:: Um terremoto chamado Snowden – Flávio Aguiar: Carta Maior 09/07/2013
Se houvesse uma escala para efeitos de denúncias internacionais, como há a Richter para os terremotos, o caso Snowden estaria no topo. De certo modo, as revelações do ex-espião norte-americano são mais impactantes do que as feitas tempos atrás por Julian Assange, com o auxílio de Bradley Manning.
:: Empresa do espião Snowden foi consultora-mor do governo FHC – Redação: Carta Maior: 10/07/2013
No governo de Fernando Henrique Cardoso, a Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal. Incluem-se aí o “Brasil em Ação” (primeiro governo FHC) e o “Avança Brasil” (segundo governo FHC), entre outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional.
:: Snowden: Rússia e países latino-americanos ganharam “respeito do mundo” – Luciana Taddeo: Opera Mundi 12/07/2013 – 14h25
Explicando sua decisão que o obrigou a afastar-se da vida “em grande conforto” com sua família e uma “casa no paraíso” que conta ter tido antes até revelar os programas de espionagens dos EUA, Snowden alega acreditar no princípio declarado em Nuremberg na Alemanha, em 1945: “Os indivíduos têm obrigações internacionais que transcendem as obrigações nacionais de obediência. Portanto, cidadãos individuais têm a obrigação de violar leis domésticas para prevenir que crimes contra a paz e a humanidade aconteçam”.
:: O objeto de desejo, a obsessão de Obama – Eric Nepomuceno: Carta Maior 13/007/2013
Mais enrolada que rocambole de avó ou bolo de rolo de Pernambuco, a situação de Edward Snowden continua atraindo as atenções de meio mundo. Encalhado em Moscou, sem ter para onde ir, ele resolveu pedir asilo à Rússia. Será o primeiro passo para poder ir para um dos três países – a Nicarágua, a Venezuela e a Bolívia – que ofereceram asilo ao ex técnico terceirizado da CIA que desmontou uma das grandes farsas do governo de Barack Obama. Empenhando uma palavra cada vez mais carente de valor, Obama havia assegurado que desmantelaria o gigantesco esquema de espionagem global armado pelo seu antecessor, George W. Bush. Pois não só manteve como o expandiu. Escudado no argumento da necessidade de evitar atentados terroristas, seu governo aproveitou para espionar a tudo e a todos (…) Snowden revelou parte do que sabe, e essa parte foi suficiente para que ele se tornasse uma obsessão para Obama, que desandou a distribuir ordens e determinações com a tranqüilidade de quem não só se crê, mas está convicto de ser o verdadeiro dono do mundo (…) Enquanto continua nebuloso o panorama, resta uma pergunta entre tantas: de onde tamanha sanha? Por que, afinal, Snowden se transformou na obsessão, no verdadeiro objeto de desejo de Obama? O enigma, talvez, nem seja tão intrincado assim. Obama, tido como fraco e frouxo, precisa mostrar que é forte e decidido. É uma questão interna. Os truculentos republicanos vivem dizendo que ele não é de nada. E, talvez por não ser de nada, Obama resolveu fazer uma exibição global de valentia. O custo, as conseqüências, nada disso importa. O que importa é satisfazer a opinião pública e seu eleitorado.