ONU consegue aprovar o pedido de cessar-fogo porque Israel duvida da vitória militar

BBC Brasil: 11 de agosto, 2006 – 20h23

Militares de Israel agem sob a sombra do Iraque

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Atualizando: 12.08.2006 – 10h19
Apesar da aprovação da resolução, os combates continuam. Israel leva a cabo uma ampliação de sua ofensiva no sul do Líbano – segundo o chefe do Estado-maior israelense, general Dan Halutz, Israel triplicou o número de seus militares em ação… Leia mais.

Google Earth mostra localidades mencionadas na Bíblia

Em dezembro passado anotei que o blog da English Standard Version (ESV) tem feito e estimulado algumas experiências interessantes com o Google Maps e com o Google Earth, produzindo mapas bíblicos interativos.

Agora uma comunidade Google Earth desenvolveu um arquivo para o Google Earth (e Google Maps) que mostra cerca de 200 localidades mencionadas na Bíblia. Veja a lista das localidades e faça o download do arquivo .kmz, se você tem o Google Earth instalado em seu computador. Segundo o blog da ESV, a Bíblia tem em torno de 1181 nomes de localidades. O trabalho está em andamento.

More Bible Places in Google Maps

A Google Earth community has developed a file for Google Earth (and Google Maps) that shows the locations of about 200 places mentioned in the Bible. The community is going for accuracy: they try to pinpoint the locations of the ruins of ancient cities instead of using the locations of modern cities with ancient names. We want to assist these efforts where we can. To that end, here is a comprehensive list of place names in the ESV aligned (mostly) to the names the community is using. This file also lists verse references for every occurrence of the place in the ESV text. This file is licensed under a Creative Commons-Attribution-ShareAlike license. The Bible contains 1181 place names (though some places have more than one name and some names refer to more than one place); the Google Earth community has already identified about 200 of them. They’re well on their way. Head over there if you’d like to help them out, or just download the .kmz file if you have Google Earth on your computer.

Escritores israelenses pedem a seu governo um cessar-fogo no Líbano, antes que a situação termine num abismo

Escritores israelenses pedem cessar-fogo no Líbano

Três escritores israelenses fizeram um pedido ao governo do país para um cessar-fogo no Líbano antes que a situação “termine num abismo”.

Os escritores israelenses Amos Oz, Avraham B. Yehoshua e David Grossman pediram ao governo israelense para responder de maneira positiva às propostas do primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, para um cessar-fogo.

“É um chamado extremo, antes que a situação termine num abismo”, disse David Grossman (cont.)

Fonte: Ansa, em Tel-Aviv – Folha Online: 10/08/2006

Livros da Universidade da California no Google Book Search

Folha Online: 10/08/2006 – 19h04

Google fecha acordo para colocar livros da Universidade da Califórnia na Internet

O Google anunciou um acordo para que os livros da Universidade da Califórnia possam ser acessados pela internet. O acordo, fechado na quarta-feira, reforçou o projeto Google Book Search (…) O sistema estatal universitário tem mais de 100 livrarias em seus 10 campi e qualifica sua coleção de biblioteca acadêmica e de pesquisa como a maior do mundo (…) Outras instituições que assinaram o projeto do Google incluem as universidades de Harvard e Stanford e a biblioteca do Congresso americano (cont.)


O Google tem também um blog sobre o Book Search.

Devemos evitar a familiaridade com a Bíblia para melhor compreendê-la?

Quando fiz a resenha do livro de Philip R. Davies, In Search of ‘Ancient Israel’, Sheffield, Sheffield Academic Press, [1992] 1995, encontrei, no capítulo que trata da definição do Israel bíblico, este provocador convite: precisamos desafiar nossa formação teológica e desfamiliarizarmo-nos com a Bíblia!

Philip R. Davies argumenta que para quem se empenha numa pesquisa histórica, o Israel bíblico é um problema e não um dado. O termo ‘Israel’ é utilizado em pelo menos 10 sentidos diferentes na literatura bíblica, segundo especialistas na área, e de um modo bastante flexível. Nós precisamos perguntar que tipo de termo é este. Mas, “muitos biblistas têm uma longa convivência com a Bíblia, e sua noção de Israel já está internalizada, a tal ponto que eles tomam seus vários usos como sendo homogêneos, sua complexidade como simples e suas contradições como invisíveis (…) O ‘Israel’ da literatura bíblica é automaticamente adotado como um termo apropriado para o uso erudito, incluindo toda a sua variedade e contradição” (p. 49). Deste modo, ‘Israel’ é um povo, tem uma religião, tem seu próprio deus; ‘Israel’ é uma terra, é um reino unido sob Davi e Salomão, é dividido em dois reinos… Por isso, nós devemos tomar uma atitude que desafia nossa formação teológica: desfamiliarizarmo-nos com a Bíblia!

Agora, lendo Tyler F. Williams no biblioblog Codex, encontro o mesmo argumento no post The Strange New World of the Bible. Ele argumenta que frequentemente temos uma falsa percepção de familiaridade com a Bíblia que é um tropeço para a sua compreensão. Precisamos manter a consciência da distância histórica entre o mundo bíblico e o nosso, se quisermos evitar a sobreposição de nossos pressupostos à realidade da época em que a Bíblia foi escrita. Ele estava lendo o livro de Bruce J. Malina e Richard L. Rohrbaugh, Social-Science Commentary on the Synoptic Gospels, Minneapolis, Fortress Press, [1992], 2a. edição, 2003. E, deste livro, ele cita vários exemplos de como o mundo mediterrâneo no qual o Novo Testamento foi gestado tem muito menos em comum com o Ocidente moderno do que imaginamos.

Também tratei disso ao escrever o artigo Leitura Socioantropológica do Novo Testamento, no primeiro item do texto. Aí uso a introdução feita por Rohrbaugh ao livro por ele organizado com o título The Social Sciences and New Testament Interpretation [As Ciências Sociais e a Interpretação do Novo Testamento], publicado em Peabody, Massachusetts, Hendrickson, em 1996. Gostaria que o leitor pudesse fazer uma visita a esse artigo e considerasse alguns dados interessantes.

Como a proposta de leitura do Pai Nosso feita por Douglas E. Oakman. Bem, se alguém ficar chocado e quiser ver com mais detalhes e fundamentação o que ele está dizendo, consulte o meu texto Leitura socioantropológica no livro do Cássio Murilo Dias da Silva, Metodologia de Exegese Bíblica, São Paulo, Paulinas, 2000 [2a. edição: 2003], capítulo 11, especialmente as páginas 358-361. Sem se esquecer da detalhada nota 10 na p. 360, que trabalha o significado do texto do Pai Nosso utilizando o texto de Mt em grego.

Por outro lado, deixo uma provocação para a reflexão do leitor: um dos pontos fundamentais de nossa leitura popular da Bíblia é exatamente a familiaridade com a qual conseguimos tratar o texto bíblico. Qual seria a hermenêutica mais correta? Ou não estaria uma em oposição à outra?

O mundo precisa abrir os olhos para o drama de milhões de pessoas vítimas das guerras

Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, MG, está desde o dia 17 de julho internado no Hospital das Clínicas de São Paulo lutando contra um tumor no fígado. No dia 8 de agosto de 2006, terça-feira passada, a página da CNBB publicou seu artigo Quero agradecer, no qual apela, de maneira comovente, em favor das vítimas da guerra no Líbano e dos que sofrem na África. Transcrevo pequeno trecho:

Estou nas mãos de Deus. Deus nos criou por amor e Ele sabe o que é melhor para nós. Coloco minha vida nas suas mãos. Estou sendo muito bem tratado (…) Mas não penso só em mim; lembro-me também das muitas vítimas de Beirute, que, infelizmente, vêm aumentando dia a dia, por falta de uma solução que possa dar fim a essa situação. São tantos os sofredores que precisam de cuidados médicos e outros muitos que morreram em consequência dos ataques em Israel. Lembro-me ainda dos milhares que sofrem na África. Temos que fazer algo por eles. Uno-me ao Santo Padre pedindo paz. O mundo requer paz. A violência deve cessar. Será que o mundo não pode abrir os olhos para o drama de milhões de pessoas? Temos que mudar de mentalidade. Somos irmãos e irmãs, feitos por Deus para a felicidade; que o sofrimento de tantas pessoas contribua para o cessar-fogo e a descoberta de um relacionamento humano verdadeiramente amigo (cont.)

WorldCat: busca de livros, artigos, documentos… em bibliotecas

WorldCat é um grande banco de dados de livros, artigos, documentos, CDs de música, vídeos etc que podem ser encontrados em bibliotecas da maior parte do mundo. Você procura por autor, título ou assunto e as informações sobre onde encontrar o material são rapidamente disponibilizadas. O resultado das buscas pode ser visto em inglês, francês, neerlandês, alemão ou espanhol.

Tente buscar por Johan Konings, Carlos Mesters, Cássio Murilo Dias da Silva, Israel Finkelstein, Mario Liverani, Niels Peter Lemche ou outro autor de sua preferência… Dos brasileiros não tem muito, muitos textos importantes não estão indexados, mas alguma coisa será encontrada… Por exemplo: de Carlos Mesters encontrei 204 ocorrências em 6 línguas, mas Mesters está muito acima da média em termos de publicações bíblicas. Procure por Airton José da Silva…

WorldCat: a database of information about the things libraries own that is constantly updated by information professionals: books, documents and photos of local or historic significance, abstracts and full-text articles, music CDs, videos, downloadable audiobooks… The resources are available in many languages.

Israel ataca o maior campo de refugiados palestinos no Líbano

Israel ataca campo de refugiados; Hizbollah lança cem foguetes

Aviões de Israel bombardearam na madrugada desta quarta-feira a região de Sidon, onde fica Ein Helue, o maior campo de refugiados palestinos localizado no Líbano.

Uma pessoa morreu e ao menos oito ficaram feridas.

Nesta quarta-feira, o grupo terrorista Hizbollah lançou cerca de cem foguetes contra o norte de Israel, sem deixar vítimas.

Esta é a primeira vez que Israel ataca um campo de refugiados controlado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em território libanês, desde o início do conflito, há quase um mês.

Cerca de 350 mil palestinos vivem em campos de refugiados em todo o Líbano (cont.)

Fonte: Folha Online: 09/08/2006

O que pensam os norte-americanos sobre a ofensiva israelense no Líbano

Pesquisa mostra EUA divididos sobre conflito no Oriente Médio

O público americano, tradicionalmente pró-Israel, está dividido em relação ao conflito do Estado israelense com o grupo terrorista libanês Hizbollah, informou uma pesquisa realizada por uma emissora de TV e um jornal.

Cerca de 46% dos entrevistados culparam igualmente Israel e o Hizbollah pelo conflito, enquanto que 39% culpam apenas o movimento xiita, revelou a pesquisa, publicada nesta segunda-feira, pela rede ABC e pelo “Washington Post” (…)

A pesquisa também revelou que a opinião americana está dividida quase em partes iguais sobre se é justificada ou não a ofensiva israelense contra objetivos libaneses.

Cerca de 47% disseram que o bombardeio israelense é justificado, enquanto que 48% pensam o contrário. Sobre o cessar-fogo imediato, cerca de 55% dos entrevistados disseram que Israel deveria parar seus ataques apenas se o Hizbollah depuser as armas primeiro, enquanto que 35% opinaram que Israel deveria aceitar um cessar-fogo imediato e incondicional.

A respeito da estratégia militar israelense, que foi muito criticada por causa do alto número de civis entre as vítimas, 35% dos entrevistados afirmaram que Israel está usando a força necessária, 32% asseguraram que está usando muita força e 22% opinaram que não emprega força suficiente no conflito. Apesar disso, 54% dos entrevistados disseram que Israel deveria se esforçar mais para evitar vítimas civis em seus ataques (cont.)

Fonte: France Presse, em Washington – Folha Online: 08/08/2006