O veredicto do caso Oded Golan

Oded Golan foi absolvido das acusações de falsificação e fraude no caso do Ossuário de Tiago. Robert Deutsch foi absolvido de todas as acusações. Mas isto não quer dizer que a inscrição do ossuário seja autêntica.

Hoje o juiz israelense Aharon Farkash absolveu Oded Golan das acusações de falsificação e fraude no caso do Ossuário de Tiago, fundado em dúvida razoável. Considerou-o culpado apenas de três acusações menores por violar a Lei de Antiguidades e por posse de artefatos antigos roubados.

O juiz, entretanto, deixou claro que esta não é uma decisão sobre a autenticidade ou interpretação da inscrição do Ossuário de Tiago, questões que só podem ser determinadas por especialistas.

 

Breaking News: Golan and Deutsch Acquitted of All Forgery Charges

Forgery Allegations Dismissed by James Ossuary Trial Verdict

Biblical Archaeology Society Staff – 03/14/2012

On March 14, Jerusalem Judge Aharon Farkash found defendants Oded Golan and Robert Deutsch not guilty of all charges of forgery. The judge stated that there is no evidence that any of the major artifacts were forged, and that the prosecution failed to prove their accusations beyond a reasonable doubt. The alleged forgeries include the famous James Ossuary, whose inscription reads “James, son of Joseph, brother of Jesus.” The judge also found there was no clear evidence that several other ancient artifacts, including the “Three Shekels” ostracon, the “Widow’s Plea” ostracon and the Jehoash tablet, had been forged. While all of the major charges were dismissed on grounds of lack of evidence of forgery, others were dropped due to the statute of limitations. However, Golan was found guilty of trading in antiquities without a permit and another minor charge. Deutsch was acquitted on all counts. Oded Golan will be sentenced on December 23, 2012.

Leia Mais:
Verdict in the James Ossuary Trial: Not Guilty on All Counts – James F. McGrath
Israel Forgery Trial verdict – Jim Davila

Silberman estará na Unicamp em maio

Em novembro do ano passado noticiei aqui no blog: Neil Asher Silberman virá ao Brasil em 2012.

Hoje, Cássio Murilo Dias da Silva, de Campinas, enviou mais informações sobre a vinda de Silberman em maio próximo.

O comunicado da Unicamp diz:

O Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte (NEPAM/Unicamp) tem o prazer de anunciar a vinda do arqueólogo Neil Silberman à Unicamp, em maio de 2012. Arqueólogo docente da Universidade de Massachusetts (Amherst), Silberman é referência internacional nos estudos relacionados ao Patrimônio, à Memória, à Arqueologia Pública, à Arqueologia Bíblica e e aos usos da História e da Arqueologia na construção do passado. O professor estará na Unicamp entre os dias 21 de maio e 3 de junho de 2012, onde ministrará o curso “Usos políticos da Arqueologia” e palestras ligadas aos seus temas de pesquisa. Para maiores informações acerca do evento, assim como inscrições e visualização do calendário de atividades, acesse a página do site do Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte. A equipe do Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte e os seus professores e pesquisadores esperam ansiosos pela sua participação!

Na página do Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte leio:

Cultura Material e História Cultural: uma abordagem participativa e cooperativa

Evento organizado pela equipe do Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte (NEPAM/Unicamp), constituído por ciclos de palestras e cursos, ocorrerá entre os dias 22 e 25 de maio de 2012. Com apoio da PRP/FAEPES e FAPESP, as atividades ministradas pelo Prof. Neil Silberman, seguirão o seguinte calendário:

:: De 22 a 25 de maio de 2012, das 09h00 às 12h00: Curso Usos políticos da Arqueologia – Auditório 1, IFCH

:: Dia 23 de maio das 14h00 às 16h00: Palestra Memória e Patrimônio – Auditório 1, IFCH

:: Dia 24 de maio das 14h00 às 16h00: Palestra Arqueologia Pública – Auditório 1, IFCH

Sobre as atividades
Curso “Usos políticos da Arqueologia”: constituído por quatro encontros de 3 horas de duração (totalizando 12 horas de curso). Os encontros serão compostos por uma parte expositiva (cerca de 1 hora) e, em seguida, discussões de textos selecionados e disponibilizados pelo professor. Palestras “Memória e Patrimônio” e “Arqueologia Pública”: voltadas a estudantes de graduação e pós-graduação, terão 2 horas de duração.

Inscrições
Para a participação no evento e recebimento de certificados é necessário inscrição prévia. As inscrições estão abertas entre os dias 5 de março e 13 de maio de 2012 através de email. No ato de inscrição os interessados devem informar nome completo, instituição, formação e atividades do evento das quais desejam participar. Eventuais dúvidas devem ser enviadas ao mesmo endereço de email.

Sobre Silberman
A importância internacional de Neil Asher Silberman nos estudos referentes ao patrimônio, a memória e aos usos da História e da Arqueologia na construção do passado é substancial. Silberman é vinculado ao Comitê Científico Internacional do ICOMOS, organização civil internacional ligada à UNESCO, voltada ao aconselhamento no que se refere ao tombamento de bens que receberão o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Entre os anos de 2000 e 2007, Silberman atuou… (leia o texto completo, assinado por Gabriela Barbosa Rodrigues – Ruprecht-Karls-Universität Heidelberg / LAP – Unicamp).

Neil Asher Silberman virá ao Brasil em 2012

Josué Berlesi, Professor de História Antiga na Universidade Federal do Pará, em Cametá, enviou-me, via e-mail, a seguinte notícia:

“Segue a mensagem que recebi do Prof. Anderson Zalewski:

O Professor Neil Silberman estará na Unicamp [Universidade Estadual de Campinas – SP], entre 20 de maio e 3 de junho de 2012, para diversas atividades, patrocinadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp. Tratará, em particular, de temas de Arqueologia Pública, em nosso Laboratório de Arqueologia Pública, coordenado pela Profa. Dra. Aline Vieira de Carvalho, e da Arqueologia Bíblica. Ficará hospedado na Casa do Professor Visitante, no campus da Unicamp, e será uma satisfação receber colegas e alunos. Peço, por favor, que divulguem esta informação entre seus colegas, alunos e listas”.

Como se sabe, Neil Asher Silberman, é coautor, com Israel Finkelstein (que já esteve no Brasil – leia aqui), do clássico The Bible Unearthed (A Bíblia desenterrada). Atualmente é Professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Massachusetts- Amherst, Estados Unidos.

Observo também que a tese de doutorado de Josué Berlesi, ainda em andamento na Universidade de Buenos Aires, Argentina, trata da História de Israel: Consideraciones teórico-metodológicas acerca de la historia de Israel en los currículos académicos de Historia: un análisis de los modos de recepción de la historiografia de Israel en Brasil y en la Argentina.

Vídeo sobre os falsos códices de chumbo

Tom Verenna, em seu biblioblog The Musings of Thomas Verenna traz um vídeo, de uns 10 minutos, no qual mostra os falsos códices de chumbo que diziam ser do começo do cristianismo e que causaram tanta polêmica a partir de abril deste ano.

Jordan Lead Codices: Exposing the Fakes [Updated] – September 3, 2011 by Tom Verenna

A reação da biblioblogosfera também pode ser vista neste post.

Leia Mais:
Códices de chumbo do começo do cristianismo?
Links para textos sobre os códices de chumbo
Os códices de chumbo na blogosfera

Israel Finkelstein e colegas: o problema de Jerusalém

Artigo de Israel Finkelstein, Ido Koch e Oded Lipschits, da Universidade de Tel Aviv, Israel, sobre o espinhoso problema arqueológico de Jerusalém na Idade do Ferro.

Problema complexo mesmo, pois escavações em grande escala no Monte do Templo não são possíveis. Eles defendem, no artigo, que Jerusalém, entre os séculos X e VIII AEC e, depois, na Época Helenística (a partir do século IV AEC) era um pequeno povoado, mas hoje difícil de ser explorado, pois ficava no que chamamos de Monte do Templo e cujos vestígios foram destruídos por Herodes Magno (37-4 AEC) quando este mandou construir a grande esplanada no local.

O artigo, que foi publicado em The Journal of Hebrew Scriptures, – Volume 11, Article 12, em 2011, é:

FINKELSTEIN, I; KOCH, I.; LIPSCHITS, O. The Mound on the Mount: A Possible Solution to the Problem with Jerusalem

Diz o abstract:
Following Knauf’s suggestion (2000), the article raises the possibility that in most periods in the second and first millennia BCE the main built-up area of Jerusalem was limited to a mound on the Temple Mount. This mound, which may have covered an area of five hectares and more, was boxed-in under the Herodian platform. At these periods activity in the City of David ridge was restricted to the area near the Gihon spring. In the Iron IIB and late Hellenistic Periods the fortified settlement expanded simultaneously to both the City of David ridge and the southwestern hill. In these two periods there was no need to fortify the western side of the City of David, as this line ran in the middle of the city.

Ou seja: seguindo a sugestão de Ernst Axel Knauf, da Universidade de Berna, Suíça [2000: Jerusalem in the Late Bronze and Early Iron Ages: A Proposal. Tel Aviv 27: 75–90], o artigo levanta a possibilidade de que na maior parte dos segundo e primeiro milênios AEC a principal área construída de Jerusalém se limitava a uma colina no Monte do Templo. Esta área, que pode ter coberto pouco mais de cinco hectares, está sob a esplanada construída por Herodes. Nestes períodos, vida ativa poderia ser detectada na área próxima da fonte Gihon. No Idade do Ferro IIB [X-VIII séculos AEC] e na Era Helenística o povoado fortificado se expandiu simultaneamente para a Cidade de Davi e para o cume da colina sudoeste. Nestes dois períodos não havia necessidade de fortificar o lado ocidental da Cidade de Davi [os autores estão usando o termo “cidade de Davi” em seu significado arqueológico mais comum: that is, the ridge to the south of the Temple Mount and west of the Kidron Valley, also known as the southeastern hill].

O artigo explica ainda que não há solução definitiva para o caso, e o que os autores querem é apenas colocar a sua proposta em debate:

The theory of “the mound on the Mount” cannot be proven without excavations on the Temple Mount or its eastern slope — something that is not feasible in the foreseen future. Indeed, Na’aman (1996: 18-19) stated that since “the area of Jerusalem’s public buildings is under the Temple Mount and cannot be examined, the most important area for investigation, and the one to which the biblical histories of David and Solomon mainly refer, remains terra incognita”, and Knauf (2000: 87) maintained that “Abdi-Khepa’s and David’s Jerusalem lies buried under the Herodian through-Islamic structures of the Temple Mount, thus formulating a hypothesis which cannot be tested or refuted archaeologically.” We too regard our reconstruction below as no more than a hypothesis. In other words, for clear reasons — the inability to check our hypothesis in the field — we cannot present a well-based solution for the “problem with Jerusalem.” Rather, our goal in this paper is to put this theory on the table of scholarly discussion.

Arqueólogos acham ossuário de parente de Caifás

Miriam, filha de Yeshua, filho de Caifás, sacerdote de Ma’aziah da Casa de ‘Imri

ou

Miriam, filha de Yeshua bar Qayafa, sacerdote de Ma’aziah da Casa de ‘Imri

Veja a notícia, em português, no site do Terra:

Arqueólogos israelenses descobriram um ossuário de 2 mil anos de antiguidade que dizem pertencer à neta [obs.: ou sobrinha, dependendo da tradução] de Caifás, sumo sacerdote a quem o Novo Testamento atribui a responsabilidade pela condenação e crucificação de Jesus pelos romanos. A descoberta foi entregue à Autoridade de Antiguidades de Israel há três anos, após seu roubo por profanadores de tumbas antigas, mas somente agora os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da de Bar-Ilan confirmaram sua autenticidade. Em seu exterior, o ossuário tem gravado em aramaico – língua vernácula da região naquela época – a inscrição “Miriam, filha de Yeshua, filho de Caifás, sacerdote de Maaziah da Casa de Imri”. “A importância da inscrição está na referência aos ancestrais da morta e na referência à conexão entre eles e a linhagem sacerdotal de Maaziah e a Casa de Imri”, declararam os pesquisadores em comunicado. A pesquisa indica que o ossuário de sua descendente provinha de uma caverna funerária no Vale de Elá, onde eram as planícies da Judéia, cerca de 30 km ao sudoeste de Jerusalém. Os ossuários da região são pequenos cofres que os judeus costumavam utilizar nos séculos I e II para um segundo enterro de seus parentes e onde costumavam depositar unicamente seus ossos. O cofre que chegou às mãos da Autoridade de Antiguidades está decorado na parte frontal com um estilizado motivo floral, em cima do qual está gravada a inscrição que revela a identidade da morta. Maaziah é o último elo da linhagem dos 24 grandes sacerdotes que serviram no Templo de Jerusalém, e mesmo mencionado no Antigo Testamento, a descoberta representa a primeira referência epigráfica descoberta sobre essa personagem. Por ter sido extraído sem registro científico, a análise do cofre foi prolongada e exaustiva a fim de determinar tanto sua autenticidade como a da inscrição.

A notícia foi publicada no volume 61 do Israel Exploration Journal.

Alguns links com textos, opiniões e fotos do ossuário confirmado como autêntico pelos especialistas:

:: Arqueólogos acham ‘caixão’ de família que julgou Jesus Cristo – Reinaldo José Lopes: Folha.com – 30/06/2011 – 07h57

:: The ‘Miriam, Daughter of Yeshua, Son of Caiphas’ Ossuary: Jim West: Zwinglius Redivivus – 29/06/2011

:: Scoperto l’ossario della nipote di Caifa – Antonio Lombatti: Blog di Antonio Lombatti – mercoledì 29 giugno 2011

:: “Miriam, Daughter of Yeshua, Son of Caiaphas” Inscription Announced – Bob Cargill: XKV8R – June 29, 2011

O Sequestro da História e da Bíblia pela Mídia

Quem não está lembrado da farsa dos códices de chumbo do começo do cristianismo e de sua enorme repercussão na mídia a partir de março deste ano?

Pois um bom artigo sobre o papel irresponsável da grande mídia no caso pode ser lido em The Bible and Interpretation.

Quem escreve é Thomas S. Verenna, do blog The Musings of Thomas Verenna, onde o artigo está também anunciado.

Recomendo:

Artifacts and the Media: Lead Codices and the Public Portrayal of History [Artefatos e Mídia: os Códices de Chumbo e a banalização da História]

Alguns trechos:
:: “Two months ago an article hit the media streams hard and fast, announcing that new artifacts had been discovered by a Bedouin containing the earliest known Christian writings, possibly even the words of the figure of Jesus himself. With a headline like that, anyone with even a modicum of academic interest in the historicity of the figure of Jesus would have looked over the article for any mention of a peer reviewed journal where they could read about the discovery, any translations of the script, or any dating methods used. To their dismay, they would have found nothing of the sort”.

Thomas Verenna está dizendo que, em março deste ano, a mídia anunciou o grande achado: artefatos arqueológicos descobertos por um beduíno, contendo os mais antigos escritos cristãos. Algo tão importante, que remontaria, possivelmente, ao próprio Jesus. Mas, quando os estudiosos da área, diretamente interessados no assunto, foram em busca de uma análise séria em revista acadêmica, onde seria possível conhecer as circunstâncias da descoberta, alguma tradução, mesmo que parcial, dos textos ou os métodos de datação utilizados… ficaram frustrados: nada.

Ao mesmo tempo em que Thomas Verenna critica a irresponsabilidade da velha mídia, ele explica como a comunidade biblioblogueira relatou a “descoberta”, pediu, inicialmente, cautela quanto ao seu significado e, aos poucos, foi mostrando as contradições existentes no caso (cf. o subtítulo: The Investigation: Bibliobloggers to the Rescue).

E ele explica:
:: “What this treatment illustrates, more than the deception behind the lead codices, is the hijacking of history and the Bible by the media. This isn’t a new problem; it is one that has existed for decades (…) But with the internet, the media has the ability to spread memes much more quickly than it had before and those memes are likely to last longer and remain available longer than inaccuracies presented in the past”.

O que este caso ilustra, para além da frustração com os códices de chumbo, é o sequestro da História e da Bíblia pela mídia. Embora este não seja um problema novo. Nova é a capacidade da mídia, especialmente criada pela Internet, de disseminar boatos muito rapidamente e em grande escala.

E ele assevera:
:: “More scandalous is the complete lack of journalistic integrity, honest research, and thorough fact-checking. These codices might never have been heard of if the authors of the reports for BBC and Fox News (among others) had just checked with the academic community before publishing the ‘find’. At the very least, the journalists might have used less authoritative language, expressed more caution, and exposed the controversy rather than simply stating, as if doing so made it fact, that these codices were ‘the earliest Christian texts’ and that they held ‘early images of Jesus.'”

Mais escandalosa ainda é a completa ausência de integridade jornalística, de investigação honesta e de minuciosa verificação dos fatos. Talvez nunca ter-se-ia ouvido falar destes códices, se os autores das reportagens para a BBC e Fox News (entre outros) tivessem consultado a comunidade acadêmica antes de publicar a “descoberta”. Os jornalistas poderiam ter usado, no mínimo, uma linguagem menos assertiva, tido mais cautela, e apresentado a controvérsia ao invés de simplesmente afirmar, sem mais, que estes códices eram os mais antigos textos cristãos, e que eles traziam o mais antigo retrato de Jesus…

Enfim, é um bom relato do que aconteceu no caso dos códices de chumbo. E do que, de algum tempo para cá, vem acontecendo com muitas “descobertas arqueológicas bíblicas” estrondosamente anunciadas pela mídia e avidamente consumidas pelo público…

Leia Mais:
Códices de chumbo do começo do cristianismo?
Links para textos sobre os códices de chumbo
Os códices de chumbo na blogosfera

Finkelstein: sobre a arqueologia da Cidade de Davi

In the Eye of Jerusalem’s Archaeological Storm [No olho do furacão arqueológico de Jerusalém]

The City of David, Beyond the Politics and Propaganda

By Israel Finkelstein

Forward – April 26, 2011

Archaeological activity in Jerusalem has been sucked into a whirlwind of conflicting political agendas, and the site commonly referred to as “the City of David” is in the eye of the storm. At issue is a place of seminal importance for the Jewish people and indeed for anyone who cherishes the heritage of Western civilization. When dealing with archaeology in Jerusalem, one must first know the facts. Otherwise it is easy to be led astray by unfounded historical interpretations or to succumb to misinformation from those pursuing their own political agendas. The City of David is a long and narrow six-hectare ridge that stretches to the south of the Temple Mount, outside the Old City of Jerusalem. It is the subject of an explosive mix of territorial disputes, political propaganda and conspiracy theories. But it is first and foremost a remarkable archaeological site that has been intensively explored by British, French, German and Israeli archaeologists starting as far back as the mid-19th century (…) From the outset of modern exploration, the City of David produced exciting discoveries. Truly thrilling finds include the Siloam Inscription, a late-8th-century BCE Hebrew inscription that commemorates the hewing of a water tunnel under the ridge. Other important recent discoveries are the Pool of Siloam, dating from the Roman period, and the monumental street that connected it with the Temple Mount — places that were frequented by thousands during the three pilgrimage festivals each year. But is the ridge south of the Temple Mount the location of the actual city of King David? This is one of the most excavated spots on the face of the earth, but so far fieldwork has not yielded any monuments from the 10th century BCE, the time of King David. Recent claims by an archaeologist working at the site regarding the supposed discovery of the palace of King David and the city-wall built by King Solomon are based on literal, simplistic readings of the biblical text and are not supported by archaeological facts. The supposed “palace” features walls from different periods, none dating — as far as I can judge — from the 10th century BCE. And the “wall” of Solomon cannot be considered a true fortification and cannot be dated as early as the 10th century BCE. In light of this context, some scholars think that the remains of the Jerusalem of King David’s time are located under the surface of today’s Temple Mount. This, however, does not diminish the tremendous importance of the City of David ridge. Scholars agree that starting in the late 8th century BCE, it was part of the enlarged city of Jerusalem. Illustrious biblical figures, such as Kings Hezekiah and Josiah and the prophets Isaiah and Jeremiah, probably strolled here at that time. Monuments unearthed here include impressive fortifications from the Bronze Age, the Kingdom of Judah and the period of the Hasmoneans, as well as water installations associated with the nearby Gihon Spring, ancient Jerusalem’s main water source. The Pool of Siloam is associated with the New Testament story of Jesus’ healing of a man who was blind from birth. This site should be revered as one of humanity’s great landmarks. Were it not for the political controversy surrounding the site, it would doubtless be high on the list of world heritage sites. Allegations are sometimes heard in the media that work in the City of David is unlawful and not executed to the standards of modern archaeology. This is untrue. Fieldwork there is carried out according to law and — taking into account the difficulties of excavating in a built-up area — using sound field methods. All excavation projects are directed by seasoned archaeologists and inspected by the Israel Antiquities Authority (…) The City of David’s monuments and antiquities — some yet to be discovered — are too important to be allowed to fall victim to politics or neglect. Whatever our political views, we need to be vigilant in maintaining this place as a tangible link to a rich past and as a site of honest historical inquiry.

Leia o texto completo.

Os códices de chumbo na blogosfera

Uma boa postagem sobre os falsos códices de chumbo do começo do cristianismo, com vários links interessantes, foi publicada hoje por James F. McGrath em seu blog Exploring Our Matrix:

Fake Codices Take The Lead Around the Blogosphere [Códices falsificados assumem a liderança na blogosfera]

Observe que o autor faz uma brincadeira com a palavra inglesa lead, que significa: 1. liderança; 2. chumbo

Leia Mais:
Códices de chumbo do começo do cristianismo?
Links para textos sobre os códices de chumbo