The Economist: o Brasil é um país de não-leitores

Folha Online: 16/03/2006 – 18h47

Leitura no Brasil é uma “vergonha”, diz The Economist

A aversão dos brasileiros aos livros virou assunto da última edição da influente revista britânica The Economist. Para a publicação, a situação precária das bibliotecas públicas e o baixo índice de leitura dos brasileiros constituem ‘motivo para vergonha nacional’ (…) Leia abaixo uma tradução do texto Um país de não-leitores publicado pela The Economist.

Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano – menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º. Em um raro acordo, governo, empresas e ONGs estão todos se esforçando para mudar isso. No dia 13 de março, o governo lançou o Plano Nacional de Livros e Leitura. A medida busca impulsionar a leitura, por meio da abertura de bibliotecas e do financiamento de editoras, entre outras coisas. A ONG Instituto Brasileiro de Leitura traz livros para as pessoas (cont.)


Brazil: A nation of non-readers

Mar 16th 2006 – São Paulo – From The Economist print edition

A strange and costly disregard for books

Many Brazilians cannot read. In 2000, a quarter of those aged 15 and older were functionally illiterate. Many simply do not want to. Only one literate adult in three reads books. The average Brazilian reads 1.8 non-academic books a year – less than half the figure in Europe and the United States. In a recent survey of reading habits, Brazilians came 27th out of 30 countries, spending 5.2 hours a week with a book. Argentines, their neighbours, ranked 18th (cont.)

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