Vida de dom Helder Câmara é contada na coletânea de cartas “Circulares Conciliares”
A riqueza do vasto acervo de dom Helder Câmara oferece à população, no ano de seu centenário, cada vez mais obras cheias de detalhes, sensibilidade e ensinamento. No dia 14 de abril, foi lançada, em Recife (PE), a coletânea “Circulares Conciliares”, que resgata as cartas escritas pelo religioso aos seus assessores, no período de 1962 a 1965, durante o Concílio Vaticano II.
Composta por 6 livros, a obra retrata o pensamento do arcebispo emérito de Olinda e Recife, além de ser uma oportunidade de mostrar às pessoas todo o seu ideário e prática de vida. Para o Instituto Dom Hélder Câmara, o arcebispo foi um dos maiores exemplos de coerência de vida, pondo na prática aquilo que ele pregava em seus discursos. Os volumes foram organizados pelos professores Zildo Rocha e Luiz Carlos Marques Luz.
A coleção é dividida em dois volumes, cada um com 3 Tomos. Os textos narram o dia-a-dia das sessões do Concílio Vaticano II, evento que marcou a história da Igreja Católica no mundo todo.
As cartas subdivididas em Conciliares, Interconciliares e Posconciliares, somam 2.122 textos, 7.547 meditações, e mais discursos, programas de rádio, entre outros. A estimativa é que as “obras completas” alcancem 20 volumes, já que nesta primeira coleção de seis Tomos, só foram editadas 637 circulares. A confecção da obra contou com o patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco [Nota: a publicação foi lançada pela CEPE – Companhia Editora de Pernambuco. As obras podem ser encontradas, entre outros lugares, na Livraria Loyola e na Livraria Cultura].
Dom Helder tinha como hábito escrever durante a noite, e todo o material produzido era rigorosamente numerado e datado, facilitando para o presente, este trabalho de divulgação.
A importância das comemorações do centenário de dom Helder se dá pelo seu exemplo de vida. Carismático, dom Helder foi um pastor que viveu a simplicidade e a humildade, observadas em sua atitude cotidiana, quando acolhia os mendigos, visitava os mais necessitados e injustiçados, e partilhava seus prêmios. Estas e outras iniciativas fizeram dele um semeador da fraternidade.
Fonte: CNBB – 16/09/2009
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