Tema: Vaticano II (1962-1965): a face de uma Igreja conciliar
Data: De 5 a 9 de setembro de 2022.
Clique no cartaz para ver o programa.
Blog sobre estudos acadêmicos da Bíblia
Acabo de receber um grande presente de meu amigo e colega Cássio Murilo Dias da Silva: a nova versão de seu livro Metodologia de exegese bíblica.
SILVA, C. M. D. da. Metodologia de exegese bíblica: versão 2.0. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Paulinas, 2022, 600 p. – ISBN 9786558081661.
Clique aqui e leia uma amostra do livro: sumário, prefácio e palavra inicial do autor.
Saiba mais sobre Cássio Murilo Dias da Silva e suas publicações percorrendo o Observatório Bíblico.
O livro tem prefácio de Jean Louis Ska, do Pontifício Instituto Bíblico, Roma.
Diz a editora:
Esta nova versão de Metodologia de exegese bíblica reelabora radicalmente a anterior, já com mais de duas décadas. Apesar das mudanças, ela preserva a principal característica da “versão 1.0”: a apresentação didática e clara de cada passo metodológico. O autor transcreve o que seriam suas apresentações, seus exemplos e seus esclarecimentos em um encontro presencial.
Os primeiros capítulos (2–6) orientam o aprendiz de exegeta a preparar o texto que pretende interpretar.
Em seguida, são ensinadas quatro análises da leitura sincrônica (capítulos 7–10).
Depois, as diferentes análises da leitura diacrônica (capítulos 11–12 e 14–16).
Dois outros capítulos (13 e 17) ensinam, respectivamente, como fazer a leitura sinótica dos evangelhos e como analisar a poesia hebraica.
No último capítulo (18), em uma amostra de sua tese doutoral, o autor aplica conjuntamente todos os passos metodológicos ensinados ao longo do livro.
Não obstante a tecnicidade da exposição, fica bastante claro que a exegese bíblica não tem finalidade em si mesma. Se assim for, em vez de abrir o texto, ela o fecha e emudece. A exegese séria e, ao mesmo tempo, comprometida com a realidade é imprescindível para que a interpretação da Bíblia supere o fundamentalismo e seja relevante, não só para o mundo acadêmico e para o universo eclesiástico, mas também e principalmente para a sociedade.
Este livro é oferecido para ajudar os que amam a Bíblia a dar passos firmes nos muitos caminhos da interpretação da Palavra de Deus.
CATENASSI, F. Z.; MARIANNO, L. D. (orgs.) História de Israel: Arqueologia & Bíblia. São Paulo: Paulinas, 2022, 232 p. – ISBN 9786558081685.
As últimas décadas foram testemunhas de mudanças fundamentais na área dos estudos bíblicos. Em boa medida, essas transformações foram influenciadas pelos avanços nos estudos de Arqueologia e História de Israel, os quais incidiram diretamente na Exegese e/ou na Teologia Bíblica.
O livro História de Israel: Arqueologia & Bíblia, organizado por Fabrizio Zandonadi Catenassi e Lília Dias Marianno, reúne as discussões sobre o tema em questão por ocasião do IX Congresso de Pesquisa Bíblica, organizado pela Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB), que acontece agora, de 23 a 26 de agosto de 2022.
Os autores dos capítulos se destacam, nacional e internacionalmente, por suas contribuições significativas para o conhecimento do antigo Israel e das nações vizinhas.
Leia uma amostra do livro clicando aqui.
Fabrizio Zandonadi Catenassi é doutor em Teologia (PUCPR) e professor na PUCPR. Integra a atual diretoria da ABIB. É editor-chefe da revista Estudos Bíblicos.
Lília Dias Marianno é doutora em Epistemologia e Teoria do Conhecimento (UFRJ). Filiada à ABIB. Preside a Eagle Gestão do Conhecimento.
SILVANO, Z. A.; BATISTA, E. M. (orgs.) 50 anos 1971-2021 – Mês da Bíblia: Memórias, desafios e perspectivas. São Paulo: Paulinas, 2021, 504 p. – ISBN 9786558080831.
Essa obra objetiva celebrar o jubileu de ouro do Mês da Bíblia, contemplando o passado (1971-2021), mas também apresentando novos desafios e perspectivas para a área bíblica nos nossos dias.
Essa história teve seus inícios com a contribuição das Irmãs Paulinas que começaram os Movimentos Bíblicos, as Semanas Bíblicas Populares e o “Mês da Bíblia” no Brasil, como fruto do próprio carisma da congregação e de sua inserção na pastoral da Igreja local.
Também recordamos os 100 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, berço da iniciativa do “Mês da Bíblia”, e que sempre teve a preocupação de “proclamar a Palavra”.
Clique aqui e leia uma amostra do livro.
Revista Brasileira de Interpretação Bíblica – ReBiblica – v. 3 n. 5 (2022): O Livro de Josué
É com satisfação que apresentamos aos leitores mais uma edição de nossa ReBiblica. O primeiro volume de cada ano tem como tema do dossiê o livro proposto para o mês da Bíblia da CNBB. O intuito é oferecer uma contribuição mais aprofundada para tantas pessoas que se dedicam com afinco ao estudo, à pastoral e a leitura do texto sagrado.
Neste ano de 2022 o texto indicado no mês de setembro será o Livro de Josué. Essa obra é, ao mesmo tempo, ponto de chegada e de partida do povo de Israel: chegada, porque nele se realizam as promessas feitas por Deus aos patriarcas de conceder-lhes a posse de uma terra onde mana leite e mel. E partida porque, no momento em que o povo se instala na terra, começa uma nova aventura marcada por infidelidades e acertos, quedas e recomeços, mas tudo isso vivido sob o olhar amoroso de Deus.
Nosso dossiê conta com oito textos sobre o tema proposto:
Prof. Antônio Carlos Frizzo escreve sobre “Canaã, Raab e sua importância na posse da terra (Js 2–6)”.
Profa. Márcia Eloi Rodrigues propõe um artigo sobre “A fidelidade à Torá como garantia da posse da terra: uma releitura nomista de Josué em contexto pós-exílico”.
Prof. Heitor Utrini fala acerca de “Raab, a meretriz: desdobramentos e releituras do texto de Js 2,1-21; 6,22-25”.
Prof. Leonardo Agostini Fernandes oferece o artigo “A função dos ossos de José: Análise de Gn 50,25; Ex 13,19; Js 24,32”.
Prof. Joel Theodoro da Fonseca Júnior escreve sobre “Guerra santa e interdito em Josué”.
Prof. Mariosan de Sousa Marques reflete sobre “O Livro de Josué no cânon e na pesquisa bíblica: a finalidade do livro e sua interpretação”.
Prof. Basílio da Silva propõe o tema “O uso do termo em Mt 22,34-40 à luz de Js 22,5 (LXX)”.
Prof. Dimas Solda fala sobre “O bom ladrão, Jesus e Josué: Cristologia e tipologia em Lc 23,42”.
De 8 a 29 de agosto de 2022, nas segundas-feiras, às 20h00.
O CEBI promoveu um grande estudo sobre o livro de Josué que se tornou o avulso Em busca de terra livre: uma leitura do Livro de Josué.
Neste mês de agosto de 2022, em preparação para o mês da Bíblia, acontecerão 4 encontros virtuais com as pessoas autoras do livro avulso, tratando dos seus respectivos temas.
Acompanhe a programação.
📌 Rafael Silva
📆 08 de agosto
⏰ 20 horas
Temas:
1 – Composição e questões redacionais
2 – Relendo a ocupação de terra – Js 1 a 12
Link: https://www.instagram.com/cebi_nacional/
📌 Ir. Mercedes Lopes
📆 15 de agosto
⏰ 20 horas
Temas:
1 – As memórias das tradições
2 – A luta para viver na terra
Link: https://youtu.be/jQX6hK-ybBk
📌 Ildo Bohn Gass
📆 22 de agosto
⏰ 20 horas
Temas:
1 – Contradições nos livros de Josué e de Juízes
2 – A partilha da terra – Js 13 a 22
Link: https://youtu.be/JNmjX6JQW8g
📌 Adriana Amorim
📆 29 de agosto
⏰ 20 horas
Temas:
1 – A “Guerra Santa”
2 – A aliança dos pobres – Js 23 e 24
Link: https://youtu.be/7cOAkPq-7F0
📖 Caso você ainda não tenha adquirido o livro “Em busca de terra livre: uma leitura do Livro de Josué”, pode fazer isso pelo link abaixo ou através do WhatsApp do CEBI: 51 99734-4518
📌 https://cebi.org.br/produto/em-busca-de-terra-livre-uma-leitura-do-livro-de-josue/
FERNANDES, A. A. et alii Em busca de terra livre: uma leitura do Livro de Josué. São Leopoldo: CEBI, 2022, 117 p.
O CEBI lançou o desafio de construir coletivamente um comentário de um livro não tão fácil de ler e comentar.
Adriana de Amorim Fernandes, Ildo Bohn Gass, Mercedes Lopes e Rafael Rodrigues da Silva, aceitaram este desafio de leitura comunitária para ajudar outras pessoas queridas da caminhada a ler o Livro de Josué com outros olhares, outras perspectivas e outras abordagens. Foram várias trocas e percepções para enfrentar as dificuldades que rondam a interpretação de um livro cheio de ameaças.
As páginas deste comentário vêm carregadas de reflexões para o serviço da leitura popular, libertadora e comunitária da Vida e da Bíblia.
Autoria
Adriana de Amorim Fernandes é graduada em administração, com formação em Teologia e Espiritualidade Bíblica e Teologia Catequética. Participa do CEBI-Bahia e atua junto a organizações sociais na defesa e garantia dos direitos. Mora em Salvador.
Ildo Bohn Gass é ministro da Palavra leigo, de tradição católica. Com formação em teologia, é especialista em Bíblia. Organizou a coleção “Uma Introdução à Bíblia”, publicada por CEBI/Paulus. Participa do CEBI e colabora em Movimentos Populares. Mora em São Leopoldo/RS.
Mercedes Lopes é Missionária de Jesus Crucificado, é licenciada em Teologia e Bíblia, diplomada em Espiritualidade, mestra e doutora em Ciências da Religião na área bíblica. É assessora do CEBI, CEBs e Congregações Religiosas. Autora de vários livros e artigos.
Rafael Rodrigues da Silva possui graduação em Filosofia e Teologia, mestrado em Ciências da Religião e em Teologia da Missão, doutorado em Comunicação e Semiótica. É autor de vários livros, colaborador do CEBI, de quem é atualmente o diretor. É professor adjunto da Universidade Federal de Alagoas, no campus Arapiraca.
Porque o intérprete bíblico ao lidar com textos deve lidar com a linguagem, e porque a linguagem é um produto social, devem ser encontrados métodos que possam lidar com essa dimensão social dos textos bíblicos.
Because the biblical interpreter in dealing with texts must deal with language, and because language is a social product, methods must be found which can deal with that social dimension of the biblical texts (Abstract).
Em um artigo de 1982 sobre o uso das ciências sociais na interpretação dos textos bíblicos, conclui Bruce Malina:
O resultado de tal abordagem da Bíblia deve ser uma maior compreensão do comportamento descrito nos textos – o comportamento das pessoas que povoam o texto, bem como o comportamento atribuído a Deus por analogia com o comportamento humano.
Em vez de dogmas bíblicos, conheceríamos e apreciaríamos os personagens que encarnavam a fé bíblica.
Em vez de diretrizes morais e proposições teológicas, descobriríamos pessoas em suas sociedades e os fundamentos de suas relações interpessoais.
Em vez da Bíblia como fonte da “religião do livro”, encontraríamos a Bíblia como um registro da “religião das pessoas” e seus sucessos e fracassos teocêntricos e cristocêntricos que estão na fonte de nossa tradição judaico-cristã.
Em vez de teologia, conheceríamos nossos ancestrais de carne e osso na fé e nas dimensões de sua busca por uma existência humana adequadamente significativa.
Se tais são os resultados possíveis, certamente vale a pena tentar a abordagem (p. 241-242).
The outcome of such an approach to the Bible should be increased understanding of the behavior described in the texts-the behavior of the persons who people the text as well as the behavior ascribed to God by analogy with human behavior. Instead of biblical dogmas, we would get to know and appreciate the personages who embodied biblical faith. Instead of moral guidelines and theological propositions, we would discover social persons and the underpinnings of their interpersonal relations. Instead of the Bible as a source of the “religion of the book,” we would find the Bible as a record of the “religion of persons” and their theocentric and christocentric successes and failures that lie at the source of our Judaeo-Christian tradition. Instead of theology, we would make the acquaintance of our flesh and blood ancestors in faith and the dimensions of their quest for an adequately meaningful human existence. If such be the hoped for outcomes, the approach is certainly worth a try (p. 241-242).
Sobre Bruce Malina, confira aqui.
Fonte: MALINA, B. The Social Sciences and Biblical Interpretation: Reflections on Tradition and Practice. Interpretation: A Journal of Bible and Theology, vol. 36, n. 3, p. 229-242, 1982.
Seleção de postagens dos biblioblogs em julho de 2022.
Biblical Studies Carnival 197 for July 2022
Trabalho feito por Phillip J. Long em seu blog Reading Acts.