Leitura sociológica da Bíblia

Leitura sociológica da Bíblia. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 32, p. 74-84, 1991.

Este artigo quer ser um guia para o leitor na aplicação do método sociológico na leitura da Bíblia. Mas quer também discuti-lo, fundamentá-lo e abordar as dúvidas e críticas a tal leitura.

Procurei equilibrar a exposição teórica com exemplos de aplicação do método. E, desde já, um alerta: apesar do título estar no singular, não existe apenas uma leitura sociológica da Bíblia. Os enfoques são variados e as leituras são múltiplas.

Por outro lado, a leitura sociológica da Bíblia não pretende ser a única válida e possível. Ela é complementar a outras abordagens, das quais, muitas vezes, constitui o primeiro passo.

Após esta introdução, o artigo se articula assim:

1. O que é o discurso sociológico?

2. A Bíblia e a leitura sociológica
2.1. Algumas abordagens possíveis
2.2. A escolha da teoria sociológica
2.3. As tendências do pensamento sociológico

3. A leitura sociológica e outras leituras

4. Algumas dificuldades da leitura sociológica

Conclusão

 

A bibliografia utilizada foi a seguinte:

BERGER, P. Carisma e inovação religiosa. A localização social da profecia israelita. In: Profetismo. São Leopoldo: Sinodal, 1985, p. 86-106.
BOFF, C. Teologia e Prática: Teologia do Político e suas mediações. Petrópolis: Vozes, 1978.
COMBLIN, J. Sociologia das comunidades paulinas. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 25, p. 58-64, 1990.
DA SILVA, A. J. Do campo para a cidade: o Evangelho de Paulo. Vida Pastoral, São Paulo, n. 152, p. 13-18, 1990.
FERNANDES, F. A sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1977.
GOTTWALD, N. K. As tribos de Iahweh: Uma sociologia da religião de Israel liberto, 1250-1050 a.C. São Paulo: Paulinas, 1986.
LÖWY, M. Ideologias e Ciência Social: Elementos para uma análise marxista. São Paulo: Cortez, 1985.
MADURO, O. Religião e luta de classes. Petrópolis: Vozes, 1981.
MARTINS, C. B. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MEEKS, W. A. The First Urban Christians: The Social World of the Apostle Paul. New Haven: Yale University Press, 1983.
TERRA, J. E. M. Como se lê a Bíblia na América Latina. Revista de Cultura Bíblica, São Paulo, n. 45/46, p. 40-56, 1988.
THEISSEN, G. Sociologia da cristandade primitiva: Estudos. São Leopoldo: Sinodal, 1987
THEISSEN, G. Sociologia do movimento de Jesus. Petrópolis/São Leopoldo: Vozes/Sinodal, 1989.

O Evangelho de Paulo

Do campo para a cidade: o Evangelho de Paulo. Vida Pastoral, São Paulo, n. 152, p. 13-18, 1990.

A partir da década de 1960 o Brasil entrou em acelerado processo de modernização. Isso foi uma consequência de seu ingresso ativo no mercado capitalista mundial. Rápidas mudanças começaram a ser feitas.

Uma delas, das mais importantes, consequência da industrialização, foi o crescimento urbano. As cidades aumentaram em número e cresceram enormemente em população. Os grandes centros sofreram o inchaço típico das concentrações industriais.

E isso colocou um problema para a prática pastoral, que se vê hoje obrigada a criar novos mecanismos, mais adequados ao mundo urbano. Na verdade, a Igreja estava acostumada a uma centenária pastoral rural. E enfrenta agora complicados problemas urbanos, para os quais as soluções tradicionais não são suficientes.

Motivados por essa problemática, talvez seja interessante verificarmos, nas origens do cristianismo, processo semelhante. O primeiro que se deu.

O evangelho foi anunciado por Jesus e seus seguidores imediatos em ambiente em eminentemente rural, que era o da Palestina do século I d.C. É o que podemos facilmente perceber na leitura dos evangelhos, onde o referencial das parábolas, dos milagres e de outros ensinamentos é o da roça, do gado, da terra. Mesmo quem morava nas cidades da Judeia ou da Galileia, cidades pequenas, vivia em permanente contato com o campo e seu universo de valores.

Além disso, é um evangelho pregado por judeus a judeus. O espaço geográfico e a mentalidade são restritos a um povo só e a uma nação apenas.

Acontece que, cerca de dez anos após a morte de Jesus, o evangelho já era fortemente anunciado em outros países e para outros povos. Quem começou este processo foram os “helenistas”, judeus nascidos no exterior, segundo At 11,19-26. Saindo de Jerusalém, eles pregaram o evangelho aos gentios de Antioquia. Com sucesso. Antioquia, com seus 500 mil habitantes, era uma das maiores cidades do Império Romano.

Mas quem assumiu com maior determinação esta nova tarefa de anunciar o evangelho aos gentios foi Paulo de Tarso. Durante toda a sua vida, cerca de trinta anos de atividade apostólica, ele percorreu as cidades mais importantes da Ásia Menor e da Grécia anunciando o evangelho de Jesus Cristo.

Foi um passo decisivo na história da jovem Igreja, que se espalhou progressivamente por todo o Império Romano. Enfim: o evangelho acabou dando mais certo fora do que dentro da Palestina.

Acompanhando os passos de Paulo, é essa passagem que queremos examinar. Passagem do evangelho de um ambiente nacional, judaico e rural, a Palestina, para um ambiente universal, greco-romano e urbano, as cidades do Império Romano.

Vamos desenvolver o tema em três momentos, perguntando-nos a propósito dessa passagem do evangelho do ambiente palestino para o mundo greco-romano:

  • Quais foram as causas dessa passagem?
  • Como foi feita essa passagem?
  • Qual era a finalidade dessa passagem?

Esta é a introdução do artigo. Os itens acima têm os seguintes títulos:

1. Paulo, chamado para ser apóstolo
1.1. Eu sou de Tarso, cidade célebre
1.2. Quem não quer trabalhar também não há de comer
1.3. O que era para mim lucro eu o tive como perda

2. Expus-lhes o evangelho que prego entre os gentios
2.1. Saudai a Igreja que se reúne em vossa casa
2.2. Como bom arquiteto, lancei o fundamento
2.3. Não há entre vós muitos poderosos, nem muitos nobres

3. O homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei
3.1. Não há judeu nem grego: vós sois um só em Cristo Jesus
3.2. Quem ama o outro cumpriu a Lei

A leitura pode continuar na página da Vida Pastoral clicando aqui.

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Sobre minhas publicações

Leituras da Bíblia no Brasil ontem e hoje I

Notas sobre alguns aspectos da leitura da Bíblia no Brasil hoje. REB, Petrópolis, v. 50, n. 197, p. 117-137, 1990.

Fato incontestável é a redescoberta da Bíblia e o seu uso constante por todas as igrejas cristãs no Brasil, hoje.

Este artigo se propõe refletir sobre algumas das muitas leituras feitas nos últimos anos. Um levantamento completo abrangeria muito mais. As limitações de quem escreve impõem, contudo, restrições objetivas e necessárias. Por isso, permaneço (quase que) só no âmbito católico e brasileiro. Embora suponha que alguns dados mencionados possam ser encontrados em outras igrejas e outros países latino-americanos.

O assunto se dispõe em três partes – descrição, análise e perspectivas -, procurando responder, deste modo, a três questões:

  • como se lê a Bíblia hoje?
  • por que se lê a Bíblia hoje?
  • para que se lê a Bíblia hoje?

O artigo desenvolve os seguintes itens:
1. Como se lê a Bíblia hoje?
1.1. E, finalmente, a Bíblia chega ao Brasil
1.2. À procura do melhor texto
1.3. Dos livros da Bíblia à Bíblia dos livros
1.4. A mediação hermenêutica necessária
1.5. Ler a vida com a ajuda da Bíblia

2. Por que se lê a Bíblia hoje?
2.1. A opção pelos pobres
2.2. A opção pela classe média

3. Para que se lê a Bíblia?
3.1. Da Bíblia à Sociedade: passagem para o Político
3.2. Da Bíblia à Igreja: permanência no Religioso

Conclusão

Este artigo foi reproduzido, de maneira mais resumida, na Ayrton’s Biblical Page: Ler a Bíblia no Brasil Hoje.

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Por que milagres? O caso dos pães em Marcos

Por que milagres? O caso da multiplicação do pães. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 22, p. 43-53, 1989.*

Hoje, quando ouvimos dizer que aconteceu um milagre, o que pensamos? Pensamos logo na excepcionalidade do fato, no extraordinário da ocorrência, no impossível que se tornou possível por alguma força estranha, um mecanismo oculto, além da nossa compreensão, um poder sobrenatural que, por alguma razão, se manifestou. Ou duvidamos da coisa toda.

Nesta costumeira definição de milagre pode o leitor observar que o ponto de referência é a violação do modo natural das coisas acontecerem. Pois o milagre é visto como algo acima ou contra as leis que regem o mundo e as nossas vidas. As oposições em jogo esclarecem o raciocínio: excepcional x normal, extraordinário x ordinário, impossível x possível, estranho x comum, oculto x conhecido, sobrenatural x natural.1

Para as pessoas que professam alguma crença religiosa, o milagre, estando do lado do sobrenatural, está do lado de Deus ou dos seus intermediários, em oposição ao  mundo natural dos homens. É visto, neste caso, como uma intervenção divina vinda de fora, alterando a ordem natural dos acontecimentos.

E na Bíblia? Será essa a noção de milagre? Será que a visão corrente de mundo na época de Jesus, por exemplo, coincide com a de hoje? Por que será que naquele tempo havia tanto milagre e hoje não? O que é milagre na Bíblia?

O desafio que lanço ao leitor é o seguinte: lermos juntos o milagre da multiplicação dos pães, de Mc 6,30-44, para entendermos o texto e, talvez, respondermos a algumas destas perguntas.

Para isto, creio que devemos fazer cinco coisas:

1. A primeira é uma leitura de Mc 6,30-44. Mas não aquela leitura mal acostumada, onde vemos tudo o que está em nossa cabeça, mas não se enxerga uma linha do próprio texto. E é preciso ler mais de uma vez. Já disse R. Barthes, um especialista no assunto: “Aqueles que não releem são obrigados a ler sempre e em todos os textos a mesma história”.2

2. Em seguida leremos mais cinco textos, onde aparecem os outros relatos da multiplicação dos pães. No próprio Marcos e nos outros evangelhos. Aí, já estaremos com muitos elementos para abordarmos o texto pela comparação dos vários modos de contar de cada evangelista.

3. Agora é a hora certa de se perguntar a Marcos por que ele contou este episódio neste lugar do Evangelho e não em outro. Afastando-nos um pouco e olhando de longe, verificaremos o plano geral do Evangelho de Marcos e o contexto em que está o milagre em questão.

4. Por falar em milagre, é bem possível que houvesse naquele tempo uma maneira costumeira de contar um fato desse tipo, diferente, por exemplo, do modo de contá-lo hoje em dia. Ver isso pode ser nossa quarta tarefa.

5. Mas agora não podemos mais parar. É preciso perguntar imediatamente: o que se esconde por trás deste modo de contar? Ou, qual é o recado que Marcos quer dar à sua comunidade e ao seu leitor?

Só então é que talvez possamos descobrir o sentido do texto para nós, leitores a quase dois mil anos de distância. Vamos lá?

O artigo tem os seguintes itens:

  1. Qual é o assunto do texto?
  2. Os outros relatos de multiplicação dos pães
  3. Quem é Jesus?
  4. Jesus fez mesmo o milagre?
  5. O recado de Marcos

Notas:
* Uma primeira versão deste texto foi publicada em Vida Pastoral, São Paulo, n. 120, p. 2-8, 1985. Veja o artigo, na íntegra, aqui. Esta versão na Estudos Bíblicos amplia a da Vida Pastoral.

1. WEISER, A. O que é milagre na Bíblia: Para você entender os relatos dos Evangelhos. São Paulo: Paulinas, 1978, p. 12-13, resume muito bem este aspecto, quando diz: “A característica básica a partir da qual se designa alguma coisa por milagre é o elemento excepcionalidade. Mas as opiniões divergem quando se trata de definir em que consiste esta excepcionalidade: para alguns basta somente que o fato aconteça de modo inesperado, enquanto para outros o grau de excepcionalidade exigido para que haja milagres só se verifica quando o fato não pode ser explicado pela ciência. O que se observa, portanto, em primeiro plano, é que se toma a lei natural de modo mais ou menos consciente como ponto de referência”

2. BARTHES, R. S/Z. Torino: Einaudi, 1973, p. 20.

O artigo tem 15 notas de rodapé.

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Sobre minhas publicações

Resenhas na RBL – 23.01.2015

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Pauline Allen
John Chrysostom, Homilies on Paul’s Letter to the Philippians
Reviewed by Julien M. Ogereau

Richard S. Ascough, Philip A. Harland, and John S. Kloppenborg
Associations in the Greco-Roman World: A Sourcebook
Reviewed by Steve Walton

Robert L. Cavin
New Existence and Righteous Living: Colossians and 1 Peter in Conversation with 4QInstruction and the Hodayot
Reviewed by Roy R. Jeal

Musa W. Dube, Andrew M. Mbuvi, and Dora R. Mbuwayesango, eds.
Postcolonial Perspectives in African Biblical Interpretations
Reviewed by Peter Claver Ajer

Anne Marie Kitz
Cursed Are You! The Phenomenology of Cursing in Cuneiform and Hebrew Texts
Reviewed by Stephen C. Russell

Antti Laato
Who Is the Servant of the Lord? Jewish and Christian Interpretations on Isaiah 53 from Antiquity to the Middle Ages
Reviewed by Alphonso Groenewald

Jack R. Lundbom
Biblical Rhetoric and Rhetorical Criticism
Reviewed by Joel Barker

Graham Stanton; Markus Bockmuehl and David Lincicum, eds.
Studies in Matthew and Early Christianity
Reviewed by Donald A. Hagner

Georg A. Walser
Old Testament Quotations in Hebrews: Studies in Their Textual and Contextual Background
Reviewed by Brian C. Small

Ziony Zevit
What Really Happened in the Garden of Eden?
Reviewed by John Walton

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Resenhas na RBL – 16.01.2015

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Gary A. Anderson
Charity: The Place of the Poor in the Biblical Tradition
Reviewed by Timothy Sandoval

Aaron Chalmers
Exploring the Religion of Ancient Israel: Prophet, Priest, Sage and People
Reviewed by Thomas Wagner

Raymond F. Collins
Second Corinthians
Reviewed by B. J. Oropeza

Philip R. Davies and Thomas Römer, eds.
Writing the Bible: Scribes, Scribalism and Script
Reviewed by Stephen Reed

A. E. Harvey
Is Scripture Still Holy? Coming of Age with the New Testament
Reviewed by Christopher Holmes

Tawny L. Holm
Of Courtiers and Kings: The Biblical Daniel Narratives and Ancient Story-Collections
Reviewed by Jordan M. Scheetz

Eugene E. Lemcio
Travels with St. Mark: GPS for the Journey. A Pedagogical Aid
Reviewed by Kenneth Litwak

Michael E. Stone
An Editio Minor of the Armenian Version of the Testaments of the Twelve Patriarchs
Reviewed by Adam Carter McCollum

Rannfrid I. Thelle
Approaches to the “Chosen Place”: Accessing a Biblical Concept
Reviewed by Eckart Otto

Heath A. Thomas
Poetry and Theology in the Book of Lamentations: The Aesthetics of an Open Text
Reviewed by Miriam Bier

Donald M. Walter and Gillian Greenberg, trans.; George A. Kiraz and Joseph Bali, eds.
The Book of the Twelve Minor Prophets according to the Syriac Peshitta Version with English Translation: The Twelve Prophets
Reviewed by H. F. van Rooy

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Literatura Pós-Exílica 2015

A Literatura Pós-Exílica é estudada no segundo semestre do segundo ano de Teologia no CEARP. Com enorme abrangência e carga horária limitada, apenas 4 horas semanais, esta disciplina aborda 4 momentos:
1. Os profetas exílicos e pós-exílicos: de Ezequiel a Joel
2. Romance, novela, conto: de Rute a Judite
3. Historiografia: a Obra Histórica do Cronista e 1 e 2 Macabeus
4. A literatura apocalíptica: Daniel e os apocalípticos apócrifos (ou pseudepígrafos).

São privilegiados, pelo minguado do tempo, os momentos 2 e 4. Os profetas são vistos mais rapidamente, pois o profetismo já foi estudado no primeiro semestre; e, infelizmente, a historiografia é apenas mencionada. Já o item 2 é fundamental para se entender o complexo universo de conflitos em que se busca uma identidade judaica – que acaba plural – e o item 4, a apocalíptica, é a porta que deve ser cuidadosamente aberta para a entrada, no semestre seguinte, em o mundo do Novo Testamento.

Dispostos cronologicamente os livros, teríamos o seguinte panorama desta enorme literatura:
1. Os profetas exílicos e pós-exílicos
Ezequiel: 593-571 a.C.
Dêutero-Isaías: cerca de 550
Ageu: 29.8 a 18.12.520
Zacarias 1-8: 18.12.520 a 7.12.518
Isaías 56-66: entre 520 e 510
Malaquias: entre 480 e 450
Zacarias 9-14: final séc. IV – início séc. III
Joel: séc. IV ou III

2. Romance, novela, conto
Rute: ca. 450 a.C.
Jonas: ca. 450
Ester (hebr.): ca. 350
Tobias: ca. 200
Judite: ca. 150

3. Historiografia
OHCr: 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias: séc. IV a. C.
1 e 2 Macabeus: entre 90 e 70

4. A literatura apocalíptica (seleção)
Daniel: 164 a. C.
O livro etiópico de Henoc: séc. II-63 a.C.
O livro eslavo de Henoc: séc. I d.C.
O livro dos Jubileus: 100 a.C.
Os Salmos de Salomão: 63-40 a.C.
Os Testamentos dos 12 Patriarcas: 130-63 a.C.
Os Oráculos Sibilinos: séc. I a.C.
Assunção de Moisés: 30 a.C.-30 d.C.
O Apocalipse siríaco de Baruc: 75-100 d.C.
O IV livro de Esdras: fim do séc. I d.C.

I. Ementa
Procura compreender a vivência dos judaítas no exílio, lendo os profetas Ezequiel e Dêutero-Isaías. De igual modo, no pós-exílio, através do estudo dos profetas da reconstrução, tais como Ageu, Zacarias, Trito-Isaías e outros. Aborda também os romances, novelas e contos (Rute, Jonas, Ester, Tobias, Judite), que apontam para a construção de uma identidade judaica, tanto dentro do país como na diáspora. A literatura histórica da época, através da Obra Histórica do Cronista (1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias), também é tratada. Finalmente, a significativa literatura apocalíptica, tanto canônica, como Daniel, quanto apócrifa, até Qumran. É um momento privilegiado para a preparação dos estudos neotestamentários, no contexto dos domínios persa, grego e romano sobre a Palestina. O multifacetado encontro entre o judaísmo e o helenismo é abordado em detalhes.

II. Objetivos
Possibilita ao aluno conhecer a complexidade dos vários judaísmos surgidos no pós-exílio, suas teologias e o ambiente carregado de especulações apocalípticas em que se deu a pregação de Jesus e a escrita do Novo Testamento.

III. Conteúdo Programático
1. Os profetas exílicos e pós-exílicos
:: Ezequiel
:: Dêutero-Isaías (Is 40-55)
:: Ageu
:: Zacarias 1-8
:: Trito-Isaías (Is 56-66)
:: Malaquias
:: Zacarias 9-14
:: Joel

2. Romance, novela, conto
:: Rute
:: Jonas
:: Ester
:: Tobias
::Judite

3. Historiografia
:: A obra histórica do Cronista (1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias)
:: 1 e 2 Macabeus

4. A literatura apocalíptica
:: Daniel
:: Os apócrifos apocalípticos

IV. Bibliografia
Básica
ARANDA PÉREZ, G. et al. Literatura Judaica Intertestamentária. 2. ed. São Paulo: Ave-Maria, 2013, 528 p. – ISBN 8527606097.

COLLINS, J. J. A imaginação apocalíptica: Uma introdução à literatura apocalíptica judaica. São Paulo: Paulus, 2010, 480 p. – ISBN 9788534932448.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DIAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2002-2004, 1416 p. I: – ISBN 8505006992; II: – ISBN 8534919917.

Complementar
ANDRADE, A. L. P. Eis que faço novas todas as coisas: teologia apocalíptica. São Paulo: Paulinas, 2012, 128 p.

BOCCACCINI, G. Além da hipótese essênia: A separação entre Qumran e o judaísmo enóquico. São Paulo: Paulus, 2010, 280 p. – ISBN 9788534932356.

COLLINS, J. J. The “Dead Sea Scrolls”: A Biography. Princeton: Princeton University Press, 2012, 288 p. – ISBN: 9780691143675.

DA SILVA, A. J. Apocalíptica: busca de um tempo sem fronteiras. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. Flávio Josefo, homem singular em uma sociedade plural. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. Leitura socioantropológica do Livro de Rute. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 98, p. 107-120, 2008.

DA SILVA, A. J. Mês da Bíblia 2010: o livro de Jonas. Observatório Bíblico, 7 de maio de 2010.

DA SILVA, A. J. Os essênios: a racionalização da solidariedade. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. Paideia grega e Apocalíptica judaica. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 113, p. 11-22, 2012.

DA SILVA, A. J. Religião e formação de classes na antiga Judeia. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 120, p. 413-434, 2013.

DIEZ MACHO, A.; PIÑERO, A. (eds.) Apócrifos del Antiguo Testamento I-VI. Madrid: Cristiandad, 1982-2009 [Vol. VI: – ISBN 9788470575426].

GARCÍA MARTÍNEZ, F. Textos de Qumran: Edição Fiel e Completa dos Documentos do Mar Morto. Petrópolis: Vozes, 1995, 582 p. – ISBN 8532612830.

GROSSMAN, M. L. (ed.) Rediscovering the Dead Sea Scrolls: An Assessment of Old and New Approaches and Methods. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2010, 332 p. – ISBN 9780802840097.

JOSEFO, F. História dos Hebreus: obra completa. 5. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2007, 1568 p. – ISBN 9788526306417.

KIPPENBERG, H. G. Religião e formação de classes na antiga Judeia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social. São Paulo: Paulus, 1997, 184 p. – ISBN 8505006798. Resumo do livro no Observatório Bíblico.

KONINGS, J.; RIBEIRO, S. H. et al. Bíblia: Teoria e Prática. Leituras de Rute. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 98, 2008.

MESTERS, C. Como ler o livro de Rute: pão, terra, família. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997 [5. reimpressão: 2014], 80 p. – ISBN 8534906297.

NICKELSBURG, G. W. E. Literatura judaica, entre a Bíblia e a Mixná: Uma introdução histórica e literária. São Paulo: Paulus, 2011, 664 p. – ISBN 9788534932318.

REIMER, H. et al. Segundo Isaías: Is 40-55. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 89, 2006.

SHIGEYUKI N.; DE PAULA PEDRO, E. Como ler o livro de Malaquias: defender a tradição ou a vida? 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 76 p. – ISBN 8534908648.

SICRE, J. L. Introducción al profetismo bíblico. Estella (Navarra): Verbo Divino, 2012, 528 p. – ISBN 9788499452470.

SICRE, J. L. Profetismo em Israel: O Profeta, os Profetas, a Mensagem. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, 540 p. – ISBN 8532615880.

SOLANO ROSSI, L. A. Como ler o livro de Zacarias: o profeta da reconstrução. São Paulo: Paulus, 2000, 56 p. – ISBN 8534916756.

STORNIOLO, I. Como ler o livro de Daniel: reino de Deus x Imperialismo. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 104 p. – ISBN 8534903131.

STORNIOLO, I. Como ler o livro de Ester: o poder a serviço da justiça. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997 [4. reimpressão: 2014], 72 p. – ISBN 8534904715.

STORNIOLO, I.; BORTOLINI, J. Como ler o livro de Tobias: a família gera vida. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 64 p. – ISBN 8534901651.

STORNIOLO, I. Como ler o livro de Judite: a viúva que salvou o seu povo. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 96 p. – ISBN 8534902909.

WIÉNER, C. O profeta do novo êxodo: o Dêutero-Isaías. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 88 p. – ISBN 8534904227.

Leia Mais:
Preparando meus programas de aula para 2015
História de Israel 2015
Língua Hebraica Bíblica 2015
Pentateuco 2015
Literatura Deuteronomista 2015
Literatura Profética 2015

Literatura Profética 2015

Abordarei agora a Literatura Profética, que é estudada no primeiro semestre do segundo ano de Teologia, com carga horária semanal de 4 horas. A Literatura Profética trabalha, além de questões globais do profetismo, uma seleção de textos dos profetas pré-exílicos. O texto que orienta a maior parte do estudo é o meu livro A Voz Necessária. Os profetas do exílio e do pós-exílio são estudados na Literatura Pós-Exílica, que vem logo no semestre seguinte.

I. Ementa
A disciplina apresenta, como ponto de partida, uma discussão sobre as origens, o teor e os limites do discurso profético israelita. Busca compreender a necessidade da profecia como resultado da ruptura provocada pelo surgimento do Estado monárquico que pressiona as tradicionais estruturas tribais de solidariedade. Aborda, em seguida, os profetas pré-exílicos, de Amós a Jeremias, passando por Oseias, Isaías, Miqueias, Habacuc e outros. Cada um é tratado no seu contexto, nas características de sua atuação e textos escolhidos são lidos. Procura-se identificar em cada um deles a sua função de crítica e de oposição ao absolutismo do Estado classista, em nome da fé em Iahweh, que exige um posicionamento solidário em favor dos mais fracos.

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas pré-exílicos com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. A origem do movimento profético em Israel
2. O teor do discurso profético
3. Os profetas pré-exílicos
:: Amós
:: Oseias
:: Isaías
:: Miqueias
:: Sofonias
:: Naum
:: Habacuc
:: Jeremias

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998, 144 p. – ISBN 8534910634. Versão atualizada em 2011. Disponível online.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DIAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2002-2004, 1416 p. I: – ISBN 8505006992; II: – ISBN 8534919917.

WILSON, R. R. Profecia e Sociedade no Antigo Israel. 2. ed. revista. São Paulo: Targumim/Paulus, 2006, 392 p. – ISBN 8599459031.

Complementar
CARROLL, R. P. Jeremiah. 2v. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, 2006. vol. I: 512 p. – ISBN 9781905048632; vol II: 384 p. – ISBN 9781905048649.

CROATO, J. S. et al. Os livros Proféticos: a voz dos profetas e suas releituras. RIBLA, Petrópolis, n. 35/36, 2000/1/2.

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DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Isaías. Texto na Ayrton’s Biblical Page.

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EDELMAN, D.; BEN ZVI, E. (eds.) The Production of Prophecy: Constructing Prophecy and Prophets in Yehud. Abingdon: Routledge, 2014, 224 p. – ISBN 9781845535001.

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HOLLADAY, W. L. Jeremiah: Reading the Prophet in His Time – and Ours. Minneapolis: Augsburg Fortress, 2006, 180 p. – ISBN 9780800638993.

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Literatura Deuteronomista 2015

Lecionar Literatura Deuteronomista é um desafio e tanto. Enquanto as questões da formação do Pentateuco são discutidas há séculos, a noção da existência de uma Obra Histórica Deuteronomista (= OHDtr) só foi formulada muito recentemente, como se pode ver aqui.

Além disso, há dois problemas com a disciplina: carga horária exígua para estudar textos de livros tão complexos como, por exemplo, Josué ou Juízes – a disciplina tem apenas 2 horas semanais durante o primeiro semestre do segundo ano de Teologia – e uma bibliografia ainda insuficiente em português. Há excelente debate acadêmico hoje, contudo está em inglês e alemão, principalmente.

Para completar, prefiro estudar o livro do Deuteronômio aqui e não no Pentateuco, também por duas razões: a disciplina Pentateuco já é por demais sobrecarregada e o Deuteronômio é a chave que abre o significado da OHDtr. Por isso, ele faz muito sentido aqui.

Por outro lado, há uma integração muito grande da Literatura Deuteronomista com três outras disciplinas bíblicas: com a História de Israel, naturalmente; com a Literatura Profética, irmã gêmea; com o Pentateuco, através do elo deuteronômico.

I. Ementa
A Obra Histórica Deuteronomista (OHDtr) tentará responder aos desafios do presente repensando o passado no final da monarquia e na situação de exílio e pós-exílio. Faz isso percorrendo toda a história da ocupação da terra, desde as vésperas da entrada em Canaã até a derrocada final da monarquia em Israel e Judá.

II. Objetivos
Pesquisar a arquitetura, as idéias basilares e a teologia da Literatura Deuteronomista como uma obra globalizante, e de cada um de seus livros, a fim de dar fundamentos para sua interpretação e atualização.

III. Conteúdo Programático
1. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista
2. O Deuteronômio
3. O livro de Josué
4. O livro dos Juízes
5. Os livros de Samuel
6. Os livros dos Reis

IV. Bibliografia
Básica
FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia não tinha razão. São Paulo: A Girafa, 2003, 515 p. – ISBN 8589876187.

RÖMER, T. A chamada história deuteronomista: Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, 2008, 208 p. – ISBN 9788532637550.

SKA, J.-L. Introdução à Leitura do Pentateuco. Chaves para a Interpretação dos Cinco Primeiros Livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014, 304 p. – ISBN 8515024527.

Complementar
DA SILVA, A. J. et al. Obra Histórica Deuteronomista. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, 2005.

DA SILVA, A. J. Bibliografia comentada sobre a OHDtr. Observatório Bíblico – 24 de fevereiro de 2007.

DA SILVA, A. J. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, p. 11-27, 2005.

DE PURY, A. (org.) O Pentateuco em Questão. As Origens e a Composição dos Cinco Primeiros Livros da Bíblia à luz das Pesquisas Recentes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002, 324 p. – ISBN 8532615899.

DE PURY, A.; RÖMER, T.; MACCHI, J.-D. (eds.) Israël construit son histoire: l’historiographie deutéronomiste à la lumière des recherches récentes. Genève: Labor et Fides, 1996, 535 p. – ISBN 2830908155.

FARIA, J. de Freitas (org.) História de Israel e as pesquisas mais recentes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 43-87 – ISBN 8532628281.

GONZAGA DO PRADO, J. L. A invasão/ocupação da terra em Josué: Duas leituras diferentes. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, p. 28-36, 2005.

KRAMER, P. Origem e Legislação do Deuteronômio: Programa de uma sociedade sem empobrecidos e excluídos. São Paulo: Paulinas, 2012, 192 p. – ISBN 8535618155.

KNOPPERS, G. N.; McCONVILLE J. G. (eds.) Reconsidering Israel and Judah: Recent Studies on the Deuteronomistic History. Winona Lake, Indiana: Eisenbrauns, 2000, xxii + 650 p. – ISBN 9781575060378.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: História antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008, 544 p. – ISBN 9788515035557.

LOHFINK, N. «Escucha, Israel» Comentarios del Deuteronomio. Estella (Navarra): Verbo Divino, 2008, 68 p. – ISBN 9788481698145.

LOWERY, R. H. Os reis reformadores: culto e sociedade no Judá do Primeiro Templo. São Paulo: Paulinas, 2012, 351 p. – ISBN 8535612912.

MOREGENZTERN, I.; RAGOBERT, T. A Bíblia e seu tempo – um olhar arqueológico sobre o Antigo Testamento. 2 DVDs. Documentário baseado no livro The Bible Unearthed [A Bíblia não tinha razão], de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman. São Paulo: História Viva – Duetto Editorial, 2007.

PERSON, R. F. Jr. The Deuteronomic School: History, Social Setting and Literature. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2002, xviii + 306 p. – ISBN 9781589830240. Disponível online.

SCHMID, K.; PERSON Jr., R. F. (eds.) Deuteronomy in the Pentateuch, Hexateuch, and the Deuteronomistic History. Tübingen: Mohr Siebeck, 2012, ix + 179 p. – ISBN 9783161510083.

STORNIOLO, I. Como ler o livro de Josué: terra = vida, dom de Deus e conquista do povo. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 48 p. – ISBN 8534910022.

STORNIOLO, I. Como ler o livro do Deuteronômio: escolher a vida ou a morte. 5. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 88 p. – ISBN 8534908923.

STORNIOLO, I. Como ler o livro dos Juízes: aprendendo a ler a história. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 64 p. – ISBN 8534910006.

STORNIOLO, I. Como ler os livros dos Reis: da glória à ruína. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1999, 72 p. – ISBN 853491544X.

STORNIOLO, I.; BALANCIN, E. M. Como ler os livros de Samuel: a função da autoridade. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997 [5. reimpressão: 2013], 56 p. – ISBN 8534907374.

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