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Quando Grande Sertão: Veredas chegou às livrarias, em maio de 1956, a reação foi de espanto. Da pena do escritor mineiro João Guimarães Rosa saía quase que um novo idioma, fruto da combinação entre o rigor etimológico e a tradição oral. Seria o romance uma mera “história de jagunços contada para linguistas”, como se criticou na época? Ou, ao contrário, a mais importante experiência de aproximação entre a cultura erudita e a popular na língua portuguesa? Hoje não parece haver muitas dúvidas. Considerado um marco na literatura brasileira, o livro tem seus 50 anos de publicação celebrados com o lançamento de novas edições, debates e uma grande exposição em São Paulo (cont.)