Jim Davila, em seu biblioblog PaleoJudaica.com, chama a atenção, em post de hoje, sob o título Coptic Gospel of Judas Watch, para o site The Tertullian Project, onde há uma seção sobre o Evangelho Copta de Judas (Iscariotes), texto que será publicado proximamente e que foi matéria de capa da revista Época, edição 405, de 20.02.2006.
O site The Tertullian Project é a collection of material ancient and modern about the ancient Christian Latin writer Tertullian and his writings. The pages are designed for the amateur interested in Tertullian. The Tertullian Project is edited by Roger Pearse, a freelance software consultant from Ipswich, in Suffolk, UK.
Não sendo minha área específica de estudo, nada posso dizer sobre a confiabilidade das informações. Nem do site The Tertullian Project – mas há um alerta de Jim Davila sobre questões discutidas -, nem da matéria da revista Época. De qualquer maneira, um assunto para se prestar atenção, evitando, é claro, o sensacionalismo barato que se costuma criar em torno destas descobertas.
Estamos vivendo em um tempo profíquo. A produção, a ciência, a descoberta, são de riqueza imensa. Ao encontrarmos documentos autênticos em sua historicidade, não significa autênticos em sua veracidade apostólica ou autoridade apostólica. Muitos escritos deverão ser encontrados dos períodos apostólicos, escritos de fato naqueles dias, e de fato autênticos em sua história e tempo próximo aos dias de Jesus, o que não garante por si só supremacia sobre o que temos como apostólico. O fato de que algum escrito descoberto nos dias em que o próprio Jesus andava por aqui, nos leve a conclusão de submissão a este documento. Nos submetemos à autoridade de Cristo e não ao tempo do documento. A produção de verdades bem como de mentiras não dependem do período, e nos dias de Jesus, este mesmo problema é normal. O que ocorre em todo tempo, é uma sublinhar tendência de se desautorizar a verdade escriturística por uma artimanha arqueológica e midiática, que autoriza através de uma massiva promoção de algum documento pelo documento em si mesmo, e basta se antigo para que se autentique junto com sua antiguidade sua veracidade e sua superioridade. Este ingênuo equívoco deveria ao menos ser lembrado junto com as descobertas. Obrigado.