Eilat Mazar: I work with the Bible in one hand and the tools of excavation in the other

Jim West em seu blog chama a atenção para um artigo sobre Eilat Mazar na Moment Magazine.

O título que escolhi para o post reflete exatamente aquilo que eu comentava hoje em aula, com os alunos do primeiro ano de Teologia do CEARP, sobre a pretensa descoberta do palácio de Davi por Eilat Mazar:

Eu trabalho com a Bíblia numa mão e a ‘picareta’ na outra. Isto é o que arqueólogos bíblicos fazem. A Bíblia é a mais importante fonte histórica e merece, por isso, atenção especial.

Julgue você mesmo… se não acompanhou o caso, leia aqui também.

Sua casa de praia poderá ser acessada somente por submarino em 2100

Folha Online: 24/03/2006 – 09h42

Degelo nos polos é catastrófico, diz revista

Ricardo Bonalume Neto – da Folha de S. Paulo

O derretimento das geleiras da Groenlândia e da Antártida acelerou mais em anos recentes com o aquecimento do planeta provocado pelo efeito estufa. Cientistas preveem que no final do século o clima lembrará o de 130 mil anos atrás, quando o nível dos mares estava seis metros mais alto. Ou seja, aquela casa de praia que você gostaria de legar a seus netos e bisnetos só deverá ser acessível por submarino em 2100. Um conjunto de artigos na revista científica “Science” mostra que os pesquisadores temem que o aquecimento global “possa estar levando a um aumento do nível do mar catastrófico”, nas palavras da normalmente discreta publicação. Com o mar subindo tanto, cerca de meio bilhão de pessoas teria de fugir da orla marítima para o interior mais elevado (cont.)

Sea rise could be ‘catastrophic’

By Paul Rincon

A study in the US journal Science suggests a threshold triggering a rise in sea level of several metres could be reached before the end of the century. Scientists used an ancient period of warming to predict future changes. Greenland could be as warm by 2100 as it was 130,000 years ago, when melting ice raised sea levels by 3-4m. The implication is that Greenland would – eventually – melt by as much in response to present warming. The findings come from two studies published in Science by Dr Jonathan Overpeck, of the University of Arizona in Tucson, and colleagues (cont.)

Provan, Long e Longman face a face com Finkelstein e Silberman

Recomendo as observações que Chris Heard faz hoje em seu blog Higgaion sobre o livro de

PROVAN, I; LONG, V. Ph.; LONGMAN III, T. A Biblical History of Israel. Louisville, Kentucky: Westminster John Knox Press, 2003, 416 p.

em comparação com

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. The Bible Unearthed: Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. New York: The Free Press, 2001, XII + 385 p.

Leia, portanto, A Biblical History of Israel: half a book, no qual Chris critica o conservadorismo exacerbado de A Biblical History of Israel

Seria interessante se Chris trabalhasse em seu curso também com o livro de LIVERANI, M. Oltre la Bibbia: Storia Antica di Israele. Roma-Bari: Laterza, 2003 [4. ed.: 2005], 526 p.

Creio que Liverani e Finkelstein/Silberman se complementam muito bem.

Por outro lado, não li o livro de Provan e companheiros, mas pelo que vi dele nos livros de Philip Davies e Niels Peter Lemche acho perda de tempo ler este tipo de coisa!

Faith Based Scholarship

Clique aqui primeiro e depois visite o blog Café Apocalypsis para ler as várias entrevistas feitas por Alan S. Bandy com seus convidados sobre o tema.

 

Faith Based Scholarship Interviews from Café Apocalypsis

Craig Blomberg (Monday, March 13, 2006)

Scot McKnight (Monday, March 13, 2006)

James Crossley (Friday, March 17, 2006)

Craig Evans (Monday, March 20, 2006)

Darrell Bock (Monday, March 20, 2006)

Mark Goodacre (Monday, March 20, 2006)

Peter Williams (Tuesday, March 21, 2006)

Peter Bolt (Tuesday, March 21, 2006)

Andreas Köstenberger (Thursday, March 23, 2006)

Michael Bird (Monday, March 27, 2006)

Philip Davies (Tuesday, March 28, 2006)

Thomas L. Thompson (Tuesday, April 04, 2006)

George Guthrie (Wednesday, April 12, 2006)

Uma cifra apocalíptica assombra a Amazônia

Folha Online: 23/03/2006

Floresta deve encolher 40% até 2050, diz estudo

Claudio Angelo, da Folha de S. Paulo

Uma cifra assombra a Amazônia. Um estudo publicado nesta quinta-feira (23) prevê que 40% da floresta pode desaparecer em 2050 se nada for feito para conter o ciclo de destruição imposto pelo avanço da fronteira agrícola. Pior, a política de criação de áreas protegidas adotada hoje pelo governo não basta para conter a tendência. É preciso fazer algo muito mais complicado: cumprir a lei.

O número apocalíptico vem de uma simulação de computador. É a mais detalhada já feita do futuro da Amazônia, construída ao longo dos últimos anos por uma equipe do Brasil e dos EUA. O grupo usou uma série de dados históricos sobre tendências de desmatamento de 1997 a 2002, e conseguiu prever com precisão como a destruição evoluiria nos dois anos seguintes.

“Para 2003 e 2004, o desmatamento caiu em cima da curva do nosso pior cenário”, disse à Folha Britaldo Soares-Filho, do Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. Ele é um dos principais arquitetos do novo modelo computacional, disponível na internet (www.csr.ufmg.br/simamazonia) e apresentado nesta quinta-feira num artigo científico na revista “Nature”.

Partindo da série histórica, o modelo apresenta dois futuros possíveis para a floresta. No primeiro, em que tudo fica como está em termos de ação do governo e do setor produtivo (“business as usual”), a área da maior floresta tropical do mundo sofre uma redução drástica, de 5,4 milhões para 3,2 milhões de quilômetros quadrados em nove países.

Nesse cenário catastrófico, dois terços da cobertura florestal de seis bacias hidrográficas amazônicas desaparecem. A situação é particularmente dramática nas florestas secas de Mato Grosso, palco da expansão recente da soja (perdem 76% da área), e nas florestas de babaçu do Maranhão (perdem 97%). Quase uma centena de mamíferos tem seu habitat reduzido em 40%.

As emissões de carbono correspondentes a tamanha perda de floresta são de deixar qualquer industrial americano do petróleo esfumaçando de inveja: são 32 bilhões de toneladas do principal responsável pelo aquecimento global lançadas na atmosfera em 2050. Isso equivale a quatro anos de emissões mundiais.

Outro mundo é possível – A principal novidade do estudo, no entanto, é a inclusão do chamado fator “governança” em um dos cenários do modelo.

Os cientistas ainda debatem o sentido da palavra. Mas segundo o ecólogo Daniel Nepstad, do Ipam – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e do Woode Hole Research Center, dos EUA, ela consiste basicamente da implementação de políticas públicas na Amazônia. A reserva legal é respeitada pelos produtores, a pavimentação de novas rodovias é feita segundo critérios de proteção ambiental e o programa de criação de unidades de conservação na floresta segue a toda.

“Simplesmente implementando a lei ambiental atual seria possível evitar 1 milhão de quilômetros quadrados de desmatamento” em 2050, afirma Nepstad, que juntamente com Soares-Filho é o autor principal do estudo.

Isso considerando um limite de reserva legal (o quanto se pode desmatar dentro de uma propriedade) de 50%, mais baixo do que os 80% previstos pela lei. Mas para a lei ser cumprida, diz o pesquisador, seriam necessárias pressões de mercado –que Nepstad afirma existirem– por carne e soja ambientalmente corretas.

Pague para preservar – A economia de carbono no cenário de governança é de 17 bilhões de toneladas. “Todo o Protocolo de Kyoto (acordo mundial contra as emissões de gases-estufa) prevê a redução de 2 bilhões de toneladas”, compara Nepstad. “Cumprir a lei na Amazônia evita 17 bilhões. É uma oportunidade gigantesca para o Brasil”, diz.

Tanto Nepstad quanto Soares-Filho defendem que a comunidade internacional banque essas emissões evitadas, já que o Brasil estaria deixando de lucrar domesticamente (ao reduzir a conversão de floresta em pasto e lavoura) para prestar um serviço ao planeta (a estabilização do clima).

“A inclusão do conceito de governança é muito bem-vinda”, diz Gilberto Câmara, diretor do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e especialista em modelagem ambiental na Amazônia. Ao mesmo tempo em que elogia o estudo, Câmara afirma ter dúvidas sobre a tal “governança privada”. “Há uma grande disparidade dos atores sociais na Amazônia. Rondônia tem um perfil, a Terra do Meio tem outro.”

Roadmap to Recovery

Folha Online: 22/03/2006 – 09h59

ONG faz mapeamento de florestas intactas da Terra

… O mapeamento, usando imagens de satélite obtidas em 2001 e 2002, sugere que, entre 142 países que possuem florestas, 82 já acabaram com todas as áreas intactas. “As florestas que eles ainda têm são secundárias [ou seja, formadas após uma derrubada] ou fragmentadas”, diz Uaroshenkov. Segundo o estudo, menos de 10% da superfície terrestre hoje é coberta por florestas intactas (…) A situação na terra pode ser periclitante, mas não se compara ao saque generalizado que tem assolado a biodiversidade no mar (cont.)

Dia Mundial da Água

Folha Online: 22/03/2006 – 11h59

Problemas hídricos devem se agravar, segundo relatório da ONU

Os problemas relacionados à água enfrentados pelo planeta são graves, mas tendem a piorar. Os dados fazem parte do relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), da ONU, divulgado nesta quarta-feira, Dia Mundial da Água. De acordo com o documento, a diminuição da vazão de rios, o crescimento da salinidade em estuários, a perda de espécies de peixes e plantas aquáticas e a redução de sedimentos em costas devem aumentar em várias áreas da Terra até 2020. O estudo mostra também que a poluição tende a aumentar e o acesso à água potável deve ficar mais restrito nas próximas décadas (cont.)

Alerta total: mortandade sem precedentes no planeta Terra

Humanidade causa nova onda de extinção

Para as espécies animais e vegetais da Terra, os últimos 25 anos viram uma mortandade sem precedentes nos últimos milênios: nada menos que 40% da população de 3.000 espécies desses seres vivos sumiu, principalmente graças à ação humana. O dado, que está num relatório das Nações Unidas apresentado ontem, deixa poucas dúvidas de que o planeta está à beira de uma grande onda de extinções, tão grave quanto a que acabou com os dinossauros.

Tal taxa de declínio é só um dos indicadores preocupantes presentes no GBO 2 (sigla inglesa para Panorama Global da Biodiversidade). O relatório foi lançado durante a abertura da COP-8, a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, a qual vai até o dia 31 em Curitiba.

O estudo foi apresentado pelo argelino Ahmed Djoghlaf, secretário-geral da convenção, e pela ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, logo após a cerimônia de abertura da COP-8. Djoghlaf preferiu dar um tom esperançoso ao evento, afirmando que a convenção nunca esteve tão próxima de ter seus objetivos práticos implantados, mas os dados do GBO 2 sugerem que quase tudo ainda está por ser feito.

Dos 15 indicadores usados pela CBD (como é conhecida a convenção), para avaliar o estado da biodiversidade no planeta, nada menos que 13 se encontram em tendências negativas. Globalmente, fatores como o número de espécies ameaçadas, a integridade dos vários ecossistemas do mundo e o uso sustentável dos recursos andam descendo o ralo, de acordo com o relatório. Os únicos dois indicadores que se destacam por sua tendência positiva nos últimos anos são a quantidade de áreas protegidas pela legislação ambiental e a qualidade da água.

Mares desprotegidos

Não que não exista algo com que se preocupar mesmo entre esses “bons exemplos”. Embora 13% dos ecossistemas do planeta estejam cobertos por reservas neste momento, o GBO 2 aponta que se trata de uma distribuição irregular, e que quase metade dessas grandes áreas naturais possui menos de 10% de sua área sob proteção. No mar, a situação é ainda mais complicada: só 0,5% de sua superfície conta com proteção de algum tipo.

O desaparecimento das populações animais está diretamente ligado a outros dois flagelos identificados pelo relatório. Um deles é a fragmentação de ecossistemas, na qual áreas virgens são retalhadas até se tornarem uma coleção de pequenos pedaços incapazes de sustentar a mesma variedade de vida que possuíam antes.

O outro é a proliferação de espécies invasoras, trazidas intencional ou acidentalmente pela ação humana. Por não terem inimigos naturais nas áreas aonde chegam, elas se tornam verdadeiras pragas. Estima-se que as espécies invasoras sejam responsáveis por 40% da extinção de espécies animais desde o século 17, quando registros confiáveis começaram a ser mantidos.

Fonte: Reinaldo José Lopes – Folha de S. Paulo: 21/03/2006

Centro para o estudo dos manuscritos do Novo Testamento

O Center for the Study of New Testament Manuscripts (Centro para o Estudo dos Manuscritos do Novo Testamento) traz reproduções digitalizadas dos manuscritos do Novo Testamento que foram preservados, além de oferecer uma série de recursos para a crítica textual do Novo Testamento.

Nestes dias o site colocou online um facsimile do Codex Alexandrino, como explica Chris Weimer, no seu blog Thoughts on Antiquity (um códex, ou códice, é um manuscrito em pergaminho cujas folhas são enfeixadas em forma de livro).

Não existe mais nenhum texto original dos livros do Novo Testamento (e nem do AT). Possuímos, na verdade, milhares de manuscritos gregos, versões antigas em outras línguas e citações feitas pelos Padres da Igreja.

Os manuscritos gregos eram escritos em papiro (predominaram até o início do século IV) ou pergaminho (o mais usado, do século IV ao século XIII). O pergaminho já escrito podia, e era, muitas vezes, raspado e reescrito. Hoje, com modernas técnicas, mesmo a escrita raspada pode ser lida. Tal tipo de pergaminho chama-se palimpsesto.

Os manuscritos gregos eram escritos com letras maiúsculas ou unciais (1 uncia = talvez 1 polegada, indicação da medida da letra, mas o significado original da palavra é incerto) ou letras minúsculas (estes, mais recentes, começaram a aparecer no século IX).

Os lecionários eram compilações dos textos gregos feitas para uso das comunidades. Mesmo retalhados em pequenos textos, contêm eles a maior parte do NT.

São atualmente [em 2023] conhecidos quase seis mil manuscritos gregos do NT, assim divididos:

128 papiros – designados por um P e um número: P1, P2, P45 etc
322 pergaminhos maiúsculos – representados por letras maiúsculas latinas, gregas e hebraicas
2.925 pergaminhos minúsculos – indicados por algarismos: 1, 2, 25 etc
2.460 lecionários – designados por um l minúsculo e um número: l1, l2 etc

Naturalmente estes manuscritos quase nunca contêm todo o NT. Em número maior aparecem cópias dos evangelhos, seguidos pelas cartas de Paulo. E o Apocalipse é o mais desconsiderado.

O mais antigo fragmento do NT é o P52, conhecido como Papiro Ryland, que se encontra em Manchester, Inglaterra. Contém Jo 18,31-33.37-38. Uns poucos versículos, como se vê. Sua data: início do século II.

Entre os mais importantes pergaminhos maiúsculos, temos:

O Vaticano porque desde o século XV está na Biblioteca Vaticana. Contém, além do AT quase todo, a maior parte do NT. É do princípio do séc. IV, vem provavelmente do Egito, é um dos melhores textos do NT e o mais antigo dos grandes manuscritos bíblicos.

O Sinaítico, encontrado no Mosteiro de Santa Catarina, no Sinai, está hoje, na sua maior parte, na British Library de Londres, enquanto partes menores estão em outros três lugares. Data da metade do século IV, é originário do Egito ou da Palestina. Contém todo o NT.

O Alexandrino, do século V, Egito, ficou do século XIV até 1627 na biblioteca do Patriarca de Alexandria e agora está no British Museum. Contém o NT todo, com lacunas.

O Ephraemi Rescriptus, do século V, é um palimpsesto apagado no século XII. Contém 5/8 do NT e está hoje na Biblioteca Nacional de Paris.

Teocracia americana: uma dura crítica ao governo Bush

PHILLIPS, K. American Theocracy: The Peril and Politics of Radical Religion, Oil, and Borrowed Money in the 21st Century. New York: Penguin Group, Reprint edition, 2007, 464 p. – ISBN 9780143038283.

Kevin Phillips, conhecido analista político dos Estados Unidos, faz neste livro uma análise extremamente crítica da coalizão política, liderada pela religião radical, que estáPHILLIPS, K. American Theocracy: The Peril and Politics of Radical Religion, Oil, and Borrowed Money in the 21st Century. New York: Penguin Group, Reprint edition 2007 levando o país à beira do desastre. Da Roma Antiga ao Império Britânico, Phillips demonstra que todas as potências que dominaram o mundo foram derrubadas por um conjunto relacionado de causas: uma combinação letal de alcance global, religião militante, problemas de recursos e dívida crescente. É esse mesmo eixo de males que veio a definir a identidade política e econômica dos Estados Unidos na última década. Erros de cálculo militares no Oriente Médio, o surgimento da religião fundamentalista, a dívida nacional impressionante, os custos da dependência do petróleo dos EUA – todos esses fatores estão minando a segurança, a solvência e a posição desta nação no mundo. Se não forem controladas, as mesmas forças colocarão de joelhos uma América cheia de dívidas, pregadora e faminta de energia. De olho no passado e com uma visão marcante do futuro, Phillips escreveu um livro que nenhum americano pode ignorar.

In his two most recent bestselling books, American Dynasty and Wealth and Democracy, Kevin Phillips established himself as a powerful critic of the political and economic forces that rule–and imperil–the United States, tracing the ever more alarming path of the emerging Republican majority’s rise to power. Now Phillips takes an uncompromising view of the current age of global overreach, fundamentalist religion, diminishing resources, and ballooning debt under the GOP majority. With an eye to the past and a searing vision of the future, Phillips confirms what too many Americans are still unwilling to admit about the depth of our misgovernment.

 

Clear and Present Dangers – By Alan Brinkley – The New York Times – March 19, 2006

Four decades ago, Kevin Phillips, a young political strategist for the Republican Party, began work on what became a remarkable book. In writing “The Emerging Republican Majority” (published in 1969), he asked a very big question about American politics: How would the demographic and economic changes of postwar America shape the long-term future of the two major parties? His answer, startling at the time but now largely unquestioned, is that the movement of people and resources from the old Northern industrial states into the South and the West (an area he enduringly labeled the “Sun Belt”) would produce a new and more conservative Republican majority that would dominate American politics for decades. Phillips viewed the changes he predicted with optimism. A stronger Republican Party, he believed, would restore stability and order to a society experiencing disorienting and at times violent change. Shortly before publishing his book, he joined the Nixon administration to help advance the changes he had foreseen.

Phillips has remained a prolific and important political commentator in the decades since, but he long ago abandoned his enthusiasm for the Republican coalition he helped to build. His latest book (his 13th) looks broadly and historically at the political world the conservative coalition has painstakingly constructed over the last several decades. No longer does he see Republican government as a source of stability and order. Instead, he presents a nightmarish vision of ideological extremism, catastrophic fiscal irresponsibility, rampant greed and dangerous shortsightedness. (His final chapter is entitled “The Erring Republican Majority.”) In an era of best-selling jeremiads on both sides of the political divide, “American Theocracy” may be the most alarming analysis of where we are and where we may be going to have appeared in many years. It is not without polemic, but unlike many of the more glib and strident political commentaries of recent years, it is extensively researched and for the most part frighteningly persuasive.

Although Phillips is scathingly critical of what he considers the dangerous policies of the Bush administration, he does not spend much time examining the ideas and behavior of the president and his advisers. Instead, he identifies three broad and related trends — none of them new to the Bush years but all of them, he believes, exacerbated by this administration’s policies — that together threaten the future of the United States and the world. One is the role of oil in defining and, as Phillips sees it, distorting American foreign and domestic policy. The second is the ominous intrusion of radical Christianity into politics and government. And the third is the astonishing levels of debt — current and prospective — that both the government and the American people have been heedlessly accumulating. If there is a single, if implicit, theme running through the three linked essays that form this book, it is the failure of leaders to look beyond their own and the country’s immediate ambitions and desires so as to plan prudently for a darkening future.

The American press in the first days of the Iraq war reported extensively on the Pentagon’s failure to post American troops in front of the National Museum in Baghdad, which, as a result, was looted of many of its great archaeological treasures. Less widely reported, but to Phillips far more meaningful, was the immediate posting of troops around the Iraqi Oil Ministry, which held the maps and charts that were the key to effective oil production. Phillips fully supports an explanation of the Iraq war that the Bush administration dismisses as conspiracy theory — that its principal purpose was to secure vast oil reserves that would enable the United States to control production and to lower prices. (“Think of Iraq as a military base with a very large oil reserve underneath,” an oil analyst said a couple of years ago. “You can’t ask for better than that.”) Terrorism, weapons of mass destruction, tyranny, democracy and other public rationales were, Phillips says, simply ruses to disguise the real motivation for the invasion.

And while this argument may be somewhat too simplistic to explain the complicated mix of motives behind the war, it is hard to dismiss Phillips’s larger argument: that the pursuit of oil has for at least 30 years been one of the defining elements of American policy in the world; and that the Bush administration — unusually dominated by oilmen — has taken what the president deplored recently as the nation’s addiction to oil to new and terrifying levels. The United States has embraced a kind of “petro-imperialism,” Phillips writes, “the key aspect of which is the U.S. military’s transformation into a global oil-protection force,” and which “puts up a democratic facade, emphasizes freedom of the seas (or pipeline routes) and seeks to secure, protect, drill and ship oil, not administer everyday affairs.”

Phillips is especially passionate in his discussion of the second great force that he sees shaping contemporary American life — radical Christianity and its growing intrusion into government and politics. The political rise of evangelical Christian groups is hardly a secret to most Americans after the 2004 election, but Phillips brings together an enormous range of information from scholars and journalists and presents a remarkably comprehensive and chilling picture of the goals and achievements of the religious right.

He points in particular to the Southern Baptist Convention, once a scorned seceding minority of the American Baptist Church but now so large that it dominates not just Baptism itself but American Protestantism generally. The Southern Baptist Convention does not speak with one voice, but almost all of its voices, Phillips argues, are to one degree or another highly conservative. On the far right is a still obscure but, Phillips says, rapidly growing group of “Christian Reconstructionists” who believe in a “Taliban-like” reversal of women’s rights, who describe the separation of church and state as a “myth” and who call openly for a theocratic government shaped by Christian doctrine. A much larger group of Protestants, perhaps as many as a third of the population, claims to believe in the supposed biblical prophecies of an imminent “rapture” — the return of Jesus to the world and the elevation of believers to heaven.

Alan Brinkley (June 2, 1949 – June 16, 2019)Prophetic Christians, Phillips writes, often shape their view of politics and the world around signs that charlatan biblical scholars have identified as predictors of the apocalypse — among them a war in Iraq, the Jewish settlement of the whole of biblical Israel, even the rise of terrorism. He convincingly demonstrates that the Bush administration has calculatedly reached out to such believers and encouraged them to see the president’s policies as a response to premillennialist thought. He also suggests that the president and other members of his administration may actually believe these things themselves, that religious belief is the basis of policy, not just a tactic for selling it to the public. Phillips’s evidence for this disturbing claim is significant, but not conclusive.

The third great impending crisis that Phillips identifies is also, perhaps, the best known — the astonishing rise of debt as the precarious underpinning of the American economy. He is not, of course, the only observer who has noted the dangers of indebtedness. The New York Times columnist Paul Krugman, for example, frequently writes about the looming catastrophe. So do many more-conservative economists, who point especially to future debt — particularly the enormous obligation, which Phillips estimates at between $30 trillion and $40 trillion, that Social Security and health care demands will create in the coming decades. The most familiar debt is that of the United States government, fueled by soaring federal budget deficits that have continued (with a brief pause in the late 1990’s) for more than two decades. But the national debt — currently over $8 trillion — is only the tip of the iceberg. There has also been an explosion of corporate debt, state and local bonded debt, international debt through huge trade imbalances, and consumer debt (mostly in the form of credit-card balances and aggressively marketed home-mortgage packages). Taken together, this present and future debt may exceed $70 trillion.

The creation of a national-debt culture, Phillips argues, although exacerbated by the policies of the Bush administration, has been the work of many people over many decades — among them Alan Greenspan, who, he acidly notes, blithely and irresponsibly ignored the rising debt to avoid pricking the stock-market bubble it helped produce. It is most of all a product of the “financialization” of the American economy — the turn away from manufacturing and toward an economy based on moving and managing money, a trend encouraged, Phillips argues persuasively, by the preoccupation with oil and (somewhat less persuasively) with evangelical belief in the imminent rapture, which makes planning for the future unnecessary.

There is little in “American Theocracy” that is wholly original to Phillips, as he frankly admits by his frequent reference to the work of other writers and scholars. What makes this book powerful in spite of the familiarity of many of its arguments is his rare gift for looking broadly and structurally at social and political change. By describing a series of major transformations, by demonstrating the relationships among them and by discussing them with passionate restraint, Phillips has created a harrowing picture of national danger that no American reader will welcome, but that none should ignore.

Alan Brinkley (June 2, 1949 – June 16, 2019) was an American political historian who taught for over 20 years at Columbia University. He was the Allan Nevins Professor of History until his death.