Os Manuscritos do Mar Morto na pesquisa recente

The Dead Sea Scrolls in Recent Scholarship: A Public Conference: May 17 – 20, 2020

Gravações completas da conferência pública, Os Manuscritos do Mar Morto na pesquisa recente, realizada virtualmente de 17 a 20 de maio de 2020. As gravações são divididas por sessão. Como alguns oradores não quiseram ser gravados, suas apresentações foram omitidas.The Dead Sea Scrolls in Recent Scholarship

We are pleased to share the full recordings from the Dead Sea Scrolls in Recent Scholarship: A Public Conference, which took place virtually on May 17-20, 2020. The recordings, found below, are broken down by session. Please note that some speakers declined to be recorded, so these presentations were omitted.

The conference was generously sponsored by NYU, Global Network for Advanced Research in Jewish Studies & the Skirball Department of Hebrew and Judaic Studies; Friends of the Israel Antiquities Authority.

Leia mais sobre os Manuscritos do Mar Morto aqui e aqui.

O Deuteronômio na Vida Pastoral

A revista Vida Pastoral n. 335, de setembro-outubro 2020, é toda dedicada ao livro do Deuteronômio.

Pode ser um bom subsídio para o Mês da Bíblia 2020. A revista pode ser lida online ou pode-se fazer o download do número completo em formato pdf. Clique aqui.Vida Pastoral n. 335, setembro-outubro 2020: Livro do Deuteronômio

 

Os artigos:

:. Editorial – Antonio Iraildo Alves de Brito

:. A Lei em favor da vida? Entendendo o livro do Deuteronômio – Shigeyuki Nakanose e Maria Antônia Marques

:. Revelar o amor de Deus: Uma chave para o livro do Deuteronômio – Carlos Mesters e Francisco Orofino

:.As leis deuteronômicas e a questão do poder: uma leitura de Dt 16,18-18,22 – Pedro Lima Vasconcellos e Rafael Rodrigues da Silva

As cartas de Tell el-Amarna

KAEFER, J. A. As Cartas de Tell el-Amarna e o contexto social e político de Canaã antes de Israel. São Paulo: Paulus, 2020, 164 p. – ISBN 9786555620436

As cartas de Tell el-Amarna, encontradas em um sítio arqueológico no final do século XIX e início do século XX, compõem um valioso material literário que revela asKAEFER, J. A. As Cartas de Tell el-Amarna e o contexto social e político de Canaã antes de Israel. São Paulo: Paulus, 2020 relações políticas e econômicas que existiam entre o Egito e os reinos da Mesopotâmia e de Canaã, no final do segundo milênio a.C. Por oferecer importantes informações não só sobre o Egito, mas também sobre os grandes reinos do Antigo Oriente Próximo, todo o material encontrado em Amarna tornou-se uma importante chave para compreendermos melhor a cultura pré-bíblica e a história dessa região, na qual teve origem o povo de Israel.

Neste livro, o autor José Ademar Kaefer apresenta um rico estudo sobre as cartas de Tell el-Amarna, destacando para o leitor sua importância e seu valor histórico e traçando, por fim, uma possível correlação entre os acontecimentos relatados nessas correspondências e o surgimento de Israel.

Sobre as cartas de Tell el-Amarna, leia mais aqui, aqui e aqui.

Sobre Dom Pedro Casaldáliga

Dom Pedro Casaldáliga, Bispo Emérito da Prelazia de SãoFélix do Araguaia e Missionário Claretiano, morre aos 92 anos de idade

Depois de um longo período de internação, parte dela na cidade de Batatais, estado de São Paulo (Brasil), faleceu hoje, 08 de agosto de 2020, às 09h40 (horário de Brasília), DomDom Pedro Casaldáliga (1928-2020) Pedro Casaldáliga Pla, CMF, Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Mato Grosso (Brasil), Missionário Claretiano e cuidado pela Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos) após ter sido jubilado. Com problemas de saúde ocasionados pelo Mal de Parkinson, por Pneumonia e Derrame Pulmonar, no dia 04 de agosto, Dom Pedro Casaldáliga, CMF, teve seu estado agravado e foi transferido por UTI aérea do Hospital de São Félix do Araguaia a Ribeirão Preto onde seguiu para Batatais em uma UTI Móvel direto para a Santa Casa permanecendo internado até sua morte devido a uma embolia pulmonar decorrente dos problemas de saúde já apresentados.

O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado em três locais. No dia 08, sábado, a partir das 15h, será na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, localizada a rua Dom Bosco, 466, Castelo, em Batatais, São Paulo. No dia 09, domingo, às 15h, neste local, acontecerá a missa de corpo presente, presidida por Dom Moacir, Arcebispo de Ribeirão Preto, que será aberta ao público em geral e transmitida ao vivo pelo Claretiano – TV, no Youtube, pelo link https://youtu.be/spto8rbKye0 .

No dia 10, segunda-feira, o corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, seguirá para Ribeirão Cascalheira, Mato Grosso, onde será velado no Santuário dos Mártires. Em seguida o corpo será levado para São Félix do Araguaia, MT, onde será velado no Centro Comunitário Tia Irene. O sepultamento será em São Félix do Araguaia, conforme desejo manifestado em sua vida.

Trajetória

Dom Pedro Casaldáliga nasceu no dia 16 de fevereiro de 1928, em Balsareny, na província de Barcelona, na Catalunha. É o segundo filho de Montserrat Pla Rosell e Luis Casaldaliga Ribera, que tiveram quatro filhos. Em 1943 ingressou na Congregação Claretiana, Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria e em 1952 foi ordenado sacerdote em Montjuïc, Barcelona. Até a sua vinda para o Brasil, que se deu em 1968, trabalhou na formação de futuros missionários claretianos, com a Pastoral da Juventude e com a Pastoral do Cursilho de Cristandade.

Ao chegar no Brasil, junto com Pe. Manoel Luzón, CMF, ajudou a fundar a Missão Claretiana no Estado do Mato Grosso, que na época era uma região com um alto grau de analfabetismo, marginalização social, violência e concentração fundiária. No estado fixou residência e foi defensor ativo dos Direitos Humanos e das grandes causas ainda não totalmente resolvidas, como as causas indígenas, racismo a defesa da Amazônia. Logo após sua chegada, em 1969, o Vaticano criou a Prelazia de São Félix do Araguaia, MT, e em 1970 foi nomeado administrador apostólico da Prelazia.

Já em 1971 foi nomeado Bispo Prelado de São Félix do Araguaia pelo Papa Paulo VI. Neste mesmo ano publicou a Carta Pastoral Uma Igreja na Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização Social denunciando a situação de miséria e violência na região Amazônica. Com uma vida totalmente dedicada ao próximo e ajudando os mais necessitados fundou o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) com Dom Tomás Balduino e juntos criaram a Comissão de Pastoral da Terra (CPT).

Dom Pedro teve seu nome ligado à Reforma Agrária, à denúncia da escravidão moderna e a defesa dos povos indígenas.

Além do exercício como sacerdote, Dom Pedro reservava parte do seu tempo à escrita. Deixou uma obra riquíssima composta por livros, poemas, cartas, cantigas e orações. Inclusive seu livro ‘Descalço sobre a Terra Vermelha’, virou filme com a direção de Oriol Ferrer, em 2012. Além disso, ele participou do filme ‘Anel de Tucun’, em 1994; da Missa dos Quilombos, produzida pelo cantor Milton Nascimento, no ano de 1982.

Dom Pedro Casaldáliga passou sua vida na simplicidade, em São Félix do Araguaia, e no dia 04 de agosto de 2020 chegou a Batatais, SP, para tratamento médico, onde passou seus últimos dias, falecendo em 08 de agosto de 2020.

 

Cronologia de Dom Pedro Casaldáliga

16/02/1928 – nasceu Pedro Casaldáliga Pla, em Balsareny, na província de Barcelona, na Catalunha. É o segundo filho de Montserrat Pla Rosell e Luis Casaldaliga Ribera, que tiveram quatro filhos.

1943 – Ingressou na Congregação Claretiana (Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria).

1952 – Foi ordenado sacerdote em Montjuïc, Barcelona. Até a sua vinda para o Brasil trabalhou na formação de futuros missionários claretianos, com a Pastoral da Juventude e com a Pastoral do Cursilho de Cristandade.

1967 – Participou do Capítulo Geral da Congregação Claretiana, em Roma, onde organizou a sua vinda para o Brasil.

1968 – Junto com o Pe. Manoel Luzón, CMF, foi enviado para o Brasil para fundar a Missão Claretiana no Estado do Mato Grosso, uma região com um alto grau de analfabetismo, marginalização social, violência e concentração fundiária.

1969 – O Vaticano criou a Prelazia de São Félix do Araguaia, MT.

1970 – Foi nomeado administrador apostólico da Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Neste mesmo ano fundou o Jornal Alvorada.

1971 – Foi nomeado Bispo Prelado de São Félix do Araguaia pelo Papa Paulo VI. Neste mesmo ano publicou a Carta Pastoral Uma Igreja na Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização Social, denunciando a situação de miséria e violência na região Amazônica.

1972 – Ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) com Dom Tomás Balduino.Dom Pedro Casaldáliga (1928-2020)

1975 – Junto com Dom Tomás Balduino ajudou a criar Comissão de Pastoral da Terra (CPT).

1976 – Foi ameaçado de morte várias vezes, sendo que em Ribeirão Cascalheira, no Mato Grosso, estava junto com o Pe. João Bosco Penido Burnier, que foi assassinado por um pistoleiro, escapou da morte.

1986 – Promoveu a primeira edição da Romaria dos Mártires da caminhada. Movimento que seguiu a cada quatro anos.

1988 – Fez a visita Ad Límina em Roma, visita que os Bispos fazem ao Papa para apresentar o relatório Pastoral da sua Diocese.

1992 – Juntamente com o Pe. José Maria Vigil criou a primeira agenda latino americana em comemoração aos 500 anos da Evangelização na América, publicação existente até os dias atuais.

1994 – Apoiou a revolta de Chiapas, no México.

1999 – Foi solidário aos governos (nacionais e internacionais) com propostas para uma política popular.

2000 – Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas e em 2012 recebeu o mesmo título da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

2005 – Já sofrendo Mal de Parkinson apresentou sua renúncia à Prelazia, conforme o Can. 401 §1 do Código de Direito Canônico, em 2005, que foi aceita pelo Papa João Paulo II.

2020 – Ficou em São Félix do Araguaia até este ano e no dia 04 de agosto de 2020 chegou a Batatais, SP, para tratamento médico, onde passou seus últimos dias, falecendo em 08 de agosto, às 09h40

Morreu Dom Pedro Casaldáliga (1928-2020)

Morre Dom Pedro Casaldáliga, o bispo dos direitos humanos e dos mais pobres – Por Julinho Bittencourt: Revista Fórum – 8 de agosto de 2020

Após uma longa internação, morreu na manhã deste sábado (8), Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Ele estava internado em um hospital de Batatais (SP) com insuficiência respiratória.

A notícia da morte foi comunicada pela Prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso, Brasil). Veja abaixo:Dom Pedro Casaldáliga (1928-2020)

A Prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso, Brasil), a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos) e a Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos) comunicam o falecimento de Dom Pedro Casaldáliga Pla, CMF, Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso) e Missionário Claretiano, ocorrido neste dia 08 de agosto de 2020 às 9:40 horas (horário de Brasília), na cidade de Batatais, estado de São Paulo, Brasil.

O velório acontecerá em três locais:

1 – Em Batatais – SP

O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado, no dia 08 de agosto de 2020, a partir das 15 horas na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, situada à rua Dom Bosco, 466, Castelo, Batatais, São Paulo, Brasil.

A missa de exéquias será celebrada, em Batatais, no dia 09 de agosto de 2020 às 15h, no endereço acima e será aberta ao público em geral, além de ser transmitida ao vivo pelo link https://youtu.be/spto8rbKye0. O link estará aberto para que outros veículos de comunicação possam retransmitir.

2 – Em Ribeirão Cascalheira – MT

O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Santuário dos Mártires, a partir do dia 10 de agosto, sem previsão de horário de chegada do corpo.

3 – Em São Félix do Araguaia – MT

O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Centro Comunitário Tia Irene. O sepultamento será em São Félix do Araguaia.

Foi criada uma página especial em sua homenagem. Visite.

Leia também na Fórum: Entrevista histórica com Dom Pedro Casaldáliga: O nosso DNA mais profundo é a esperança – 21 de outubro de 2011

 

Morre o bispo Dom Pedro Casaldáliga, aos 92 anos – CartaCapital – 8 de agosto de 2020

Faleceu neste sábado 8, aos 92 anos, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia. Ele foi internado com um quadro de insuficiência respiratória na segunda-feira 3.

Casaldáliga foi um dos maiores defensores e propulsores da Teologia da Libertação no Brasil, mas não se limitou a ser bispo. É poeta, tem veias jornalísticas e atuou ativamente contra a ditadura. Ajudou a defender uma população pobre, esquecida, ameaçada pelo latifúndio e reprimida pelo Estado militar em uma cidadezinha do interior brasileiro.

A sua vida foi relatada na biografia “Um bispo contra todas as cercas”, da autora Ana Helena Tavares, lançada em 2019. A obra resgata a vida do clérigo desde seus dias como Pere Casaldáliga (seu nome de batismo), até transformar-se em Pedro, bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia – um lugar escondido no estado do Mato Grosso que teria destaque nacional pela chegada do espanhol.

Ao tornar-se bispo, Dom Pedro não perdeu tempo para relatar o que via na região – uma predominância do latifúndio sobre a vida e a exclusão dos cidadãos das tomadas de decisão das próprias terras e vidas.

Escreveu uma carta pastoral aberta intitulada “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”, que alçou voos, alcançou Leonardo Boff, José Oscar Beozzo e outros teólogos, e firmou naquele ponto do mapa uma movimentação importante de ideais para a Igreja Católica brasileira.

Se os nomes de Julio Lancellotti, Frei Betto e Dom Paulo Evaristo Arns são projetados até hoje como referências para a discussão de direitos humanos na Igreja Católica, Pedro Casaldáliga não fica atrás. Por muitas vezes, esteve na vanguarda da linha de fogo. “Na década de 70, a percepção da dimensão da figura do Pedro era outra. Ele teve uma projeção nacional e internacional muito grande”, diz Ana Helena Tavares, que se encontrou com o bispo em São Félix do Araguaia algumas vezes no processo de escrita da biografia. “Ele é uma pessoa que se preocupou em dar divulgação ao que fazia”.

A relevância dada à informação em tempos de censura fez com que Casaldáliga estivesse na lista de mais censurados do jornal O Estado de S. Paulo entre 1972 e 1975, mas não o impediu de denunciar as vezes em que foi amordaçado em cartas para os bispos. “Como é bom ser perseguido pela causa do Evangelho, da Justiça e da total Libertação!”, escreveu, na ocasião em que foi submetido a um cárcere privado em uma das quatro vezes que a prelazia teve intervenção de militares.

Para a autora, a escrita do livro vai contra “um Brasil que não cultua a memória”. Tavares acredita que resgatar a imagem de Pedro, mesmo depois de quase 15 anos de sua aposentadoria, é relevante para reverter o processo vigente de ódio no país. Os diversos depoimentos de pessoas que conviveram, admiraram e seguiram dom Pedro também evidenciam essa necessidade.

Casaldáliga, que também sofria de mal de Parkinson, vivia acamado em São Félix do Araguaia. ““Ser o que se é / Falar o que se crê / Crer no que se prega / Viver o que se proclama / Até as últimas consequências”.

 

Morre Pedro Casaldáliga, a pedra no sapato do autoritarismo brasileiro – Leonardo Sakamoto: UOL – 08.08.2020

Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, e um dos maiores defensores dos direitos humanos do país, morreu aos 92 anos, às 9h40 deste sábado (8), em Batatais (SP), onde havia sido removido para tratamento médico devido a problemas respiratórios.

A informação foi comunicada pela Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos) e a Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos). Ele não estava com covid-19.

Num ano em que o Brasil já ficou menor 100 mil vezes menor por conta de uma doença estúpida, a morte de Pedro deixa um vazio. Ele não era apenas um defensor da vida, mas a representação viva da resistência ao autoritarismo (continua)

Biblical Studies Carnival 173

Seleção de postagens dos biblioblogs em julho de 2020.

Biblical Studies Carnival for July 2020

Trabalho feito por Bob MacDonald em seu blog Dust.

 

Assim inicia Bob MacDonald este post:

Eu, seu anfitrião, fiz um carnaval em fevereiro deste ano, na época do Mardi Gras [terça-feira gorda]. Fechei o carnaval com o Quarteto para o fim dos tempos [Olivier Messiaen, Quatuor pour la fin du Temps, 1941]. Mal sabíamos o que estava por vir, embora tivessem sido emitidos os primeiros sinais de alerta. Que este carnaval possa ser o anúncio do começo do fim do desastre que se abateu sobre nós. Que possamos compreender quão crítico é o nosso apoio um ao outro, nossa ‘corresponsabilidade e interdependência’, e quão tolo é o pensamento, e todas as ações dele decorrentes, de que a liberdade pertence ao indivíduo às custas de toda a sociedade.

I, your host, did a carnival in February of this year just around Mardi Gras. I closed that carnival with the Quartet for the End of Time. Little did we know what was coming our way, though we had seen early warning signs. Let this carnival be heralding the beginning of the end of the disaster that is upon us. Let it be that we realize how critical is our support of each other, our ‘mutual responsibility and interdependence’, and how foolish is the thought, and all its attendant actions, that freedom belongs to the individual at the expense of the whole body.

Reunião dos Biblistas Mineiros em 2020

No dia 15 deste mês de julho de 2020 os Biblistas Mineiros estiveram reunidos por videoconferência, via Skype, das 14h00 às 16h00.

Retomo aqui alguns pontos do relato de nosso Coordenador/Secretário Telmo José Amaral de Figueiredo.

Participantes:
Airton José da Silva
Cássio Murilo Dias da Silva
Fábio Cristiano Rabelo
Francisco Cornélio Freire Rodrigues
Gilvander Luis Moreira
Jacir de Freitas Faria
Jaldemir Vitório
Maria de Lourdes Augusta
Rita Maria Gomes
Solange Maria do Carmo
Telmo José Amaral de Figueiredo
Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
Zuleica Aparecida Silvano

Ausências justificadas:
Felipe Cúrcio Ferreira Silva
José Luiz Gonzaga do Prado
José Raimundo Rodrigues
Marcus Mareano

Pauta:
1. Nosso grupo continua a existir? Em caso afirmativo, como?
2. O que fazer com os artigos preparados para o número 138 da revista Estudos Bíblicos?
3. Vamos participar, enquanto grupo, da nova revista Estudos Bíblicos?
4. Encaminhamentos práticos

1. Quanto ao futuro de nosso grupo

Foi praticamente unânime a decisão de que o grupo de Biblistas Mineiros, ou simplesmente, Biblistas Mineiros, deve continuar a existir. Eis as principais motivações expostas:

• Apesar de nosso grupo ter iniciado a sua caminhada, na década de 80 do século XX, tendo em vista realizar estudos e produzir artigos para a revista Estudos Bíblicos publicada pela Editora Vozes, de Petrópolis, ele não precisa, necessariamente, prosseguir com esse escopo

• Aquilo que sempre constituiu a riqueza de nosso grupo foram a amizade, a troca de experiências, o livre debate de ideias, o apoio à pesquisa, auxílio mútuo, a grande pluralidade de seus membros, o contato pessoal e caloroso e tantas outras características positivas

• A identidade principal de nosso grupo é a preocupação pastoral. Nosso anseio jamais foi, propriamente, realizar pesquisa e produzir textos acadêmicos. Pelo contrário, aquilo que mais nos impulsionava era auxiliar as lideranças de nossas igrejas, movimentos sociais e estudantes de teologia terem acesso ao melhor e mais atual da pesquisa bíblica, em uma linguagem acessível, atual e prática para os tempos de hoje. Enfim, o objetivo era produzir textos que pudessem ter um impacto efetivo e positivo no pensamento e na prática de nossos agentes populares

• Como, caminho percorrendo, a revista Estudos Bíblicos foi encontrando dificuldades em ser esse instrumento que desejávamos, não há mais razão de prosseguirmos sendo um grupo voltado, especificamente, para essa publicação

• O passo, agora, é resgatarmos a nossa motivação e identidade originais. E partirmos para realizar pesquisas e produzir subsídios que venham ao encontro de nossas finalidades

• No mundo atual, especialmente após a pandemia da Covid-19, a comunicação se dará, sempre mais, via internet, empregando sites, blogs, redes sociais, aplicativos etc. Não podemos mais desconsiderar esse meio, do contrário, nos tornaremos obsoletos e insignificantes. Por isso, precisamos criar o nosso próprio blog ou site para divulgar nossos trabalhos, sejam os antigos como os novos

• Nossas reuniões, levando em conta a nova situação gerada pela pandemia da Covid-19, poderão ser mais via aplicativos online (Skype, Google Meet, Zoom, TeamLink). Quando houver uma vacina e a situação sanitária estiver mais segura, poderemos retomar os encontros presenciais, os quais são muito ricos.

2. Os artigos para o número 138 da revista Estudos Bíblicos

O número 138 (2018) da revista Estudos Bíblicos sob a nossa responsabilidade, cujo tema é: «De Gênesis ao Apocalipse, sem fundamentalismos», ainda deveria ser publicado pela Editora Vozes, segundo garantiu-nos o Frei Ludovico Garmus. Seria para o segundo semestre deste ano. No entanto, após reflexão de nosso grupo, concluiu-se que o melhor meio será publicar os onze artigos que integram esse número em formato livro. Isso porque terá muito mais divulgação e penetração nos círculos de interesse bíblico. A revista Estudos Bíblicos, atualmente, é muito pouco lida e consultada, infelizmente. Alguns artigos ainda estão passando por revisão e conclusão.

3. Quanto a participar, enquanto grupo, da nova revista Estudos Bíblicos

A partir de 2020 a revista Estudos Bíblicos, até então sob a responsabilidade da Editora Vozes, de Petrópolis, aos cuidados de Frei Ludovico Garmus, assume um formato digital sob a responsabilidade da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, aos cuidados de Luiz Alexandre Solano Rossi, do Programa de Pós-Graduação em Teologia. A revista será publicada em dois números anuais, com cerca de 12 artigos, estando disponível na plataforma da PUCPR.

Partimos de uma constatação triste, mas realista: a revista Estudos Bíblicos já estava, praticamente, morta. Não havia interesse em ler essa revista. Alguns artigos não acrescentavam quase nada. Como revista impressa ela já era um cadáver. Ela deveria ter passado, há tempos, para o formato digital, mas a revista acabou perdendo o foco. Isso faz parte de uma crise da linguagem teológica em geral. Verifica-se, com preocupação, que o nosso discurso não é relevante, não atrai, não encontra um público. Por isso, a nova Estudos Bíblicos correrá o risco de continuar a não falar para ninguém. A principal questão é: quem acessará e lerá a nova Estudos Bíblicos da PUCPR? Os nossos agentes de pastoral terão muita dificuldade em acessar esse tipo de publicação.

Levando em consideração essas reflexões acima, bem como,aquilo que foi dito sobre a identidade e objetivo de nosso grupo, decidimos não tomar parte, enquanto grupo, da nova Estudos Bíblicos, que está a partir deste ano, sob a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Teologia da PUCPR. Individualmente, os membros de nosso grupo estão livres, obviamente, para redigir artigos e oferecer outras contribuições para essa nova revista, que terá o formato digital. Mas não será mais nossa missão, como grupo, nos responsabilizarmos por algum número dessa publicação.

4. Encaminhamentos práticos

Livro “De Gênesis ao Apocalipse, sem fundamentalismos”

Jacir de Freitas Faria ofereceu-se para intermediar, junto ao Departamento Editorial da Editora Vozes, a proposta de publicação de nossos artigos, que formariam o número 138 de Estudos Bíblicos, em formato livro. Telmo José Amaral de Figueiredo ficou de fornecer ao Jacir todas as informações a respeito, bem como o material necessário. Recordando que a maioria dos artigos já passou por revisão e devem estar prontos para publicação na editora. Esse trabalho já realizado pode ser, sem dúvida, aproveitado.

Assim que obtivermos alguma resposta da Editora Vozes, será marcada uma reunião online de todos os colegas que são autores de artigo deste número de Estudos Bíblicos para encaminharmos alguns detalhes da publicação.

Criação de um blog ou site de nosso grupo

Airton José da Silva e Fábio Cristiano Rabelo ficaram responsáveis de se reunir virtualmente e elaborar um projeto para a criação de um blog ou site que possa reunir, doravante, a produção dos membros de nosso grupo. Assim que esse projeto estiver concluído, será enviado a todos para apreciação e sugestões. O prazo sugerido para isso é até o final de agosto próximo.

Carta ao Frei Ludovico Garmus

O grupo decidiu, por unanimidade, enviar uma carta de agradecimento ao Frei Ludovico Garmus, responsável pela revista Estudos Bíblicos junto à Editora Vozes, pelo seu valioso, persistente e enorme trabalho à frente dessa publicação até o ano passado. Essa missiva ficou sob a responsabilidade de nosso Coordenador/Secretário. Ela será submetida previamente à apreciação de todos, antes de ser enviada.

Próxima reunião online

Ainda neste segundo semestre de 2020 será convocada uma outra reunião online para prosseguirmos na reorganização de nosso grupo.

 

Atualização em 11.10.2021: a revista Estudos Bíblicos agora está disponível no site da Abib

A partir de 2021, a Estudos Bíblicos passou a ser publicada pela Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (Abib). A publicação no formato impresso foi suprimida em 2019, tendo um lapso de publicação no ano de 2020, sendo retomada e disponibilizada somente no formato on-line a partir de 2021, com periodicidade semestral.

Francisco, a pandemia e a pós-pandemia

O Papa Francisco, a pandemia e pós-pandemia: metáforas e encruzilhada – Por Wagner Fernandes de Azevedo | IHU: 25 Julho 2020

Francisco desde o início do pontificado comunica com simplicidade, utilizando-se de metáforas para falar pedagogicamente a todos sobre o projeto de Igreja que deseja construir.

Muitas vezes reiterou o sonho de uma “Igreja em Saída”, para dizer uma Igreja missionária, de acompanhamento próximo, machucada nas ruas e calcada na vida do PovoMomento extraordinário de oração em tempo de epidemia presidido pelo Papa Francisco - Adro da Basílica de São Pedro - 27 de março de 2020 de Deus. E de fato, o Papa nos últimos sete anos viajava às periferias e acolhia em sua casa, os pobres, os migrantes, os refugiados, os indígenas, as vítimas de abusos sexuais…

Expressou também, desde sua primeira encíclica, a necessidade da “cultura do encontro” contra a “cultura do descarte”. Reforçava assim uma sociedade inclusiva, de valorização e participação de todos os pobres do mundo, superando as agruras geradas por um sistema econômico financeirizado em crise.

A pandemia do coronavírus atravancou o caminho da “normalidade”, de toda a sociedade, incluindo também o papado ao “estilo Francisco”. O mundo, e a Igreja que nele está inserida, depararam-se com o desafio de se transformar e repensar. O Papa, em entrevista por videoconferência, afirmou: “Tenho esperança na humanidade. Vamos sair melhores”.

Porém, contra Francisco, a pandemia freou uma agenda de viagens e os rotineiros encontros com o público, limitando o Papa das periferias, do encontro e da Igreja em saída, à reclusão entre a paredes do Vaticano – e à comunicação on-line, com transmissão do Ângelus, Audiência Geral e das missas matinais.

Contudo, a leitura de mundo, e da Igreja, que Francisco soube fazer e divulgar em sete anos de pontificado gerou outra metáfora ainda mais pertinente no atual tempo: a Igreja como hospital de campanha. O teólogo Tomáš Halík destaca no artigo “Igrejas fechadas: um sinal de Deus?”:

“Se a Igreja deve ser um ‘hospital de campanha’, obviamente ela deve continuar oferecendo a mesma assistência sanitária, social e caritativa que ofereceu desde as origens da sua história. Mas, como qualquer bom hospital, a Igreja também deve realizar outras tarefas. Deve fazer diagnósticos (identificando os ‘sinais dos tempos’), fazer prevenção (criando um ‘sistema imunológico’, em uma sociedade em que dominam os vírus malignos do medo, do ódio, do populismo e do nacionalismo), e fazer convalescença (ultrapassando os traumas do passado com o perdão)”.

Halík compreende o fechamento das Igrejas como uma oportunidade de provar um futuro que poderia em breve acontecer. E é ao confinamento no vazio (agora forçado por uma emergência sanitária) que a metáfora da Igreja em saída faz-se antítese. Para ele, o “ser Igreja” e “ser Cristão” não é estático, imutável, e a história de Cristo e os apóstolos demonstrara isso.

“Do tesouro da tradição que nos foi confiada, queremos tirar coisas novas e velhas e fazê-las participar de um diálogo com os que buscam, um diálogo no qual possamos e devamos aprender uns com os outros. Devemos aprender a ampliar radicalmente os limites da nossa visão da Igreja. Já não nos basta abrir, magnanimamente, um ‘pátio dos gentios’. O Senhor já bateu à porta a partir ‘de dentro’ e saiu – e cabe a nós buscá-lo e segui-lo. Cristo atravessou a porta que nós havíamos trancado por medo dos outros. Pulou o muro que tínhamos erigido à nossa volta. Abriu um espaço cuja amplitude e profundidade nos dão vertigens”.

Em 21-12-2019, dias antes de o novo coronavírus ser sequenciado e meses antes de a OMS declarar pandemia, Francisco reforçava à Cúria Romana as rápidas transformações de um novo mundo:

“Estamos a viver, não simplesmente uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Encontramo-nos, portanto, num daqueles momentos em que as mudanças já não são lineares, mas epocais; constituem opções que transformam rapidamente o modo de viver, de se relacionar, de comunicar e elaborar o pensamento, de comunicar entre as gerações humanas e de compreender e viver a fé e a ciência”

A pandemia colocou o Francisco definitivamente na encruzilhada “do velho que está morrendo e do novo que ainda não nasce”. Relembramos abaixo alguns eventos e algumas análises desse período e o futuro do pontificado.

Leia.

Somos vibrações fugazes entre bilhões de estrelas

“Somos vibrações fugazes, entre bilhões de estrelas”. Entrevista com Carlo Rovelli – IHU: 24 julho 2020

O universo é um lugar imenso e misterioso, cheio de maravilhas insólitas e de uma rara beleza. Nele há explosões gigantescas, arabescos primorosos e arco-íris com bilhões e bilhões de galáxias e bilhões e bilhões de estrelas. Perto de uma dessas estrelas são emitidas algumas vibrações fugazes entre tantas: nós. Somos nós com nossas ideias, sonhos, alegrias e aflições e nossa contemplação atônita da imensidão. Somos apenas um lampejo.

L’univers és un lloc immens i misteriós, ple de meravelles insòlites i d’una rara bellesa. En ell hi ha explosions gegantines, arabescos delicats i arcs de Sant Martí amb bilions i bilions de galàxies i bilions i ­bilions d’ estrelles. A prop d’una d’aquestes estrelles s’emeten unes vibracions fugaces entre tantes: nosaltres. Som nosaltres amb les nostres idees, somnis, alegries i penes i la nostra contemplació atònita de la immensitat. Som just un esclat.

A entrevista é de Lluís Amiguet, publicada por La Vanguardia em 23 de julho de 2020.

Carlo Rovelli - Verona, 03.05.1956
A entrevista

Doutor Rovelli, acredita que sabe e envelhece ou quer saber e rejuvenesce?

Para começar, com os anos, tenho menos vontade de romper com tudo. Mas acredito que ocorre o contrário: são os jovens que acreditam que já sabem tudo. Porque nós mais velhos fomos descobrindo que não sabíamos nada. Quando eu era jovem, estava muito mais certo de minhas opiniões, mas não perco a curiosidade. Tenho o problema oposto: devo me esforçar para contê-la, porque, do contrário, leria tudo, iria para todas as partes e falaria com todo mundo e não ficaria nada. Por isso, muitas vezes, surpreendo a mim mesmo lendo um livro que não tem nada a ver com o meu [tema] e me censuro: “Carlo, para já, não pode aprender tudo. Deixa esse livrinho”.

Descreva o universo em cinco linhas.

Grande desafio. O universo é um lugar imenso e misterioso, cheio de maravilhas insólitas e de uma rara beleza. Nele há explosões gigantescas, arabescos primorosos e arco-íris com bilhões e bilhões de galáxias e bilhões e bilhões de estrelas. Perto de uma dessas estrelas são emitidas algumas vibrações fugazes entre tantas: nós. Somos nós com nossas ideias, sonhos, alegrias e aflições e nossa contemplação atônita da imensidão. Somos apenas um lampejo.

Mas somos.

Somos e queremos saber.

E se o universo fosse um caos a respeito do qual não podemos saber mais do que sabemos?

Tudo é possível. Mas seria brincadeira que fosse justamente agora o momento em que já compreendemos tudo o que pode ser compreendido e que teríamos percebido que não podemos compreender mais. Parece mais provável que estejamos na mesma situação de sempre: há coisas que já entendemos e outras que são difíceis de entender, mas as entenderemos.

Quando?

É uma pergunta que na pureza científica quer dizer também: onde?

Por quê?

Veja: agora, tenho dois relógios: um acima e outro abaixo. São relógios que custam milhares de euros por sua exatidão. Pois bem, no relógio de cima, o tempo passa mais devagar que no relógio de baixo. E isso é uma constatação do que observo nesse momento, não é nenhuma teoria.

O relógio de cima está atrasado?

Não. Está em outro lugar, ou seja, outro tempo. Outro lugar é outro tempo. Se agora passássemos perto de uma estrela muito densa, o tempo transcorreria mais devagar até parar, e se nos aproximássemos de um buraco negro, tão denso que absorve tudo, inclusive a luz, o tempo pararia, o tempo deixaria de transcorrer. O agora é uma dimensão tão local como o aqui, não é global.

Por que é difícil para nós entendermos isso?

Também custou muito aos clássicos entender que a Terra girava, porque seus olhos lhes diziam que estava parada. E hoje, de qualquer satélite, a vemos girar no espaço.

Hoje, só é preciso acreditar em seus olhos.

E, quando um pai pegar uma nave espacial e voltar, após toda uma vida de viagens, ver que seu filho é mais velho do que ele, perceberemos que o tempo é diferente em cada lugar. E isto será dito pelos nossos olhos.

Estamos imersos em espaço-tempo?

Pense em uma medusa feita de espaço-tempo que treme e se agita: estamos dentro. Se nos movimentamos, mudamos de espaço e tempo. Os militares que enviaram os primeiros satélites GPS não acreditavam. E puseram neles dois medidores. O seu, ainda newtoniano, e o outro, com as correções da relatividade de Einstein.

Menos mal.

Sim, porque agora você pode saber onde está em seu celular, graças aos cálculos de Einstein.

Poderia agora, então, estar morto em cima e vivo em baixo?

Isso já é quântico. A mecânica quântica demonstra que as partículas elementares não estão aqui, mas que podem estar aqui e ali.

O que é estar em dois lugares ao mesmo tempo?

Porque as partículas da matéria que também nos forma não são. Não estão paradas em um lugar, mas são saltos de uma interação a outra.

Mas por que a realidade parece fixa?

É outra ilusão, como a de enxergar a Terra plana e parada, sendo que gira. É como um lago, que nos parece parado, mas pelo microscópio veremos que é composto de moléculas em constante agitação.

Isso soa muito hippie.

É que o universo não é composto por materiais sólidos, regidos por leis invariáveis, mas por ondas, vibrações, energias que interagem constantemente. Hoje, tentamos juntar a relatividade e a quântica. E eu participei na teoria do loop que explica isso.

O universo é tão feio como no modelo padrão, com dezenas de partículas?

Para mim, já me parece harmônico que o que vemos seja a combinação de só algumas dezenas de partículas. Mas, sim, talvez alguém um dia encontre uma ordem nelas. Eu trabalho agora na compreensão das propriedades quânticas de espaço e tempo. Ainda que seja verdade que a teoria geral da relatividade é mais bela que o modelo padrão e essa é uma de minhas razões para trabalhar nela.

O confinamento se tornou longo para você?

Não confundamos o tempo de nossa percepção com o da física.

É melhor gastar o dinheiro público para buscar vida extraterrestre em outras coisas?

Nossa galáxia é tão imensa que é muito improvável que a vida na Terra seja algo único ou sequer especial. Encontrar vida extraterrestre seria tão relevante, ao menos, como as descobertas de Copérnico ou Darwin. Investir em descobri-la é muito mais rentável que a maioria das pesquisas científicas em curso.

Quem é Carlo Rovelli?

Livros de Carlo Rovelli

 

“Som vibracions fugaces entre bilions d’estrelles” – Lluís Amiguet – La Vanguardia: 23/07/2020

Descrigui l’univers en cinc línies.

Gran repte. L’univers és un lloc immens i misteriós, ple de meravelles insòlites i d’una rara bellesa. En ell hi ha explosions gegantines, arabescos delicats i arcs de Sant Martí amb bilions i bilions de galàxies i bilions i ­bilions d’ estrelles. A prop d’una d’aquestes estrelles s’emeten unes vibracions fugaces entre tantes: nosaltres. Som nosaltres amb les nostres idees, somnis, alegries i penes i la nostra contemplació atònita de la immensitat. Som just un esclat…

Estrutura da época de Ezequias e Manassés descoberta em Jerusalém

Uma estrutura administrativa de armazenamento da época dos reis Ezequias (716/15-699/8 a.C.) e Manassés (698-643/2 a.C.), de Judá, foi descoberta perto da antiga Jerusalém e está sendo escavada por arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).Imagem aérea da escavação de Arnona, Jerusalém - Yaniv Berman, Israel Antiquities Authority

Os pesquisadores descobriram uma grande estrutura, feita de paredes de pedra que se acredita terem sido usadas para atividades governamentais. Lá, eles descobriram 120 alças de jarros, marcadas por impressões de selos em hebraico. Muitas das alças têm “LMLK” – que significa “pertencente ao rei” – inscritas nelas. Os arqueólogos acreditam que o local tenha sido usado pelo governo judaíta para coletar impostos, gerenciar e distribuir alimentos.

A estrutura pode ser da época da invasão de Senaquerib, rei da Assíria, nos dias do rei Ezequias, em 701 a.C. Talvez as disposições econômicas do governo indicadas pelos selos estejam relacionadas a esses eventos. No entanto, a escavação revela que o local continuou ativo após a invasão assíria, dizem Neria Sapir e Nathan Ben-Ari, diretores das escavações.

As impressões dos selos apontam para a possibilidade de que a atividade governamental tenha funcionado até os últimos anos do reino de Judá. Abandonado durante o exílio babilônico (586-538 a.C.), parece que o local foi reativado e a atividade administrativa retomada na época persa, a partir de 538 a.C.

 

Leia mais sobre a descoberta, em inglês.

Huge Kingdom of Judah government complex found near US Embassy in Jerusalem – By Amanda Borschel – The Times of Israel: 22 July 2020

One of the largest collections of royal Kingdom of Judah seal impressions has been uncovered at a massive First Temple-period public tax collection and storage complex being excavated near the new United States Embassy in Jerusalem. The main Iron Age structure is exceptional in terms of both its size and architectural style, said Israel Antiquities Authority archaeologist Neri Sapir, who co-directed the excavation.

Uncovered only three kilometers (1.8 mile) outside the Old City, the compound is believed by Israel Antiquities Authority archaeologists to have served as an administrative center during the reigns of Judean kings Hezekiah and Manasseh (8th century to the middle of the 7th century BCE).

One of the largest collections of royal Kingdom of Judah seal impressions has been uncovered at a massive First Temple-period public tax collection and storage complex being excavated near the new United States Embassy in Jerusalem. The main Iron Age structure is exceptional in terms of both its size and architectural style, said Israel Antiquities Authority archaeologist Neri Sapir, who co-directed the excavation.

Uncovered only three kilometers (1.8 mile) outside the Old City, the compound is believed by Israel Antiquities Authority archaeologists to have served as an administrative center during the reigns of Judean kings Hezekiah and Menashe (8th century to the middle of the 7th century BCE).

Over 120 jar handles stamped 2,700 years ago with ancient Hebrew script seal impressions were discovered at the site, clearly indicating the location’s use as a storage

'To the King' - two-winged seal impression - Yaniv Berman, Israel Antiquities Authority

and tax center, according to an IAA press release Wednesday. Prevalent among the stamped inscriptions is “LMLK,” “LamMeLeKh,” or “Belonging to the King,” a way of marking that the foodstuffs stored in the jars had been tithed to the Judean ruler.

This trove of LMLK seal impressions adds to the over 2,000 similar seals previously discovered at excavations and allows archaeologists to rethink the administrative and tax collection systems of the Kingdom of Judah…

 

Storage Center of Prominent Kings of Judah Uncovered in Jerusalem – Bridges for Peace: July 23, 2020

A significant administrative storage center from the days of Kings Hezekiah and Menashe (8th century to the middle of the 7th century BC) has recently been exposed at archeological excavations in the Arnona neighborhood of Jerusalem. The excavation conducted by the Israel Antiquities Authority (IAA) [near the] US Embassy is funded by the Israel Land Authority and administrated by the Moriah Jerusalem Development Corporation for the development of a new neighborhood.

Excavation at the site revealed an unusually large structure built of concentric ashlars walls. Of particular interest, 120 jar handles were found bearing seal impressions containing ancient Hebrew script. Many of the handles bare the inscription “LMLK”—(belonging) to the King—with the name of an ancient city, while others feature the names of senior officials or wealthy individuals from the First Temple period. This is one of the largest and most important collections of seal impressions ever uncovered in archaeological excavations in Israel…