Biblioblogueiro de maio 2008: Stephen Pfann

Jim West, em Biblioblogs.com, entrevista Stephen Pfann, do biblioblog The View from Jerusalem, escolhido como o biblioblogueiro do mês de maio de 2008.

Stephen Pfann is the founder and President of the University of the Holy Land/Center for the Study of Early Christianity, Israel. Under his leadership, UHL/CSEC has sought to provide the concerned graduate student and New Testament scholar with an environment in which he or she can effectively explore the origins of the Christian faith, particularly in its first generation and in the land of its birth. UHL is a graduate school, with a cooperative program with the Rothberg International School of the Hebrew University.

Colóquio sobre narrativa e exegese bíblica

Edições Loyola e Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, São Paulo, convidam professores e pós-graduandos em Bíblia para um colóquio com André Wénin sobre Narrativa e Exegese Bíblica.

Este evento, que é gratuito, acontecerá no dia 19 de maio de 2008, às 14h00, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo.

Inscrições até dia 16 de maio na secretaria da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, na Av. Nazaré, 933 – Ipiranga.

André Wénin, Doutor em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, 1988, é Professor de Exegese do Antigo Testamento na Universidade Católica de Lovaina, Bélgica, e professor convidado da Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma, para a teologia bíblica do Pentateuco.

Área de Pesquisa: Literatura narrativa do Antigo Testamento, em especial, do Gênesis

Área de Ensino: Antigo Testamento: introdução e exegese; Hebraico Bíblico

Publicação traduzida no Brasil: O Homem Bíblico: Leituras do Primeiro Testamento. São Paulo: Loyola, 2006, 184 p. – ISBN 9788515031993.

Original: L’homme biblique: Lectures dans le premier Testament. 2. ed. Paris: Éditions du Cerf, 2004, 220 p. – ISBN 9782204074186.

André Wénin, Docteur en Sciences Bibliques (PIB, 1988), est Professeur d’exégèse de l’Ancien Testament à la Faculté de Théologie, de l’Université Catholique de Louvain-la-Neuve, Belgique. Il est également professeur invité à l’Université Grégorienne de Rome pour la théologie biblique du Pentateuque.

Domaines de recherche: Littérature narrative de l’Ancien Testament, en particulier la Genèse

Domaines d’enseignement: Ancien Testament : introduction et exégèse ; hébreu biblique.

Comunicado enviado por Cássio Murilo Dias da Silva.

Biblical Studies Carnival XXIX

Seleção dos melhores posts de abril de 2008. Feita, com muita competência e abrangência, por Jim West, em seu biblioblog.

Devo lembrar, entretanto, que há pequeno equívoco na menção de meu post de 20 de abril, O Êxodo do Egito: da Bíblia à arqueologia, provavelmente provocado pela estranheza da língua portuguesa nos meios acadêmicos fora do Brasil.

Diz Jim: “Airton Jose da Silva points to an interesting assertion- that archaeology proves that Moses didn’t exist. Enjoy, if you dare. But be forewarned, archaeology cannot prove a negative”.

Jim alerta que a arqueologia não pode provar uma negativa. Perfeito. Só que o artigo é do Reinaldo José Lopes, do G1, canal de notícias do sistema Globo, e tem por título Moisés pode não ter existido, sugere pesquisa arqueológica. Que não deve ser entendido, obviamente, como archaeology proves that Moses didn’t exist [arqueologia prova que Moisés não existiu], mas archaeology suggests that Moses didn’t exist [arqueologia sugere que Moisés não existiu].

O que estou fazendo lá? O articulista apenas consultou dois biblistas que lidam com o assunto em seus estudos: Milton Schwantes e eu. Contribuímos com três ou quatro parágrafos do texto, se tanto.

Além do que, a temática do ensaio nem é propriamente a figura de Moisés, mas a questão das origens de Israel, em perfeita sintonia com as conclusões de Israel FINKELSTEIN & Neil Asher SILBERMAN, The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. Livro que o Reinaldo, editor de ciências do G1, me assegurou ter lido no original inglês, embora exista tradução brasileira, mas que apresenta falhas tanto na precisão [da tradução] quanto na escolha do título, A Bíblia não tinha razão.

Mais interessante, Jim, é observar as furiosas reações dos fundamentalistas nas centenas de comentários feitos ao ensaio. Conto ali até às 16h02 do dia 01/05/2008, 703 comentários! E proveitoso é comparar estes comentários com os desafios que o fundamentalismo propõe ao biblista e à academia, como analisado aqui e aqui. O que me levou a escrever outro post, com o título de Fundamentalismo: um desafio permanente.