Marcos Pontes, Pavel Vinogradov e Jeffrey Williams conversaram com os jornalistas na quarta-feira, dia da partida. “Quando aquela bandeira do Brasil que já está pintada lá bem grande no foguete estiver decolando, eu gostaria que as pessoas vissem não só a bandeira subindo, mas o orgulho de ser brasileiro”, afirmou Pontes.
Estou com os críticos que acham essa viagem astronáutica brasileira, em aluguel e complacência estrangeira, uma perda de foco e desperdício do parco recurso que se destina ao programa espacial brasileiro.
Há outras prioridades verdadeiramente úteis à nação brasileira na área astronáutica que estão relegadas ao opróbrio, e que se beneficiariam com o montante tremendo que se destinou a essa aventura de ufanismo nonsense.
É triste ver, por exemplo, o atraso e desídia demonstrados pelos brasileiros no cumprimento de sua responsabilidade no consórcio internacional do programa de estação orbital. Pior é ouvir do médico do astronauta brasileiro, Luiz Cláudio Lutiis, de que “a direção da Agência Espacial Brasileira (AEB) “não ajudou no que deveria e atrapalhou no que podia” na preparação do primeiro vôo para o espaço de um astronauta brasileiro”, na reportagem da BBC Brasil (https://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/03/060329_astronautamedicoaebrw.shtml).