Google Scholar em português tem o nome de Google Acadêmico

Está na Folha Online de hoje – 11.01.2006, às 16h35 – esta boa notícia: Google acadêmico ganha versão em português

 

Depois de criar uma versão em português para a busca de notícias, o gigante das buscas fez o mesmo com o Google Scholar, sua ferramenta voltada para trabalhos acadêmicos. Assim como em outras páginas da empresa, o usuário pode escolher se quer resultados em diversas línguas ou somente em português. Entre as alternativas estão relatórios técnicos, resumos e artigos científicos. Os internautas não têm acesso a parte deste conteúdo, pois ele está disponível somente off-line – ainda assim, é possível ver onde estes trabalhos foram citados e suas fontes de informação (editoras e universidades, por exemplo). Segundo a empresa, o objetivo desta busca segmentada é facilitar o trabalho de outros pesquisadores. “A ferramenta permite que eles [pesquisadores] resgatem o que já foi feito sobre o assunto de seu interesse até os dias de hoje”, diz um comunicado do Google (continua)…

Agora é preciso que editoras e bibliotecas brasileiras incluam o mais rápido possível suas publicações no Google Acadêmico!

Ouvir, Ler e Escrever: o curso de Língua Hebraica Bíblica

O curso de Língua Hebraica Bíblica compreende apenas 30 horas no segundo semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso – utilizando recursos de audição do hebraico, projeção com datashow, imagens gif que mostram a construção do alfabeto, somados à distribuição de CDs com o aplicativo e vários outros recursos para uso em casa – o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download na Ayrton’s Biblical Page.

I. Ementa
Introdução elementar à língua hebraica bíblica, que parte de um texto específico, Gn 1,1-8, e trabalha com os elementos de ortoépia (pronúncia normal e correta dos sons), ortografia (escrita correta das palavras) e etimologia (formação das palavras e suas flexões) encontrados neste pequeno trecho. O método escolhido foi o de ouvir, ler e escrever a língua hebraica. Informações complementares sobre a história da língua e análise do vocabulário de Gn 1,1-8 também são oferecidas.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
História
O hebraico é uma língua semítica. As línguas semíticas constituem um ramo da grande família das línguas afro-asiáticas, anteriormente chamada camito-semítica. A família afro-asiática compreende seis ramos: semítico, egípcio, berbere, cuxita, homótico e chádico. Nesta seção o hebraico é situado no grande quadro das línguas semíticas e tenta-se, em seguida, esboçar uma rápida história da língua hebraica, salientando suas características específicas.

  • Línguas Semíticas
  • Hebraico

1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico. Até o ouvido se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso o cantor.

  • Ouvir Gn 1,1-8

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Está disponível, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia e a transliteração. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se o som da vogal é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é uma coisa complicada e tem que ser detalhada. Há transliteração de cada palavra, e também de cada consoante, vogal e semivogal (shevá, em hebraico). É algo trabalhoso e parece desnecessário, mas o estudante de hebraico tem que se acostumar com a idéia de que o som da língua nada, ou quase nada, tem a ver com o português! O hebraico tem suas próprias características. E a transliteração o ajuda a perceber isso.

  • Ler Gn 1,1-8
  • O Alfabeto

3. Escrever
Escrever o hebraico… parece ruim, mas é necessário! Nesta seção o estudante vai aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto que aí está. Para isso existe uma bibliografia com gramáticas, vocabulários, dicionários… E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

  • As Sílabas
  • O Shevá
  • O Dâghesh
  • Revisão I
  • Vav Conjuntivo
  • O Artigo
  • As Preposições
  • Revisão II
  • O Substantivo
  • Revisão III
  • O Adjetivo
  • Os Numerais
  • Revisão IV
  • O Verbo I
  • Revisão V
  • O Verbo II
  • Vav Consecutivo
  • Revisão VI
  • O Verbo III
  • Revisão VII

Vocabulário
Nesta seção o que se pretende é analisar o vocabulário de Gn 1,1-8 no seu contexto. Serve, entre outras coisas, como preparação para o estudo de uma parcela (mínima, mas importante) do Pentateuco, que é estudado no mesmo semestre.

IV. Bibliografia
Básica
BUSHELL, M. BibleWorks 9. Norfolk, Virginia: BibleWorks, LLC, 2011. Confira também: Como usar o BibleWorks 8

DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Aplicativo em linguagem html. Brodowski, 2001. Revisto em 10.04.2014.

DA SILVA, A. J. Programas gratuitos ou não para estudos bíblicos – Observatório Bíblico: 24.05.2010

Complementar
DA SILVA, A. J. Barra de ferramentas para estudos bíblicos – Observatório Bíblico: 16.03.2008

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, [1967/1977], 1997, lviii + 1574 p. – ISBN 9783438052193. A BHS pode ser encontrada e adquirida no site SBB pontocom > Edições Acadêmicas > Línguas Originais. Disponível também online gratuitamente.

FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010, 192 p. – ISBN 9788515037445

GESENIUS, W.; KAUTZSCH, E. (ed.) Gesenius’ Hebrew Grammar. 2. ed. Translated from German by A. E. Cowley, Oxford, Oxford University Press, 1995, 598 p. Também: New York: Dover Publications, 2006, 624 p. – ISBN 9780486443447, disponível na Amazon.com. Para uma versão online, confira Gesenius’ Hebrew Grammar is online (o link está nos comentários).

JOÜON, P.; MURAOKA, T. A Grammar of Biblical Hebrew. Rome: Biblical Institute Press, 2006, xlvi + 772 p. Em espanhol: Gramática del hebreo bíblico. Estella, Navarra: Verbo Divino, 2007, 928 p. – ISBN 9788481697223.

KELLEY, P. H. Hebraico Bíblico. Uma Gramática Introdutória. 8. ed. ampliada. São Leopoldo: Sinodal, 2011 (?), 488 p.

KIRST, N. et alii Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português. 28. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2013, 305 p. – ISBN 8523301305.

LAMBDIN, T. O. Gramática do Hebraico Bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [3. reimpressão: 2013], 398 p. – ISBN 8534920931.

MENDES, P. Noções de Hebraico Bíblico. Texto Programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011, 192 p. – ISBN 9788527504584.

MITCHEL, L. A.; OSVALDO C. PINTO, C.; METZGER, B. M. Pequeno dicionário de línguas bíblicas: hebraico e grego. São Paulo: Vida Nova, 2003, 312 p. – ISBN 8527502879.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010, 176 p. – ISBN 9788515018970.

SAYÃO, L. (ed.) Antigo Testamento Poliglota. São Paulo: Vida Nova, 2003, 1952 p. – ISBN 8527503018.

SCHÖKEL, L. A. Dicionário Bíblico Hebraico-Português. 8. ed. São Paulo: Paulus, 1997 [5. reimpressão: 2012], 798 p. – ISBN 8534910464.

WALTKE, B.; O’CONNOR, M. Introdução à Sintaxe do Hebraico Bíblico. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, 784 p.

Desviados parcos recursos da pobre pesquisa brasileira

Verbas reservadas para financiar bolsas de formação e qualificação de pesquisadores são desviadas para despesas administrativas do CNPq.

A notícia revoltante está no blog do Josias de Souza, aqui.

Verbas públicas que deveriam ser aplicadas na concessão de bolsas para pesquisadores brasileiros vêm sendo sistematicamente desviadas para cobrir despesas administrativas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Só no último trimestre de 2004, foram desviados pelo menos R$ 12,640 milhões. Recursos destinados à concessão de bolsas de estímulo à pesquisa estão sendo usados para custear gastos com viagens, diárias e até com o funcionamento do Call-center do CNPq. Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2004, os desvios somaram R$ 3,463 milhões. Dinheiro reservado para financiar bolsas de formação e qualificação de pesquisadores foram aplicados no seguinte tipo de gasto: contratação de mão-de-obra terceirizada, aquisição de material de expediente, reformas e manutenção predial, aluguel de imóvel em Brasília, pagamentos de estagiários, etc. Tudo somado, desviaram-se R$ 9,177 milhões entre outubro e dezembro de 2004. As cifras foram apuradas duante inspeção realizada por auditores do TCU nas contas do CNPq relativas ao último trimestre de 2004. A auditoria faz parte de um programa de fiscalização aprovado pelo tribunal no início de 2004 (continua)…