Mês da Bíblia 2024, segundo Mesters e Orofino

MESTERS, C.; OROFINO, F. Fogo debaixo das cinzas: Círculos Bíblicos do livro do profeta Ezequiel. São Leopoldo: CEBI, 2024.

Para o ano de 2024, a proposta de estudo e aprofundamento bíblico no Mês da Bíblia é o livro do profeta Ezequiel. O lema inspirador para este estudo é “Porei em vós oMESTERS, C.; OROFINO, F. Fogo debaixo das cinzas: Círculos Bíblicos do livro do profeta Ezequiel. São Leopoldo, CEBI, 2024. meu Espírito e vivereis” (Ez 37,14).

O livro de Ezequiel coloca-nos diante de uma das etapas mais atribuladas e trágicas da História do Povo de Deus. O reino de Judá, fraco e indefeso diante dos grandes impérios, vê-se mergulhado em uma disputa de ordem internacional, sem ter condição alguma de interferir em seu próprio destino. De um lado, o Império Babilônico; do outro, o reino do Egito. No meio, tentando equilibrar-se entre poderosos, estavam os sucessivos reis de Judá. A consequência desastrosa desse jogo de poderes internacionais foi o exílio e a destruição do país e da capital, Jerusalém. O profeta Jeremias é a grande testemunha histórica de todo esse desastre político. O livro das Lamentações é o grito doloroso do povo sofrido, vítima dos erros políticos dos governantes.

A mensagem do profeta Ezequiel veio completar esse quadro histórico de dor e de morte, mas também trouxe uma centelha de reconstrução e esperança.

A vivência de Ezequiel junto à comunidade das pessoas exiladas mergulhou-o na mesma sorte do povo de Deus naquele momento histórico. Ele também passou pela noite escura do desterro, do medo, da ausência e da saudade; mas se manteve fiel e teimou em continuar a crer na fidelidade do Deus que esteve sempre presente na vida do povo.

O pai de Ezequiel, o sacerdote chamado Buzi, foi levado logo nas primeiras levas de pessoas exiladas para o cativeiro na Babilônia (597). Seu filho Ezequiel foi junto com ele. Desta forma, toda a mensagem profética de Ezequiel foi vivida e proclamada no exílio na Babilônia.

Ezequiel tentou mostrar à comunidade exilada que, apesar de toda a destruição, da morte e do desterro, ainda havia esperança, muita esperança. Ainda ardiam as brasas da fé por baixo de todas as cinzas do sofrimento e do exílio. Por isso, o título deste nosso estudo sobre o profeta Ezequiel: “Fogo debaixo das cinzas”.

Mês da Bíblia 2024, segundo o Centro Bíblico Verbo

CENTRO BÍBLICO VERBO, Restauração da monarquia davídica e da terra de Israel: entendendo o livro de Ezequiel. São Paulo: Paulus, 2024, 128 p. – ISBN 9788534953764.CENTRO BÍBLICO VERBO, Restauração da monarquia davídica e da terra de Israel: entendendo o livro de Ezequiel. São Paulo, Paulus, 2024

Na primeira deportação ocasionada pela invasão de Jerusalém pelo exército babilônico (597 a.C.), o profeta-sacerdote Ezequiel, pertencente à elite da cidade de Jerusalém, foi levado junto com o rei Joaquin para a Babilônia, estabelecendo-se em Tel-Abib.

Foi nesse local, entre os anos 593 e 571 a.C., que exerceu sua atividade como profeta no meio dos primeiros exilados, orientando-os e preparando-os para a restauração da monarquia davídica em Jerusalém.

Este livro traz roteiros de encontros para a reflexão do livro de Ezequiel, propondo o aprofundamento de importantes temas, como as injustiças perpetradas pelas autoridades de Jerusalém contra o povo, o discernimento na busca da verdade e da justiça e a imagem do Bom Pastor como modelo para as lideranças de todos os tempos.

Mês da Bíblia 2024, segundo o SAB

SAB Mês da Bíblia 2024: Livro de Ezequiel – “Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14). São Paulo: Paulinas, 2024, 64 p. – ISBN 9786558082552.

O subsídio Mês da Bíblia 2024 aborda o Livro da profecia de Ezequiel que pertence aos chamados “profetas maiores” e surge no contexto exílico, contendo pregações queSAB Mês da Bíblia 2024: Livro de Ezequiel - "Porei em vós meu espírito e vivereis" (Ez 37,14). São Paulo: Paulinas, 2024 retratam vários períodos de seu ministério profético no século VI (593-571 a.C).

Esse material contém quatro encontros baseados no Livro de Ezequiel (cada um é precedido por um texto preparatório sobre o trecho bíblico abordado), uma celebração e a maratona bíblica.

Os temas trabalhados são: vocação e missão do profeta Ezequiel; a responsabilidade pessoal em Ez 18,21-28; a infidelidade de Israel, de forma especial a idolatria, e a promessa de uma renovação da Aliança; e a restauração de Israel a partir do Templo. O último encontro é reservado para a celebração de encerramento, retomando o texto do qual foi extraído o lema do Mês da Bíblia (Ez 37,1-14).

Mês da Bíblia 2024: Livro de Ezequiel

Para o ano de 2024, a proposta de estudo e aprofundamento bíblico no Mês da Bíblia é o livro do profeta Ezequiel. O lema inspirador para este estudo é “Porei em vós o meu Espírito e vivereis” (Ez 37,14).

Mês da Bíblia 2024: Livro de Ezequiel – Texto-BaseCNBB, Mês da Bíblia 2024: Livro de Ezequiel – Texto-Base

O Mês da Bíblia, promovido pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética, traz reflexões a respeito do Livro de Ezequiel para as comunidades de todo o Brasil. Iluminado pelo lema “Porei em vós meu espírito, e vivereis” (cf. Ez 37,14), este tempo faz ressoar mais uma vez entre nós a certeza de que o Espírito do Senhor nos conduz à redescoberta da esperança como caminho que dá sentido à vida, colocando-nos no caminho de Deus.

Este Texto-Base convida à reflexão sobre o testemunho do profeta Ezequiel, respondendo ao convite feito pelo Papa Francisco à preparação para o Jubileu de 2025. O convite para que sejamos “Peregrinos de esperança” nos faz ser como Ezequiel: arautos da esperança em meio àqueles que, porventura, possam ter se esquecido de Deus ou perdido seu caminho.

Seminário do PIB para professores de Bíblia em 2025

Sobre a iniciativa, leia aqui.

Sobre os seminários anteriores, leia aqui e aqui.

Sobre o seminário de 2025:
:: Tema: Cenários históricos da época do Antigo Testamento
:: Data: 20-24 de janeiro de 2025
:: Coordenador: Professor Paolo Merlo, com a colaboração do Professor Jean Louis Ska.

No site do PIB se lê em italiano [ou English]:

Seminario 2025 [dal 20 al 24 gennaio 2025]

Tema del seminario: Prospettive storiche sull’Antico Testamento

Coordinatore del seminario è il Prof. Paolo Merlo (della Pontificia Università Lateranense e invitato al Pontificio Istituto Biblico), coadiuvato dal Prof. Jean Louis Ska.

Il Seminario prevede ogni giorno tre lezioni magistrali comuni: due al mattino (9:00-12:00) [eccetto il giovedi, in cui ne sono previste tre] e una al pomeriggio (15:00-16:15), e delle sedute pomeridiane di approfondimento (16:30-18:00) per gruppi. Queste ultime saranno o in forma seminariale o in forma di lezioni frontali.

 

PROGRAMMA

(Le tematiche sono indicative; i titoli definitivi delle relazioni potranno subire variazioni).

:. Lunedì 20 gennaio
** Questioni di metodo: focus sulle storie d’Israele e Giuda

1. L’oggetto di studio: Identità di «Israele» e «Giuda»
Prof. Fabio Porzia [Consiglio Nazionale delle Ricerche, Roma].

2. Storiografia dell’antico Israele nel XXI secolo: le origini e l’età del Ferro
Prof. Peter Dubovský [Pontificio Istituto Biblico, Roma].

3. Storiografia di Samaria e Giuda nel XXI secolo: l’età persiana ed ellenistica
Prof. Dario Garribba [Pontificia Facoltà Teologica dell’Italia Meridionale – Sez.San Luigi].

Sono al momento già previste le seguenti sedute pomeridiane di approfondimento (in contemporanea):

1. Sennacherib a Gerusalemme (2Re 18,13.17–19,37 e gli annali RINAP 3/2 n. 46:22-32)
Prof. Krzysztof Kinowski [Università Giovanni Paolo II, Lublino]

2. Cosa rimane delle “riforme” di Ezechia e di Giosia?
Prof.ssa Ida Oggiano [Consiglio Nazionale delle Ricerche, Roma].

3.Da Alessandro Magno ad Alessandro Ianneo: la questione della ‘ellenizzazione’ e l’istituzione dello stato asmoneo
Prof. Vasile Babota [Pontificia Università Gregoriana, Roma]

:. Martedì 21 gennaio
** I testi e oltre i testi. Il contributo dell’archeologia

1. Il valore di fonte dei testi biblici nella storiografia dell’antico Israele sullo sfondo dell’archeologia [in inglese; sarà disponibile traduzione italiana]                                        Prof. Christian Frevel [Ruhr-Universität Bochum, Germania].

2. L’archeologia d’Israele e Giuda nel XXI secolo: le origini e l’età del Ferro
Prof.ssa Ida Oggiano [Consiglio Nazionale delle Ricerche, Roma].

3. L’archeologia di Israele e Giuda: le età neobabilonese, persiana ed ellenistica [in inglese; sarà disponibile traduzione italiana]                                                                             Prof. Oded Lipschits [Tel Aviv University]

Sono al momento previste le seguenti sedute pomeridiane di approfondimento (in contemporanea):

1. Scavi recenti a Gerusalemme: evidenze e interpretazioni.
Prof. Josef Mario Briffa [Pontificio Istituto Biblico, Roma].

2. Paradigmi storiografici dei Libri di Esdra e Neemia
Prof. Francesco Bianchi [Ricercatore indipendente]

3. Dal testo al contesto: Il Tempio di Salomone a Gerusalemme tra narrazione biblica ed evidenza archeologica
Prof.ssa Maura Sala [Pontificio Istituto Biblico, Roma]

:. Mercoledì 22 gennaio
** Le fonti extra-bibliche per la storia d’Israele e Giuda

1. Fonti documentarie per la storia d’Israele e Giuda: l’età preclassica
Prof. Paolo Merlo [Pontificia Università Lateranense, Roma]

2. Fonti documentarie per la storia d’Israele e Giuda: l’età ellenistica e romana
Prof.ssa Dorota Hartman [Università degli studi di Napoli L’Orientale] [pomeriggio del mercoledì: libero]

:. Giovedì 23 gennaio
** Israele tra i popoli: quali identità? Quali relazioni?

1. La Mesopotamia e Israele: interconnessioni storiche e culturali
Prof. Anthony Soo Hoo [Pontificio Istituto Biblico, Roma].

2. La costa Levantina: Fenici e Filistei
Prof.ssa Tatiana Pedrazzi [Consiglio Nazionale delle Ricerche, Milano].

3. Gli stati delle regioni interne: Aram, Ammon, Moab ed Edom
Prof.ssa Giulia Francesca Grassi [Università di Udine].

4. Egitto e Israele: interconnessioni storiche e culturali
Prof.ssa Paola Buzi [Università di Roma La Sapienza]

Sono al momento previste le seguenti sedute pomeridiane di approfondimento (in contemporanea):

1. Le tribù di Israele. Tra storia e idealità
Prof.ssa Elisa Cagnazzo [Facoltà Teologica dell’Italia settentrionale, sezione di Torino].

2. «Il Signore vostro Dio ha combattuto per voi» (Gs 23,3). Le narrazioni di conquista in Giosuè e il linguaggio della guerra nei testi storiografici del Vicino oriente antico
Prof. Flavio Dalla Vecchia [Università Cattolica del Sacro Cuore, Milano].

3. The Jewish Diaspora in Ptolemaic Egypt considering the Old Testament and the Extra-Biblical Sources: Life, Identity, Relations with the “Others” and the Homeland
Prof.ssa Martina Korytiaková [Comenius University, Bratislava].

:. Venerdì 24 gennaio
** ll contesto religioso

1. La religione di Israele e Giuda all’epoca regale
Prof. Paolo Merlo [Pontificia Università Lateranense, Roma].

2. La religione di Giuda in epoca persiana ed ellenistica
Prof. Francesco Bianchi [Ricercatore indipendente]

Venerdì pomeriggio (tavola rotonda conclusiva)
. Come scrivere una storia d’Israele e Giuda nel XXI secolo. Prospettive e desiderata
Proff. Peter Dubovský; Paolo Merlo; Jean-Louis Ska.

Iscrizioni

Chi fosse interessato è pregato di dare la propria adesione, inviando una e-mail all’indirizzo: pibsegr@biblico.it

Termine delle iscrizioni: 10 ottobre 2024.

Sarà possiobile anche la partecipazione on-line. Nel fare l’iscrizione si prega di precisare la modalità di partecipazione.

La quota di partecipazione è di € 120. Per i membri dell’Associazione ex-alunni/e in regola con l’iscrizione: € 100.

Non è richiesto il versamento di una quota al momento dell’iscrizione, ma si prega di inviare la propria adesione solo se realmente si prevede di partecipare, perché l’organizzazione finale della settimana dipenderà anche dal numero dei partecipanti.

Per ulteriori informazioni rivolgersi a: Segretario Generale PIB (pibsegr@biblico.it)

Sobre as ações simbólicas no livro de Ezequiel

A Bíblia Hebraica apresenta uma forma muito especial de narrativa caracterizada por pessoas, muitas vezes profetas, representando visualmente as mensagens de Iahweh em vez de apresentá-las verbalmente. Os estudiosos têm ficado intrigados com o fenômeno bizarro destas ações simbólicas, tentando compreender o seuSALEMI, S. A Linguistic-Theological Exegesis of Ezekiel as Môphēt: “I Have Made You a Sign” (Ezekiel 12:6). Leiden: Brill, 2024 significado e propósito. Essas ações constituem uma forma de comunicação não verbal. São dispositivos retóricos e figurativos, movimentos corporais, gestos, comportamentos e paralinguagem com finalidade interativa e comunicativa.

Há inúmeras interpretações do fenômeno das ações simbólicas. Elas têm sido consideradas, por exemplo, como: performances dramáticas e analógicas de ações que serão empreendidas num momento futuro; um fenômeno sociológico e comunicativo; atos de poder para legitimar e autenticar o status de um profeta; previsão de algo ainda não conhecido ou acontecido; uma forma de teatro de rua que chama a atenção através de ações visuais; meios não-verbais retóricos de persuadir; recursos visuais usados ​​para ilustrar a pregação profética; profecias de ação; profecias não verbalizadas; e ilustrações ou dramatizações dos oráculos subjacentes de Iahweh. No caso de Ezequiel, elas moldam a sua identidade profética, permitindo-lhe embarcar num ministério muito distinto.

Estas ações, ou comportamentos, receberam diversas definições diferentes, dadas por autores que estudaram o assunto: “ações dramáticas” (Stacey), “profecia promulgada” e “teatro de rua” (Lang, Matthews), “atos proféticos” (actes prophétiques, Amsler), “atos ou feitos de poder” (Overholt, Long), “ações de demonstração” (Demonstrationshandlungen, Lang), “pantomima” (Schökel), “atos proféticos de analogia” (prophetischen Analogiehandlungen, Ott).

Vamos usar o termo ‘ações simbólicas’, pois esta expressão representa melhor o caráter dessas ações. Sem inserir nenhum significado específico, apontam o que significam principalmente as ações: simbolizar, visualizar e tornar tangíveis os oráculos de Iahweh.

O livro de Ezequiel contém pelo menos vinte ações simbólicas realizadas pelo profeta, onze das quais ocorrem antes da partida da Glória de Iahweh nos capítulos 9–11, e nove após a sua partida. Entretanto, a lista de ações que podem ser consideradas simbólicas não encontra acordo entre os estudiosos. Além disso, estas ações são definidas e compreendidas de diferentes maneiras pelos estudiosos.

A lista é baseada na compreensão das ações simbólicas em Ezequiel como performances e comportamentos que são observáveis ​​e comunicativos. São atividades de certa forma analógicas, de caráter visual e demonstrativo, com a finalidade de atrair a atenção, incitar à reflexão, capazes de significar o que ainda não está visível e levar uma mensagem ou apontar para um acontecimento, uma pessoa ou outra coisa.

Cada ação simbólica em Ezequiel tem, geralmente, uma espécie de descrição no livro e, às vezes, uma explicação do seu significado, mais ou menos específica, mais ou menos detalhada. Portanto, a primeira interpretação é interna aos textos. No entanto, muitas vezes, o estranho comportamento do profeta não encontra uma explicação clara no texto.

Geralmente, o fenômeno da ação simbólica aborda o cerco de Jerusalém, que se aproxima, o exílio, a destruição do Templo e a decisão irrevogável de Iahweh de punir Israel pelas mãos dos inimigos. Aponta para a angústia produzida pela escassez de alimentos e água durante o cerco, para a deportação para um país estrangeiro, para a prisão e a contaminação. Jerusalém ficará acorrentada, profanada e desolada, envolta em desespero. Ao mesmo tempo, aponta para a esperança de restauração, particularmente do Templo.

Ações simbólicas antes da partida da Glória de Iahweh (descrição/interpretação interna): o rolo a ser comido (2,8–3,3/3,4–9); a tristeza do profeta sentado por 7 dias (3,10–15/3,16–21); o profeta fica mudo (3,22-26/3,27); o tijolo cercado (4,1–3/nenhuma); deitado de lado (4,4-6/nenhum); o braço nu e as cordas (4,7-8/nenhuma); cozinhar alimentos sobre excrementos (humanos) (4,9–12.15/4,13–17); a espada afiada e o corte do cabelo (5,1–4/5,5–17); o comportamento estranho (bater palmas e bater o pé) (6,11/6,12–14); fazendo uma corrente (7,23/7,24–27); cavar um buraco e olhar dentro dele (8,7–11/8,12–18) (nota 70).

Ações simbólicas após a partida da Glória de Iahweh (descrição/interpretação interna): o exílio do profeta e a bagagem (12,1–6/12,7–16); comer pão e beber água com tremor e angústia (12,18/12,19–20); gemer de tristeza (21,6/21,7); bater palmas enquanto profetiza (21,14-16/21,17); os dois caminhos (21,18–20/21,21–27); a anotação da data (24,1-2/nenhuma); a panela fervendo (24,3–5/24,6–14); a morte da esposa (24,15–17/24,18–27); os dois pedaços de madeira (37,15–17/37,18–28) (nota 71).

A narrativa das ações simbólicas de Ezequiel é de fato muito dramática e também interativa. Visa usar a vida do profeta como meio de instruir, alertar, convencer e surpreender o povo de Israel em relação às intenções e à justiça de Iahweh. A interação de Ezequiel tanto com a casa de Israel quanto com Iahweh visualiza o relacionamento entre essas duas partes. Ezequiel é muito mais do que apenas um executor de ações simbólicas. Ele é a atuação de Iahweh para construir uma mensagem teologicamente coerente para a casa de Israel no horizonte da esperança futura de restauração.

O ministério simbólico profético de Ezequiel como môphēt (= sinal) representa o meio de Iahweh contar à casa de Israel sobre sua justiça, relacionamento, proximidade e como lidar com o drama do cerco de Jerusalém, a destruição do Templo, o exílio e a esperança de restauração.

Fonte: Trechos de SALEMI, S. A Linguistic-Theological Exegesis of Ezekiel as Môphēt: “I Have Made You a Sign” (Ezekiel 12:6). Leiden: Brill, 2024, capítulo 2: O fenômeno das ações simbólicas.

O capítulo 2 tem 90 notas de rodapé. Elas foram omitidas aqui.

 

The Hebrew Bible presents a very particular form of narrative characterized by people, often prophets, enacting YHWH’s messages rather than verbally presenting them. Scholars have puzzled over the bizarre phenomenon of these symbolic actions, trying to understand their meaning and purpose. These actions are a non-verbal form of communication. They are rhetorical and figurative devices, bodily movements, gestures, behaviours, and paralanguage with an interactive and communicative purpose. These actions, or behaviours, have received several different definitions: “dramatic actions” (Stacey), “enacted prophecy” and “street theatre” (Lang, Matthews), “prophetic acts” (actes prophétiques, Amsler), “acts or deeds of power” (Overholt, Long), “demonstration actions” (Demonstrationshandlungen, Lang), “pantomime” (Schökel), “prophetic acts of analogy” (prophetischen Analogiehandlungen, Ott). I prefer to use interchangeably the terms ‘symbolic actions,’ or ‘sign acts,’ (e.g., used in important commentaries such as those of Zimmerli and Block), because I consider these expressions as a better representation of the character of these actions. Without inserting any specific meaning, they point to what the actions mainly mean: to symbolize, visualize, and make tangible the oracles of YHWH (p. 16-17).

I consider that the book of Ezekiel contains at least twenty symbolic actions performed by the prophet, eleven of which occur before the departing of the ‫כבוד‬ of YHWH in chapters 9–11, and around two thirds of this figure, namely nine, after the departure of it. The list of actions that may be considered symbolic, also broadly in the various books of the Hebrew Bible, does not find agreement among scholars. As previously seen, the actions are defined and understood in different ways (p. 29).

My list is based on my understanding of symbolic actions in Ezekiel as all those performances and behaviours which are observable in nature and communicative in value. They are somehow analogic activities of a visual and demonstrative character with the purpose of attracting attention, prompting to reflect, capable of signifying what is not yet visible and carrying a message or pointing to an event, a person, or something else. Within this conceptual frame is my investigation of Ezekiel as ‫מופת‬.

Each symbolic action in Ezekiel has, generally, a sort of description in the book and, at times, an explanation of its meaning, more or less specific, more or less detailed. Therefore, the first interpretation is internal to the texts. However, often, the strange behaviour of the prophet does not find a clear explanation within the text. Valuable exegetical and hermeneutical work has been done by various scholars on each of Ezekiel’s symbolic actions. Generally, the symbolic action phenomenon addresses the coming siege of Jerusalem, the exile, the destruction of the temple, the unchangeable decision of YHWH to punish Israel through the hands of enemies. It points to the anguish produced by the scarcity of food and water during the siege, to the deportation into a foreign country, to imprisonment and defilement. Jerusalem will be left in chains, profaned and desolated, wrapped in despair. At the same time, it points to the hope of restoration, particularly of the temple, which is foreseen as the greatest aspiration of YHWH (p. 30-31).

Symbolic Actions before the departure of the ‫כבוד‬ (description/internal interpretation): The scroll to be eaten (2:8–3:3/3:4–9); The sadness of the prophet seated for 7 days (3:10–15/3:16–21); The prophet becomes dumb (3:22–26/3:27); The tile and the iron plate (4:1–3/none); Lying on his sides (4:4–6/none); The naked arm and the cords (4:7–8/none); Cooking food over (human) excrements (4:9–12,15/4:13–17); A sharp knife and the hair (5:1–4/5:5–17); A strange behaviour (clapping hands and stamping the foot) (6:11/6:12–14); Making a chain (7:23/7:24–27); Digging a hole to look into it (8:7–11/8:12–18) (p. 29, nota 70).

Symbolic actions after the departure of the ‫כבוד‬ (description/internal interpretation): The exile of the prophet and the baggage (12:1–6/12:7–16); Bread and water with trembling (12:18/12:19–20); Moan with grief (21:6/21:7); Clapping of hands while prophesying (21:14–16/21:17); The two ways (21:18–20/21:21–27); The writing of the date (24:1–2/none); The boiling pot (24:3–5/24:6–14); Wife’s death (24:15–17/24:18–27); The two pieces of wood (37:15–17/37:18–28) (p. 29, nota 71).

The symbolic actions narrative of Ezekiel is indeed very dramatic as well as interactive. It aims at using the life of the prophet as a means of instructing, warning, convincing, and amazing the people of Israel regarding YHWH’s intentions and justice. Ezekiel’s interaction with both the house of Israel and with YHWH visualizes the relationship between these two parties. Ezekiel is much more than just a performer of symbolic actions; he is YHWH’s performance to construct a theologically coherent message for the house of Israel in the horizon of the future hope of restoration.

Ezekiel’s prophetic symbolic ministry as ‫מופת‬ represents YHWH’s means of telling the house of Israel of his justice, relationship, closeness and how to cope with the drama of the siege of Jerusalem, the destruction of the temple, the exile, and the hope of restoration (p. 33).

Ezequiel como sinal para Israel

SALEMI, S. A Linguistic-Theological Exegesis of Ezekiel as Môphēt: “I Have Made You a Sign” (Ezekiel 12:6). Leiden: Brill, 2024, 262 p. – ISBN 9789004691025.

Em Ez 12,6 Iahweh diz ao profeta: “Faço de ti um sinal para a casa de Israel”. O que significa ser um מופת (môphēt = sinal) para a história do profeta Ezequiel e para aSALEMI, S. A Linguistic-Theological Exegesis of Ezekiel as Môphēt: "I Have Made You a Sign" (Ezekiel 12:6). Leiden: Brill, 2024 teologia do livro que leva seu nome? Ezequiel é chamado de מופת apenas quatro vezes no livro. Nos capítulos 12 (versículos 6 e 11) e 24 (versículos 24 e 27). O lexema é usado para identificar o profeta dentro do contexto de duas ações simbólicas. Portanto, como definir esta experiência profética? O que o lexema מופת indica? De que forma מופת identifica o profeta?

A narrativa apresenta o papel do profeta como מופת começando no contexto da saída da glória de Iahweh do templo e culminando na perda de sua esposa como prefiguração da destruição do templo. O livro retrata esta realidade como um processo que começa com a visão da carruagem do capítulo 1. A visão descendente de Iahweh no capítulo 1 encontra sua completude com a partida do כבוד como um movimento ascendente no capítulo 12. Naquele exato momento, Ezequiel é chamado a assumir uma espécie de nova identidade, a de um מופת (sinal). Esta identidade atingirá o clímax da sua expressão na experiência da morte da esposa do profeta no capítulo 24. A visão inicial do livro é uma irrupção gráfica e avassaladora da presença divina no mundo do profeta e do povo de Israel.

O papel desempenhado pelo profeta como מופת no quadro da presença e ausência de Iahweh e da experiência traumática do exílio é um elemento-chave no meu estudo. Consequentemente, será dada atenção específica aos dois capítulos acima mencionados (nos quais ocorre o lexema) onde Ezequiel parece funcionar como um símbolo das ações, presença e relacionamento de Iahweh com Israel. A razão de ser deste fenômeno é de suma importância para uma percepção mais clara da teologia do livro.

Pretendo explorar as questões hermenêuticas e teológicas levantadas pela minha pergunta: Ezequiel, o que significa que você é um מופת (sinal)?

Portanto, este estudo se concentra na interpretação do significado, papel e influência da afirmação de Ez 12,6 em relação a Ezequiel como מופת dentro da narrativa do livro de Ezequiel, através das lentes da semântica, da exegese e da teologia (Trechos do Capítulo 1: Ezequiel é um môphēt)‬.

Stefano Salemi é estudioso nas áreas de Bíblia, línguas bíblicas e teologia. Ele ocupou ou continua a ocupar cargos de pesquisa em várias universidades, incluindo Harvard, Yale, Oxford, Faculdade Teológica Pugliese (Itália), Pretória, Sheffield e Jerusalém.

 

The book of Ezekiel contains a very distinctive statement. In chapter 12:6, YHWH says to the prophet “I have made you a ‫מופת‬ (‫יָך‬‫ּת‬ִ ‫ת‬ַ ְ‫נ‬ ‫ת‬‫מֹופ‬ )1 for the House of Israel.”2 What does being a ‫מופת‬ imply for the story of the prophet Ezekiel and for the theology of the book that bears his name? Ezekiel is called ‫מופת only four times in the book.3 In chapters 12 (vv. 6, 11) and 24 (vv. 24, 27), the lexeme is used to identify the prophet within the context of two specific symbolic actions YHWH called him to perform. Therefore, how to define this prophetic experience? What does the lexeme מופת‬ indicate? In which way does מופת‬ identify the prophet?

Stefano SalemiThe narrative unfolds the role of the prophet as a ‫מופת‬ beginning in the context of the departure of YHWH’s glory from the temple and reaching a culmination in the loss of his wife as a prefiguration of the destruction of the temple. The book portrays this reality as a process beginning with the chariot vision of chapter 1. The descending vision of YHWH in chapter 1 finds its completeness with the departure of the ‫כבוד‬ as an ascending movement in chapter 12. In that very moment, Ezekiel is called to assume a sort of new identity, that of a ‫מופת‬. This identity will reach the climax of its expression in the experience of the death of the prophet’s wife in chapter 24. The opening vision of the book is a graphical and overwhelming irruption of the divine presence into the world of the prophet and of the people of Israel.

The role played by the prophet as ‫מופת‬ within the frame of YHWH’s presence and absence and the traumatic experience of the Exile, is a key element in my study. Consequently, specific attention will be paid to the above-mentioned two chapters (in which the lexeme occurs) where Ezekiel seems to function as a symbol of YHWH’s actions, presence, and relationship with Israel. The raison d’être of this phenomenon is of paramount importance for a clearer perception of the theology of the book.

I intend to explore the hermeneutical and theological issues raised by my question: Ezekiel, what does it mean you are a ‫מופת‬ (sign)?

Therefore, this study focuses on the interpretation of the meaning, role and influence of the statement of Ezekiel 12:6 in regard to Ezekiel as ‫מופת‬ within the narrative of the book of Ezekiel, through the lenses of semantics, exegesis, and theology.

Stefano Salemi is a scholar of biblical studies, languages, and theology. He has held or continues to hold research posts at various universities, including Harvard, Yale, Oxford, Theological Faculty of Apulia, Pretoria, Sheffield, and Jerusalem.

Como se formou a literatura profética?

MASTNJAK, N. Before the Scrolls: A Material Approach to Israel’s Prophetic Library. New York: Oxford University Press, 2023, 264 p. – ISBN 9780190911096.

Before the Scrolls traça a história da mídia do corpus profético bíblico para propor uma abordagem material da literatura bíblica. Embora os estudiosos entendam que oMASTNJAK, N. Before the Scrolls: A Material Approach to Israel's Prophetic Library. New York: Oxford University Press, 2023. material de composição foi o pergaminho e não o códice, eles persistem em imaginar a sua forma como um único objeto textual. Essa suposição permeia séculos de estudos e motiva muitas das questões feitas sobre a composição bíblica.

Nathan Mastnjak levanta a questão do formato físico original dos textos bíblicos e argumenta que muitas das obras literárias que eventualmente se tornariam os livros proféticos da Bíblia não foram escritas inicialmente como livros. Isaías, Jeremias e Ezequiel foram originalmente compostos em coleções vagamente organizadas de vários rolos e folhas curtas de papiro.

Embora raramente considerados nos estudos, a realidade da forma, formato, produção e substância material de um texto tem uma influência profunda no significado do texto. Diferentemente das obras comprometidas com pergaminhos de livros únicos, essas coleções não tinham uma  ordem de leitura pré-determinada e eram suscetíveis a múltiplos arranjos. Somente na era helenística essas composições foram editadas, organizadas e copiadas em pergaminhos de volume único, como os conhecidos Manuscritos do Mar Morto.

Ao investigar a relação entre forma e significado e a transição da coleção para o livro, Mastnjak sugere novas soluções para problemas clássicos dos estudos bíblicos, como as relações entre o TM e a LXX de Jeremias e entre o Primeiro e o Segundo Isaías. A falha em levar em conta a materialidade do corpus profético levou os estudiosos a ocasionalmente fazer perguntas erradas sobre essas composições e cegou-os para o papel vital que os editores desempenharam na criação da Bíblia como a conhecemos. Reformular grande parte da literatura judaica num modelo de coleção, em vez de um modelo de livro, tem implicações significativas para a nossa compreensão de como a própria Bíblia foi composta e lida.

Nathan Mastnjak é professor de Sagrada Escritura no Seminário Notre Dame em Nova Orleans, Louisiana e autor de Deuteronomy and the Emergence of Textual Authority in Jeremiah.

Há uma boa resenha publicada por Ethan Schwartz em Ancient Jew Review em 17 de abril de 2024.

Nathan Mastnjak (1983-)Before the Scrolls traces the media history of the biblical prophetic corpus to propose a material approach to biblical literature. Although scholars understand that the material of composition was the scroll rather than the codex, they persist in imagining the form as a single textual object. This assumption pervades centuries of scholarship and drives many of the questions asked about biblical composition. Nathan Mastnjak raises the question of the original physical format of biblical texts and argues that many of the literary works that would eventually become the Bible’s prophetic books were not written initially as books. Isaiah, Jeremiah, and Ezekiel were originally composed on loosely organized collections of multiple short papyrus scrolls and sheets. Though rarely considered in scholarship, the realia of a text’s form, format, production, and material substance have a profound influence on the meaning of the text. Unlike works committed to single book-scrolls, these collections did not have predetermined orders of reading and were susceptible to multiple arrangements. Only in the Hellenistic era were these compositions edited, organized, and copied into single volume book-scrolls such as those known from the Dead Sea.

By investigating the relationship between form and meaning and the transition from the collection to the book, Mastnjak suggests novel solutions to classic problems in biblical scholarship, such as the relationships between the MT and LXX of Jeremiah and that between First and Second Isaiah. The failure to account for the materiality of the prophetic corpus has led scholarship to occasionally ask the wrong questions of these compositions and has blinded it to the vital role that Hellenistic bookmakers played in the creation of the Bible as we know it. Reconceiving much Judean literature on a collection-model rather than book-model has significant implications for our understanding of how the Bible itself was composed and read.

Nathan Mastnjak is Professor of Sacred Scripture at Notre Dame Seminary in New Orleans, Louisiana and author of Deuteronomy and the Emergence of Textual Authority in Jeremiah.

A lei na Bíblia Hebraica

WELLS, B. (ed.) The Cambridge Companion to Law in the Hebrew Bible. Cambridge: Cambridge University Press, 2024, 408 p. – ISBN 9781108725668.

Este livro oferece uma visão abrangente da história, natureza e legado da lei bíblica. Examinando os debates que giram em torno da natureza da lei bíblica, explora o seuWELLS, B. (ed.) The Cambridge Companion to Law in the Hebrew Bible. Cambridge: Cambridge University Press, 2024, 408 p. contexto histórico, o significado das suas regras e a sua influência no judaísmo e no cristianismo primitivos. O volume também questiona questões-chave: As regras pretendiam funcionar como a lei estatutária do antigo Israel? Há evidências que indiquem que eles serviram a um propósito diferente? Qual é a relação entre este material jurídico e outras partes da Bíblia Hebraica? Mais importante ainda, o livro fornece uma visão aprofundada do conteúdo das leis da Torá, com ensaios individuais sobre leis substantivas, processuais e rituais. Com contribuições de uma equipe internacional de especialistas, escrita especialmente para este volume, The Cambridge Companion to Law in the Hebrew Bible fornece uma visão atualizada dos estudos sobre a lei bíblica e descreve temas e tópicos para pesquisas futuras.

 

This Companion offers a comprehensive overview of the history, nature, and legacy of biblical law. Examining the debates that swirl around the nature of biblical law, it explores its historical context, the significance of its rules, and its influence on early Judaism and Christianity. The volume alsoBruce Wells interrogates key questions: Were the rules intended to function as ancient Israel’s statutory law? Is there evidence to indicate that they served a different purpose? What is the relationship between this legal material and other parts of the Hebrew Bible? Most importantly, the book provides an in-depth look at the content of the Torah’s laws, with individual essays on substantive, procedural, and ritual law. With contributions from an international team of experts, written specially for this volume, The Cambridge Companion to Law in the Hebrew Bible provides an up-to-date look at scholarship on biblical law and outlines themes and topics for future research.

Bruce Wells is Associate Professor in the Department of Middle Eastern Studies at the University of Texas, Austin. He is the author of The Law of Testimony in the Pentateuchal Codes (2004), co-author (with Raymond Westbrook) of Everyday Law in Biblical Israel (2009), and co-author (with F. Rachel Magdalene and Cornelia Wunsch) of Fault, Responsibility, and Administrative Law in Late Babylonian Legal Texts (2019).

O livro de Ezequiel na pesquisa atual

CARVALHO, C. (ed.) The Oxford Handbook of Ezekiel. New York: Oxford University Press, 2023, 555 p. – ISBN 9780190490737.

O estado atual dos estudos sobre o livro de Ezequiel é robusto. Ezequiel, ao contrário da maioria das coleções proféticas pré-exílicas,CARVALHO, C. (ed.)The Oxford Handbook of Ezekiel. New York: Oxford University Press, 2023 contém indícios evidentes de que sua circulação primária foi como um texto literário e não como uma coleção de discursos orais. O autor era altamente educado, a teologia do livro é “sombria” e sua visão da humanidade é esmagadoramente negativa. Em The Oxford Handbook of Ezekiel, a editora Corrine Carvalho reúne estudiosos de diversas perspectivas interpretativas para explorar um dos livros mais debatidos da Bíblia.

Composto por vinte e sete ensaios, o livro fornece introduções às principais tendências nos estudos de Ezequiel, abrangendo sua história, estado atual e direções emergentes. Após uma visão geral introdutória dessas tendências, cada ensaio discute um elemento importante no envolvimento acadêmico com o livro. Vários ensaios discutem a história do texto (seu contexto histórico, camadas redacionais, crítica do texto e uso de outras tradições israelitas e do antigo Oriente Médio). Outros se concentram em temas-chave do livro (como templo, sacerdócio, direito e política), enquanto outros ainda analisam a história da recepção do livro e interpretações contextuais (incluindo arte, uso cristão, abordagens de gênero, abordagens pós-coloniais e teoria do trauma) . Tomados em conjunto, estes ensaios demonstram a vitalidade da pesquisa sobre Ezequiel no século XXI.

Corrine Carvalho é Professora de Teologia na Universidade St. Thomas, em St. Paul, MN, USA. Sua principal área de pesquisa é Ezequiel, Jeremias e Lamentações. No capítulo 1 deste livro ela diz: “Tenho trabalhado em Ezequiel há mais de trinta anos. Este é um campo que tem se beneficiado de um grupo muito dedicado de acadêmicos que se reúne regularmente e partilha discussões vibrantes, que tentei representar nos autores e temas deste livro”.

 

The current state of scholarship on the book of Ezekiel, one of the three Major Prophets, is robust. Ezekiel, unlike most pre-exilic prophetic collections, contains overt clues that its primary circulation was as a literary text and not a collection of oral speeches. The author was highly educated, the theology of the book is “dim,” and its view of humanity is overwhelmingly negative. In The Oxford Handbook of Ezekiel, editor Corrine Carvalho brings together scholars from a diverse range of interpretive perspectives to explore one of the Bible’s most debated books.

Consisting of twenty-seven essays, the Handbook provides introductions to the major trends in the scholarship of Ezekiel, covering its history, current state, and emerging directions. After an introductory overview of these trends, each essay discusses an important element in the scholarly engagement with the book. Several essays discuss the history of the text (its historical context, redactional layers, text criticism, and use of other Israelite and near eastern traditions). Others focus on key themes in the book (such as temple, priesthood, law, and politics), while still others look at the book’s reception history and contextual interpretations (including art, Christian use, gender approaches, postcolonial approaches, and trauma theory). Taken together, these essays demonstrate the vibrancy of Ezekiel research in the twenty-first century.

Corrine Carvalho is Professor of Theology at the University of St. Thomas in St. Paul, MN. Her research is primarily on exilic texts (Ezekiel, Jeremiah, and Lamentations) and she is currently working on a commentary on Ezekiel. She is an active member of both the Society of Biblical Literature and the Catholic Biblical Association, and currently serves as General Editor of The Catholic Biblical Quarterly.

Contents

1. Ezekiel Scholarship in the Twenty-​first Century
Corrine Carvalho
2. Ezekiel in Its Historical Context
Marvin A. Sweeney
3. The Mesopotamian Context of Ezekiel
Daniel Bodi
4. Ezekiel and Israel’s Legal Traditions
Michael A. Lyons
5. Ezekiel among the Prophetic Tradition
Anja Klein
6. Ezekiel and Israelite Literary Traditions
Dexter E. Callender
7. Text-​Critical Issues in Ezekiel
Timothy P. Mackie
8. Rhetorical Strategies in the Book of Ezekiel
Dale Launderville
9. Ezekiel as a Written Text: Archiving Visions, Remembering Futures
Ian D. Wilson
10. Ezekiel among the Exiles
Dalit Rom-​Shiloni
11. Ezekiel and Politics
Madhavi Nevader
12. Priests, Levites, and the Nasi: New Roles in Ezekiel’s Future Temple
Tova Ganzel
13. Ezekiel’s Concept of Covenant
John Strong
14. Ezekiel and the Foreign Nations
C. L. Crouch
15. Ezekiel and the Priestly Traditions
Stephen L. Cook
16. Communications of the Book of Ezekiel: From the Iron Wall to the Voice in the Air
Soo J. Kim Sweeney
17. Ezekiel in Christian Interpretation: Gog, Magog, and Apocalyptic Politics
Andrew Mein
18. Pastoral Appropriations of Ezekiel
Steven Tuell
19. Ezekiel in the Jewish Tradition
Yedida Eisenstat
20. Where There’s Fire There’s Smoke: Text and Image in the Ezekiel Painting at Dura-​Europos
Margaret S. Odell
21. Ezekiel and Gender
Amy Kalmanofsky
22. Embodiment in Ezekiel
Rhiannon Graybill
23. Ezekiel as Trauma Literature
Ruth Poser
24. Uncertainties in First Contact? Ezekiel’s Struggle Toward a “Comparative Gaze”
Daniel L. Smith-​Christopher
25. Ezekiel’s Map of Future Past
Carla Sulzbach
26. Ezekiel Imperialized Geographies in the Nation Oracles
Steed Vernyl Davidson
27. Ezekiel’s Tangible Ethics: Physicality in the Moral Rhetoric of Ezekiel
Corrine Carvalho