O que é o Prism?

:: EUA têm acesso direto aos servidores de Google, Facebook e Apple, dizem jornais – Redação: CartaCapital 06/06/2013
Um documento divulgado nesta quinta-feira 6 [de junho de 2013] pelos jornais The Washington Post e The Guardian revelou que o governo dos Estados Unidos possui um programa que dá acesso direto aos servidores de algumas das gigantes da internet, como Google, Facebook e Apple. O programa secreto, chamado de PRISM, permite que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) monitore os históricos da web e de internet de usuários e obtenha e-mails, fotos, vídeos, bate-papos, arquivos, conversas de programas como o Skype e detalhes de redes sociais.

:: Gigantes da internet foram obrigadas a ceder dados para grampos do governo dos EUA – Redação: Opera Mundi 06/06/2013
Algumas das empresas mais conhecidas e importantes da internet foram obrigadas a ceder dados de clientes para o governo dos Estados Unidos, de acordo com novo documento revelado pela imprensa internacional. Entre as companhias que tiveram seus sistemas acessados pela NSA (sigla em inglês de Agência de Segurança Nacional) estão Google, Facebook, Microsoft, Yahoo, Skype e YouTube. De acordo com documento divulgado pelo The Guardian, uma apresentação de Power Point com 41 slides, os grampos eram realizados “diretamente dos servidores” das maiores empresas dos EUA e incluíam e-mails, arquivos anexados, vídeos e conversas online.

:: Escândalo de invasão de privacidade coloca governo dos EUA sob pressão – Reuters/Terra 07/06/2013
O debate sobre se o governo dos EUA está violando a privacidade dos cidadãos ao tentar protegê-los do terrorismo atingiu um novo patamar na quinta-feira, com a revelação de que as autoridades colheram dados de milhões de usuários de telefones e exploraram os servidores de nove empresas da internet.

:: Programa dos EUA, em teoria, também poderia monitorar brasileiros – Altieres Rohr: G1 07/06/2013
Os jornais “The Guardian” e “The Washington Post” revelaram a existência de duas iniciativas secretas da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) e do FBI: o Prism e o Blarney. O que as publicações dizem sobre o monitoramento parece confirmar algumas teorias de conspiração: como o mundo inteiro utiliza serviços de internet norte-americanos, todos nós podemos ser vigiados.

:: UK gathering secret intelligence via covert NSA operation – Nick Hopkins: The Guardian 07/06/2013
UK security agency GCHQ gaining information from world’s biggest internet firms through US-run Prism programme

:: Espionagem estatal dos EUA pode ter atingido o Reino Unido, alertam ativistas – Roberto Almeida: Opera Mundi 07/06/2013
Reportagem publicada ontem (06/06) pelo jornal britânico The Guardian mostrou que o governo dos EUA, sob a administração Barack Obama, segue espionando a população do país com a justificativa da “guerra ao terror” e amparado no “Patriot Act”, controversa lei aprovada em 2001, durante o governo de George W. Bush, que suprime as liberdades civis (…) Com base na colaboração entre EUA e Reino Unido no combate ao terror, o Open Rights Group suspeita que o serviço secreto britânico possa ter se munido de informações do esquema e que dados de cidadãos britânicos possam ter sido vasculhados pela NSA (sigla em inglês para Agência de Segurança Nacional), responsável pelos grampos.

:: EUA monitoram ao menos 3 operadoras telefônicas e companhias de cartões de crédito – Redação: Opera Mundi 07/06/2013
O escândalo de grampos e investigações secretas do governo dos Estados Unidos sobre sua própria população chega ao seu terceiro episódio nesta sexta-feira (07/06): além de agentes de inteligência terem acesso irrestrito a registros de chamadas da operadora Verizon e aos dados de clientes das principais empresas de internet no mundo, eles também obtêm informações das duas maiores companhias telefônicas do país, AT&T e Sprint, e de fabricantes de cartões de crédito. De acordo com o jornal The Wall Street Journal, que cita fontes ligadas à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA), essa divisão tem acordos com a AT&T e Sprint similares ao da Verizon, revelado nesta semana pelo jornal britânico The Guardian.

:: NSA scandal: what data is being monitored and how does it work? – Charles Arthur: The Guardian 07/06/2013
Everything you need to know about data gathering from internet companies by the US National Security Agency. NSA has direct access to Google, Facebook and Apple.

:: Empresas mudaram sistemas para serem monitoradas por EUA, diz jornal – Folha de S. Paulo  08/06/2013 – 10h53
O jornal americano “The New York Times” informou neste sábado que a maioria das empresas de internet americanas fizeram um acordo com o governo para mudar os sistemas para facilitar o monitoramento de dados de usuários pelos serviços de inteligência (…)  As companhias são obrigadas por lei a fornecer os dados dos investigados por serviços de inteligência, de acordo com o Código de Vigilância e Inteligência Estrangeira. Nesse caso, as demandas são feitas por ações judiciais de caráter confidencial. No entanto, algumas empresas fizeram acordos informais para abrir pequenas brechas nos sistemas para permitir o compartilhamento de informações de forma extraoficial. Os dados seriam trocados em salas de bate-papo secretas, hospedadas em servidores confidenciais (…)  Uma das empresas, no entanto, não aceitou o acordo e se manteve apenas no sistema legal de vigilância. O Twitter se negou a fornecer brechas em seus sistemas para permitir maiores invasões do governo. O serviço de microblog também não aparece entre as empresas que foram monitoradas pelo PRISM. Questionadas pelo “New York Times”, as companhias de internet disseram não ter conhecimento sobre o programa do governo para facilitar o acesso a seus servidores.

:: Do 11 de setembro ao PRISM: a escalada de espionagem do governo norte-americano – Charles Nisz: Opera Mundi 08/06/2013
Há exatos 64 anos, era lançado 1984, a mais famosa das obras do escritor britânico George Orwell. No livro, Orwell faz o retrato de um governo repressivo e totalitário, cujo poder está baseado no controle e na vigilância sobre os cidadãos. Muitos dos termos usados pelo autor entraram para a cultura popular – o mais famoso deles é justamente o “Grande Irmão”, responsável pela vigilância dos cidadãos no mundo criado por Orwell. O vazamento de documentos sobre a espionagem feita pelo governo norte-americano a seus cidadãos por meio do programa PRISM suscitou muitas críticas a Barack Obama. Principalmente porque o governo dos EUA obrigou operadoras de telefonia e empresas de tecnologia como a Verizon, a Apple, o Yahoo, o Google e o Facebook a fornecerem dados sigilosos sobre seus usuários. É impossível não fazer o paralelo com o “Grande Irmão”. A divulgação do PRISM em matéria do jornal britânico Guardian chocou a opinião pública mundial. Os documentos obtidos são de abril de 2013. No entanto, o PRISM não é causa, mas sim consequência de uma escalada da vigilância do governo norte-americano. Conforme os documentos vazados pelo grupo hacker Annonymous, o programa foi iniciado em 2007, ainda na administração de George W. Bush.

:: EUA dizem que empresas têm conhecimento de programa de espionagem de dados – Redação: Opera Mundi 09/06/2013
O diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, especificou na noite deste sábado (08/06), em comunicado, que a espionagem de comunicações digitais estrangeiras se realizam com o “conhecimento” das empresas de internet envolvidas. Clapper, que comanda a NSA (Agência Nacional de Inteligência), tentou novamente minimizar os vazamentos para a imprensa sobre o programa PRISM, que permite vigiar comunicações digitais de nove grandes provedores de internet nos EUA. O diretor chamou a PRISM de um simples “sistema governamental interno de computação”, destinado a supervisionar dados que podem ser recopilados por mandato judicial. Segundo o documento de três páginas, o Congresso foi informado deste programa 13 vezes desde 2009.

:: Nós somos a alta tecnologia da espionagem global – Eduardo Febbro: Carta Maior 04/08/2013
Todas as fantasias dos adeptos das teorias conspiratórias que imaginavam os EUA espionando cada canto do planeta com satélites e dispositivos ultra tecnológicos viraram fumaça em um par de dias. A alta tecnologia da espionagem global somos nós mesmos, não satélites espiões, nem raios invisíveis. Nós entregamos nossos correios, nossos segredos, as fotos e os nomes de nossos filhos e irmãos, de nossos amigos, envoltos em um papel de presente transparente. O problema com os dados reside em que se toma uma informação de um servidor informático que está aí permanentemente. Não há roubo. Pode-se operar sem que a vítima se dê conta. A força desse tipo de espionagem radica no fato de que a vítima ignora seu estatuto de vítima. Os brinquedos conhecidos que a NSA emprega para acessar nossas intimidades são três: o olho é Prisma, seus aliados são Boundless Informant e X-Keyscorey. Prisma se conecta aos servidores das redes sociais, Google, Microsoft, Apple, Twitter, Skype, Facebook e outros. Boundless Informant é um software dirigido em grande parte ao ataque extraterritorial. O dispositivo mede o nível de segurança que cada país aplica a seus sistemas ao mesmo tempo em que consolida os meta-dados das conversações telefônicas (quem fala com quem) e das comunicações informáticas, os IP. X-Keyscorey é, nesta montagem, o cérebro do chamado Big Data, ou seja, o conjunto dos dados armazenados e analisáveis. X-Keyscorey é uma espécie de “Google” interno da NSA, ou seja, um analisador de conteúdos que abre as portas de tudo: histórico de navegações de uma pessoa, buscas realizadas na internet, conteúdos dos e-mails, conversações privadas no Facebook, cruzamento de informações segundo o idioma, o país de origem e de destino dos dados e dos intercâmbios. Especialistas em tecnologias da informação concordam: é imperativo mudar nossa cultura na rede.

:: Guerra da informação: ‘EUA detêm um poder avassalador’ – Eduardo Febbro: Carta Maior 21/08/2013
A proteção dos dados pessoais e a democracia não são bons aliados. O caso de Edward Snowden, o agenda da NSA norte-americana que revelou a espionagem dos Estados Unidos e a colaboração de atores privados do porte de Google, Microsoft ou Facebook, segue expandindo suas verdades e mostrando os limites dos sistemas democráticos. Espionagem global dos indivíduos por meio do sistema Prisma, detenção, em Londres, do companheiro do jornalista do Guardian que revelou os documentos de Snowden, Glenn Greenwald, destruição forçada dos discos rígidos do Guardian por parte dos serviços secretos britânicos, intimidações, ameaças, em suma, as democracias tiraram do armário seus melhores dispositivos legais para justificar a espionagem ou impedir a difusão de informações suplementares. Em entrevista à Carta Maior, Nicolas Arpagian analisa os mecanismos desta espionagem globalizada, seus instrumentos legais, características modernas, seus meandros tecnológicos, o conceito de guerra moderna e, sobretudo, a supremacia absoluta dos Estados Unidos no campo das tecnologias da informação. Arpagian é professor no Instituto de Altos Estudos de Segurança e Justiça (INHESJ), e na Universidade de Paris 10, especialista reconhecido em temas de cyber-segurança e segurança militar moderna.

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Estou de olho no senhor!

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