Literatura Profética I 2024

Abordarei agora a Literatura Profética I, que é estudada no primeiro semestre do segundo ano de Teologia, com carga horária semanal de 2 horas. A Literatura Profética I trabalha, além de questões globais do profetismo, uma seleção de textos dos profetas do século VIII a.C. O texto que orienta a maior parte do estudo é o meu livro A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. Os profetas dos séculos seguintes são estudados na Literatura Profética II, que vem logo no semestre seguinte.

I. Ementa
A origem do movimento profético em Israel. O teor do discurso profético: a denúncia da idolatria e a função do discurso profético. Introdução e análise dos livros dos profetas do século VIII a.C.: Amós, Oseias, Isaías 1-39 e Miqueias.

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas do século VIII a.C. com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. A origem do movimento profético em Israel
2. O teor do discurso profético
3. Os profetas do século VIII a.C.
3.1. Amós
3.2. Oseias
3.3. Isaías 1-39
3.4. Miqueias

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998. Atualizado em 2011 e disponível para download na Ayrton’s Biblical Page.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DÍAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, vol. I: 2004 [3. reimpressão: 2018]; vol. II: 2002 [4. reimpressão: 2015].

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao profetismo bíblico. Petrópolis: Vozes, 2016.

Complementar
DA SILVA, A. J. Notas sobre a pesquisa do livro de Oseias no século XX. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 03.12.2020.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Amós. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 22.02.2023.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Isaías. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 22.02.2023.

SCHWANTES, M. A terra não pode suportar suas palavras“ (Am 7,10): reflexão e estudo sobre Amós. São Paulo: Paulinas, 2012.

SICRE, J. L. Com os pobres da terra: a justiça social nos profetas de Israel. São Paulo: Academia Cristã/Paulus, 2015.

Hebraico Bíblico 2024

O curso de Hebraico Bíblico compreende apenas 30 horas no primeiro semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download ou acesso online na Ayrton’s Biblical Page > Noções de Hebraico Bíblico.

I. Ementa
Texto-base: Gn 1,1-8. O alfabeto hebraico. A pronúncia, a transliteração e a análise morfológica de Gn 1,1-8. As sílabas, o shevá e o dâghēsh. O vav conjuntivo, o artigo e as preposições. O substantivo, o adjetivo e os numerais. O verbo, forte e fraco, e o vav consecutivo.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico, para se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso, o cantor.

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Estão disponíveis, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia, a transliteração e a análise do texto. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se a vogal é breve ou longa e se o seu som é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é mais complexa e tem que ser detalhada.

3. Escrever
Nesta seção é possível aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto. Há sugestões de gramáticas e dicionários na bibliografia. E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

IV. Bibliografia
Básica
FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010.

LAMBDIN, T. O. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2020].

MENDES, P. Noções de hebraico bíblico: texto programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.

Complementar
DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Brodowski, 2001. Disponível para leitura online e download na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 06.12.2022.

DA SILVA, A. J. Recursos para aprender hebraico – Na Play Store (Android) e no YouTube. Observatório Bíblico – 29 de julho de 2018.

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. [1997]. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011. A BHS está disponível também online ou para download gratuito.

KIRST, N. et alii Dicionário hebraico-português e aramaico-português. 33. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2018.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010.

História de Israel I 2024

Este curso de História de Israel I compreende 2 horas semanais, com duração de um semestre, o primeiro dos oito semestres do curso de Teologia. Os alunos recebem os roteiros de todas as minhas disciplinas do ano em curso nos formatos pdf e html. Os sistemas de avaliação e aprendizagem seguem as normas da Faculdade e são, dentro do espaço permitido, combinados com os alunos no começo do curso.

I. Ementa
Noções de geografia do Antigo Oriente Médio. As origens de Israel: as principais tentativas de explicação. A monarquia tributária israelita: os governos de Saul, Davi, Salomão, o reino de Judá e o reino de Israel.

II. Objetivos
Oferece ao aluno um quadro coerente da História de Israel e discute as tendências atuais da pesquisa na área. Constrói uma base de conhecimentos histórico-sociais necessários ao aluno para que possa situar no seu contexto a literatura bíblica veterotestamentária produzida no período.

III. Conteúdo Programático
1. Noções de geografia do Antigo Oriente Médio

2. As origens de Israel

3. A monarquia tributária israelita

3.1. Os governos de Saul, Davi e Salomão

3.2. O reino de Israel

3.3. O reino de Judá

IV. Bibliografia
Básica
FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: a nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: história antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008.

MAZZINGHI, L. História de Israel das origens ao período romano. Petrópolis: Vozes, 2017.

Complementar
DA SILVA, A. J. História de Israel. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 08.03.2023.

DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos. 2v. 7. ed. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2017.

FINKELSTEIN, I. O reino esquecido: arqueologia e história de Israel Norte. São Paulo: Paulus, 2015.

GOTTWALD, N. K. As tribos de Iahweh: uma sociologia da religião de Israel liberto, 1250-1050 a.C. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2004.

NAKANOSE, S.; DIETRICH, L. J. (orgs.) Uma história de Israel: leitura crítica da Bíblia e arqueologia. São Paulo: Paulus, 2022.

Preparando meus programas de aula para 2024

Estou, nestes dias, preparando meus programas de aula de Bíblia para 2024. Começo a publicá-los no Observatório Bíblico. A intenção é de que possam servir, para além de meus alunos, a outras pessoas que, eventualmente, queiram ter uma noção de como se estuda a Bíblia em determinadas Faculdades de Teologia. Ou, pelo menos, parte da Bíblia, porque posso expor apenas os programas das disciplinas que leciono. Tomo aqui como referência o currículo do CEARP, onde trabalho. Já fiz isso em outros anos.

Quatro elementos serão levados em conta, em uma leitura da Bíblia que eu chamaria de sócio-histórica-redacional:

:: contextos da época bíblica
:: produção dos textos bíblicos
:: contextos atuais
:: leitores atuais dos textos

O sentido da Escritura, segundo este modelo, não está nem no nível dos contextos da época bíblica e/ou dos contextos atuais, nem no nível dos textos bíblicos ou da vivência dos leitores, mas na articulação que se forma entre a relação dos textos bíblicos com os seus contextos, por um lado, e entre os leitores atuais e seus contextos específicos.

Ou seja: “Da Escritura não se esperam fórmulas a ‘copiar’, ou técnicas a ‘aplicar’. O que ela pode nos oferecer é antes algo como orientações, modelos, tipos, diretivas, princípios, inspirações, enfim, elementos que nos permitam adquirir, por nós mesmos, uma ‘competência hermenêutica’, dando-nos a possibilidade de julgar por nós mesmos, ‘segundo o senso do Cristo’, ou ‘de acordo com o Espírito’, das situações novas e imprevistas com as quais somos continuamente confrontados. As Escrituras cristãs não nos oferecem um was [que], mas um wie [como]: uma maneira, um estilo, um espírito. Tal comportamento hermenêutico se situa a igual distância tanto da metafísica do sentido (positivismo) quanto da pletora das significações (biscateação). Ele nos dá a chance de jogar a sério o círculo hermenêutico, pois que é somente neste e por este jogo que o sentido pode despertar” explica BOFF, C. Teologia e Prática: Teologia do Político e suas mediações. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1993, p. 266-267.

As disciplinas de Bíblia no curso de graduação em Teologia podem, segundo este modelo, ser classificadas em três áreas:

1. Disciplinas Contextuais:
:: História de Israel I e II

2. Disciplinas Instrumentais:
:: Introdução à Sagrada Escritura
:: Hebraico Bíblico
:: Grego Bíblico

3. Disciplinas Exegéticas:
:: Pentateuco
:: Literatura Profética I e II
:: Literatura Deuteronomista
:: Literatura Sapiencial
:: Sinóticos e Atos dos Apóstolos
:: Literatura Paulina
:: Literatura Joanina
:: Apocalipse

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Destas disciplinas, leciono:

No primeiro semestre:
:: História de Israel I: 2 hs/sem.
:: Hebraico Bíblico: 2 hs/sem.
:: Literatura Profética I: 2 hs/sem.
:: Literatura Deuteronomista: 2 hs/sem.

No segundo semestre:
:: História de Israel II: 2 hs/sem.
:: Pentateuco: 4 hs/sem.
:: Literatura Profética II: 2 hs/sem.

Feliz 2024

Desejo a todos os visitantes do Observatório Bíblico e da Ayrton’s Biblical Page um Feliz 2024!

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Hesedh e o Novo Testamento

NELSON, K. Ḥesed and the New Testament: An Intertextual Categorization Study. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2023, 298 p. – ISBN 9781646022410.

Ḥesed (solidariedade, amor, fidelidade) denota um conceito importante na Bíblia Hebraica que é relevante para os relacionamentos interpessoais em todas as gerações.NELSON, K. Ḥesed and the New Testament: An Intertextual Categorization Study. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2023 Neste livro, Karen Nelson investiga as abordagens do Novo Testamento a esse conceito e o valor exegético de reconhecer tal envolvimento.

Esta investigação usa duas abordagens metodológicas: a intertextualidade, usada para considerar se e como o conceito correspondente ao termo hebraico ḥesed é apropriado no Novo Testamento, e a categorização, usada para analisar e comparar instâncias das categorias ḥsd e ḥsyd nesses corpora.

A obra de Karen Nelson desafia as afirmações de que o conceito correspondente a ḥesed no Novo Testamento é agapē (amor) ou charis (graça). Em vez disso, ela afirma que o significado paralelo é mais provável de ser evocado por eleos (a tradução usual de ḥesed na LXX) ou hosios (a tradução usual de ḥasid na LXX).

Karen Nelson relê perícopes selecionadas do Novo Testamento à luz de ḥesed, concluindo que a presença das categorias ḥsd e ḥsyd destaca o cumprimento e o desenvolvimento da tradição bíblica, a lealdade duradoura de Deus e o ministério exemplar de Jesus. Nesta tradução, ḥsd e ḥsyd criticam a situação sociorreligiosa contemporânea e incentivam a crença, o compromisso duradouro e a mudança adequada de estilos de vida.

Abordando um tópico que abrange a Bíblia Hebraica e o Novo Testamento, este estudo será de interesse para os estudiosos do Novo Testamento e para os estudiosos da Bíblia de forma mais ampla, especialmente aqueles que estão interessados em semântica.

Karen Nelson é ministra ordenada na Igreja Presbiteriana de Aotearoa, Nova Zelândia.

 

Hesedh - solidariedadeḤesed (steadfast love, loyalty, devotion) denotes an important concept in the Hebrew Bible that is relevant to interpersonal relationships in every generation. In this book, Karen Nelson investigates New Testament approaches to that concept and the exegetical value of recognizing such engagement.

This investigation employs an original hybrid of two methodological approaches: intertextuality, used to consider whether and how the concept corresponding to the Hebrew term ḥesed is appropriated in the New Testament, and categorization, used to analyze and compare instances of the categories ḥsd and ḥsyd within those corpora.

Nelson’s work challenges assertions that the concept corresponding to ḥesed in the New Testament is agapē (love) or charis (grace). Rather, she contends that the parallel meaning is more likely to be evoked by eleos (the usual LXX rendering of ḥesed) or hosios (the usual LXX rendering of ḥasid).

Nelson rereads selected New Testament pericopes in light of ḥesed, concluding that the presence of the categories ḥsd and ḥsyd highlights the fulfillment andMisericórdia development of scriptural tradition, the enduring devotion of God, and the exemplary ministry of Jesus. In this rendering, ḥsd and ḥsyd critique the contemporary socioreligious situation and encourage belief, enduring commitment, and appropriately changed lifestyles.

Addressing a topic that spans the Hebrew Bible and the New Testament, this study will be of interest to New Testament scholars and to biblical scholars more widely, especially those who are interested in semantics.

Karen Nelson is an ordained minister in the Presbyterian Church of Aotearoa New Zealand.

Do nomadismo à monarquia?

KOCH, I.; LIPSCHITS, O.; SERGI, O. (eds.) From Nomadism to Monarchy?: Revisiting the Early Iron Age Southern Levant. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2023, 340 p. – ISBN 9781646022618.

A exploração arqueológica na região montanhosa do Levante Meridional, conduzida durante as décadas de 1970 e 1980, transformou dramaticamente a compreensãoKOCH, I.; LIPSCHITS, O.; SERGI, O. (eds.) From Nomadism to Monarchy?: Revisiting the Early Iron Age Southern Levant. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2023 acadêmica do início da Idade do Ferro e levou à publicação de From Nomadism to Monarchy: Archaeological and Historical Aspects of Early Israel, por Israel Finkelstein e Nadav Na’aman. Este volume explora e reavalia o legado desse texto fundamental.

Utilizando quadros teóricos atuais e tendo em conta novos dados de escavação e metodologias das ciências naturais, os 17 ensaios deste volume examinam a arqueologia do Levante Meridional durante o início da Idade do Ferro e as formas como o período pode ser refletido nos relatos bíblicos. A variedade de metodologias empregadas e as narrativas históricas apresentadas nestas contribuições iluminam a natureza multifacetada da pesquisa contemporânea sobre este período formativo.

Com base no estudo seminal de Finkelstein e Na’aman, este trabalho fornece uma atualização essencial. Será bem recebido por historiadores antigos, estudiosos do antigo Israel e do início da Idade do Ferro do Sul do Levante, e estudiosos da Bíblia.

Além dos editores, os colaboradores deste volume são Eran Arie, Erez Ben-Yosef, Cynthia Edenburg, Israel Finkelstein, Yuval Gadot, Assaf Kleiman, Gunnar Lehmann, Defna Langgut, Aren M. Maeir, Nadav Na’aman, Thomas Römer , Lidar Sapir-Hen, Katja Soennecken, Dieter Vieweger, Ido Wachtel e Naama Yahalom-Mack.

 

Archaeological exploration in the Central Highlands of the Southern Levant conducted during the 1970s and 1980s dramatically transformed the scholarly understanding of the early Iron Age and led to the publication of From Nomadism to Monarchy: Archaeological and Historical Aspects of Early Israel, by Israel Finkelstein and Nadav Na’aman. This volume explores and reassesses the legacy of that foundational text.

Using current theoretical frameworks and taking into account new excavation data and methodologies from the natural sciences, the seventeen essays in this volume examine the archaeology of the Southern Levant during the early Iron Age and the ways in which the period may be reflected in biblical accounts. The variety of methodologies employed and the historical narratives presented within these contributions illuminate the multifaceted nature of contemporary research on this formative period.

Building upon Finkelstein and Na’aman’s seminal study, this work provides an essential update. It will be welcomed by ancient historians, scholars of early Israel and the early Iron Age Southern Levant, and biblical scholars. In addition to the editors, the contributors to this volume are Eran Arie, Erez Ben-Yosef, Cynthia Edenburg, Israel Finkelstein, Yuval Gadot, Assaf Kleiman, Gunnar Lehmann, Defna Langgut, Aren M. Maeir, Nadav Na’aman, Thomas Römer, Lidar Sapir-Hen, Katja Soennecken, Dieter Vieweger, Ido Wachtel, and Naama Yahalom-Mack.

 

Ido Koch is Senior Lecturer in Archaeology at Tel Aviv University. He is the author of Colonial Encounters in Southwest Canaan During the Late Bronze Age and the Early Iron Age.

Oded Lipschits is Professor of Jewish History in the Department of Archaeology and Ancient Near East Studies at Tel Aviv University. He was named Laureate of the EMET Prize in the field of Archaeology in 2022.

Omer Sergi is Senior Lecturer in the Department of Archaeology and Ancient Near East Studies at Tel Aviv University. He is coeditor of Saul, Benjamin, and the Emergence of Monarchy in Israel: Biblical and Archaeological Perspectives.

Metodologia exegética do Novo Testamento

GUIJARRO, S. Metodologia exegética do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2023, 208 p. – ISBN 9788534952002.

Este livro é um manual de metodologia. Sua principal finalidade é oferecer um itinerário a quem se inicia na arte da exegese. Porque a exegese não é uma ciência, masGUIJARRO, S. Metodologia exegética do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2023 uma arte, ou, caso prefira, uma τέχνη, no sentido que os gregos davam a essa palavra. Contudo, só se pode aprender uma arte, assim como uma τέχνη, combinando teoria e prática. Por esse motivo, as explicações teóricas na segunda parte deste manual são complementadas com alguns exercícios que permitirão ao iniciante adquirir certa destreza na prática dos principais métodos exegéticos.

O uso de um método rigoroso e comprovado é, em todas as ciências e saberes, um requisito indispensável para fazer avançar o conhecimento. Em seu sentido etimológico, a palavra “método” (do grego μετά + ὁδός = μέθοδος) faz referência ao caminho que se utiliza para se chegar a um fim. Esse sentido originário da palavra revela o caráter instrumental do método, o qual está sempre em função da meta que se deseja alcançar. Mas também mostra que se trata de um requisito indispensável para progredir no conhecimento, pois não é possível atingir a meta sem percorrer o caminho. Portanto, um método pode ser definido como um conjunto de procedimentos ordenados de maneira sistemática, estruturada e controlada para alcançar um fim.

Os destinatários ideais do presente manual são os estudantes que cursam uma licenciatura ou um doutorado em estudos bíblicos. Esses são os seus destinatários ideais, mas não os únicos, pois o itinerário metodológico que aqui se propõe resultará igualmente útil para todos aqueles que desejam começar na prática da exegese neotestamentária.

O manual se estrutura em duas partes. A primeira tem por objeto definir o referencial da exegese, explicando a necessidade do estudo crítico da Bíblia e situando a explicação do texto no contexto mais amplo da sua interpretação.

A segunda parte, que é a mais extensa e detalhada, apresenta, ordenados em quatro blocos, sete procedimentos básicos do método exegético. Os dois primeiros se referem, na realidade, a tarefas prévias de tipo preparatório que são, todavia, imprescindíveis para realizar a análise dos textos. Os outros cinco abordam o texto a partir de três pontos de vista fundamentais: a sua forma final (sincronia), a sua história (diacronia) e o seu entorno (contexto).

O original em espanhol é de 2021.

 

Sumário

Prólogo

Parte I – MARCO TEÓRICO
1. O estudo crítico da Bíblia
2. Exegese e hermenêutica

Parte II – METODOLOGIA EXEGÉTICA
Capítulo I. FIXAÇÃO DO TEXTO
1. Crítica textual
2. Análise linguística

Capítulo II. ESTUDO SINCRÔNICO
3. Análise retórica
4. Análise narrativa

Capítulo III. ESTUDO DIACRÔNICO
5. História da tradição
6. História da composição

Capítulo IV. ESTUDO CONTEXTUAL
7. Contexto sociocultural

Santiago GuijarroSantiago Guijarro Oporto (1957-) nació el año 1957. Es catedrático de Nuevo Testamento en la Facultad de teología de la Universidad Pontificia de Salamanca. Dirigió La Casa de la Biblia desde 1982 hasta 1997, etapa en la que promovió la divulgación de la Biblia y dirigió una nueva traducción que vio la luz en 1992. Pertenece a la Hermandad de Sacerdotes Operarios Diocesanos. Entre sus obras cabe señalar las siguientes: «Fidelidades en conflicto», 1998; «Jesús y sus primeros discípulos», 2007; «Servidores de Dios y esclavos vuestros», 2011; «Los evangelios: memoria, biografía, Escritura», 2012; «Los dichos de Jesús», 2014; «La primera evangelización», 2016; y «Los cuatro evangelios» (2010), nueva edición ampliada 2021.

O som de 10 línguas indígenas brasileiras

O som de 10 línguas indígenas brasileiras em perigo de extinção – BBC News Brasil: 18 de dezembro de 2023

O território brasileiro abriga hoje apenas 20% das estimadas 1.175 línguas que tinha em 1500, quando chegaram os europeus. E, ao contrário de outros países da região,O som de 10 línguas indígenas no Brasil como Peru, Colômbia, Bolívia, Paraguai e até Argentina, o Brasil não reconhece como oficiais nenhuma de suas línguas indígenas em âmbito nacional.

Ainda assim, o Brasil é considerado um dos 10 países com o maior número de línguas no mundo e um dos que possuem maior diversidade linguística – ou seja, grande quantidade de famílias diferentes e de línguas isoladas.

Para dar uma ideia da diversidade linguística e cultural do país, a BBC News Brasil fez uma seleção com a ajuda de especialistas indígenas e não indígenas.

O resultado é este especial, no qual mostramos 10 das línguas indígenas faladas hoje no Brasil, de diferentes famílias e em distintas situações de preservação.

Leia também a primeira parte do especial da BBC sobre línguas indígenas.