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Simpósio da EST discute a teologia pública na América Latina
Repensar a teologia contemporânea e sua relação com a sociedade com o intuito de refletir a cidadania e o compromisso com a realidade é o objetivo do Simpósio Internacional Teologia Pública na América Latina, promovido pela Escola Superior de Teologia (EST), em parceria com o IHU. Muitos teólogos têm, hoje, se voltado para sua contribuição na política, nas questões de cidadania e para repensar a ética e os valores humanos na atualidade. Assim, o simpósio quer explorar as implicações de uma teologia pública na América Latina e o que vem a ser, realmente, uma teologia pública global e contextualizada. Por isso, nomes como o do Prof. Dr. Max Stackhouse, da Universidade de Princeton (EUA); o do Prof. Dr. Nico Koopman, de Stellenbosch University (África do Sul); e o da Prof.ª Dr.ª Catalina Romero, da Universidade de Lima (Peru), vêm à EST discutir esses conceitos e contribuir, desta forma, teologicamente, para esse importante debate. Entre os palestrantes que representam a Unisinos no Simpósio, estão o diretor do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Prof. Dr. Inácio Neutzling e a Profa. MS Ana Formoso, além do reitor da Universidade, Prof. Dr. Marcelo Fernandes de Aquino.
O Simpósio Internacional Teologia Pública na América Latina acontece nas Faculdades EST de 04 a 07 de julho de 2008 e será realizado em torno de três linhas temáticas: Teologia e Sociedade, Teologia e Universidade e Teologia e Cultura.
Teologia pública. Seus espaços e seu papel. Entrevista especial com Rudolf von Sinner
Quais são as funções da teologia hoje? Em constante transformação, nossa sociedade, muitas vezes, passa por cima, desapercebidamente, de questões muito importantes para nossa evolução. Em busca de respostas para isso, a Teologia Pública tem se tornado um lugar de profundas discussões sobre o papel e o espaço da teologia para que possamos buscar um mundo não apenas evoluído, mas também em busca de um mundo justo e solidário. “A crescente reflexão e produção científica acerca da Teologia Pública é um avanço. Espero que seja benéfica para a teologia, as igrejas, as universidades e, não por último, a sociedade”, declara Rudolf von Sinner, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Escola Superior de Teologia (EST), em entrevista à IHU On-Line, realizada por e-mail. Rudolf faz uma importante reflexão acerca dessas duas temáticas, a teologia, propriamente dita, e a Teologia Pública.
Rudolf von Sinner é, também, professor de Teologia Sistemática na EST e pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Tem doutorado em teologia, pela Universidade de Basiléia, na Suíça, e pós-doutorado, pelo Centro de Investigação Teológica de Princeton, nos Estados Unidos. Está finalizando um livro sobre as igrejas e a democracia no Brasil, explorando suas contribuições para a cidadania na visão de uma teologia pública, que será uma tese de livre-docência a ser submetida na Universidade de Berna, na Suíça. Seu último livro em português é Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas (São Leopoldo: Sinodal, 2007), no qual também trata da Teologia Pública. Coordena o Simpósio Internacional sobre Teologia Pública na América Latina, realizado em parceria com o IHU, na EST, de 4 a 7 de julho. Para maiores informações sobre o evento, clique aqui.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Para o senhor, quais são as prioridades da teologia na contemporaneidade?
Rudolf von Sinner – Depende de qual teologia estamos falando. Existem seminários e faculdades que olham apenas para dentro da igreja e para a elaboração de estratégias de crescimento numérico da Igreja. Estas e outras tendem a minimizar o papel da teologia, até achando necessário uma “libertação da teologia” para livrar-se do pensamento crítico e questionador que a teologia pode ter frente às lideranças eclesiásticas e suas práticas. Por outro lado, a teologia está apenas começando a conquistar seu lugar entre as ciências, pelas quais vem sendo vista com suspeita e algo supostamente superado pela modernização e secularização do país. Porém, esta não conseguiu marginalizar a religião, e parece-me que há hoje um crescente interesse na contribuição da teologia no diálogo com outras ciências, para compreender melhor o papel da religião a partir de sua autocompreensão e não apenas numa visão externa. Este é um desafio que nós, teólogos e teólogas, precisamos aceitar e nos empenhar por uma contribuição autêntica e competente.
Vejo várias frentes na atualidade. Um dos grandes desafios atuais e como lidar com o pluralismo religioso, para cultivar respeito mútuo e diálogo em vez de competição e agressão verbal ou até física. Isto se acentua ainda mais pelo fato desta competição acontecer principalmente dentro do próprio cristianismo, ofuscando a fé no mesmo Deus, no mesmo Cristo, no mesmo Espírito Santo. A teologia, feita com rigor acadêmico, pode ajudar no esclarecimento da natureza da fé, tanto própria quanto de outrem, e fomentar, assim, o conhecimento e respeito mútuos. Tenho visto isto acontecer em cursos de integralização do bacharelado em teologia, onde padres, pastoras e pastores e outros teólogos de várias igrejas convivem e aprendem juntos para conquistar um título reconhecido pelo MEC. Não possível mais decretar; é preciso agora argumentar. E isto faz bem.
Outros desafios são as contínuas aflições da sociedade, como fome, desemprego, violência, falta de habitação apropriada etc., que não têm fronteiras confessionais ou religiosas e atingem a todos. Aqui, trata-se de fazer valer as bases teológicas que incentivam o serviço, a diaconia, a luta pelo bem-estar integral (shalom, no hebraico da Bíblia) de todos/as. Um desafio mais recente é a bioética, com um grande leque de questões desde o plantio de transgênicos até a chamada eutanásia, quando e como se poderia deixar de aplicar tratamentos talvez desproporcionais em pacientes em estado terminal, sem chance de cura. Aqui é preciso resistir, questionar, mas também amparar, cuidar, compreender, dialogar. Penso que estejamos numa situação nada fácil, mas criativa, onde é preciso encontrar novas respostas e soluções.
IHU On-Line – Para o senhor, qual é o papel que a teologia deve desempenhar hoje nas sociedades?
Rudolf von Sinner – A teologia é a reflexão metodologicamente responsável sobre o falar de Deus. Ou seja, seu objeto não é diretamente Deus, mas nosso falar Dele e também nosso falar a Ele na oração. Teologia é a explicação da fé, do seu conteúdo, de suas conseqüências, de suas bases. Neste sentido, serve para esclarecer e orientar para dentro e para fora da comunidade religiosa, no caso da comunidade cristã. Falo de uma teologia pública, termo cunhado nos EUA nos anos 70, mas apropriado para além daquele contexto, pois resgata a dimensão necessariamente pública da teologia. Cito apenas dois exemplos: Jesus afirmou, diante do sumo sacerdote: “Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto” (Evangelho de João 18.20). Outro: Jesus envia os 70 discípulos às nações, em número correspondente às nações descendentes de Noé conforme Gênesis 10, numa missão cujo início é o desejo da paz: “Paz seja nesta casa!” (Evangelho de Lucas 10.5).
As ações e prédicas de Jesus sempre foram abertas ao público e a ele dirigidas, de modo que se reuniam multidões para ouvi-lo. Num país como o Brasil, onde a grande maioria da população tem algum vínculo com uma religião, nomeadamente com uma igreja cristã, a teologia que sobre isto reflete precisa situar e orientar as igrejas no espaço público, onde é formada a opinião pública, são discutidos os assuntos que atingem a todas e todos. A teologia não deve nem pode fugir desta tarefa, mas servir como meio de campo no diálogo entre os diferentes públicos: a própria igreja, a sociedade, a universidade, a economia, a mídia, entre outros. Importa, contudo, insistir que a teologia busca contribuir, não impor, para estar presente no espaço público, não ocupá-lo ou monopolizá-lo. Portanto, se uma teologia pública encoraja as igrejas para contribuírem ativamente para o bem-estar de todos/as numa determinada sociedade, também deve orientá-las a fazerem isto com bom senso e restrição, em profundo respeito a outros grupos e outras religiões que também contribuem. Enquanto igreja e mundo não estão separados, também não devem ser confundidos.
IHU On-Line – A Teologia da Libertação encontra que tipo de espaços na sociedade para organizar debates acerca da Teologia Pública? Como se dão esses espaços?
Rudolf von Sinner – A Teologia da Libertação tem como intuição principal a “opção preferencial pelos pobres”. Esta descoberta a colocou imediatamente no espaço público, pois grande parte da população era pobre nos anos 1960/1970 (grande parte ainda o é hoje, apesar de melhoras), e falar de “libertação” chegou a ser proibido pelo regime militar, sendo considerado um termo subversivo e “comunista”. Contudo, as abordagens sobre Jesus Cristo, o libertador, feitas por Leonardo Boff [1] no Brasil e por Jon Sobrino [2] na América Central, mostram que o próprio Cristo praticou a libertação, tanto pelo seu testemunho de vida quanto pela sua morte e ressurreição. Hoje, em tempos democráticos, não é mais tão óbvio de que se precisa ser libertado.
Até houve certa inflação do termo “libertação” entre as diferentes igrejas e religiões: há procura e oferta para libertação da pobreza, de uma doença, do pecado, do “encosto”, até da própria teologia. Também não está mais tão claro para que se procura a libertação: um outro mundo possível, uma cidadania plena, uma nova existência após a prisão ou a dependência química, dentre outros possíveis projetos. Com isto, não quero dizer que o conceito da libertação se tornou supérfluo, mas ele não tem o mesmo apelo hoje que já teve em outras décadas. O novo termo-chave para a atuação da teologia na sociedade é, a meu ver, a cidadania: ter e poder, efetivamente, usufruir de direitos, ser respeitado, conhecer e cumprir seus deveres, reivindicar e assumir sua parte na sociedade. Não por último, é preciso lembrar que a Teologia da Libertação nunca conseguiu mobilizar as massas, apesar do expressivo e significativo número de Comunidades Eclesiais de Base norteados por esta teologia. Já se tornou lugar comum afirmar que enquanto a Teologia da Libertação optou pelos pobres, os pobres optaram pelo pentecostalismo. Isto não invalida, de modo algum, a Teologia da Libertação e seus grandes e inegáveis méritos. Eu também não estaria no Brasil, tendo vindo da Suíça, se não fosse por esta teologia que teve um imenso apelo para nós na Europa, e meu interesse começou com um ensaio que tive que escrever numa disciplina em 1989, sobre a teologia trinitária de Leonardo Boff e Jürgen Moltmann [3]. Mas mostra que é preciso ter uma visão mais ampla da situação hoje, e enxergar que diferentes igrejas e teologias podem contribuir para com a cidadania, sem necessariamente fazer um discurso explícito acerca dela.
Na teologia acadêmica, os teólogos e as teólogas ligadas ao movimento da Teologia da Libertação continuam com a maior expressividade nas publicações e congressos. A Teologia da Libertação não está nada morta, como alguns queriam, mas, pelo contrário, muito eloqüente. Esses espaços têm bastante visibilidade. Leonardo Boff, um dos principais articuladores desse movimento da teologia e dessa teologia em movimento, vem e continua sendo o mais conhecido teólogo no Brasil e alhures, lido muito além dos muros da igreja católica e dos seminários, às vezes até mais fora do que dentro delas. Tornou-se um teólogo público, respeitado, ouvido, lido, inspirando grande número de pensadores/as e militantes. Portanto, diria que o espaço acadêmico e o espaço da sociedade civil (movimentos, ONGs, sociedades religiosas) são espaços especialmente propícios para o debate da Teologia Pública. O debate com a ciência política, a sociologia e a economia já existe e precisa ser aprofundado. O diálogo com as ciências da vida (biologia, medicina, bioquímica, genética etc.) poderá tornar-se um novo campo, ainda pouco trilhado. Novamente, Leonardo Boff tem aberto caminhos aqui, com seu enfoque na ecologia desde os anos 1990. É por isto, e pela sua postura ecumênica, tendo suscitado considerável número de estudos de teólogos protestantes sobre sua teologia, que foi homenageado com o título de doutor honoris causa pela Faculdades EST em 15 de maio último.
IHU On-Line – Que tipo de reflexões teóricas podem ser feitas acerca do conceito atual de Teologia Pública? Esse conceito tem mudado de que forma ao longo dos anos?
Rudolf von Sinner – O conceito tende a ser um conceito vago e amplo. Isto porque denota, em primeiro lugar, uma dimensão e não um conteúdo específico. Contudo, também não é desprovido de conteúdo: o aspecto da justiça social, por exemplo, não pode faltar nele, sendo motivado pela própria fé como percebida pela teologia. A já citada opção preferencial pelos pobres não é um adendo aleatório a fé, mas está no centro dela. A igreja cristã vem sendo definida, desde seus primórdios, como querigma (proclamação), martyria (testemunho de vida), diaconia (serviço) e leitourgia (culto), construindo koinonia (comunhão). Ou seja, é uma missão integral, para corpo e alma, para cada um/a individualmente e para a comunidade. Uma teologia pública precisa evidenciar isto.
Quando o conceito foi cunhado, nos anos 1970, foi por duas razões, se bem vejo: viu-se que a religião tinha adentrado a política norte-americana de forma desvinculada da igreja e da teologia, como “religião civil” (Robert Bellah [4]) dos americanos. No regime militar, a chamada educação moral e cívica visou impor algo semelhante no Brasil, até chegou a formular uma oração pela pátria (conforme Thales de Azevedo [5], que denominou isto de “religião civil brasileira”). Foi preciso, portanto, resgatar uma teologia pública a partir da auto-compreensão da religião cristã e não por uma versão apropriada pelo estado, pela sociedade. A segunda razão foi a percepção de uma perda de relevância da teologia no debate público, que era preciso resgatar. David Tracy [6] falou, no início dos anos 1980, dos diversos públicos (igreja, sociedade, universidade) a quem se dirigem o teólogo e a teóloga. Hoje em dia, o conceito está sendo descoberto em vários países, inclusive na China, Índia, África do Sul e Austrália, como conceito aglomerador para a contribuição da igreja e da teologia no espaço público. Foi criada, em 2007, a Rede Global de Teologia Pública (www.ctinquiry.org/gnpt). Na África do Sul, cuja trajetória tem semelhanças com a do Brasil, e que hoje está se articulando também politicamente com o Brasil e a Índia, é preciso reformular a teologia no novo contexto, pós-Apartheid. Esta nova teologia não pode restringir-se à resistência contra formas de opressão, mas precisa achar uma cooperação crítico-construtiva com o sistema político e outros atores na sociedade. O mesmo desafio existe no Brasil e na América Latina.
IHU On-Line – De que forma o debate nas universidades acerca da Teologia Pública pode fazer com que sua atuação seja global?
Rudolf von Sinner – Presenciamos, hoje, uma articulação global tanto dos estados (como IBAS – Índia, Brasil, África do Sul) quanto das universidades e das agências de fomento (a Capes está trabalhando nesta linha, com os mesmos países) e da sociedade civil (como no Fórum Social Mundial). A Igreja é, por definição, católica (embora não necessariamente romana), ou seja, universal, e com isto facilita também a articulação internacional da teologia (como na Associação Ecumênica de Teólogas e Teólogos do Terceiro Mundo – ASETT, e no Fórum Mundial de Teologia e Libertação, já em sua terceira edição prevista para janeiro de 2009, em Belém/PA). Universidades européias não são mais apenas procuradas por universidades, faculdades ou seminários no hemisfério Sul, mas, por sua vez, estão à procura de parcerias internacionais, hoje imprescindíveis para grandes projetos de pesquisa. Universidades estadunidenses estão empregando cada vez mais professores e pesquisadores de outros países, inclusive do Brasil e da América Latina. A universidade é cada vez mais internacionalizada, e isto é saudável. A teologia também faz parte desta articulação, e assim aumenta sua visibilidade e contribuição pública em nível também supra-nacional. Uma teologia pública visa contribuir para a transformação do mundo, não apenas de um país, ainda que a concretização se dê, principalmente, no nível local e nacional.
Em março deste ano, participei de um seminário bilateral (Brasil e Alemanha) em São Paulo, onde apresentei o conceito de uma teologia pública e suas possíveis implicações. Fiquei surpreso com a boa recepção que o conceito teve entre os filósofos e cientistas sociais presentes. Um filósofo até vaticinou que nos próximos dez anos será um conceito amplamente usado no Brasil. Vamos ver se está certo. De qualquer forma, a crescente reflexão e produção científica acerca da Teologia Pública é um avanço. Espero que seja benéfica para a teologia, as igrejas, as universidades e, não por último, a sociedade.
Notas:
[1] Leonardo Boff é um teólogo brasileiro, expoente da Teologia da Libertação. Foi membro da Ordem dos Frades Menores. Seus questionamentos a respeito da hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, carisma e poder (Rio de Janeiro: Record, 1982), renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então sob a direção de Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Em 1985, foi condenado a um ano de “silêncio obsequioso”, perdendo sua cátedra e suas funções editoriais no interior da Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob severa vigilância. Em 1992, ante nova ameaça de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e do sacerdócio. Participa da Igreja enquanto militante leigo. Continua seu trabalho de teólogo nos campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade. É professor adjunto de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Rio de Janeiro (UERJ).
[2] Jon Sobrino é um sacerdote e teólogo jesuíta que vive em San Salvador, importante expoente da Teologia da Libertação. Sua obra teológica é uma contribuição à Cristologia a partir da realidade da América Latina. Foi condenado a silêncio obsequioso pela Congregação para a Doutrina da Fé (o antigo Santo Ofício, cuja função é promover e tutelar a doutrina da fé e da moral em todo o mundo católico), por suas obras.
[3] Jürgen Moltmann foi o fundador principal da Teologia da Esperança cujo pensamento assemelha-se com as Teologias Feminista, Negra, Política, de Missão e Libertação. Em sua teologia ele aborda a escatologia, onde a esperança tem seu objetivo cumprido não na especulação, mas na práxis em meio a ação política e a revolução. É considerado um dos teólogos europeus mais inovadores a atualidade. Talvez seja a figura mais representativa da Teologia Protestante Contemporânea, depois do desaparecimento dos grandes líderes de escolas. É considerado também pai da Teologia da Cruz.
[4] Robert Bellah é um sociólogo e educador estadunidense, que considera seu país como uma sociedade do colapso. Suas formulações exploram novas possibilidades da cidadania e da cultura cívica.
[5] Thales de Azevedo é um médico e professor brasileiro. Trabalhou, exclusivamente, como médico por mais de 40 anos. Em 1943 torna-se também professor e pesquisador. Desenvolveu alguns longos ciclos de pesquisa, em que se destacam os temas medicina, história social, relações raciais, imigração/aculturação, catolicismo popular, relações Estado-Igreja, caráter nacional/ ideologia, cotidiano. Dedicou anos de trabalho ao Rio Grande do Sul e sobretudo à imigração/aculturação de italianos.
[6] David Tracy doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, e professor de Teologia Contemporânea e Filosofia da Religião na University of Chicago Divinity School.
Fonte: IHU – 28 maio 2008