Nos escritos judaicos pré-cristãos, “Filho do Homem” não era um título e certamente não indicava divindade. Era simplesmente uma expressão para um homem. No entanto, o termo despertou considerável interesse entre os estudiosos da cristologia por seu uso na descrição de Jesus nos evangelhos. E entre aqueles que estudam o messianismo no judaísmo do Segundo Templo, o consenso sobre os usos de “Filho do Homem” nas Escrituras permanece indefinido.
No primeiro volume deste estudo marcante, Richard Bauckham amplia o debate, explicando a frase “Filho do Homem” como aparece nas interpretações judaicas do Livro de Daniel e no apócrifo Livro etiópico de Henoc. Com precisão filológica e sensibilidade para suas fontes, Bauckham nos sintoniza com as realidades da apocalíptica judaica primitiva.
Completo e abrangente, “Filho do Homem”, vol. 1, oferece aos estudiosos uma base sólida para a compreensão do contexto do messias nos séculos que antecederam Jesus.
Juntamente com o próximo segundo volume, que analisa o significado de “Filho do Homem” nos Evangelhos, o trabalho de Bauckham é essencial para a compreensão de uma das frases mais usadas e incompreendidas da Bíblia.
In pre-Christian Jewish writings, “Son of Man” was not a title, and it certainly did not indicate divinity. It was simply an expression for a man. Yet the term has held considerable interest among scholars of Christology for its use in describing Jesus in the gospels. And among those studying messianism in Second Temple Judaism, consensus about the valences of “Son of Man” in Scripture remains elusive.
In the first volume of this landmark study, Richard Bauckham pushes the conversation forward, explicating the phrase “Son of Man” as it appears in Jewish interpretations of the book of Daniel and in the apocryphal book of 1 Enoch. With philological precision and sensitivity to his sources, Bauckham attunes us to the realities of early Jewish eschatology.
Thorough and comprehensive, “Son of Man,” vol. 1, offers scholars a solid basis for understanding the context of the messiah in the centuries leading up to Jesus.
Along with the forthcoming second volume, which parses the meaning of “Son of Man” in the Gospels, Bauckham’s work is essential for understanding one of the most widely used yet misunderstood phrases in the Bible.
Richard Bauckham is professor emeritus at the University of St. Andrews and senior scholar at Ridley Hall, Cambridge. He is a fellow of the British Academy and of the Royal Society of Edinburgh.
Porém, fiz quase todas as disciplinas no Pontifício Instituto Bíblico (PIB), em Roma, pois o PIB era mais interessante por causa dos cursos oferecidos e dos professores que ali lecionavam.
O PIB investia, com seriedade, na aprendizagem dos métodos de leitura dos textos bíblicos. E as disciplinas contextuais, como história, arqueologia e geografia da Palestina e do Antigo Oriente Médio, assim como as disciplinas instrumentais – línguas bíblicas e outras línguas semíticas – que o PIB disponibilizava, são fundamentais para o estudante de Bíblia.
As disciplinas oferecidas pelo PIB eram válidas, na sua maioria, para a Teologia Bíblica da Gregoriana.
Agora, 50 anos depois de iniciado o curso (1973-2023), recolhi todas as informações que consegui na internet sobre meus professores e aqui as disponibilizo.
É uma parte de minha história acadêmica. É também um exercício de recordação e uma homenagem aos meus mestres.
Quando perguntado, em entrevista em 2006, porque trabalho com a Bíblia Hebraica/Antigo Testamento, respondi:
“Na verdade, trabalhei um bom tempo com o Novo Testamento [na década de 80, no CEARP], estudando e lecionando especialmente o Evangelho de Marcos, as Cartas de Paulo e o Grego do NT. [No Bíblico] tive a oportunidade de estudar com Jacques Dupont, por exemplo, o que me levou às parábolas e ao tema de minha Dissertação de Mestrado sobre Mt 25,1-13, com orientação do Professor Ugo Vanni.
Por outro lado, estava começando naqueles anos o uso cada vez mais persistente dos métodos sincrônicos nos estudos bíblicos, e eu me envolvi com estudos linguísticos e literários de Saussure, Benveniste, Barthes, Greimas, Umberto Eco, Genette, Todorov e tantos outros que nem me arrisco a citar todos.
Além disso, motivado pela luta contra a ditadura militar que persistia no Brasil desde 1964, luta na qual a Igreja estava fortemente envolvida, embrenhei-me pelo marxismo e pela leitura sociológica da Bíblia. Na França saía, naquela época, a obra de Fernando Belo, na qual Marx e Marcos caminhavam lado a lado, numa mistura bastante exótica até de abordagem estruturalista de Barthes com o marxismo de Althusser e a psicanálise de Lacan. Esta obra, por exemplo, gerou grande entusiasmo entre os estudantes de Bíblia.
Apesar de tudo isso, desde a época de Roma eu era fascinado pela História do Antigo Oriente Médio e pela Literatura Profética. O já citado professor Bernini me ensinou a gostar de Jeremias, e no PIB estudei com Alonso Schökel, J. Alberto Soggin, Ernst Vogt, Robert North, Rémi Lack e outros professores de Bíblia Hebraica. Se tento avaliar hoje mais corretamente as suas posturas, não creio que fossem hipercríticos — no PIB da época sempre se caminhava com independência, mas prudência — porém, eram mestres que nos incentivavam a encontrar nossos próprios caminhos. Isto tudo teve sua participação em minhas escolhas”.
Para conhecer a história do PIB, recomendo dois textos:
Il Centenario dell’Istituto Biblico – Conferenza del Prof. Maurice Gilbert [testo italiano, inglese e francese] – Solenne atto accademico per il 100° Anniversario della fondazione dell’Istituto [07.05.2009].
A lista tem links para informações sobre os professores, nacionalidade, data de nascimento e morte e as disciplinas que com eles estudei. Os professores estão listados em ordem alfabética.
1. Dionisio Mínguez Fernández, espanhol: Análise estrutural dos Atos dos Apóstolos
12. Rémi Lack, francês: Gêneros literários, formas literárias e forma estilística; O livro de Oseias: estrutura e exegese; Análise da narrativa bíblica veterotestamentária
15. Ugo Vanni, italiano (1929-2018): O Apocalipse: introdução e exegese; A escatologia pessoal em Paulo; Dissertação de Mestrado: A parábola das dez virgens (Mt 25,1-13)
Morreu no dia 16 de julho de 2023, aos 92 anos de idade, Franz Hinkelammert, economista e teólogo alemão que vivia na América Latina.
Destarte, na ocasião de sua passagem, pretendi demonstrar brevemente a trajetória e o conteúdo da produção intelectual de Franz Hinkelammert, pouco conhecida e discutida nos círculos acadêmicos e nos espaços de debates das esquerdas brasileiras. Cabe recordar que enfrentamos hoje um fascismo intimamente ligado à perspectiva cristã da teologia da prosperidade, professada por grande parte da população e defendida institucionalmente pelas igrejas neopentecostais.
Nesse sentido, mostra-se profícuo recuperar os escritos e a história dos agentes da Teologia da Libertação, cujo conteúdo não é apenas reformista, mas revolucionário. A obra de Franz Hinkelammert é um excelente objeto para esse exercício e pode ser acessada virtualmente através da coleção criada pela Universidad Centroamericana José Simeón Cañas. Que o nosso professor possa enfim descansar e que seu legado permaneça vivo na história, escreve Adriana Carneiro Marinho, em Franz Hinkelammert (1931-2023), artigo publicado em A terra é redonda, 18.07.2023.
Franz Josef Hinkelammert nació el 12 de enero de 1931 en Emsdetten, un pueblo de Westfalia, cercano a la ciudad de Münster, en Alemania. Obtuvo su diploma en Economía en 1955 y luego ingresó al Instituto de Europa Oriental de la Universidad Libre de Berlín, donde se doctoró, en 1961, con una investigación sobre el proceso de crecimiento en la economía soviética.
Hinkelammert viajó a Chile en 1963, para dedicarse a la investigación y la docencia en la Fundación Konrad Adenauer y la Universidad Católica de Chile. También fue uno de los fundadores del Centro de Estudios de la Realidad Nacional (CEREN) y se incorporó al Instituto Latinoamericano de Doctrina y Estudios Sociales (ILADES).
El golpe de Estado que derrocó al gobierno de Allende, en 1973, lo obligó a volver a Alemania, donde se quedó hasta 1976, fecha de su regreso a América Latina. En esta ocasión, su destino sería Centroamérica, radicándose primero en Honduras y luego en Costa Rica (1980), país en el que reside hasta la fecha.
En 1976, junto a Hugo Assman, fundó el Departamento Ecuménico de Investigaciones (DEI), donde se dedicaría a la investigación y publicación de la mayor parte de su obra.
En 2007 salió del DEI y creó, con algunos de sus discípulos, el Grupo Pensamiento Crítico, un colectivo formado por investigadores de diversos países de América Latina, que reflexionan sobre la realidad contemporánea tomando como referente su pensamiento.
Hinkelammert ha recibido importantes reconocimientos a lo largo de su trayectoria intelectual. Diversas instituciones de prestigio le han otorgado el doctorado honoris causa, como la Universidad Nacional (Heredia, Costa Rica), la Universidad UniBrasil de Curitiba, la Universidad de La Habana y la Universidad Nacional de Cuyo (Mendoza, Argentina), entre otras. Obtuvo también el Premio Nacional “Aquileo Echeverría”, que otorga el Ministerio de ultura de Costa Rica, y el Premio Libertador al Pensamiento Crítico, que le fue entregado en Caracas por el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Comandante Hugo Chávez Frías.
Desde la década de los sesenta, Franz Hinkelammert (nacido en 1931) ha reflexionado críticamente sobre los problemas de América Latina. En sus ideas encontramos bases importantes para un análisis de las construcciones ideológicas que usan los defensores del sistema capitalista, sobre todo en su forma extrema neoliberal.
Para este pensador, el pensamiento hegemónico no se puede comprender y criticar eficazmente si no es mediante el análisis de las relaciones entre los conceptos y creencias dominantes, y las condiciones materiales e históricas que constituyen la heterogénea realidad de América Latina, lo que viene a explicar, en parte, que su obra tenga un carácter variado y plural, combinando el análisis socioeconómico y la reflexión filosófica, así como la hermenéutica bíblica.
Para facilitar el acceso universal a la obra de Hinkelammert, la Universidad Centroamericana José Simeón Cañas, a través del Departamento de Filosofía y la Biblioteca “P. Florentino Idoate, S.J.”, pone a disposición de los interesados esta Colección Digital, que garantiza la disponibilidad del contenido de manera gratuita.
Trabalhamos juntos na Teologia da PUC-Campinas por alguns anos na década de 80, quando ele foi, temporariamente, substituir o Luiz Roberto Benedetti.
Já sabíamos um do outro através da Ana Lúcia da Silva, da UFG, minha amiga e companheira de trabalho no Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro a partir de 1977.
Quando o conheci, já era, portanto, seu amigo.
Ele veio a Ribeirão Preto falar sobre Folia de Reis para nossos alunos do CEARP, em um dos simpósios que eu, então, organizava.
Um intelectual extraordinário e uma pessoa extremamente humana.
Diz o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp:
É com imenso pesar que informamos o falecimento de nosso professor emérito Carlos Rodrigues Brandão, que deixa a toda a comunidade do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) um legado de trabalho, luta e generosidade.
Brandão, como era carinhosamente conhecido, foi professor permanente da Unicamp de 1976 até 1997, desenvolvendo pesquisas na área de cultura e educação popular, antropologia rural e questões ambientais, em diferentes regiões do país. No Departamento de Antropologia, ministrou disciplinas na graduação e na pós-graduação em áreas como religião, cultura popular e teoria antropológica. Participou da criação do Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes) na Faculdade de Educação (FE) e do Centro de Estudos Rurais (Ceres) no IFCH. Foi também vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam).
Brandão formou uma legião de estudantes não somente na teoria, mas também na prática, nas inúmeras viagens de campo que organizou, especialmente no interior de São Paulo e Minas Gerais. Invariavelmente, esses estudantes se tornaram não só qualificados pesquisadores e colegas, mas, sobretudo, estimados amigos. Com eles, compartilhou o trabalho, o gosto pelo sertão, seu sítio Rosa dos Ventos, as delicadezas do cotidiano e da vida. Autor de inúmeros livros sobre comunidades tradicionais, sobre populações rurais e de literatura (contos e poesia), Brandão se definia como um “militante ativista”, para quem ensinar e aprender são ações coletivas e indissociáveis.
Depois de aposentado, continuou a atuar como professor colaborador nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e do Doutorado em Ciências Sociais da Unicamp. Foi ainda professor visitante de inúmeras universidades, pesquisador do Instituto Paulo Freire e recebeu vários prêmios, sempre compreendendo as homenagens como algo plural, de reconhecimento a um coletivo. Em 1998, foi contemplado com o título de Comendador do Mérito Científico pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de Professor Benemérito do Centro de Memória da Unicamp (CMU). Em 2006, foi agraciado com a medalha Roquette Pinto da Associação Brasileira de Antropologia. Em 2008 e 2010, recebeu os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Uberlândia e pela Universidade Federal de Goiás. Em 2015, foi a vez de receber o título de Professor Emérito pela Unicamp.
Em nome da direção do IFCH, manifestamos nossa solidariedade a seus familiares e amigos/as e rendemos nossas homenagens a esse grande professor e educador popular. Brandão seguirá vivo e presente entre nós!
“Em 2011, Carlos Rodrigues Brandão me enviou originais de um novo livro. Pediu-me que opinasse sobre o conteúdo e indicasse editoras. É um texto autobiográfico, ainda inédito. Selecionei alguns textos para que todos tenham ideia de quão digno, profundo e competente foi este querido amigo e parceiro em muitas trincheiras, da pastoral à educação popular”, escreve Frei Betto, escritor e educador popular, autor, entre outros, de “Por uma educação crítica e participativa”.
Bom dia. Farei um fio em homenagem ao Carlos Rodrigues Brandão, que nos deixou ontem. Psicólogo e antropólogo, Brandão foi um dos maiores expoentes da educação popular. Farei um fio com a fala de Ciço.
Autor de mais de cem livros, boa parte sobre educação popular e método Paulo Freire, Brandão deixa um legado inestimável para a construção de uma escola mais justa e igualitária.
Paul: The Man and the Myth abre uma janela para a humanidade do apóstolo mais influente da igreja cristã primitiva e, ao fazê-lo, oferece uma nova visão dessa importante figura histórica.
Ao examinar o apóstolo e sua teologia, Calvin J. Roetzel retrata vividamente o mundo de Paulo – a terra onde ele cresceu, a língua que ele falava, as Escrituras que ele estudou e as lições que aprendeu na escrita de cartas e na retórica.
Roetzel apresenta um evangelista preocupado com o bem-estar de suas igrejas, um teólogo enfrentando forte oposição, um missionário à mercê dos elementos e um homem sofrendo agressão física, calúnia e prisão.
Em contraste com o poderoso herói descrito em Atos e nos Atos Apócrifos, o retrato de Roetzel apresenta um teólogo fisicamente fraco, até mesmo doente, um escritor de cartas e um pregador inábil na fala.
Questionando a historicidade das crenças amplamente difundidas sobre o apóstolo – incluindo sua cidadania romana – Roetzel sugere que Paulo nunca abandonou os laços com seu judaísmo nativo ou com a cultura helenística de sua infância.
Roetzel ressalta que não importa como a imagem de Paulo mudou ao longo da história, ele permanece para sempre ligado ao apoio aos fracos e vulneráveis, à fé em um Deus e à transgressão dos limites sociais.
A primeira edição deste livro é de 1998. Veja aqui outras obras de Calvin J. Roetzel.
Calvin J. Roetzel é professor emérito de Estudos do Novo Testamento na Universidade de Minnesota em Minneapolis. Ele é uma conhecida autoridade em Paulo.
Paul: The Man and the Myth opens a window into the humanity of the most influential apostle of the early Christian church and, in doing so, offers a fresh view of this important historical figure. In examining the apostle and his theology, Calvin J. Roetzel vividly depicts Paul’s world–the land where he grew up, the language he spoke, the Scriptures he studied, and the lessons he learned in letter-writing and rhetoric. Roetzel presents an evangelist anxious about the welfare of his churches, a theologian facing fierce opposition, a missionary at the mercy of the elements, and a man suffering physical assault, slander, and imprisonment. In contrast to the powerful hero described in Acts and the Apocryphal Acts, Roetzel’s portrayal presents a physically weak, even sickly theologian, a letter-writer, and a preacher unskilled in speech. Questioning the historicity of widely held beliefs about the apostle–including his Roman citizenship–Roetzel suggests that Paul never abandoned ties to his native Judaism or to the Hellenistic culture of his childhood. Roetzel underscores that no matter how Paul’s image has changed through history, he remains forever tied to support for the weak and vulnerable, faith in one God, and the transgressing of social boundaries.
Calvin J. Roetzel is Sundet Professor Emeritus of New Testament Studies at the University of Minnesota in Minneapolis. He is a noted authority on Paul.
Ao constatar que a carta foi escrita cerca de 20 anos após o falecimento de São Paulo, descobre-se que a autoria da carta não poderia ser atribuída a apenas uma pessoa. Trata-se do conjunto de diversos conhecimentos de uma comunidade que buscava viver no seu meio conforme os ensinamentos de Jesus.
Após explicar autoria, contexto e estrutura da Carta aos Efésios, Carlos Mesters e Francisco Orofino nos conduzirão a um processo muito semelhante ao realizado entre os efésios. Será o momento de sentar em roda, receber a mensagem de Jesus e pensar como vivê-la em nosso dia a dia, esta parte se dará por meio de 12 círculos bíblicos aqui propostos.
Neste livro, Mercedes Lopes nos ajuda a compreender que a Carta aos Efésios mostra a importância de sermos igreja acolhedora e amorosa em tempos de ódio, incertezas, violências.
Esta carta esclarece que a comunhão entre as Igrejas não se reduz à uma área geográfica, nem se restringe às tradições culturais e religiosas de cada comunidade local. Ela se fundamenta em uma eclesiologia que busca apresentar Jesus Cristo como um dom de Deus para toda a humanidade.
O livro, “Carta aos Efésios – Igrejas Articuladas em Esperança Solidária”, tema do mês da Bíblia de 2023, entregará a você uma nova experiência com subsídios para estudos Bíblicos. Além do conteúdo textual, você poderá acessar também os áudios com mantras preparados pelas irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, pensados para cada um destes momentos de partilha e oração. Para sua experiência ser completa, estamos disponibilizando o livro em formato e-book e PDF.
O “Mês da Bíblia” no Brasil é um tempo privilegiado para o estudo de um livro ou tema bíblico. Neste ano, a Comissão de Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as instituições bíblicas, dentre elas, o Serviço de Animação Bíblica (SAB/Paulinas), escolheram como tema a “Carta aos Efésios” e o lema “Vestir-se da nova humanidade” (Ef 4,24).
Esta frase é de uma exortação da própria carta, na qual o autor apresenta aos batizados e batizadas em que consiste assumir a vida nova após a adesão a Cristo e ao batismo, sobretudo em um contexto não cristão, onde viviam, provavelmente, os destinatários dessa carta.
Este subsídio visa proporcionar aos grupos de reflexão e círculos bíblicos um encontro pessoal e comunitário com a Palavra de Deus, a partir da Carta aos Efésios. O livro contém quatro encontros e cada um é precedido por um texto preparatório sobre o trecho bíblico abordado. No final, propõe uma celebração de encerramento, que pode ser preparada no grupo ou em comunidade, além de uma criativa maratona bíblica, que poderá ser realizada de forma individual, em grupo, em sua paróquia, pastoral ou movimento.
Escrita no fim do século I d.C. e dirigida a várias comunidades cristãs da Ásia Menor (hoje Turquia), região subjugada e explorada pelo império romano, a carta aos Efésios contém várias exortações para a vivência cristã e um alerta contra outras doutrinas e outras forças contrárias ao projeto de Deus nas comunidades. Seu objetivo principal era exortar os fiéis à prática do evangelho de Jesus Cristo crucificado (Ef 3,1-21), na luta por uma sociedade solidária e fraterna contra o mal.
Como ontem, hoje o mundo continua marcado pela falsidade, pela injustiça e pela morte, por isso os apelos e alertas da carta permanecem valiosos ainda em nossos dias.
Este livro traz roteiros de encontros para a reflexão da carta aos Efésios, propondo o aprofundamento de importantes temas, como a unidade na diversidade; a nova humanidade em Cristo; o amor, o respeito e a parceria entre mulheres e homens.
Em 2023, o Livro bíblico escolhido para aprofundamento é a Carta aos Efésios, com a inspiração: “Vestir-se da nova humanidade! (cf. Ef 4,24)”.
O Texto-Base procura explorar o sentido da unidade do Corpo de Cristo, que significa a vivência como filhos e filhas reconciliados com Deus, e assumir, no cotidiano, a vida nova experimentada no Batismo individualmente e em comunidade.
Observatório Bíblico utiliza cookies para navegação, análise de tráfego e compartilhamento em mídias sociais. OkLeia Mais