Cássio e Irineu fazem nova tradução da Bíblia

Bíblia recebe nova tradução

Os professores Irineu Rabuske, da Faculdade de Teologia da PUCRS, e Cássio Murilo Dias da Silva, da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção – ligada à PUC-SP -, lançaram-se num empreendimento grandioso: realizar uma nova tradução da Bíblia a partir dos originais em hebraico, grego e aramaico.

O trabalho seria impensável para uma dupla e dependeria de mais recursos e tempo sem um aliado: a informática. Até o final de 2009 as Edições Loyola, de São Paulo, publicarão uma obra parcial, resultado de dois anos de pesquisa, com os Evangelhos e Atos dos Apóstolos. A previsão é de que em 2010 esteja pronto o Novo Testamento e daqui a três anos, a edição completa da Bíblia.

A tradução é feita a quatro mãos. Os pesquisadores se comunicam por Skype – um programa que interliga, de forma on-line, usuários conectados à internet. Apesar de estar cercado por várias Bíblias, um programa facilita o acesso de Rabuske a obras de todas as línguas – o BibleWorks.

Apesar de o Brasil ser (…) um país [com muitas] traduções, perto de 15, segundo o professor, todas contêm imprecisões e são “precárias”. “Não havia recursos técnicos para a sua realização.” A nova tradução tem como alvo professores e alunos de Teologia, além de agentes de pastoral. A linguagem é acessível, atualizada e sem termos muito específicos. Para facilitar estudos e pesquisas, haverá notas explicativas. “Pretendemos dar subsídios para a interpretação da Bíblia”, explica Rabuske (…).

Os autores visam a ser fiéis ao original o mais possível, por isso se baseiam nos textos primários. “As traduções são como as cópias de imagens. A cada uma que fazemos se perde um pouco.” Eles se preocupam em seguir normas mais universais da tradição da Igreja Católica, sem um viés ideológico.

Uma das inovações da obra é o tratamento de modo sinótico. Os Evangelhos que abordam os mesmos temas são traduzidos simultaneamente com as colunas postas lado a lado no computador. “Procuramos respeitar a equivalência e divergência de vocábulos entre Mateus, Marcos, Lucas e João.” Rabuske e Dias da Silva definem trecho a trecho qual é a melhor versão da Língua Portuguesa. As palavras repetidas em cada Evangelho são comparadas e verificadas em seu sentido.

Os autores se conheceram no Pontifício Instituto Bíblico, onde estudaram juntos. O professor da PUCRS é Mestre em Ciências Bíblicas pela instituição de Roma e Doutor em Teologia pelo Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, de São Leopoldo. Dias da Silva tem Doutorado em Exegese Bíhttps://airtonjo.com/site1/minimalistas.htmblica pelo Pontifício Instituto Bíblico. Dedicam 20 horas por semana para a pesquisa. 

Amanhã, 21 de setembro, segunda-feira, e no dia 25 [sexta-feira], eles falarão sobre o trabalho para as turmas de Humanismo e Cultura Religiosa da Universidade, no auditório do prédio 5 do Campus Central – na Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre.

Fonte: PUCRS – Assessoria de Comunicação Social – ASCOM: 16/09/2009 – 12h25min

Leia Mais:
Cássio Murilo Dias da Silva
Irineu José Rabuske

Paulo de Tarso e a evangelização

Na REB 69, fascículo 275, de julho de 2009, o tema central é Paulo de Tarso evangelizador.

Artigos:
:: Valdir Marques: A antropologia de Paulo de Tarso, p. 516-532
:: Carlos Mesters e Francisco Orofino: A espiritualidade do Apóstolo Paulo. Vencer os obstáculos, sem perder a ternura, p. 533-548
:: Isidoro Mazzarolo: Evangelizar é um imperativo (1Cor 9,16)! A evangelização, hoje, à luz da missão do Apóstolo Paulo, p. 549-572

Comunicado:
:: Michel Sakr: Jesus Cristo nas cartas paulinas, p. 676-683

Sobre estes textos, diz o editorial, assinado pelo redator Elói Dionísio Piva:
“É, pois, como fruto do ano paulino e com o propósito de dar continuidade à refontalização e atualização da Igreja que a REB tem a satisfação de se fazer porta-voz de teólogos e pastoralistas que oferecem sua contribuição no discernimento do que Paulo entendia por ser humano (Valdir Marques), no discernimento de sua força motriz, ou seja, de sua espiritualidade (Carlos Mesters e Francisco Orofino), de seu impulso evangelizador (Isidoro Mazzarolo) e de sua experiência de Jesus Cristo (Michel Sakr)”.

Jerusalém na época persa

Em Journal of Hebrew Scriptures, da Universidade de Alberta, Canadá, no vol. 9, artigo 20, de 2009, leio um artigo de Oded Lipschits, do Institute of Archaeology, Tel Aviv University, Israel:

Persian Period Finds from Jerusalem: Facts and Interpretations

Diz o Abstract:
The Babylonian, Persian and early Hellenistic periods are unique in the history of Judah. They represent a kind of “interlude” between two periods of greatness and political independence. This article discusses the archaeological finds from Jerusalem in the Persian and Early Hellenistic periods. It includes an assessment of the scope of the built-up area of the city, and an estimate of the city’s population, on the basis of the archaeological data. This article’s emphasis on the importance of the Ophel hill as the main built-up area in the Persian and Early Hellenistic period is unique in present archaeological and historical research of ancient Jerusalem.

Leia Mais:
O paradigma bíblico exílio-restauração caducou?
Abordando Yehud

O Código Deuteronômico seria pós-josiânico?

Em Journal of Hebrew Scriptures, da Universidade de Alberta, Canadá, no vol. 9, artigo 18, de 2009, leio um artigo de Ernst Axel Knauf, do Institut für Bibelwissenschaft, da Universidade de Berna, Suiça:

Observations on Judah’s Social and Economic History and the Dating of the Laws in Deuteronomy.

Diz o Abstract:
Nadav Na’aman’s recent dating of the Deuteronomic Law by social history is methodologically seminal, even if I disagree with the substance of his argument. In this article, I advance the case that the care of Deuteronomy for the ‘displaced Judahite” (gr) fits the 6th century much better than the 7th, as Na’aman argues.

Em determinado ponto do artigo, com o subtítulo The Rule of Law, argumenta Axel Knauf que a datação tradicional – que ele chama de “o erro de De Wette” – do Código Deuteronômico (Dt 12-26) na época de Josias [629-609 AEC] é insustentável, já que o rei era a lei e não usava leis codificadas. Mais: para o rei, a existência de um código de leis oficial era uma violação de sua prerrogativa real. O ambiente em que estas leis deveriam funcionar era o de Mizpah e Betel após a destruição de Jerusalém pelos babilônios e a queda da monarquia em 586 AEC.

Em seguida, ele explica porque a proposta de De Wette, feita em 1805, acabou ficando tão popular.

Sabemos que W. M. L. de Wette sugeriu que o “Livro da Lei”, que impulsionou a reforma de Josias, deveria corresponder ao Deuteronômio, ou, pelo menos, a uma forma mais primitiva deste livro. Mas, mais importante ainda foi a sua conclusão de que este Deuteronômio original foi composto na época de Josias, guardado no Templo e, em seguida, utilizado como documento de propaganda para a reforma deste rei.

A tese de W. M. L. de Wette foi publicada em 1805 em sua Dissertatio criticoexegetica… Em seguida, ele retoma suas idéias em suas Beiträge zur Einleitung in das Alte Testament [Contribuições para a Introdução ao Antigo Testamento] 2 Bde. Halle: Schimmelpfennig, 1806-1807 (reimpressão em 1 volume: Hildesheim: George Olms, 1971). Cf. SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. São Paulo: Loyola, 2003, p. 120-121.

É claro que, no mundo acadêmico, a identidade deste Livro da Lei é extremamente controvertida. Leia o meu post A descoberta do Livro da Lei na época de Josias.

Citando Axel Knauf:
The available data from social and economic history render the ‘Josianic’ dating of Deuteronomy 12–26 untenable; the basic layer of these laws reacts to the situation at Mizpah and Bethel after 586 BCE. In monarchic Judah—as in Egypt, the king was the source of justice (cf. Ps 45:6; 72:1); he barely needed codified competition in this field. As long as there was a king in Jerusalem, he had no use for a codified law, for he was the king. The scribes, who did the actual ruling of the people, had no use for a codified law, for they had the authority of the king in whose name they ruled. They had, though, limited use for a collection of the common law (like the ‘Book of the Covenant’), because justice was meted out basically by the local community (with the possibility of appeal to the king, who would discuss the matter with his scribes). For the king, the existence of an authoritative ‘law’ besides him would have meant in infringement of his royal prerogative. The popularity of what now should be called de Wette’s error —the equation of the ‘Book of the Law’ presumably found in 622 BCE with Deuteronomy or parts of it— seems to be due to some specious attitudes towards the Bible and its world: the vain wish that the Bible could prove authoritative not only in the spiritual, but also in a literary-historical sense; the assumption of more continuity than discontinuity between the cult, literature and theology of the First and Second Temples; the crypto-fundamentalist inability to realize that Israel and Judah could, and did, exist without Torah and Prophets for rather a long time. Especially in the case of German scholars these fallacies are exacerbated by an idealistic view of the scribes and their intentions: they did not care for the people, they cared for the state, and l’état, c’était eux [as notas de rodapé 9 a 14 foram omitidas aqui]

Esclareço que o artigo de Nadav Na’aman mencionado por Axel Knauf é: “Sojourners and Levites in the Kingdom of Judah in the Seventh Century BCE,” ZAR 14 (2008), 237–279.

E que ZAR é a publicação Zeitschrift für Altorientalische und Biblische Rechtsgeschichte, do Institut für Alttestamentliche Theologie, Evangelisch-Theologische Fakultät Ludwig-Maximilians-Universität München, München [Munique], Alemanha.

As linguagens possíveis sobre Deus hoje

Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e Impossibilidades. Este é o tema de capa da edição 308 da revista IHU On-Line, publicada em 14/09/2009.

Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e impossibilidades, tema central do X Simpósio Internacional IHU, que se realiza nesta semana na Unisinos, numa promoção do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, é o núcleo ao redor do qual se concentram as contribuições de pesquisadores e pesquisadoras, das mais diferentes áreas do conhecimento e de diversas partes do mundo, desta edição da IHU On-Line

As entrevistas:
:: William Stoeger: As ciências naturais não podem dizer o que Deus é ou não é
:: Marcelo Fernandes de Aquino: A pós-metafísica e a narrativa de Deus
:: Ernildo Stein: Narrativas de Deus são fragmentárias como era pós-metafísica
:: Jean-Louis Schlegel: Todos os discursos sobre Deus são possíveis e imagináveis em nossa sociedade
:: Felix Wilfred: Fluidez e abertura nas narrativas de Deus na sociedade pós-metafísica
:: Geraldo De Mori: Literatura: lugar de narrar Deus
:: Luigi Perissinotto: O silêncio e a experiência do inefável em Wittgenstein
:: Benilton Bezerra Júnior: “Só os sujeitos de linguagem podem crer em Deus”
:: Mary Hunt: Os novos nomes de Deus e o empoderamento feminino
:: Clóvis Cabral: Deus é maior do que os discursos sobre ele
:: Luís Carlos Susin: “É narrando que se diz o mistério”
:: Faustino Teixeira: O budismo e o “silêncio sobre Deus”
:: Christoph Theobald: O cristianismo como estilo

Leia Mais:
X Simpósio Internacional IHU: Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e Impossibilidades

Blogs e Biblioblogs

What we do in life echoes in eternity… O que fazemos em vida ecoa na eternidade (Gladiator – O Gladiador)

:: Sobre os Blogs e a Blogosfera

. Pesquisa sobre a blogosfera brasileira
Estatísticas sobre uso de internet na Alemanha sugerem uma situação muito melhor que a do Brasil, onde atinge apenas 14% da população. Mesmo assim, quando o assunto é weblog, o desempenho dos brasileiros surpreende (Folha Online – Deutsche Welle)

. Estudo sobre a blogosfera: BU e UFMG
From a press release about a study called Traffic Characteristics and Communication Patterns in the blogosphere by researchers at Boston University and Federal University of Minas Gerais, Brazil…

. A Blogosfera, segundo Technorati
Welcome to Technorati’s State of the Blogosphere 2008 report, which will be released in five consecutive daily segments (Technorati: State of the Blogosphere / 2008)

. No Brasil temos muitos blogs e poucos biblioblogs
Se o Brasil é o quinto colocado no mundo em número de leitores de blogs e o terceiro entre os que mais têm blogueiros, como diz esta pesquisa feita pela McCann para a Intel – leia no IDG Now – por que temos tão poucos biblioblogueiros?

. Saramago: o blog ilumina o caminho de seu autor
No dia 25 de junho de 2009, o escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura 1998, lançou em livro os textos de seu blog, O Caderno de Saramago. Foi entrevistado pelo jornal argentino Clarín e asseverou: “Con los blogs se está escribiendo más, pero peor”:

Clarín: ¿Hay una forma distinta de escribir para el blog (más rápido, sin tanta corrección…)?

Saramago: No falta quien piense mucho para responder: “La practica del blog ha llevado a la escritura a muchas personas que antes poco o nada escribían”. Lástima que muchas de ellas piensen que no merece la pena preocuparse con la calidad de estilo de lo que se escribe. El resultado está siendo que, a la vez que se escribe más, se está escribiendo peor. Personalmente cuido tanto del texto de un blog como de una página de novela.


:: O que é um Biblioblog e quem é um Biblioblogueiro? What is a Biblioblog and who is a Biblioblogger?

. Em Biblioblogs, uma página que lista quase 300 biblioblogs com seus links e o nome de seus autores, escrevi:
Um blog, ou weblog, é uma página web atualizada frequentemente, composta por pequenos parágrafos apresentados de forma cronológica. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. Biblioblogs ou Blogs sobre Estudos Bíblicos são blogs que têm como foco principal pesquisas bíblicas realizadas por exegetas. Visite os Biblioblogs para saber o que está acontecendo no mundo dos estudos bíblicos.

. The Biblioblog Top 50 traz uma Complete List of Biblioblogs:
This is a list of currently active biblioblogs (Biblical Studies Blogs). “Biblioblogs” are blogs which deal primarily with matters concerning scholarly or academic biblical studies. Of course, it is impossible to keep track of all such blogs in the blogosphere, so while the list is never really complete, we try our best to get close. While we think this is the most useful, most up-to-date and best list of biblical studies blogs available, it is not, nor could it possibly be, ‘official’ or ‘authoritative.’ Bibliobloggers are an anarchic lot, with no central organization or authority. And anybody who reckons they have a ‘biblioblog’ is free to call it that, and there is nobody out there able to stop you (The Biblioblog Top 50).

. O mundo dos biblioblogs na opinião de N. T. Wrong
Mas me impressiona, no mundo dos biblioblogueiros, a predominância assustadora dos muito conservadores (Very conservative) e dos conservadores moderados (Fairly conservative)… Para meu desgosto! Aliás, em 3 de maio de 2007 publiquei algo sobre o crescimento do conservadorismo político-religioso na Internet. Não é sobre os biblioblogs, mas é interessante ver como proliferam os GodTube [Tangle?], GodTube.com Blog, Conservapedia, Creationwiki…

. The biblioblogs tag page at Technorati
This Technorati Tag page contains the latest posts from around the Blogosphere about biblioblogs. Que diz, hoje – pois isso muda de acordo com os temas tratados na biblioblogosfera:
People who used the tag biblioblogs also used tags like: humor, sbl, blogging, biblical studies, hebrew bible, biblical studies carnival, bibliobloggers, hebrew-bible, greek new testament, bible translation, blogroll, jim west, blog, society of biblical literature, conferences, technology, bible-translation, contact, bible, other posts

. Conhecemos o universo dos biblioblogs?
Kevin Wilson, de Blue Cord, escreve sobre a longevidade dos biblioblogs em Bibliblogger Longevity. Leia este post e o anterior, Metacatholic’s Biblical Studies Carnivalette. Mas não temos uma estatística sobre o assunto, temos? A esta altura do campeonato, seria valiosa. Penso em coisas assim, aqui colocadas sem nenhum planejamento, só o que me vem à cabeça…

. The World of Bibliobloggers – Where Are We From?
More than a quarter of all bibliobloggers are from the American South. Biblioblogging is as Dixie as country music. We have analyzed where bibliobloggers are teaching and studying, from the information gathered on The Complete List of Biblioblogs. Any surprises? (The Biblioblog Top 50)

. American South Totally Dominates New Testament Biblioblogging
We recently analyzed the locations at which bibliobloggers taught and studied. The study revealed that more than a quarter of bibliobloggers were from the American South. But when we examine New Testament bibliobloggers, the results are even more startling. The American South totally dominates New Testament Biblioblogging. A staggering 2 out of 5 worldwide New Testament bibliobloggers are based down South. On a U.S. basis, 2 out of 3 American New Testament bibliobloggers are from the South (The Biblioblog Top 50)

. Um blog é uma ferramenta democrática
A discussão nestas postagens é toda voltada para o valor acadêmico do ato de blogar e de seus resultados: é esta uma forma de publicação que a academia deveria levar a sério na carreira do professor e pesquisador ou é muito mais um serviço, que, apesar de todo o seu rico conteúdo, não tem e nem deveria ter valor acadêmico?

. CROSSLEY, J. G. Jesus in an Age of Terror: Scholarly Projects for a New American Century. London: Equinox Publishing, 2008, 256 p. – ISBN 9781845534295 (Hardback) 9781845534301 (Paperback).

Veja resenhas do livro aqui. E uma grande polêmica sobre os exegetas e o imperialismo, tema abordado no livro, aqui.

This book will apply the work of Noam Chomsky, Edward Herman, Edward Said and several others on international politics and the supportive role of the media, intellectuals and academics to contemporary Christian origins and New Testament scholarship. Part One will look at the ways in which New Testament and Christian origins scholarship has historically been influenced by its political and social settings over the past hundred years or so. Moving on to the present, the following chapter will then apply Herman and Chomskys propaganda model of manufacturing consent in the mass media to the recent explosion of biblical scholars writing on the internet, in particularly biblio-bloggers. It is clear that political views in biblio-blogging conform strikingly to the emphases that come through in Herman and Chomskys analysis of the mass media and intellectuals, particularly with the standard lines on the war on terror and views on the contemporary Middle East.

. O show do eu: só existe quem é visto?
Essas produções [os blogs e similares] estão aí na maioria dos casos para ornamentar o “eu” do autor… Se quisermos “ser alguém”, precisamos exibir permanentemente aquilo que supostamente somos. Nos últimos anos, portanto, têm cristalizado uma série de transformações profundas nas crenças e valores em que nossos modos de vida se baseiam, e a “espetacularização do eu” faz parte dessa trama (Maria Paula Sibilia)

. Biblioblogueiras
Aconteceu nesta semana uma boa discussão na biblioblogosfera sobre as razões do pequeno número de mulheres biblioblogueiras quando comparado ao sempre crescente número de homens biblioblogueiros. Começou com a leitura do Top 50 de agosto: Why are there so many male bibliobloggers? Why are there so few females on that list?, pergunta April DeConick.

. Bibliobloggers and NT social identity formation-a comparative study?
I’ve been enjoying the recent discussion about the essential nature and fuzzy boundary markers of the biblioblogging group. When it comes to group identity, dialog between necessary essence and fuzzy boundary markers can be fascinating. Two recent posts got me thinking about biblioblogging in terms of social identity… (Confluence: Ben Byerly’s Muddy Mix)

. BiblioblogNED: uma rede de biblioblogs em holandês
Acrescento, por fim, que todos os biblioblogs que não estão em inglês, além de serem minoria, tendem irremediavelmente a ficar mais ou menos invisíveis para o grupo dominante…

. Biblioblogueiros afiliados como grupo à SBL
Bibliobloggers an SBL PartnerI’m very pleased to announce, after discussions with Jim West that the Society of Biblical Literature and Bibliobloggers have become affiliated… (Kent Harold Richards).

O anúncio desta afiliação gerou bastante controvérsia…

Biblioblogueiros afiliados como grupo à SBL

Leio na página da SBL:

Bibliobloggers an SBL Partner
I’m very pleased to announce, after discussions with Jim West that the Society of Biblical Literature and Bibliobloggers have become affiliated. We look forward to partnering at our North American and international meetings every year. This partnership will make possible the fostering of biblical scholarship and communication among members of both groups. The affiliation will enable Bibliobloggers to meet and hold sessions in conjunction with the SBL meetings. Individual bibliobloggers who are members of the Society of Biblical Literature and who wish to identify themselves as affiliates of SBL may post the affiliation on their blog. I want to thank Jim and his colleagues for their efforts. This is a partnership long overdue, and it’s great to see it come to fruition.
Kent Harold Richards – Executive Director

O Comitê encarregado de dirigir o Biblioblog Program Unit ficou assim constituído:
April DeConick
Mark Goodacre
Stephanie Fisher
Robert Cargill
Christian Brady

São duas as condições básicas para participar: ter um biblioblog e ser afiliado à SBL. Assim, nos Congressos da SBL haverá um espaço próprio para os biblioblogueiros se reunirem e discutirem temas próprios de sua área, dentro de um programa previamente elaborado e assumido pela instituição.

O anúncio desta afiliação gerou bastante controvérsia… veja abaixo, em “Leia Mais”. Como “sapo de fora”, não dou palpite, não sendo afiliado à SBL. Vamos ver os resultados.

Mas pergunto: na SBL os biblioblogueiros discutirão os conteúdos bíblicos tratados nos biblioblogs – já, eventualmente, presentes nas outras seções da SBL – ou o meio utilizado pelos biblioblogs (o “gênero” biblioblog) e os temas específicos da biblioblogosfera? Talvez aí esteja o “x” da questão e a razão maior da controvérsia.

Leia Mais:
SBL sessions designed by and for bibliobloggers? – John Hobbins: September 05, 2009
SBL, Biblioblogging and You – Christian M. M. Brady: September 07, 2009
More on the SBL / Biblioblogging Affiliation – Mark Goodacre: September 09, 2009
Dissent is Small-Minded Childish Whining and Sniveling – Douglas Mangum: September 12, 2009
Biblia Hebraica – SBL Affiliated – Douglas Mangum: September 12, 2009
On sbl affiliation with bibliobloggers – Robert Cargill: September 12, 2009
On the SBL and “Bibliobloggers” – Matthew Burgess: September 12, 2009
SBL Affiliation Posts Consolidated – Daniel O. McClellan: September 12, 2009
Yet More on the SBL / Biblioblogging Affiliation – Mark Goodacre: September 12, 2009

Resenhas na RBL: 09.09.2009

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Octavian D. Baban
On the Road Encounters in Luke-Acts: Hellenistic Mimesis and Luke’s Theology of the Way
Reviewed by Ron Clark

Randall C. Bailey, Tat-siong Benny Liew, and Fernando F. Segovia, eds.
They Were All Together in One Place? Toward Minority Biblical Criticism
Reviewed by Gerald West

Richard Bauckham
The Jewish World around the New Testament: Collected Essays 1
Reviewed by Christoph Stenschke

Augustine Casiday and Frederick W. Norris
The Cambridge History of Christianity, Volume 2: Constantine to c. 600
Reviewed by Paul Dilley

Gregory Lee Cuéllar
Voices of Marginality: Exile and Return in Second Isaiah 40-55 and the Mexican Immigrant Experience
Reviewed by Timothy Sandoval

Lawrence DiPaolo Jr.
Hymn Fragments Embedded in the New Testament: Hellenistic Jewish and Greco-Roman Parallels
Reviewed by Daniel Darko

Daniel Durken, ed.
The New Collegeville Bible Commentary: New Testament
Reviewed by Peter Judge

Beverly Roberts Gaventa and Richard B. Hays, eds.
Seeking the Identity of Jesus: A Pilgrimage
Reviewed by Mark Elliott

Axel Graupner and Michael Wolter, eds.
Moses in Biblical and Extra-biblical Traditions
Reviewed by Hallvard Hagelia

Heidi J. Hornik and Mikeal C. Parsons
Illuminating Luke, Volume 3: The Passion and Resurrection Narratives in Italian Renaissance and Baroque Painting
Reviewed by Thomas E. Phillips

Andrew T. Lincoln and Angus Paddison, eds.
Christology and Scripture: Interdisciplinary Perspectives
Reviewed by Douglas Campbell

Mark McEntire
Struggling with God: An Introduction to the Pentateuch
Reviewed by Lissa Wray Beal

Marvin Meyer
Judas: The Definitive Collection of Gospels and Legends about the Infamous Apostle of Jesus
Reviewed by Philip Tite

Anita Norich and Yaron Z. Eliav, eds.
Jewish Literatures and Cultures: Context and Intercontext
Reviewed by Joshua Schwartz

James M. Robinson
Jesus: According to the Earliest Witness
Reviewed by Petri Luomanen

Dan R. Stiver
Life Together in the Way of Jesus Christ: An Introduction to Christian Theology
Reviewed by Yolanda Dreyer


>> Visite: Review of Biblical Literature Blog

BiblioblogNED: uma rede de biblioblogs em holandês

Escreveu J. P. van de Giessen em seu Aantekeningen bij de Bijbel, em 4 de setembro de 2009 sobre o BiblioblogNED:

Omdat niet alleen vrouwen ondervertegenwoordigd zijn in de Biblioblog wereld, heb ik vandaag een nieuwe kolom toegevoegd met Nederlandstalige blogs die over de Bijbel schrijven. Een totaal bijgewerkte lijst kun je vinden op de nieuwe blog BiblioblogNED, waar in de toekomst ook artikelen komen te staan over het Nederlandse Biblioblogdom. Hieronder een lijst van de bloggers die ik kon vinden.

Em minha limitada compreensão do holandês – ou neerlandês -, entendi a afirmação, em tradução livre, assim:

Não são apenas as mulheres que estão sub-representadas no mundo dos biblioblogs. Por isso criei hoje um novo blogroll de blogs que escrevem em holandês sobre a Bíblia. Um lista completa e atualizada pode ser encontrada em o novo blog BiblioblogNed, que no futuro poderá vir a ser o espaço dos blogs holandeses. A seguir uma lista de blogueiros que eu pude encontrar [confira, na sequencia do post, a lista].

No BiblioblogNED – já acrescentado à minha Busca Personalizada do Google e ao meu Google Reader – leio o seguinte:

De blog over en van Nederlandstalige Bibliobloggers die zich bezig houden met de Bijbel en geloof.

BiblioblogNED é um blog que agrupa os biblioblogueiros de língua holandesa, pessoas que escrevem em seus blogs sobre a Bíblia e sobre a sua fé.

Observo, ainda, que o holandês é uma língua indo-européia, do ramo germânico, sub-ramo ocidental, que é o idioma oficial da Holanda, das Antilhas Holandesas e da Bélgica (junto com o francês); é falada também no Suriname, na Indonésia e no Noroeste da Alemanha. Conhecida também como flamengo ou neerlandês, esta última designação sendo uma francização de Nederland, nome neerlandês dos Países Baixos, de neder ‘baixo’ e land ‘país, região’ (Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa – Versão 1.0, dezembro de 2001).

Acrescento, por fim, que todos os biblioblogs que não estão em inglês, além de serem minoria, tendem irremediavelmente a ficar mais ou menos invisíveis para o grupo dominante…

Israel Finkelstein faz palestra no Brasil

Israel Finkelstein, o conhecido arqueólogo da Universidade de Tel Aviv, autor, com Neil Asher Silberman, do clássico The Bible Unearthed, fará palestra no Brasil no dia 30 deste mês.

O evento, que conta também com uma mesa redonda, abordará o tema Religião e Racionalidade: A História Bíblica e a Investigação Arqueológica.

Portanto, no dia 30 de setembro de 2009, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – na Av. João Pessoa, 80, Porto Alegre, RS – às 18h30, o Prof. Dr. Israel Finkelstein espera por você.

A mesa redonda terá a participação de Prof. Dr. Nelson Kilpp, da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo, do Doutorando Josué Berlesi, da Universidade de Buenos Aires e do Prof. Dr. Anderson Zalewski Vargas, da UFRGS.



As inscrições devem ser feitas através de formulário.

O pagamento deverá ser feito no dia do evento e os valores são os seguintes: R$ 10,00 para alunos de graduação e R$ 15,00 para demais participantes.

Formulário:
. Nome completo:
. Endereço:
. Telefones:
. E-mail:
. Instituição a que pertence:
. Valor a ser pago:

Agradeço a Josué Berlesi pelas informações.

Leia Mais:

:: Entrevista com Finkelstein em Sciences et Avenir 
:: Israel Finkelstein na biblioblogosfera
:: Resenha do livro de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman, The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts
:: The Bible Unearthed em DVD: agora no Brasil