Moisés pode não ter existido, sugere pesquisa arqueológica – Reinaldo José Lopes – Do G1, em São Paulo: 20/04/2008 – 09h00
Escavações e inscrições mostram que povo de Israel se originou dentro da Palestina. História sobre libertação do Egito teria influência de interesses políticos posteriores.
Leia… eu também estou por lá!
Leia ainda:
Bíblia abriga duas versões contraditórias da criação do mundo – Reinaldo José Lopes – Do G1, em São Paulo: 06/04/2008 – 09h00 – Atualizado em 07/04/2008 – 10h53
Obs.: Não deixe de ler os comentários feitos pelos leitores: há uma fartura de posições fundamentalistas! Seria até divertido… se não fosse trágico!
Em Biblical Studies Carnival XXIX, publicado hoje, 01.05.2008, diz Jim West sobre este post:
“Airton Jose da Silva points to an interesting assertion- that archaeology proves that Moses didn’t exist. Enjoy, if you dare. But be forewarned, archaeology cannot prove a negative”.
Jim alerta que a arqueologia não pode provar uma negativa. Perfeito. Só que o artigo é do Reinaldo José Lopes, do G1, canal de notícias do sistema Globo, e tem por título Moisés pode não ter existido, sugere pesquisa arqueológica.
Que não deve ser entendido, obviamente, como archaeology proves that Moses didn’t exist [arqueologia prova que Moisés não existiu], mas archaeology suggests that Moses didn’t exist [arqueologia sugere que Moisés não existiu]. Leia mais aqui.
Sugeriria três obras de contraponto à tese da reportagem, de orientação não-fundamentalista, bem concisas e com apontamentos corroboráveis, sem anacronismos.
‘Ancient Israel in Sinai: The Evidence for the Authenticity of the Wilderness Tradition”;
“Israel in Egypt: The Evidence for the Authenticity of the Exodus Tradition” ;
“The Archaeology of the Bible” .
Todas de James K. Hoffmeier
o fato do texto não mencionar esses contrapontos seria cômico, se não fosse trágico.
Shariel,
eu abordei esses problemas na divulgação da mídia na exploração de pesquisas sobre temas bíblicos num dos textos de meu blog – que polemiza com questões de política, economia, etc.
Falei de que gostam sempre de produzir sensacionalismo, e sempre se explora unilateralmente, seja com sensacionalismo com "descobertas que confirmam", ou "os especialistas desconstroem".
Analisei esta matéria como estudo de caso. O título foi pra provocar:
" Moisés pode ter existido, sugere pesquisa arqueológica" – um exame do sensacionalismo na divulgação de pesquisas sobre temas religiosos
https://informadordeopiniao.blogspot.com/2009/07/moises-pode-ter-existido-sugere.html
No meio acadêmico, pelo menos na Europa, a questão da historicidade do êxodo tem pouca importância. As obras, em sua maioria, não tentam definir se o êxodo do Egito foi um fato histórico ou não, mas pesquisam a história da tradição de vários aspectos do livro do Êxodo ou a sua história redacional ou sua estrutura narrativa ou seus diferentes objetivos teológicos, explica Wolfgang Oswald, da Universidade de Tübingen, Tübingen, Alemanha, na RBL, em 16.07.2011.
In the scholarly discourse, at least in Europe, the question of the historicity of the exodus plays only a minor role. Most research is not done on the question “whether the history is true or not”; the majority of works investigate the history of tradition of various aspects of the book of Exodus or its redactional history or its narrative structure or its different theological objectives (Wolfgang Oswald, University of Tübingen, Tübingen, Germany – RBL)- Review published 7/16/2011.