Pressionado pelo MP, Orkut publica novos termos de serviço

Orkut exige maioridade de usuários e removerá conteúdo ilegal

Após sofrer pressão do Ministério Público para fornecer dados de seus usuários e ameaçar o encerramento de suas atividades no Brasil, a página de relacionamentos virtuais Orkut colocou no ar hoje um link para todos os seus usuários. Nele, o Orkut chama a atenção para os termos do serviço prestado, que incluem a exigência de que seus integrantes sejam maiores de 18 anos e a advertência de que, “conteúdo ilegal não será tolerado e será devidamente removido”.

O usuário deve ficar atento, pois segundo o documento, “você é responsável por verificar regularmente” os termos de serviço do Orkut e, ao se inscrever, deverá “fornecer informações verdadeiras, exatas e completas”.

Os termos também atribuem ao usuário a responsabilidade por “toda e qualquer atividade realizada sob o seu nome”.

Para acabar com os perfis múltiplos, o Orkut também poderá se recusar a conceder “um nome de usuário que corresponda ao nome de outra pessoa ou que possa ser protegido por marca comercial ou por lei de direitos proprietários, ou que seja considerado vulgar, ofensivo ou impróprio, de acordo com os nossos próprios critérios”.

Segundo o texto, a única conduta e conteúdo apropriados são o uso pessoal, não podendo o serviço ser usado por empresas, organizações e outras entidades legais.

Também ressalta que é “vedada a utilização do serviço orkut.com para quaisquer fins ilegais ou não-autorizados”. “Poderemos, sem que haja obrigação de nossa parte, remover materiais que, de acordo com os nossos próprios critérios, sejam considerados ilegais, fraudulentos, ameaçadores, depreciativos, difamatórios, obscenos ou questionáveis, ou que infrinjam ou violem a propriedade intelectual de terceiros”, afirma um dos termos.

Enfim, uma mensagem em destaque resume a filosofia da política do Orkut em relação a seus usuários: “Você concorda que o uso do orkut.com é inteiramente por sua conta e risco.”

Com isso, o Orkut tenta dar mostras à Justiça brasileira que trabalhará para manter o serviço disponível no país de maneira a preservar os cidadãos de abusos, preconceitos e crimes, como pedofilia.

“Nós todos gostamos do orkut.com e contamos com a sua ajuda para mantê-lo saudável. Por favor use o serviço com responsabilidade e seja proativo ao reportar abusos em perfis e comunidades”, solicita a equipe do site.

Fonte: James Cimino – Folha Online: 26/08/2006

Dez erros que devem ser evitados no seu blog

Esta lista está em The RSS Blog, no post Top 10 Mistakes Made by My Blogging Friends. Preste atenção nela, porque serve inclusive para biblioblogs. Vou apenas enumerar os dez erros que, segundo Randy Morin, são os mais freqüentes e perigosos. No blog você lê as explicações dos erros e o modo de evitá-los.

Você pode ler também o comentário do Bloggers Blog em Blogging Mistakes to Avoid.

  1. Forfeiting Google Juice
  2. Forfeiting Your RSS Feed
  3. Invalid RSS Feeds
  4. Making it Difficult to Subscribe
  5. Blocking Your Readers
  6. Sucking Up to A-listers
  7. Not Reading Your Readers
  8. Accepting Trolls
  9. Putting Yourself on a Pedestal
  10. Partial Feeds

Orkut Büyükkökten

Google ameaça fechar Orkut no Brasil

O Orkut, site de relacionamentos virtuais que é mantido pelo Google, pode fechar suas atividades no Brasil ou pelo menos limitar o acesso de internautas brasileiros. A informação foi obtida pela Folha na sede da empresa em Mountain View, na Califórnia. As pessoas ouvidas pediram anonimato por se tratar indiretamente de uma questão jurídica em andamento.

Para a empresa, a ação pode ser tomada se não for possível coibir excessos dos usuários brasileiros ou não se chegar a um acordo com a Justiça do país. A direção do Google avalia que, seja qual for o resultado da atual disputa jurídica, a imagem do site pode sair irremediavelmente arranhada no Brasil, país que responde por entre 80% e 90% do total de usuários, de cerca de 20 milhões.

Em conversa por telefone, a diretora jurídica do Google, Nicole Wong, disse que “nenhuma hipótese está descartada”, mas que a empresa “está muito feliz em prover esse serviço ao Brasil e gostaria muito de poder continuar a fazê-lo”.

O Orkut está envolvido num imbróglio jurídico há alguns meses. O procurador da República Sérgio Suiama, do Ministério Público Federal, investiga crimes que teriam sido praticados no ambiente ou por intermédio do site desde 2003.

Até hoje, foram abertos 52 pedidos de quebra de sigilo, na maioria casos de pedofilia e de crimes de racismo e ódio. Desde que o Google abriu um escritório no Brasil, no ano passado, Suiama afirma tentar negociar o fornecimento de dados para a identificação dos autores das comunidades criminosas.

Na terça, o Ministério Público entrou com ação civil para obrigar o Google Brasil a pagar multa de R$ 200 mil por dia por caso não cumprido, indenização por danos morais já causados de R$ 130 milhões, ou 1% do faturamento da receita do grupo em 2005, e, em último caso, fechamento da filial. A alegação é que a empresa descumpre seguidamente decisões da Justiça.

A Google Inc. diz que cumpriu todos os pedidos endereçados corretamente até hoje. A Folha apurou ainda que a empresa reluta em ceder dados de seus usuários, a não ser em acordo com a Justiça dos EUA, por temer que esses possam ter uso político. Precedentes citados são os de autoridades chinesas e iranianas, que já exigiram informações de dissidentes dos respectivos regimes.

Na terça ainda, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) entregou à Embaixada dos Estados Unidos um relatório com denúncias de crimes de pornografia infantil e pedofilia supostamente cometidos no Orkut. O documento foi preparado pela Safernet, ONG que recebeu, de 30 de janeiro a 26 de abril, 34.715 denúncias de pornografia infantil no site de relacionamentos.

Abrigado no Google –empresa criada em 1998 pelos ex-colegas de Stanford Sergey Brin e Larry E. Page e que faturou US$ 6,1 bilhões no ano passado– o Orkut era um projeto universitário do turco naturalizado norte-americano Orkut Büyükkökten. O Google logo incorporou o site de relacionamentos, que explodiu nos EUA na mesma época em que outros do mesmo tipo, como o MySpace e o Facebook.

Por algum motivo, no entanto, o Orkut ganhou a preferência dos internautas brasileiros, que são hoje os maiores frequentadores.

Fonte: Sérgio Dávila – Folha Online: 25/08/2006

Pedofilia, racismo e homofobia de comunidades brasileiras no Orkut

Ministério Público vai entrar com ação contra o Google (Folha Online: 18/08/2006 – 19h39)

A Procuradoria da República em São Paulo vai entrar com ação civil pública contra a Google Brasil, na próxima segunda-feira. O objetivo é conseguir que a quebra de sigilo do Orkut, para impedir atividades criminosas na internet (…) O Ministério Público diz que a companhia descumpre as determinações judiciais de fornecer dados como o endereço eletrônico de internautas envolvidos em crimes de pedofilia, homofobia e racismo, o que prejudica investigações da Polícia Federal (cont.)

Justiça Federal manda cancelar quatro comunidades do Orkut (Folha Online: 18/08/2006 – 19h40)

A Justiça Federal em Belo Horizonte determinou que o Google cancele quatro comunidades que comercializam ou instigam o consumo de lança-perfume no Orkut (cont.)

Google Brasil entra na Justiça e nega possuir dados do Orkut (Folha Online: 22/08/2006 – 13h54)

O Google Brasil entrou nesta segunda-feira com uma ação na Justiça brasileira pedindo que seja indicado um especialista com o objetivo de confirmar, “de maneira independente”, que a empresa não possui informações de usuários do Orkut.com (cont.)

 

Maioria das denúncias feitas à Safernet estão relacionadas ao Orkut (Folha Online: 22/08/2006 – 20h32)

A Safernet informou nesta terça-feira que 90% das denúncias que a ONG brasileira já recebeu estão relacionadas a perfis e comunidades no Orkut. Dentre elas a maioria está ligada à pedofilia. A ONG fez um relatório de 150 páginas sobre pornografia infantil e pedofilia no Orkut que será enviado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara e ao Ministério Público Federal de São Paulo. O documento é fruto de uma investigação sobre funcionamento da pornografia infantil no site de relacionamentos (cont.)

Ministério Público de SP quer indenização de R$ 130 mi do Google (Folha Online: 22/08/2006 – 20h36)

A Procuradoria da República no Estado de São Paulo entrou nesta terça-feira com uma ação contra o Google para obrigar a empresa a cumprir 52 pedidos de quebra de sigilo feitos pela Justiça do site de relacionamentos Orkut. O objetivo é ter mais informações para investigar perfis e comunidades de pedófilos e de pessoas que praticam crimes de ódio, como racismo e homofobia (cont.)

O Blogger vai ficar melhor com as novidades do Blogger Beta

Cuidado, leitor: isto era em 2006, não serve para os modelos atuais. Hoje já estamos bem além disso, com muito mais recursos…

No Bloggers Blog e no Blogger Buzz, assim como na Info Online e outros sites, leio sobre as novidades que o Google está implementando no Blogger com o novo Blogger Beta. Veja os posts Google Upgrades Blogger e Blogger in beta (aqui há links para sites em português).

A mudança será gradativa. Quem já está inscrito no Blogger precisa esperar aparecer uma indicação em seu painel convidando-o a mudar. É preciso ter uma conta no Google ou será preciso criá-la. Quem já a tem vai aparecer a alternativa junto do atual “Sign in” do Blogger, mas há restrições quanto à transição.

As páginas serão dinâmicas e não estáticas, por isso será possível usar categorias para catalogar os posts por assunto, o editor será mais sofisticado (ufa!), haverá mais segurança, integração com outros serviços do Google… e muito mais. Será possível controlar o acesso ao blog, tornando-o privativo? Dizem que sim, mas …

Mas, e se meu blog não está hospedado no servidor do BlogSpot, mas é criado no Blogger e carregado via FTP para o meu servidor? Então, por enquanto não é possível mudar… e se é um blog coletivo, também não… e se o blog estiver associado a algum “mobile device”, também não… dizem que no futuro resolverão isso.

Bom, vamos aguardar. Por enquanto leia na Ajuda do Blogger a parte que fala do Blogger in Beta e fique por dentro das possibilidades. A novidade é quentinha.

Um retrato dos blogueiros norte-americanos

Pode parecer sem interesse para nós, biblistas, mas não é. A maioria dos biblioblogueiros são norte-americanos. Embora os bibliobloggers não sejam o foco desta pesquisa, ela pode nos ensinar algumas coisas interessantes. Bem que eu gostaria de ter uma pesquisa deste tipo sobre os blogueiros brasileiros. E sobre os biblioblogueiros, então?

Veja uma síntese da pesquisa em New Pew Internet Study on Bloggers e depois vá até Bloggers: A portrait of the internet’s new storytellers – July 19, 2006. Aí você pode até ler o relatório de 33 páginas em PDF, cujo link encontra-se nesta página. Neste relatório há tabelas detalhadas com os resultados da pesquisa.

Uma amostra dos resultados está no Bloggers Blog:

  • 55% dos blogueiros usam pseudônimo, enquanto 46% usam o próprio nome
  • 59% dos blogueiros gastam uma ou duas horas por semana com seus blogs. Um em cada dez blogueiros gasta dez ou mais horas por semana com seu blog. Deste modo, 10% utiliza mais de uma hora por dia para seus blogs
  • 34% dos blogueiros consideram seu blog uma forma de jornalismo, mas 65% não
  • 56% dos blogueiros usam tempo extra em busca de fatos que desejam incluir em um post
  • 49% diz que os leitores de seus blogs são pessoas que eles conhecem pessoalmente
  • 87% dos blogueiros permitem comentários em seus blogs
  • 18% dos blogueiros dizem que usam feeds (ou RSS = Really Simple Syndication), enquanto que 23% não sabe dizer se tem ou não feeds em seus blogs
  • 41% dos blogueiros têm um blogroll (= lista de links para outros blogs) em seus blogs, e destes 18% têm um blogroll com 50 ou mais links.

Pode estar com os dias contados o princípio da neutralidade da rede

Você sabe o que é o Ato de Oportunidade, Melhora e Promoção das Comunicações de 2006, ou Cope – Communications Opportunity, Promotion and Enhancement Act?

Pois fique informado, porque parece que pode mexer com todos os internautas…

 

Novas leis nos EUA poderão cobrar “pedágio” na internet

A notícia fez tremer as bases de empresas como Google e Microsoft: uma emenda em um projeto de lei que trará mudanças nas regras seguidas pelas empresas de telecomunicação nos EUA não foi aprovada. Com a rejeição, os provedores de acesso à internet via cabo deram um importante passo para entrar nos mercados de TV e de serviços via rede, podendo até filtrar quais os tipos de dados que poderão ser recebidos e enviados pelos computadores.

Na prática, ferramentas populares, como Skype, podem ter a velocidade limitada para beneficiar o serviço de uma empresa parceira do provedor. Outra ameaça são os provedores cobrarem mais caro para os usuários que desejam ter mais velocidade nos serviços de voz e de vídeo on-line. No lugar de exigir mensalidades mais caras de acordo com a velocidade de conexão, as empresas poderão dividir seus planos de acordo com o tipo de dados que os usuários trocam pela rede.

A emenda rejeitada exigia que a nova lei trouxesse regras que garantissem a neutralidade da internet, ou seja, qualquer informação trocada entre os micros, como voz, vídeo ou texto, tivesse tratamento igual.

A decisão final ainda não foi tomada, mas a discussão nunca foi tão intensa. De um lado da disputa estão os portais, que precisariam gastar mais para garantir a qualidade de seus serviços e sofreriam grande concorrência dos provedores. Do outro, ficam alguns gigantes das telecomunicações, que teriam o controle dos canais por onde transitam informações de voz, de texto e de vídeo. No meio de tudo isso, os internautas do mundo todo, que, direta ou indiretamente, devem sentir no bolso os reflexos das mudanças que estão por vir.

Fonte: Juliano Barreto – Folha de S. Paulo: 05/07/2006

 

Operadoras de banda larga obtêm vitória importante nos EUA

Em setembro, o Senado dos EUA deverá aprovar o Ato de Oportunidade, Melhora e Promoção das Comunicações de 2006, ou o Cope (Communications Opportunity, Promotion and Enhancement Act). Entre as propostas desse conjunto de leis, está a abertura para que operadoras de telefonia que já oferecem acesso à rede possam também explorar a transmissão de TV via cabo.

Com as mudanças, empresas de telecomunicação, como a Verizon e a AT&T, poderão controlar praticamente toda a estrutura da internet e aproveitá-la para experimentar novas formas de controlar e de cobrar pelo acesso a serviços on-line.

Segundo especialistas na defesa dos direitos do consumidor, tal cenário poderia trazer problemas sérios para pequenas empresas que mantêm sites e, principalmente, para quem assina serviços de banda larga. O princípio da neutralidade da rede, que garante a igualdade no trato das informações, poderia ser desrespeitado sem obstáculos.

Possíveis mudanças

Atualmente os pacotes de dados que trafegam pela rede mundial têm a mesma prioridade e não há discriminação em relação aos seus conteúdos. Os dados transferidos para um programa de transmissão de vídeo, como o Windows Media Player, percorrem o mesmo caminho que as informações contidas em um e-mail.

O protocolo de rede envia os bits da forma mais rápida possível. Os downloads têm tratamento neutro, são limitados apenas pela velocidade da conexão.

Com os provedores controlando totalmente a entrega de conteúdo, porém, seria possível determinar que tipo de dados têm a preferência.
Programas de voz e de vídeo pela internet poderiam ser beneficiados pela técnica, mas empresas apoiadas pelos provedores poderiam ter sites e serviços acessados de forma mais rápida do que os de seus concorrentes.

A votação

Para evitar possíveis abusos das empresas de telecomunicações, uma emenda para o Cope foi proposta por dois senadores, a republicana Olympia Snowe e o democrata Byron Dorgan. A proposta foi negada e deu força para os provedores, mas a decisão final ainda pode ser diferente.

“Qualquer legislação sobre telecomunicações adotada pelo Senado deve preservar a liberdade da internet. Eu continuarei a pressionar meus colegas para refletir”, defende Dorgan.

A senadora republicana diz que, sem uma regulamentação que garanta a neutralidade, a internet caminha “para ser algo limitado”, no qual “as operadoras de banda larga escolherão os vencedores e os derrotados”.

Fonte: Juliano Barreto – Folha de S. Paulo: 05/07/2006

Sobre a Web 2.0 e seus riscos

Folha Online: 02/07/2006 – 10h55

Sites da web 2.0 podem ser atacados por pragas virtuais

Juliano Barreto – da Folha de S.Paulo

Os veteranos em informática devem sentir saudades dos tempos em que os arquivos gravados em disquetes eram a única maneira de infectar o PC. Na última semana, empresas especializadas descobriram falhas de segurança presentes em vários cantos da vida digital dos usuários. Sites de serviços, comunicadores, programas de troca de arquivos e até o Excel são portas para invasores e golpistas. Entre as ameaças descobertas, a mais inovadora –e também a mais preocupante– foi um verme virtual (worm) chamado JS.Yamanner. Ele atingiu usuários do serviço de e-mails do Yahoo!, um dos muitos sites que usam a técnica de programação Ajax (Asynchronous Javascript and XML). Com seu código JavaScript escondido dentro de uma página com foto que era enviada por e-mail, a praga driblava os mecanismos de proteção do Yahoo! e enviava cópias de si mesma para os endereços da lista de contatos das vítimas. Segundo a empresa de segurança Symantec, a nova versão do Yahoo! Mail já não é mais vulnerável aos códigos nocivos do Yamanner. Na teoria, porém, o worm abriu precedente para que páginas populares da chamada web 2.0, como o Google Earth , o Gmail.com e o Flickr.com, fiquem expostas aos golpistas. As conseqüências desses possíveis ataques podem ser graves (cont.)