A sociedade atual e a metafísica da destruição

Tragédias naturais expõem perda da noção de limite

Nas catástrofes atuais [como a do Japão – 11/03/2011], parece que vivemos um paradoxo: se, por um lado, temos um desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, por outro, a qualidade da reflexão sobre tais acontecimentos parece ter empobrecido, se comparamos com o tipo de debate gerado pelo terremoto de Lisboa, no século XVIII, que envolveu alguns dos principais pensadores da época. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas, construindo inclusive usinas nucleares nestas áreas. A idéia de limite se perdeu e a maioria das pessoas não parece muito preocupada com isso. A Terra e a natureza não são prioridades para a sociedade contemporânea. Propagandas de bancos, operadoras de cartões de crédito e empresas telefônicas fazem a apologia do mundo sem limites e sem fronteiras, do consumidor que pode tudo. Kant já refletia sobre nossos limites.

O artigo é de Marco Aurélio Weissheimer e foi publicado por Carta Maior em 12/03/2011.

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Atualização: Japão: níveis de radiação disparam após incêndio e explosão em Fukushima – Folha: 15/03/2011 04h30

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