Cristianismo: religião de referência ou uma entre as demais?
A mesa de debates Teologia Pluralista e Teologia da Revelação reuniu o teólogo Andrés Torres Queiruga, da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha, o teólogo Faustino Teixeira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil, e o teólogo José Maria Vigil, da Associação Ecumênica de Teólogos/Teólogas do Terceiro Mundo (ASETT/EATWOT), de El Salvador. O debate aconteceu no 23º Congresso da SOTER, que terminou ontem em Belo Horizonte.
O texto é de Antonio Carlos Ribeiro e foi publicado pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC) em 15 de julho de 2010. Disponível também em Notícias: IHU On-Line: 16/07/2010.
Andrés Torres Queiruga desenvolveu a noção de pluralismo assimétrico que, mesmo sendo uma abstração, pode ser utilizada em relação ao outras religiões, mas sem se afastar do específico do Cristo para a tradição cristã. Admite que existem muitos pluralismos, mas há alguns com os quais ele tem dificuldades, como o dos ateus, embora respeite o discurso e se disponha a dialogar, mesmo sendo distinto do cristão. Por outro lado, não tem dificuldade de estabelecer contato com teólogos católicos e protestantes, desde que seja possível dialogar e crescer (…) Faustino Teixeira aprofundou a noção do pluralismo religioso, chamando-o de irrevogável e irredutível, e não sendo visto mais como estrutural e passageiro, mas reivindicando legitimidade e permanência (…) José Maria Vigil chamou os teólogos a olharem para o futuro, observando que mesmo a Teologia da Libertação clássica foi inclusivista. No entanto, “não podemos dizer que o que foi dito no passado possa ser dito do mesmo modo hoje”. Até porque naquela época nem sabíamos que hoje estaríamos debatendo os limites do exclusivismo sobre o diálogo inter-religioso. Assim, apoiou integralmente a visão de Faustino Teixeira.
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