Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e Impossibilidades. Este é o tema de capa da edição 308 da revista IHU On-Line, publicada em 14/09/2009.
Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e impossibilidades, tema central do X Simpósio Internacional IHU, que se realiza nesta semana na Unisinos, numa promoção do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, é o núcleo ao redor do qual se concentram as contribuições de pesquisadores e pesquisadoras, das mais diferentes áreas do conhecimento e de diversas partes do mundo, desta edição da IHU On-Line
As entrevistas:
:: William Stoeger: As ciências naturais não podem dizer o que Deus é ou não é
:: Marcelo Fernandes de Aquino: A pós-metafísica e a narrativa de Deus
:: Ernildo Stein: Narrativas de Deus são fragmentárias como era pós-metafísica
:: Jean-Louis Schlegel: Todos os discursos sobre Deus são possíveis e imagináveis em nossa sociedade
:: Felix Wilfred: Fluidez e abertura nas narrativas de Deus na sociedade pós-metafísica
:: Geraldo De Mori: Literatura: lugar de narrar Deus
:: Luigi Perissinotto: O silêncio e a experiência do inefável em Wittgenstein
:: Benilton Bezerra Júnior: “Só os sujeitos de linguagem podem crer em Deus”
:: Mary Hunt: Os novos nomes de Deus e o empoderamento feminino
:: Clóvis Cabral: Deus é maior do que os discursos sobre ele
:: Luís Carlos Susin: “É narrando que se diz o mistério”
:: Faustino Teixeira: O budismo e o “silêncio sobre Deus”
:: Christoph Theobald: O cristianismo como estilo
O grande cuidado imprescindível é tomarmos como ponto de partida essas últimas perspectivas pós-estruturalistas da semiótica e da linguagem, pois sendo acríticas com elas, seria como beber cicuta. Pois voltando se reduzirmos tudo a discurso, elas próprias se aniquilam pelo que reivindicam para si ante ao que criticam.
Vejo que a contribuição dos analistas da linguagem é boa, mas limitada.
Daí que considero que as discussões que os cientistas-teólogos como Barbour, Polkinghorne, Peacocke, etc., apresentam quanto ao "realismo crítico", sendo trabalhado na linguagem, é um contraponto ao voluntarismo que no Brasil é quase que imposto aos estudantes de língua e linguagem na base do constrangimento (jogos de poder?).