Em carta a Küng, Bento XVI manifesta apoio a Francisco

”A Igreja está distante demais dos fiéis, mas os inovadores são maioria”. Entrevista com Hans Küng

“Agora, o Papa Francisco pode apelar à resposta da maioria dos fiéis sobre questões tão importantes no debate com os reacionários da Cúria. O Papa Emérito Bento XVI Hans Küng: 1928-2021escreveu há pouco para mim, eterno rebelde, uma carta afetuosa em que se compromete a apoiar Francisco, esperando em cada sucesso seu”. Eis a voz de Hans Küng, máximo teólogo católico crítico vivo, sobre a pesquisa chocante publicada nesse domingo no jornal La Repubblica e sobre o seu efeito na Igreja.

Professor Küng, como você avalia a sondagem sobre os cristãos no mundo?
Tomados conjuntamente e analisados, esses dados revelam a extraordinária discrepância entre os ensinamentos da Igreja sobre questões fundamentais, como a família, e, ao contrário, a visão real dos católicos no mundo.

Para você, entre os muitos resultados da sondagem, quais são os mais importantes?
Para mim, o mais importante é a imensa maioria de consensos para o Papa Francisco: 87% dos católicos entrevistados em todo o mundo e 99% dos italianos estão de acordo com ele. É uma enorme manifestação de confiança para o Sumo Pontífice. Para mim, é um pequeno milagre, depois dos anos da crise de confiança que tinha investido contra a Igreja nos anos do Papa Bento XVI. Agora, em menos de um ano, o Papa Francisco conseguiu inverter a tendência dos sentimentos dos fiéis de todo o mundo.

E o Papa Emérito Bento XVI, a seu ver, ficará feliz ou triste com a resposta da sondagem?
Naturalmente, ver esses resultados irá lhe entristecer, especialmente repensando hoje nos últimos meses vividos por ele como pontífice, no seu mandato. Mas, seguramente, ele irá se alegrar com o fato de que agora se segue em frente, e ele, a meu ver, pensa mais no destino da Igreja do que naquilo que diz respeito a ele mesmo.

É só uma suposição sua ou você pode provar sobre o que você diz sobre os sentimentos de Joseph Ratzinger neste momento?
Eu acredito que explicarei melhor o pensamento de Bento XVI citando frases da sua recentíssima carta para mim.

Bento XVI lhe escreveu depois de anos de conflitos? E o que lhe escreveu?
Bem, espere só um momento, deixe-me pegar aqui na minha escrivaninha lotada esse manuscrito com a carta da Santa Sé endereçada por ele, pessoalmente, da sua residência de papa emérito. Data: 24 de janeiro de 2014. Remetente: “Pontifex emeritus Benedictus XVI“. “Sou grato por poder estar ligado por uma grande identidade de pontos de vista e por uma amizade de coração ao Papa Francisco. Hoje, vejo como minha única e última tarefa é apoiar o seu Pontificado na oração.” Acredito que são palavras muito belas. Certamente, escritas antes da publicação da sondagem. Essa escolha de inclinação do Papa Emérito Bento XVI me convence ainda mais.

E o que significa a sondagem para os bispos e, em geral, para a hierarquia eclesiástica?
Eu gostaria de distinguir três categorias de prelados. Para os bispos prontos para as reformas, e eles existem em todo o mundo, os resultados da sondagem significam um grande encorajamento: eles deverão se comprometer abertamente com as suas convicções e não ficar tímidos demais. Segundo, para os conservadores que têm as suas reservas: eles deveriam refletir sobre as suas reservas e deveriam ouvir os argumentos dos reformadores. Terceiro, para os bispos reacionários, presentes não só no Vaticano, mas em todo o mundo, eles deveriam abandonar a sua resistência obstinada e escolher a razoabilidade.

Leia o texto completo.

Fonte: Notícias: IHU On-Line 11/02/2014

 

Küng: “Chiesa e fedeli troppo distanti ora Francesco deve cambiarla”: Andrea Tarquini: La Reppublica  – 10 febbraio 2014

Ratzinger mi ha scritto che il Papa va sostenuto

“Adesso papa Francesco può appellarsi al responso della maggioranza dei fedeli su temi così importanti, nel confronto con i reazionari della Curia. Il Papa emerito Benedetto XVI mi ha da poco scritto, a me eterno ribelle, una missiva affettuosa in cui s’impegna a sostenere Francesco sperando in ogni suo successo”.  Ecco la voce di Hans Küng, massimo teologo cattolico critico vivente, sul sondaggio-shock pubblicato ieri su Repubblica e il suo effetto nella Chiesa.

Professor Küng, come giudica il sondaggio sui cristiani nel mondo?
«Presi insieme e analizzati, questi dati rivelano la straordinaria discrepanza tra gli insegnamenti della Chiesa sui temi fondamentali, come la famiglia, e invece la visione reale dei cattolici nel mondo».

Per lei tra i molti risultati del sondaggio quali sono i più importanti?
«Per me la cosa più importante è comunque la stragrande maggioranza di consensi per papa Francesco: l’87 per cento dei cattolici interrogati in tutto il mondo e il 99 per cento degli italiani sono d’accordo con lui. È un’enorme manifestazione di fiducia per il Sommo Pontefice Francesco. Per me è un piccolo miracolo, dopo gli anni della crisi di fiducia che aveva investito la Chiesa negli anni di papa Benedetto. Adesso in meno d’un anno papa Francesco è riuscito nell’inversione di tendenza dei sentimenti dei fedeli di tutto il mondo».

E il papa emerito Benedetto secondo lei sarà felice o triste del responso del sondaggio?
«Naturalmente lo rattristerà vedere questi risultati, specie ripensando oggi agli ultimi mesi vissuti da lui come Pontefice, nel suo mandato. Però sicuramente si rallegrerà del fatto che adesso si va avanti, e lui secondo me pensa più al destino della Chiesa che non di quanto riguardi se stesso».

È solo una sua supposizione o può provare quanto dice sui sentimenti di Joseph Ratzinger in questo momento?
«Io credo che spiegherò al meglio il pensiero di Benedetto citandole frasi della sua recentissima lettera a me».

Benedetto le ha scritto, dopo anni di contrasti? E che cosa le ha scritto?
«Ecco, attenda solo un momento, mi lasci prendere qui sulla mia scrivania affollata quel manoscritto con la carta della Santa Sede intestata a lui personalmente dalla sua residenza di Papa emerito. Data, 24 gennaio 2014. Intestazione, “Pontifex emeritus Benedictus XVI”. “Io sono grato di poter essere legato da una grande identità di vedute e da un’amicizia di cuore a Papa Francesco. Io oggi vedo come mio unico e ultimo compito sostenere il suo Pontificato nella preghiera». Credo siano parole molto belle. Certo, scritte prima della pubblicazione del sondaggio. Tanto più questa scelta di schieramento del Papa emerito Benedetto mi convince».

E che cosa significa il sondaggio per i vescovi, e in generale per le gerarchie ecclesiastiche?
«Io vorrei distinguere tra tre categorie di prelati. Per i vescovi pronti alle riforme, e ne esistono in tutto il mondo, i risultati del sondaggio significano un grande incoraggiamento: dovranno impegnarsi apertamente per le loro convinzioni, e non restare troppo timidi. Secondo, per i conservatori che hanno le loro riserve: dovrebbero riflettere sulle loro riserve, e dovrebbero ascoltare gli argomenti dei rinnovatori. Terzo, per i vescovi reazionari, presenti non solo in Vaticano ma in tutto il mondo, dovrebbero abbandonare la loro resistenza caparbia e scegliere la ragionevolezza » (continua)

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