estella 2001).
2. Biblia Hebraica Stuttgartensia (Stuttgart 1967-77).
3. Un dizionario ampio di ebraico dell’AT.
Per una grammatica di approfondimento si veda la bibliografia dei corsi di Ebraico A-B:
JOÜON, P. – MURAOKA, T., A Grammar of Biblical Hebrew, rev. ed. (Subsidia Biblica 27; PIB, Roma 2006).

 

Esami e calendario
I corsi introduttivi sono corsi annuali, anche se dal punto di vista amministrativo sono divisi in due semestri; non è perciò possibile seguire parte del corso in anni diversi.
Per entrambi i corsi introduttivi sono previsti due esami ufficiali: uno alla fine del primo semestre e uno alla fine del secondo semestre.
Chi non supera l’esame del I semestre, può iscriversi al corso del II semestre, però, nella successiva sessione, deve ripetere l’esame prima dell’esame del II semestre. Il calendario degli esami prevederà perciò due date successive.
Entrambi gli esami del corso vanno comunque sostenuti normalmente entro la sessione di ottobre.
Chi non supera per due volte un esame può chiedere al Decano di poter sostenere, come terza possibilità, l’esame di qualificazione (cf. supra, pp. 28ss).
Chi supera gli esami (del corso introduttivo o di qualificazione) di una sola lingua è tenuto a superare quelli dell’altra lingua entro 18 mesi.
I corsi introduttivi sono di cinque lezioni settimanali (una lezione al giorno, eccetto il giovedì). Il calendario delle lezioni non sempre corrisponde a quello degli altri corsi del curriculum per la Licenza.
Un calendario dettagliato delle lezioni e degli esami sarà distribuito all’inizio del corso.

Uma história da escrita

Acabei de ler e achei muito interessante. Pode ser uma leitura proveitosa para todos os meus atuais e ex-alunos de Língua Hebraica e de História de Israel.

ROBINSON, A. Escrita: uma breve introdução. Porto Alegre: L&PM, 2016, 176 p. – ISBN 9788525428240.ROBINSON, A. Escrita: uma breve introdução. Porto Alegre: L&PM, 2016, 176 p.

O original, em inglês, é:

ROBINSON, A. Writing and Script: A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2009, 157 p. – ISBN 9780199567782.

Este é o quarto livro que escrevo sobre a escrita. O primeiro foi um levantamento bastante ilustrado sobre o assunto; o segundo versou sobre escritas não decifradas e o terceiro sobre Michael Ventris, que decifrou a escrita legível mais antiga da Europa, a linear B. Também escrevi uma biografia sobre o polímata Thomas Young, uma figura essencial para que a Pedra de Roseta e os hieróglifos egípcios fossem decifrados (Trecho dos “Agradecimentos”).

Veja aqui uma lista dos livros publicados por Andrew Robinson.

A civilização não pode existir sem a língua falada, mas pode sem a comunicação escrita. A poesia grega de Homero foi primeiro transmitida de forma oral, guardada na memória, assim como os Vedas, os hinos dos antigos hindus, que durante muitos séculos não foram registrados por escrito. O império sul-americano dos incas conseguia ser administrado sem escrita. Ainda assim, quase toda sociedade complexa – antiga ou moderna – acabou precisando de um ou mais tipos de escrita. O ato de escrever, apesar de não ser fundamental como a comunicação oral, é um marco definidor da civilização. Sem a escrita, não pode haver acúmulo de conhecimento, registros históricos, ciência (apesar de tecnologias simples poderem existir) e, é claro, livros, jornais, e-mails ou internet.

A criação da escrita na Mesopotâmia (atual Iraque) e no Egito no final do quarto milênio antes de Cristo permitiu que o comando e a marca de governantes como o babilônico Hammurabi, o romano Júlio César ou o mongol Kublai Kahn se estendessem muito além do alcance da vista ou da voz e até mesmo sobrevivessem a suas mortes. Se as inscrições na Pedra de Roseta nunca tivessem sido feitas, por exemplo, o mundo praticamente desconheceria o rei greco-egípcio Ptolomeu V Epífanes, cujos sacerdotes promulgaram seus decretos na Pedra de Roseta em 196 a.C. usando três tipos de escrita: a hieroglífica sagrada, a demótica administrativa e o alfabeto grego clássico.

(…)

ROBINSON, A. Writing and Script: A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2009, 157 p.Este livro introduz as origens da escrita: as rotas pelas quais ela se espalhou e desenvolveu-se em centenas de tipos para algumas das milhares de línguas faladas; a maneira como os diferentes sistemas de escrita criam significado por meio de sinais fonéticos para consoantes, vogais e sílabas, combinadas com logogramas – sinais não fonéticos usados no lugar de palavras (por exemplo, @, $, &, =, ?); as ferramentas e os materiais que os escribas e outros usaram para escrever; os motivos pelos quais a escrita vem sendo utilizada pelas sociedades ao longo de cinco milênios; a extinção e a decifração da escrita.

Obviamente, nem todas as modalidades puderam ser incluídas: um livro acadêmico lançado recentemente, The World’s Writing Systems [Sistemas de escrita do mundo], chega a quase mil páginas substanciais. No entanto, todas as escritas relevantes são mencionadas. Dentre a enorme variedade de escritas, antigas e atuais, as escritas antigas extintas, como os hieróglifos egípcios, a escrita cuneiforme da Mesopotâmia e os glifos maias, têm muito em comum, tanto na estrutura quanto na função, com as escritas modernas e os nossos sistemas especializados de comunicação – sejam eles alfabetos, ideogramas chineses, mensagens de celular ou sinalização de aeroportos. Os sinais desses sistemas podem ser muito diferentes entre si, mas os princípios linguísticos por trás dos sinais são similares. As escritas antigas não são letras mortas, nem apenas curiosidades estranhas. Fundamentalmente, a maneira como os escritores escrevem no começo do terceiro milênio depois de Cristo não é diferente de como os antigos egípcios e mesopotâmicos escreviam(Trecho do Capítulo 1: “A escrrita e o seu surgimento”).

William Andrew Coulthard Robinson é um autor britânico e ex-editor de jornal. Ele é autor de muitos livros e artigos. Até 2006, foi o editor literário do Times Higher Education Supplement. Também foi pesquisador visitante no Wolfson College, Cambridge. Mora em Londres.

William Andrew Coulthard Robinson
This is the fourth book I have written on writing and scripts. The first was a highly illustrated survey of the subject, the second was on undeciphered scripts, and the third was a biography of Michael Ventris, who deciphered Europe’s earliest readable writing, Linear B. I have also written a biography of the polymath Thomas Young, a key figure in the decipherment of the Rosetta Stone and Egyptian hieroglyphic.

This book introduces the origins of writing; the routes via which writing spread and developed into hundreds of scripts for some of the world’s thousands of spoken languages; the ways in which different writing systems convey meaning through phonetic signs for consonants, vowels, and syllables, combined with logograms – non-phonetic signs standing for words (for instance, @, $, &, 1⁄4, ?); the tools and materials that scribes and others have used for writing; the purposes to which writing has been put by societies over five millennia; and the extinction and decipherment of scripts.

Uma gramática de ugarítico

SCRENOCK, J. with Vladimir Olivero A Grammar of Ugaritic. Atlanta: SBL Press, 2022, 236 p. – ISBN 9781628374513.

Quando eu, John Screnock, comecei a lecionar em Oxford em 2015, usei uma abordagem comumente empregada em aulas de ugarítico: começamos a ler textos desde oSCRENOCK, J. with Vladimir Olivero A Grammar of Ugaritic. Atlanta: SBL Press, 2022, 236 p. primeiro dia, aprendendo a gramática indutivamente. Apenas os experientes hebraístas e assiriólogos sobreviveram até o final do primeiro período de oito semanas.

Percebi logo no primeiro semestre que meus alunos precisavam de um recurso melhor para seu primeiro contato com o idioma – uma gramática do primeiro ano do ugarítico adequada para um público mais amplo.

Nos anos seguintes, desenvolvi a gramática atual, com o objetivo de reter todos os alunos de Oxford que desejassem aprender o ugarítico – graduados e graduandos, egiptólogos, classicistas, arqueólogos, linguistas, arabistas, hebraístas, assiriólogos, teólogos e até mesmo estudantes que estudam disciplinas como filosofia e economia.

Vladimir Olivero foi aluno da turma onde experimentei os capítulos iniciais; ele logo se tornou um coprofessor e colaborador de confiança, que ajudou a aprimorar as lições e os exercícios.

Para ser claro, nossa gramática não deve ser fácil. Destina-se a estudantes que levam a sério o estudo de idiomas no contexto da educação universitária. No entanto, a gramática é acessível. Fazemos todos os esforços para não presumir conhecimentos e conceitos básicos do semítico, hebraico, acádio ou árabe — nenhum dos quais deve ser presumido em uma gramática elementar.

Em nossa experiência de ensino do ugarítico, vimos grandes melhorias como resultado do uso dessa gramática. Os alunos terminam o curso e aprendem bem a gramática. Após oito aulas, os alunos são capazes de ler tabuinhas e textos em cuneiforme. Muitos deles aprendem o ugarítico com maior profundidade – inclusive questionando a reconstrução do ugarítico aqui apresentada.

Resumindo, se você é um estudante ou está ensinando alunos que ainda não sabem acádio, hebraico ou árabe, este é o lugar certo para começar. Mesmo que você já tenha um desses idiomas, aprenderá melhor o ugarítico lendo nossa gramática completa.

Em nossa experiência, apenas os alunos com uma forte compreensão do semítico comparativo estarão melhor começando com um resumo gramatical e passando direto para os textos.

Os alunos aprenderão uma reconstrução do ugarítico que podem usar para ler textos com fluência. Esta não é uma nova reconstrução do ugarítico, mas segue os estudos atuais – em particular, Dennis Pardee e John Huehnergard, cujas reconstruções do ugarítico são semelhantes entre si. Essa gramática prepara os alunos para usar recursos de nível intermediário, como A Manual of Ugaritic, de Pierre Bordreuil e Dennis Pardee e An Introduction to Ugaritic, de John Huehnergard (da Introdução).

Leia sobre Ugarit clicando aqui.

 

When I began to teach at Oxford in 2015, I used an approach commonly employed in Ugaritic classes: we started reading texts from the first day, learning the grammar inductively. Only the seasoned Hebraists and Assyriologists survived to the end of the first eight-week term. I realized early on during that first term that my students needed a better resource for their first engagement with the language—a first-year grammar of Ugaritic suitable for a wider audience. Over the following years, I developed the present grammar, with the aim of retaining all of the students at Oxford who wanted to learn Ugaritic—graduates and undergraduates, Egyptologists, classicists, archaeologists, linguists, Arabists, Hebraists, Assyriologists, theologians, and even students studying subjects like philosophy and economics. Vladimir Olivero was a student in the class where I trialed the initial chapters; he soon became a trusted coteacher and collaborator, who helped hone the lessons and exercises.

John ScrenockTo be clear, our grammar is not meant to be easy. It is intended for students who are serious about studying language in the context of university education. However, the grammar is accessible. We make every effort not to assume background knowledge and concepts from northwest Semitic, Hebrew, Akkadian, or Arabic—none of which should be assumed in an elementary grammar. In our experience of teaching Ugaritic, we have seen massive improvements as a result of using this grammar. Students finish the course and learn the grammar well. After eight lessons, students are able to read tablets and texts in cuneiform. Many of them go on to learn Ugaritic in greater depth—including questioning the reconstruction of Ugaritic presented here.

In short, if you are a student or are teaching students who do not already know Akkadian, Hebrew, or Arabic, then this is the right place to start. Even if you already have one of these languages, you will learn Ugaritic better by going through our full grammar. In our experience, only students with a strong understanding of comparative Semitics will be better off starting with a grammatical précis and moving straight into texts.

Students will learn a reconstruction of Ugaritic that they can use to read texts with fluency. This is not a new reconstruction of Ugaritic, but rather follows current scholarship—in particular, Dennis Pardee and John Huehnergard, whose reconstructions of Ugaritic are similar to one another. This grammar prepares students to use intermediate-level resources such as Pierre Bordreuil and Dennis Pardee’s A Manual of Ugaritic and John Huehnergard’s An Introduction to Ugaritic (From Introduction).

John Screnock is Tutor in Old Testament at Wycliffe Hall in the University of Oxford. Vladimir Olivero is Postdoctoral researcher at the Università per Stranieri di Siena and Research Assistant in Assyriology at the Faculty of Oriental Studies at the University of Oxford.

Hebraico Bíblico 2023

O curso de Hebraico Bíblico compreende apenas 30 horas no primeiro semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download ou acesso online na Ayrton’s Biblical Page > Noções de Hebraico Bíblico.

I. Ementa
Texto-base: Gn 1,1-8. O alfabeto hebraico. A pronúncia, a transliteração e a análise morfológica de Gn 1,1-8. As sílabas, o shevá e o dâghēsh. O vav conjuntivo, o artigo e as preposições. O substantivo, o adjetivo e os numerais. O verbo, forte e fraco, e o vav consecutivo.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico, para se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso, o cantor.

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Estão disponíveis, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia, a transliteração e a análise do texto. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se a vogal é breve ou longa e se o seu som é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é mais complexa e tem que ser detalhada.

3. Escrever
Nesta seção é possível aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto. Há sugestões de gramáticas e dicionários na bibliografia. E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

IV. Bibliografia
Básica
FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010.

LAMBDIN, T. O. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2020].

MENDES, P. Noções de hebraico bíblico: texto programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.

Complementar
DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Brodowski, 2001. Disponível para leitura online e download na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 06.12.2022.

DA SILVA, A. J. Recursos para aprender hebraico – Na Play Store (Android) e no YouTube. Observatório Bíblico – 29 de julho de 2018.

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. [1997]. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011. A BHS está disponível também online ou para download gratuito.

KIRST, N. et alii Dicionário hebraico-português e aramaico-português. 33. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2018.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010.

Escrevendo em hebraico e grego com Unicode

Hebraico, aramaico, grego, siríaco, copta…Unicode

J. David Stark, em Typing Biblical Languages in Unicode [Digitando línguas bíblicas em Unicode] explica:

Se você lida com estudos bíblicos, você precisa ser capaz de digitar línguas bíblicas. A transliteração pode funcionar em alguns casos, mas você não pode e nem sempre deve usar transliterações ao escrever.

(…)

Digitar em Unicode significa que você pode fazer a mesma coisa com grego, hebraico ou aramaico usando fontes como Times New Roman, Arial ou qualquer outra fonte compatível com Unicode. O texto permanecerá o mesmo quando você alterar as fontes ou enviar um arquivo para outra pessoa. Se essa pessoa não tiver a sua fonte, o computador dela pode substituí-la por uma fonte diferente, mas não vai exibir garatujas.

(…)

Claro, se você quiser que seu computador seja capaz de diferenciar quando você pressiona a tecla “v” e significa que ele usa “v” e quando você pressiona a tecla “v” e significa que ele usa “ς ” (sigma, em grego) ou “ו” (vav, em hebraico), você precisa de algum software para ajudar.

Aqui entra o software de teclado de línguas bíblicas. Você pode encontrá-lo disponível gratuitamente online ou, talvez com funcionalidade mais limitada, como recurso em seu sistema operacional (continue).

Bicentenário da decifração dos hieróglifos egípcios

Comemorando 200 anos da criação da egiptologia

O Egito está comemorando o bicentenário da decifração dos antigos hieróglifos egípcios e a criação da egiptologia com uma série de eventos e divulgação através deThe Rosetta Stone - British Museum EA24 - From Fort St Julien, el-Rashid (Rosetta), Egypt - Ptolemaic Period, 196 BC mídias sociais.

Para marcar um dos momentos mais importantes em nossa compreensão da história antiga, a decifração dos antigos hieróglifos egípcios e a criação da egiptologia há 200 anos, uma série de eventos está sendo organizada para explorar a antiga civilização egípcia e mostrar como a decodificação dos hieróglifos foi fundamental para o nosso conhecimento.

A celebração começa em 1º de setembro e dura até o dia 27 e contará com grandes eventos no Museu Egípcio na Praça Tahrir, no Cairo, para marcar o dia em que o pioneiro egiptólogo francês Jean-François Champollion conseguiu decifrar a escrita egípcia antiga no início do século XIX e para celebrar o Dia Mundial do Turismo…

Fonte: Celebrating 200 years of Egyptology – By Nevine El-Aref – ahramonline: 1 Sep 2022

Celebrando Champollion

Jean-François Champollion (1790 -1832)Uma nova exposição em Paris celebra Jean-François Champollion, o decifrador francês dos antigos hieróglifos egípcios no início do século XIX e uma das figuras fundadoras da egiptologia moderna.

Fonte: Celebrating Champollion – By David Tresilian – ahramonline: 30 Apr 2022

A BNF celebra a decifração dos hieróglifos

Duzentos anos após a decifração da antiga língua egípcia, Paris celebra o ano de Champollion.

Fonte: The BNF celebrates the decryption of hieroglyphs – KAWA – 13.04.22

Hebraico Bíblico 2022

O curso de Hebraico Bíblico compreende apenas 30 horas no primeiro semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download ou acesso online na Ayrton’s Biblical Page > Noções de Hebraico Bíblico.

I. Ementa
Texto-base: Gn 1,1-8. O alfabeto hebraico. A pronúncia, a transliteração e a análise morfológica de Gn 1,1-8. As sílabas, o shevá e o dâghēsh. O vav conjuntivo, o artigo e as preposições. O substantivo, o adjetivo e os numerais. O verbo, forte e fraco, e o vav consecutivo.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico, para se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso, o cantor.

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Estão disponíveis, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia, a transliteração e a análise do texto. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se a vogal é breve ou longa e se o seu som é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é mais complexa e tem que ser detalhada.

3. Escrever
Nesta seção é possível aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto. Há sugestões de gramáticas e dicionários na bibliografia. E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

IV. Bibliografia
Básica
FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010.

LAMBDIN, T. O. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2020].

MENDES, P. Noções de hebraico bíblico: texto programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.

Complementar
DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Brodowski, 2001. Disponível para leitura online e download na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização:29.05.2021.

DA SILVA, A. J. Recursos para aprender hebraico – Na Play Store (Android) e no YouTube. Observatório Bíblico – 29 de julho de 2018.

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. [1997]. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011. A BHS está disponível também online ou para download gratuito.

KIRST, N. et alii Dicionário hebraico-português e aramaico-português. 33. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2018.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010.

Uma história do aramaico

GZELLA, H. Aramaic: A History of the First World Language. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2021, 371 p. – ISBN 9780802877482GZELLA, H. Aramaic: A History of the First World Language. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2021

Neste volume – a primeira história completa do aramaico desde suas origens até os dias atuais – Holger Gzella fornece uma visão geral acessível da língua, talvez mais conhecida por ter sido falada por Jesus de Nazaré. Gzella, um dos maiores especialistas em aramaico do mundo, começa com as primeiras evidências do aramaico em inscrições do início do primeiro milênio a.C., depois traça seu surgimento como a primeira língua mundial quando se tornou a língua administrativa dos grandes impérios do Antigo Oriente Médio. Ele também dedica a devida atenção ao papel sagrado do aramaico no judaísmo, seu lugar no mundo islâmico e seu contato com outras línguas regionais, antes de concluir com um vislumbre dos usos modernos do aramaico.

Embora o aramaico nunca tenha tido um contexto político ou cultural unificado no qual ganhar força, ele floresceu no Oriente Médio por um longo período, permitindo um amplo intercâmbio cultural entre diversos grupos de pessoas. Ao traçar o fio histórico da língua aramaica, os leitores também podem obter uma compreensão mais forte da ascensão e queda de civilizações, religiões e culturas naquela região ao longo de três milênios.

Aramaico: uma história da primeira língua mundial – original holandês, 2017 – é complementado visualmente por mapas, gráficos e outras imagens para uma experiência de leitura imersiva, fornecendo aos estudiosos e leitores casuais uma visão geral envolvente de uma das línguas mundiais mais importantes da história.

Holger Gzella é um acadêmico que se interessa pela linguística do hebraico e pelos estudos bíblicos, mas é conhecido principalmente como um grande especialista em aramaico.

 

In this volume—the first complete history of Aramaic from its origins to the present day—Holger Gzella provides an accessible overview of the language perhaps most well known for being spoken by Jesus of Nazareth. Gzella, one of the world’s foremost Aramaicists, begins with the earliest evidence of Aramaic in inscriptions from the beginning of the first millennium BCE, then traces its emergence as the first world language when it became the administrative tongue of the great ancient Near Eastern empires. He also pays due diligence to the sacred role of Aramaic within Judaism, its place in the Islamic world, and its contact with other regional languages, before concluding with a glimpse into modern uses of Aramaic.

Although Aramaic never had a unified political or cultural context in which to gain traction, it nevertheless flourished in the Middle East for an extensive period, allowing for widespread cultural exchange between diverse groups of people. In tracing the historical thread of the Aramaic language, readers can also gain a stronger understanding of the rise and fall of civilizations, religions, and cultures in that region over the course of three millennia.

Aramaic: A History of the First World Language is visually supplemented by maps, charts, and other images for an immersive reading experience, providing scholars and casual readers alike with an engaging overview of one of the most consequential world languages in history.

Holger GzellaHolger Gzella is a multifaceted and productive scholar. He is interested in the linguistics of Hebrew and in Bible Studies, but he is mainly known as a world-class specialist in Aramaic. His magnificent A Cultural History of Aramaic (2015) analyses the entire history and cultural and historical significance of what was the main language (after Akkadian) of the Near and Middle East until the rise of Islam. In his most recent work, Aramäische Wörterbuch (2016), he places the vocabulary of older forms of Aramaic in a broader context.

Table of Contents

1. Introduction
2. The Oldest Aramaic and Its Cultural Context
3. Aramaic as a World Language
4. Aramaic in the Bible and Early Judaism
5. Aramaic between the Classical and Parthian Worlds
6. Syriac and the End of Paganism
7. The Second Sacred Language: Aramaic in Rabbinic Judaism
8. Not Just Jews and Christians: Samaritans, Mandeans, and Others
9. Aramaic in Arabia and the Islamic World
10. Modern Aramaic from a Historical Perspective