Morreu Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016)

Símbolo da resistência à ditadura, dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, morreu nesta quarta-feira 14 aos 95 anos. O estado de saúde do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, 95, se agravou na segunda-feira 12. O arcebispo emérito foi internado no Hospital Santa Catarina em 28 de novembro, com um quadro de broncopneumonia. A assessoria do hospital informa que o cardeal morreu às 11h45, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. De formação e hábitos franciscanos, dom Paulo é um missionário que dedicou sua vida à defesa dos pobres e à justiça social. A denúncia da tortura e da perseguição política durante a ditadura está diretamente relacionada à sua pregação religiosa (Dom Paulo Evaristo Arns morre aos 95 anos, CartaCapital – 14/12/2016 12h43).

:: Dom Paulo Evaristo Arns, o cardeal de uma Igreja em movimento. Entrevista especial com Fernando Altemeyer Junior e Júlio Lancellotti – IHU On-Line: 15.12.2016

:: Dom Paulo Evaristo Arns: mestre, intelectual refinado e amigo dos pobres – Leonardo Boff

Natal

Todas as postagens sobre o Natal publicadas no Observatório Bíblico. Em ordem cronológica, da mais recente à mais antiga:

:: Os magos – 07.11.2022

:: Os nomes dos Magos – 02.12.2020Presépio | Marias Artesãs - Patos de Minas - MG

:: A mensagem revolucionária do Natal – 02.01.2020

:: Sobre o nascimento e o nome de Jesus de Nazaré – 26.10.2019

:: Como 25 de dezembro se tornou Natal – 24.12.2018

:: A estrela de Belém – 20.12.2018

:: Os três reis magos – 05.01.2018

:: Natal – 14.12.2016

:: A estrela de Belém: uma abordagem interdisciplinar – 26.04.2016

:: Herodes e o menino Jesus indígena – 26.12.2015

:: Jesus não nasceu em 25 de dezembro? – 28.12.2014

:: Sobre a estrela de Belém – 21.02.2014

:: Por que o Natal é celebrado em 25 de dezembro? – 18.12.2011

:: Sobre o Natal – 22.12.2010

:: Jesus nasceu em Belém ou em Nazaré? – 15.12.2009

:: Natal: mito de fundação ou manifesto político? – 23.12.2008

:: As Viagens dos Reis Magos – 02.01.2008

:: Na IHU On-Line de Natal: Jesus de Nazaré – 18.12.2007

:: A Folia de Reis – 06.01.2007

:: Por que se celebra o Natal em 25 de dezembro? – 23.12.2006

:: Jesus nasceu mais provavelmente em Nazaré e não em Belém por volta de 7 ou 6 a.C. – 07.04.2006

 

Um artigo na Ayrton’s Biblical Page:

:: A visita dos Magos: Mt 2,1-12 – 2002

 

Ainda:

:: Histórias de Natal: separando história e mitologia – Reinaldo José Lopes: 12.12.2016

:: Histórias de Natal: genealogias esquisitas ou cadê o avô de Jesus? – Reinaldo José Lopes: 13.12.2016Presépios | Marias Artesãs - Patos de Minas - MG

:: Histórias de Natal: Magos — nem reis, nem três, nem históricos – Reinaldo José Lopes: 16.12.2016

:: Histórias de Natal: afinal, quando Jesus nasceu? – Reinaldo José Lopes: 18.12.2016

:: Histórias de Natal: fontes bacanas para se aprofundar – Reinaldo José Lopes: 19.12.2016

:: Histórias de Natal: Jesus, filho de Panthera? – Reinaldo José Lopes: 24.12.2016

:: Histórias de Natal: Jesus versus César – Reinaldo José Lopes: 26.12.2016

:: Histórias bíblicas de Natal têm viés político, diz pesquisa – Reinaldo José Lopes: 22.12.2008

Projeto Flávio Josefo

Em 25 de julho de 2016 publiquei uma apresentação do livro de

CHAPMAN, H. H. ; RODGERS, Z. A Companion to Josephus. Chichester, West Sussex, UK: Wiley Blackwell, 2016, XVI + 466 p. – ISBN 9781444335330.

Hoje li uma resenha do livro, feita por Matthew Kraus, da Universidade de Cincinnati, USA, na qual ele diz, entre outras coisas:

The publication of this “first introductory companion, or scholarly guide” to Josephus marks the seismic change in Josephan scholarship over recent decades. In addition to the Brill Josephus Project, whose translations and detailed commentaries on the Josephan corpus are already replacing the Loeb editions for serious scholars [sublinhado meu], innovative approaches to traditional topics and new areas of research now permeate the Josephan landscape. No longer reduced to being the cherry-picked companion to the Jewish and Christian experience of the Greek and Roman worlds, he properly merits his own handbook considering him an author in his own right. The volume, ably edited by Honora Chapman and Zuleika Rodgers, draws on an international team of Josephan experts, including several contributors to the Brill translation and commentary. It updates the current status of research and provides a foundation for future advancements.

Na resenha é mencionado o Projeto Josefo, da editora Brill, uma tradução e comentário de toda a obra de Flávio Josefo, empreendimento que começou no final do século XX, e é dirigido por Steve Mason, Professor da Universidade York, de Toronto, Canadá, e um grande especialista na área:

MASON, S. (ed.) Flavius Josephus: Translation and Commentary. Leiden: Brill, 2000- [confira na Amazon os livros que já foram publicados].

MASON, S. (ed.) Flavius Josephus: Translation and Commentary. Leiden: Brill, 2000-

 

Deste projeto, ainda em andamento, fala G. Goldberg, em sua página dedicada a Flávio Josefo:

The most significant event in Josephus studies in many years is the publication of “the first comprehensive English commentary to Josephus,” the nine-volume translation and commentary of the Brill Josephus Project, written by ten scholars and edited by Steve Mason.

(…)

In his preface to the series, Steve Mason discusses the need for a commentary on Josephus, noting that “By the accidents of history, his narratives have become the indispensable source for all scholarly study of Judea from about 200 BCE to 75 CE.” Yet it is only in the past two decades that “Josephus studies” have taken on a life of their own, so that the “time is right” to produce this commentary.

The necessity of a new English translation is also discussed. There are two main English translations, the 18th-century rendition of Whiston and the 20th century Loeb Library version, with Whiston by far the more widely read despite its antique language — no doubt because it is far less expensive (free on the Internet).  The Loeb failing of expense is not one that is being corrected by the Brill series, which in this printing costs approximately seven times as much as the Loeb, and around 100 times as much as a print copy of Whiston [Obs.: a tradução de Whiston pode ser encontrada em vários sites na web para download gratuito. Já a versão da Loeb Classical Library está, desde 2014, disponível para leitura online e é igualmente gratuita].

While expressing admiration for the Loeb edition, Mason lists several reasons why it “does not suit the needs of the commentator.” Principally, the translation was somewhat more free than one would want, not enforcing consistency in the way various words and phrases are rendered into English, altering parts of speech, and using a homogeneous style. The goal of the Brill translators is to maintain as much consistency as possible in these matters. Mason discusses the inevitable difficulties in getting ten scholars to agree on the manner of translating certain terms, such as the frequent Ioudaios: does this mean “Judean” (the nationality) or does it mean “Jew” (the ethno-religious group)? In this case there was no agreement, and uniformity was not enforced in favor of each scholar’s experience and intuition.

Although initially it was planned that a new Greek text be included, this has not happened, one supposes due to size and cost; although the text used is essentially that of Benedictus Niese (as in the Loeb edition), the translators have made use of modern research to provide what are expected to be better readings. This makes it difficult to analyse or debate the translations where they differ from Loeb, as the reader does not know what text is actually being translated. One depends on the commentary for discussion of textual variants.

Leia Mais:
Flávio Josefo, homem singular em uma sociedade plural

História das traduções da Bíblia no Brasil

MALZONI, C. V. As edições da Bíblia no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2016 [reimpressão: 2018], 176 p. – ISBN 9788535641981.

 

Cláudio Vianney Malzoni, As edições da Bíblia no Brasil

Escreve Cláudio Vianney Malzoni –  Doutor em Ciências Bíblicas pela École Biblique et Archéologique Française de Jérusalem, 2002 – em seu blog em 10.10.2016:

Foi publicado pelas Edições Paulinas meu livro “As edições da Bíblia no Brasil”. O livro é o resultado de uma pesquisa que ainda está em andamento. Ela começou há cerca de dez anos atrás. Em 2010, aparecia seu primeiro resultado: um artigo publicado na Revista Didaskalia, da Universidade Católica Portuguesa. Depois, vieram as orientações de Iniciação Científica com alunos da Universidade Católica de Pernambuco, e o pós-doutorado na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, sob a orientação de J. Konings, com ajuda financeira da CAPES. Este livro é um modo de partilhar os resultados atuais dessa pesquisa com o público interessado e conquistar mais interessados ainda para a pesquisa desse tema apaixonante.

Diz a editora:
Este livro conta a história das traduções da Bíblia no Brasil (…) A primeira tradução completa da Bíblia ao português, ainda que sem os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foi feita no século XVIII, por João Ferreira de Almeida, em Batávia, atual Jacarta, na Indonésia. No Brasil, a primeira tradução da Bíblia tem sua origem no início do século XX, tendo sido publicada em 1917 com o nome de Bíblia Sagrada, Tradução Brasileira. É sobre isso que versa esta obra, dividida em duas partes. A primeira faz uma apresentação das principais edições da Bíblia presentes no Brasil. A segunda parte trata das questões que envolvem o ofício de tradução da Bíblia, seus desafios e sua beleza.

Leia Mais:
Fórum de Ciências Bíblicas 2: A tradução da Bíblia para a língua portuguesa

Fidel Castro: 1926-2016

Condenadme, no importa. La historia me absolverá.

 

Fidel Castro – Parte do artigo de Louis A. Pérez em Oxford Bibliographies: The Cuban Revolution  – Última modificação: 25 de fevereiro de 2016.

 

O melhor livro para entender Fidel Castro, dizem muitos:

RAMONET, I. Fidel Castro: Biografía a dos voces. Madrid: Debate, 2006, 656 p. – ISBN 9780307376534

En Fidel Castro: Biografía a dos voces, Ignacio Ramonet, sociólogo, teórico de cultura, periodista y una de las voces más representativas del movimiento altermundista, ha logrado desvelar – tras semanas de intensas conversaciones – las claves de la Revolución cubana a través de la biografía humana y política del último «monstruo sagrado» de la política internacional: el polémico Fidel Castro. Testimonio excepcional y análisis histórico, este libro es una auténtica «biografía a dos voces»: la memoria oral del comandante. ¿Cómo fue su infancia? ¿Dónde y cuándo se forjó el rebelde? ¿Cómo eran sus relaciones con Che Guevara? ¿Estuvo el mundo al borde de una guerra nuclear durante la llamada «crisis de los misiles»? ¿Cuántas veces han querido asesinarlo? ¿Qué impresión le causó el papa Juan Pablo II cuando visitó la isla en 1998? ¿Por qué critica tanto a Felipe González y a José María Aznar mientras alaba la figura del rey Juan Carlos? ¿Qué piensa de la globalización neoliberal, de la guerra de Irak y del presidente Bush? ¿Por qué las autoridades cubanas arrestaron a unos setenta opositores no violentos en marzo de 2003 y aplicaron, ese mismo año la pena de muerte a los secuestrados de una lancha? ¿Existe corrupción en el régimen? ¿Es el socialismo en Cuba realmente «irreversible»? ¿Hacia dónde camina la política y la economía de la isla? ¿Que ocurrirá después de Fidel Castro? El exhaustivo cuestionario de Ignacio Ramonet —más de cien horas de entrevistas y de inéditas revelaciones- es al tiempo un recorrido apasionante por la controvertida figura de Fidel Castro y un formidable relato sobre el pasado, el presente y el provenir de la Revolución.

Ignacio Ramonet (Redondela, Galicia, 1943) se crió en Tánger y es director del mensual Le Monde diplomatique. Especialista en geopolítica y estrategia internacional y profesor de teoría de la comunicación en la Universidad Denis Diderot de París. Ramonet es doctor en semiología y en historia de la cultura por la Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales, donde fue alumno de Roland Barthes. Es también fundador de Attac (Asociación para la Tasación de las Transacciones Financieras y la Ayuda a los Ciudadanos), de Media Watch Global y uno de los promotores del Foro Social Mundial de Porto Alegre.

Ignacio Ramonet, Fidel Castro: Biografía a dos voces

 

RAMONET, I. Fidel Castro: My Life: A Spoken Autobiography. New York: Scribner, 2009, 736 p. – ISBN 9781416562337

Numerous attempts have been made to get Fidel Castro to tell his own story. But it was only as he stepped down after five decades in power, that the Cuban leader finally decided to set out the detail of his life for the world to read. In these pages, he presents a compelling chronicle that spans the harshness of his school teachers; the early failures of the revolution; his comradeship with Che Guevara and their astonishing, against-all-odds victory over the dictator Batista; the Cuban perspective on the Bay of Pigs and the ensuing missile crisis; the active role of Cuba in African independence movements; his dealings with no fewer than ten successive American presidents, from Eisenhower to George W. Bush; and a number of thorny issues, including human rights, the treatment of homosexuals, and the use of the death penalty in Cuba. Along the way he shares intimacies about more personal matters: the benevolent strict- ness of his father, his success- ful attempt to give up cigars, his love of Ernest Hemingway’s novels, and his calculation that by not shaving he saves up to ten working days each year. Drawing on more than one hundred hours of interviews, this spoken autobiography will stand as the definitive record of an extraordinary life lived in turbulent times.

Leia Mais:
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