O documento de Aparecida visto por oito teólogos

Na edição 224 da IHU On-Line, Revista do Instituto Humanitas Unisinos*, de 18 de junho de 2007, foi feita uma análise do documento final da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe.

Foram entrevistados 8 teólogos: Benedito Ferraro, Mário de França Miranda, Faustino Teixeira, Clodovis Boff, João Batista Libânio, Vanildo Zugno, Geraldo Hackmann e Maria Clara Bingemer.

  • Benedito Ferraro: “Surge da V Conferência um rosto indígena e afro-americano da Igreja latino-americana e caribenha”
  • Mário de F. Miranda: “O Documento de Aparecida realça a fé do povo simples como a grande riqueza da América Latina”
  • Faustino Teixeira: Uma reflexão sobre o pluralismo religioso a partir de Aparecida
  • Clodovis Boff: “O Documento de Aparecida é o ponto mais alto do Magistério da Igreja latino-americana e caribenha”
  • João Batista Libânio: “Aparecida significou quase uma surpresa”
  • Vanildo Zugno: O Documento como prova do jeito latino-americano de ser Igreja
  • Geraldo Hackmann: “Da V conferência emerge uma Igreja comprometida com a vida humana, de forma integral”
  • Maria C. Bingemer: “O documento não tem o profetismo e o sopro libertador que caracterizou Medellín e Puebla”

Leia:


Diz o Editorial:

A V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe aconteceu de 13 a 31 de maio, em Aparecida, São Paulo. As conclusões da reunião compõem o Documento Conclusivo da V Conferência, tema de capa da edição desta semana da revista IHU On-Line. O documento ainda não é oficial, pois foi entregue nas mãos do Papa Bento XVI na última segunda-feira, dia 11 de junho de 2007, para aprovação. Enquanto isso não acontece, a IHU On-Line decidiu ouvir teólogos e estudiosos que leram o documento e refletiram sobre os seus pontos principais, com o intuito de projetar os possíveis rumos da Igreja Católica a partir deste evento. Benedito Ferraro, professor na PUC-Campinas, acredita que da V Conferência surge um rosto indígena e afro-americano da Igreja latino-americana e caribenha. Já o jesuíta Mário de França Miranda afirma que o Documento de Aparecida realça a fé do povo simples como a grande riqueza da América Latina. Por sua vez, o teólogo Faustino Teixeira faz uma reflexão sobre o pluralismo religioso a partir de Aparecida. Em sua entrevista, o frei Clodovis Boff afirma que o documento conclusivo da V Conferência “é uma surpresa do Espírito, pois nada deixava prever um texto dessa qualidade. É também um milagre da Mãe Aparecida, a quem o Santo Padre tinha confiado a direção da Assembléia”. Para João Batista Libânio, “Aparecida significou quase uma surpresa”, e o professor Vanildo Zugno vê no Documento final uma prova do jeito latino-americano de ser Igreja. Também contribui com este debate o teólogo Geraldo Hackmann, professor no Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Maria Clara Bingemer igualmente participa da edição com uma entrevista sobre o Documento final da V Conferência.


* Unisinos: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil.

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