Usando Aplicativos Portáteis – Portable Apps

O que são aplicativos portáteis?

Aplicativos portáteis são programas gratuitos, a maioria de código aberto [open source], que podem ser executados em qualquer computador com Windows, sem a necessidade de instalação formal, ou com uma instalação simples que lhes permita serem diretamente executados a partir de um dispositivo portátil. Esses programas, quando devidamente preparados, não criam entradas no registro do Windows, sendo, dessa forma, muito prático fazer a sua instalação em um pen drive e ter o programa pronto para ser utilizado em qualquer micro.

What is a portable application?

A portable app is a freeware program that you can carry around with you on a portable device and use on any Windows computer. When your USB flash drive, portable hard drive, iPod or other portable device is plugged in, you have access to your software and personal data just as you would on your own PC. And when you unplug the device, none of your personal data is left behind.

Estou aprendendo a fazer o meu pen drive com aplicativos portáteis em um Flash Memory Pendrive Kingston 2GB USB 2.0 DTI/2GB.

Há várias opções de sites com aplicativos portáteis, mas recomendo PortableApps.com. Confira também aqui.

 

 

Fazendo backup de seu blog

:: Agora – desde 2009, na verdade – existe um recurso próprio do Blogger para fazer o backup dos posts e comentários em formato XML e para recuperá-los em caso de perda acidental do conteúdo do blog. Clique aqui e aqui para saber como e use-o regularmente. Mas é simples: clique em Configurações > Exportar blog > Fazer Download do Blog. Para recuperar o blog o recurso é o Importar blog (e se der mensagem de erro ao fazer o upload de seu blog, tente novamente).

:: Do Modelo (Template) faz-se um backup separado, também em formato XML, clicando em Layout > Editar HTML > Baixar Modelo Completo, pois o processo anterior não salva o Modelo, só os posts e comentários. Ou copie e cole, deixando marcado o Expandir modelos de widgets, todo o conteúdo do Modelo em um editor de textos, como o Bloco de Notas, o EditPad Lite…

Há vários recursos para backups regulares de um blog. Como os muitos já citados pelos colegas, após o caso de Jim West.

Eu gosto de usar o HTTrack Website Copier.

Veja a descrição, em inglês e francês, no site:

HTTrack é um browser offline gratuito (GPL) e fácil de usar. Com ele é possível fazer o download de um site da Internet para um diretório local do computador, mantendo a estrutura original do site. O programa pode atualizar um site anteriormente copiado e pode retomar downloads interrompidos. Excelente, por exemplo, para fazer uma cópia de seu blog no computador. WinHTTrack é compatível com Windows 9x/NT/2000/XP e WebHTTrack é compatível com Linux/Unix/BSD. A versão 3.42 é de 16/11/2007 [Obs.: 01/04/2010: versão 3.43-9C]. Leia as FAQs.

HTTrack is a free (GPL) and easy-to-use offline browser utility. It allows you to download a World Wide Web site from the Internet to a local directory, building recursively all directories, getting HTML, images, and other files from the server to your computer. HTTrack arranges the original site’s relative link-structure. Simply open a page of the “mirrored” website in your browser, and you can browse the site from link to link, as if you were viewing it online. HTTrack can also update an existing mirrored site, and resume interrupted downloads. HTTrack is fully configurable, and has an integrated help system. WinHTTrack is the Windows 9x/NT/2000/XP release of HTTrack, and WebHTTrack the Linux/Unix/BSD release. Version 3.42: 11/16/2007 [04/01/2010: Version 3.43-9C]. Read the FAQs.

HTTrack est un aspirateur de sites web facile d’utilisation et libre (GPL, free software). Il vous permet de télécharger un site web d’Internet vers votre disque dur, en construisant récursivement tous les répertoires, récupérant html, images et fichiers du serveur vers votre ordinateur. HTTrack réorganise la structure des liens en relatif. Ouvrez simplement une page du site “aspiré” dans votre navigateur, et vous pourrez browser librement à l’intérieur, comme si vous étiez connecté. HTTrack peut aussi mettre à jour (update) un site existant, ou continuer un download interrompu. Le robot est entièrement configurable, avec un système d’aide intégré. WinHTTrack est la version Windows 9x/NT/2K/XP de HTTrack, et WebHTTrack la version pour Linux/Unix/BSD. Version 3.42: 16/11/2007. Lisez les FAQs.

Para quem usa WordPress, o uso de plugins para fazer backup é uma boa opção. Leia, por exemplo: 7 Best WordPress Backup Plugins Compared (Pros and Cons) – wpbeginner: Last updated on February 14th, 2019

A vida de um post – The Life of a Post

Você sabe por onde andam os posts de seu blog?

Diga-me com quem andas…

The Life Cycle of a Blog Post, From Servers to Spiders to Suits — to You – Frank Rose: Wired Magazine 22/01/2007

You have a blog. You compose a new post. You click Publish and lean back to admire your work. Imperceptibly and all but instantaneously, your post slips into a vast and recursive network of software agents, where it is crawled, indexed, mined, scraped, republished, and propagated throughout the Web. Within minutes, if you’ve written about a timely and noteworthy topic, a small army of bots will get the word out to anyone remotely interested, from fellow bloggers to corporate marketers. Let’s say it’s Super Bowl Sunday and you’re blogging about beer. You see Budweiser’s blockbuster commercial and have a reaction you’d like to share. Thanks to search engines and aggregators that compile lists of interesting posts, you can reach a lot of people — and Budweiser, its competitors, beer lovers, ad critics, and your ex-boyfriend can listen in. “You just need to know how to type,” says Matthew Hurst, an artificial intelligence researcher who studies this ecosystem at Microsoft Live Labs.


The Life Cycle of a Blog Post, From Servers to Spiders to Suits — to You

Microsoft x Google

Se a Microsoft comprar o Yahoo!, teremos um duopólio na Internet…

Microsoft quer comprar o Yahoo! por US$ 44 bilhões – Folha Online: 01/02/2008 – 10h16

Com oferta pelo Yahoo!, Microsoft pode estender “influência ilegal”, diz Google – Folha Online: 04/02/2008 – 10h14

Google trabalha para impedir venda do Yahoo! para a Microsoft, diz jornal – Folha Online: 04/02/2008 – 15h23

Como um blog adquire sua legitimidade?

A internet vai gerar novas formas de inteligência coletiva?

Estou convencido de que sim. Os meios de comunicação oferecidos à humanidade, as redes digitais instantâneas parecem ter um objetivo principal: alimentar ou criar uma coerência global. Um blog adquire a sua legitimidade se for identificado com outros blogs, e o primeiro sítio que surge no Google é aquele que é ‘hiperligado’ pelo maior número de sítios… Essa legitimação por parte da coletividade carrega os seus perigos: ela se defende contra o individual e despreza aquilo que é marginal ou fora dos padrões. Mas também representa um enorme potencial que pode mudar profundamente a nossa relação com o mundo. O humano da condição inumana está bem mais próximo da formiga – que vive, existe e compreende o universo através de sua coletividade – que não é o de um indivíduo autônomo, consciente e singular.

Este é um pequeno trecho da entrevista de Ollivier Dyens, professor do Departamento de Estudos Franceses da Universidade de Concordia (Montreal), que estuda há mais de quinze anos o impacto das novas tecnologias na sociedade. Entrevista publicada no Le Monde, de 26.01.2008. Dyens é autor do livro La Condition inhumaine (A condição inumana).

A entrevista está em IHU On-Line – 29.01.2008.

 

A revolução ‘inumana’

A crescente tensão entre a realidade biológica e a realidade tecnológica resulta na condição inumana.

 

A entrevista

O devastador aumento do poder da tecnologia digital vai transformar-nos profundamente?

Há alguns anos eu pensava que a tecnologia iria mudar o ser humano. Hoje, penso que vai mudar a percepção que temos do ser humano. Eu acredito cada vez menos no fantasma cyborg ou no homem-máquina. Mas a visão que temos de nós mesmos vai ter de mudar para se adaptar à realidade tecnológica de amanhã.

Seu último livro se intitula “A condição inumana”. Por que o título?

O termo “inumano” não é usado aqui no sentido de crueldade, mas no sentido do que está para além do homem. Às questões essenciais que o homem se coloca desde o início dos tempos – Quem sou eu? De onde venho? -, a ciência e a tecnologia podem fornecer respostas que, cada vez mais, contrariam o que dizem nossos sentidos e nosso espírito. É essa crescente tensão entre a nossa realidade biológica e a nossa realidade tecnológica que eu qualifico de “condição inumana”. Historicamente, consideramos as ferramentas e a linguagem como estruturas que existiam para atender às nossas necessidades. É fundamental repensar esta relação.

Por que a crescente interdependência destas duas realidades, biológica e tecnológica, nos perturba tanto?

Para explicar este mal-estar, um roboticista japonês criou uma imagem, a do ‘vale do desconhecido’. Tanto que robôs que continuam bem diferentes de nós, não nos perturbam. Mas se eles estão muito próximos caem no ‘vale do desconhecido’. A mão artificial se torna inquietante no momento em que ela se torna uma mão verdadeira, quando a podemos tocar ou fechá-la como se fosse natural. Estamos à volta com a revolução digital que está se tornando cada vez mais “inteligente”, cada vez mais “viva”… Isso nos preocupa, porque se assemelha muito a nós.

A civilização das máquinas nasceu com este milênio?

Lembre-se do 31 de dezembro de 1999 e do famoso medo do bug do milênio. Este receio era real, inclusive entre as maiores empresas de informática do mundo. Naquele dia, a humanidade toda prendeu a respiração à espera do veredicto das máquinas, para saber se chegariam ou não à ‘compreensão’ dos três zeros da nova data. E o que aconteceu? Os softwares, em todo o mundo, conseguiram se adaptar, nenhuma catástrofe aconteceu. A moral da história é que os sistemas informáticos tornaram-se muito complexos para sermos capazes de determinar o que os torna eficazes ou não. Um pouco como a previsão meteorológica que se tornou muito complexa para prever para além de alguns dias.

Sendo assim, podemos ser esquecidos pelas máquinas que nós mesmos criamos, assustador não?

Para alguns, sim. Mas outros acreditam que este é um processo normal da evolução. Que o importante é a dinâmica da vida, que se encontra no DNA ou no silício. De qualquer forma, a tecnologia já nos obriga a redefinir o nosso lugar na hierarquia mundial. A nos situar não mais no topo da pirâmide, mas numa dinâmica tendo em conta as máquinas como parte integrante da espécie humana.

E se não chegarmos a isso?

Então corremos o risco de, num futuro mais ou menos próximo, desembocar num mundo polarizado, maniqueísta, violento, no qual a maioria da humanidade encontrar-se-á descolado de um mundo cheio de representações, idéias, teorias e da cultura. Um mundo de frustração e desespero e de uma nova alienação: aquela do conhecimento. Esse risco já está acontecendo: temos uma crescente dificuldade para distinguir claramente a informação de sua síntese – dito de outra maneira, do conhecimento. Por quê? Porque a cultura gerada pelas máquinas nos ultrapassa. Para usar uma imagem marítima: a quantidade de informações disponíveis na Net é um oceano, mas não conhecemos mais a arte de navegar. É cada vez mais claro que permanecemos na superfície desse oceano – “surfar” tornou-se uma questão de sobrevivência. Mas os seres humanos ainda navegam como antigamente tanto o conhecimento nos parece ligado à idéia do aprofundamento. A superfície e o profundo: vamos ter de aprender a conciliar essas duas noções.

A “condição inumana” terá consequências positivas?

Menos guerras, talvez. Quanto mais países estiverem enredados economicamente e culturalmente, menos razões teremos para ver os outros como estranhos, e, portanto, para combatê-lo. As tecnologias digitais e da Web são uma aproximação entre os seres. O e-mail, os chats, os blogs podem nos unir para além da geografia do corpo, da cor da pele. Em nossa história, nunca se gastou tanto tempo para se comunicar, mas também para enriquecer-nos e debater através das redes.

A internet vai gerar novas formas de inteligência coletiva?

Estou convencido de que sim. Os meios de comunicação oferecidos à humanidade, as redes digitais instantâneas parecem ter um objetivo principal: alimentar ou criar uma coerência global. Um blog adquire a sua legitimidade se for identificado com outros blogs, e o primeiro sítio que surge no Google é aquele que é ‘hiperligado’ pelo maior número de sítios… Essa legitimação por parte da coletividade carrega os seus perigos: ela se defende contra o individual e despreza aquilo que é marginal ou fora dos padrões. Mas também representa um enorme potencial que pode mudar profundamente a nossa relação com o mundo. O humano da condição inumana está bem mais próximo da formiga – que vive, existe e compreende o universo através de sua coletividade – que não é o de um indivíduo autônomo, consciente e singular.

 

La révolution “inhumaine” – Le Monde: 26 janvier 2008

Pour nous adapter à la puissance des technologies numériques, il va nous falloir, affirme Ollivier Dyens, professeur à Montréal, modifier en profondeur la vision que nous avons de nous-mêmes.

Professeur au département d’études françaises de l’université Concordia (Montréal), vous étudiez depuis quinze ans l’impact des nouvelles technologies sur la société. La foudroyante montée en puissance du numérique va-t-elle nous transformer en profondeur ?

Il y a quelques années, je pensais que la technologie changerait l’être humain. Aujourd’hui, je pense qu’elle va changer la perception qu’on a de l’être humain. Je crois de moins en moins au fantasme du cyborg, de l’homme-machine. Mais la vision que l’on a de nous-mêmes va devoir changer pour s’adapter à la réalité technologique de demain.

Votre dernier ouvrage s’intitule La Condition inhumaine. Pourquoi ce titre ?

Le terme “inhumain” n’est pas employé ici au sens de cruauté, mais de ce qui est au-delà de l’humain. Aux questions essentielles que l’homme se pose depuis la nuit des temps – Qui suis-je ? D’où venons-nous ? -, la science et la technologie apportent des réponses qui, de plus en plus, contrarient ce que disent nos sens et notre esprit. C’est cette tension croissante entre notre réalité biologique et notre réalité technologique qui provoque ce que je qualifie de “condition inhumaine”. Depuis toujours, nous avons considéré les outils et les langages comme des structures qui existaient pour répondre à nos besoins. Il est vital de repenser cette relation.

Pourquoi l’imbrication croissante de ces deux réalités, biologique et technologique, nous trouble-t-elle tant ?

Pour expliquer ce malaise, un roboticien japonais a créé une image, celle de “la vallée de l’Etrange”. Tant que les robots restent bien distincts de nous, ils ne nous dérangent pas. Mais qu’ils deviennent trop proches, et l’on tombe dans la vallée de l’Etrange. La main artificielle devient inquiétante le jour où elle ressemble trop à une vraie main, où on peut la toucher, la serrer comme si elle était naturelle. Nous en sommes là, désormais, avec le numérique, qui devient de plus en plus “intelligent”, de plus en plus “vivant”… C’est cela qui nous inquiète, parce que cela nous ressemble trop.

La prise de possession de la civilisation par les machines, dites-vous, est née avec ce millénaire.

Souvenez-vous du 31 décembre 1999 et de la fameuse peur du bug de l’an 2000. Cette peur était réelle, y compris au sein des plus grandes compagnies informatiques. Ce jour-là, l’humanité entière, le souffle court, attendait le verdict des machines, pour savoir si, oui ou non, elles parviendraient à “comprendre” les trois zéros de la nouvelle date. Et que s’est-il passé ? Les logiciels, partout dans le monde, ont réussi à s’adapter. Dans les pays où peu avait été fait pour les y aider comme dans ceux où beaucoup avait été fait, aucune catastrophe n’a eu lieu.

La morale de l’histoire, c’est que les systèmes informatiques sont devenus trop enchevêtrés, trop puissants pour qu’on soit capable de déterminer ce qui les rend efficaces ou inefficaces. Un peu comme l’environnement météorologique, que l’on sait trop complexe pour pouvoir le prédire au-delà de quelques jours.

Etre ainsi dépassé par l’autonomie de machines que nous avons créées, c’est objectivement angoissant, non ?

Pour certains, oui. Mais d’autres estiment qu’il s’agit d’un processus normal de l’évolution. Que l’important est la dynamique de la vie, que celle-ci soit dans l’ADN ou dans le silicium. Quoi qu’il en soit, la technologie nous force désormais à redéfinir notre place dans la hiérarchie planétaire. A nous situer non plus au sommet de la pyramide, mais dans une dynamique prenant en compte les machines comme une part intégrante de l’espèce humaine.

Et si nous n’y parvenons pas ?

Alors nous risquons d’aboutir, dans un avenir plus ou moins proche, à un monde polarisé, manichéen, violent, dans lequel la majeure partie de l’humanité se retrouvera en décalage complet avec le monde des représentations, des idées, des théories et de la culture. Un monde de frustrations et de désespoir issu d’une nouvelle aliénation : celle de la connaissance.

Ce risque est déjà à l’oeuvre : nous avons une difficulté grandissante à distinguer clairement l’information de sa synthèse – autrement dit de la connaissance. Pourquoi ? Parce que la culture générée par les machines nous dépasse. Pour utiliser une image maritime : la quantité d’informations présentes sur le Net est un océan, mais nous ne connaissons pas l’art d’y naviguer. Il apparaît de plus en plus que rester à la surface de cet océan – “surfer” – est devenu une question de survie. Mais l’humain navigue encore à l’ancienne, tant la connaissance nous semble liée à l’idée d’approfondissement. La surface et le fond : il va nous falloir apprendre à concilier ces deux notions.

La “condition inhumaine” aura-t-elle des conséquences positives ?

Moins de guerres, peut-être. Plus les pays sont enchevêtrés économiquement et culturellement, moins il y a de raisons de voir l’autre comme un étranger, et donc de le combattre. Les technologies numériques et le Web suscitent un rapprochement entre les êtres. Le courriel, les “chats”, les blogs insistent sur ce qui nous lie, au-delà de la géographie, du corps, de la couleur de la peau. Dans notre histoire, jamais nous n’avons passé autant de temps non seulement à communiquer, mais aussi à nous enrichir et à débattre par l’entremise des réseaux.

Internet va-t-il générer de nouvelles formes d’intelligence collective ?

J’en suis convaincu. Les moyens de communication qu’offrent à l’humanité les réseaux numériques instantanés semblent posséder un objectif principal : nourrir, ou créer une cohérence globale. Un blog acquiert sa légitimité s’il est recensé dans d’autres blogs, et le premier site qui apparaît dans Google est celui qui est “hyperlié” par le plus grand nombre de sites… Cette légitimation par la collectivité porte ses dangers : elle se défend contre l’individuel et fait peu de cas de ce qui est hors norme ou marginal. Mais elle représente aussi un potentiel formidable, qui change profondément notre relation au monde. L’humain de la condition inhumaine est bien plus proche de la fourmi – qui vit, existe et comprend l’univers par l’entremise de sa collectivité – qu’il ne l’est d’un individu autonome, conscient et singulier.

HTTP 500 – Erro Interno do Servidor

Desde o dia 25 passado o Livro de Visitas (Guestbook) e as Enquetes Bíblicas (Biblical Polls) da Ayrton’s Biblical Page estão inacessíveis.

Há um HTTP 500, um erro interno do servidor (HTTP 500 – Internal Server Error) do Yahoo! que bloqueia todo acesso ao Banco de Dados. Não funcionam nem mesmo as ferramentas administrativas.

Respondendo a um meu e-mail enviado no dia 26, o Suporte do Yahoo! disse, no dia 27, que

…you are facing issues while connecting to the MySQL database… Few of our other customers have also reported similar concerns and we are looking into any difficulties you reported. We are trying to find out the root cause of this issue to fix it as soon as possible. We apologize for any inconvenience you may have experienced due to this issue.


Atualizando: 28.01.2008 – 22h00
Tudo voltou ao normal. Sem perda de dados. Ufa!

Sobre o uso social da Web no Brasil

Como se sabe, começou hoje, em Las Vegas, a CES (Consumer Electronics Show) 2008. Veja o quanto se “baba” sobre o evento. Leia aqui.

É, por isso, uma boa hora para se ler a entrevista feita pela IHU On-Line com Gilson Schwartz, Professor do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes da USP: ‘Uma internet sem espírito gera apenas um monte de ‘macacos’ jogando videogame’.

O Brasil está dividido entre entre o anseio de se transformar um país desenvolvido e as dificuldades que o fazem permanecer no grupo dos sonhadores subdesenvolvidos. Apostar em tecnologias e, mais especificamente, na produção digital direcionada para o mercado online seria uma possibilidade para o país engatinhar rumo ao desenvolvimento. Com o avanço da produção social na internet, parece que Brasil “vai entrar no mundo desenvolvido em alguns instantes, mas falta muito, muito para chegar lá”, lamenta o professor Gilson Schwartz, da Universidade de São Paulo (USP). Em entrevista por telefone à IHU On-Line, o pesquisador disse que a produção social realizada pelos brasileiros, ainda é baixa e que neste quesito o país “está atrasado”.

Para crescer no mercado imaterial, “sem dúvida a economia precisa crescer, necessita emprego, ou seja, precisamos das condições básicas, mas sem criatividade e inovação, continuaremos a consumir bovinamente o óbvio”, alerta o pesquisador.

Gilson Schwartz é graduado em Economia e em Ciências Sociais, pela Universidade de São Paulo (USP), e mestre e doutor em Ciência Econômica, pela Universidade Estadual de Campinas. Desde 2005, é professor do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes da USP. Atua desde 1994 como consultor de instituições financeiras como BankBoston (como economista-chefe). É também assessor da Presidência no BNDES e consultor do BNB, CEF e Banco do Brasil. Ele concedeu outra entrevista à IHU On-Line, na edição 226, de 02-07-2007, intitulada Second Life: uma fábrica de sonhos e desejos.

IHU On-Line – Qual é a sua análise econômica sobre a produção social atual no Brasil?

Gilson Schwartz – Em termos mais gerais, levando em consideração os indicadores internacionais, nossa posição na internet é equivalente às que exibimos em outras áreas. O Brasil é um país de tamanho médio, encontrando-se na fronteira superior do mundo em desenvolvimento. Parece que irá entrar no mundo desenvolvido em alguns instantes, mas falta muito, muito mesmo para chegar lá, como atestam os indicadores educacionais. A nossa produção social na rede teria um destaque maior se a distribuição de renda fosse melhor.

IHU On-Line – Quais são as principais consequências dessa produção social para a justiça social, visto que já há casos de bloqueios de alguns portais por determinações da justiça, como aconteceu recentemente com o youtube?

Gilson Schwartz – A principal consequência é que a produção social (a chamada “wikinomia”) pode gerar novos tipos de problemas, além de aumentar o espaço para antigos problemas. Um exemplo desses novos problemas está relacionado a essa questão do You Tube, em que um vídeo sem a autorização da pessoa vai para a rede. Hoje em dia, ficou muito fácil capturar material e distribuir sem maior responsabilidade. Então, essa é uma consequência que pode criar situações, que, do ponto de vista da justiça, são claramente ofensivas aos direitos das pessoas.

IHU On-Line – No Ciclo produzido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP, sobre o livro A riqueza das redes [Yochai BENKLER, The Wealth of Networks: How Social Production Transforms Markets and Freedom. New Haven: Yale University Press, 2007, 528 p. – ISBN 9780300125771. A Riqueza das Redes: Como a Produção Social Transforma os Mercados e a Liberdade], discutiu-se a inserção da produção social na cultura brasileira. Como essa inserção vem acontecendo?

Gilson Schwartz – O Brasil tem uma população urbana muito grande, mas, por enquanto, a chamada produção social (que muitos traduzem como “web 2.0”) não tem grande destaque no país. Se formos observar o que tem acontecido de mais criativo em termos de uso social da rede, a chamada produção social, o Brasil está atrasado, como são atrasadíssimos todos os indicadores sociais do país. Mas, aos poucos, estão surgindo projetos inovadores. Falam muito do gosto do brasileiro por mídia, mas esquecem de dizer que a massa de usuários da web é “formada” por décadas de Xuxas, Trapalhões, sensacionalismo barato e até de cunho religioso, entre outras práticas de baixo impacto criativo.

Perspectivas

A produção social é fruto de duas determinações. Uma é o PIB (Produto Interno Bruto), com o crescimento econômico, desenvolvimento econômico, o que ajuda a aperfeiçoar a nossa capacidade criativa. O outro PIB, que se escreve do mesmo jeito, mas que tem um significado oposto, podemos chamar de “Produto Intangível”, ou “Imaterial”. Ele diz respeito não à economia, tal como conhecemos, mas a uma nova visão que é a da “iconomia”, a economia dos intangíveis, dos imateriais, dos ícones. Claro que a expansão criativa da iconomia depende basicamente de educação e renda. Para crescer nesse mercado intangível, sem dúvida a economia precisa crescer, necessita emprego, ou seja, precisamos das condições básicas, mas, sem criatividade e inovação, continuaremos a consumir bovinamente o óbvio. Uma internet sem espírito gera apenas um monte de “macacos” jogando videogame.

IHU On-Line – Com a produção social surge uma nova economia, a economia imaterial (iconomia)?

Gilson Schwartz – A visão de uma produção social engloba tanto o mercado como aquilo que vai além do mercado. Em última análise, ela também é fundamental para regular e controlar o mercado. A rede digital, em contraposição ao mercado, onde aparece apenas o preço, coloca em evidência na rede digital uma inteligência coletiva que pode levar até mesmo a uma nova consciência de que é necessário salvar o planeta.

IHU On-Line – O senhor pode falar um pouco mais da influência que a obra de Benkler tem tido sobre as pesquisas relacionadas à produção social?

Gilson Schwartz – Sobre as pesquisas, o Benkler é menos um influenciador, e mais um sistematizador. O livro dele tem o mérito de sistematizar uma visão hacker-liberal da sociedade em rede, que é muito forte nos Estados Unidos.

IHU On-Line – Que tipo de grupamentos sociais influenciaram na formação da cultura da internet?

Gilson Schwartz – Não existe a cultura “da” internet. A rede é mais um meio de comunicação que possibilita a criação cultural. Considero exagerado transformar a cultura da internet num ícone, como se ela tivesse que ser exportada para todos os lugares do mundo. Se fosse assim, todos nós deveríamos nos tornar hackers para integrar essa nova sociedade. Esse talvez seja um dos limites da obra do próprio Benkler, que afirma a existência de uma cultura “da” internet. Obviamente, é possível associar formas e culturas às tecnologias que as pessoas utilizam para viver, como o automóvel, ou os garfos e as roupas.

Não vamos negar que existe um aspecto importante na cultura material e na maneira como se usa a tecnologia. Mas é reducionista pensar que a cultura da internet é, sobretudo, a cultura que a própria internet produz. Quer dizer, o que define a cultura é um conjunto de elementos que não se limita a uma tecnologia. Não é a tecnologia que determina a evolução da cultura, embora, sem dúvida alguma, ela é um dos fatores fundamentais que moldam a nossa vida.

A tecnologia não funciona como uma matriz geradora de cultura, pois é parte da nossa cultura material. Essa seria a minha crítica ao próprio Benkler e a maneira como ele encaminha a discussão sobre produção social, promovendo uma espécie de hipertrofia da cultura da internet, que não corresponde à realidade das sociedades nem dos mercados.

Fonte: IHU – 07/01/2008

Abaixo a bisbilhotice

Organizações querem lista contra rastreamento na internet

Nove organizações de defesa da privacidade e dos consumidores solicitaram à FTC (Federal Trade Comission, agência reguladora governamental norte-americana) que crie uma lista para registrar os internautas que não querem ter suas atividades online utilizadas por redes de publicidade. A lista, que foi solicitada na semana passada, deverá ser semelhante à lista que a FTC mantém para os consumidores que não desejam receber ligações de telemarketing, de acordo com organizações como o Center for Democracy and Technology, Electronic Frontier Foundation e Consumer Federation of America. Com a lista que proibiria rastreamento, os anunciantes que empregam cookies ou tags instalados nos computadores deveriam registrar junto à FTC todos os nomes de domínio dos servidores envolvidos nessas atividades. “Optar por não ter as atividades pessoais rastreadas na internet deveria ser um processo tão simples e tão conhecido quanto a lista de exclusão de telemarketing”, disse à Reuters Mark Cooper, diretor de pesquisa da Consumer Federation of America. De acordo com a proposta, os anunciantes também seriam proibidos de recolher e usar informações pessoais sobre atividades de saúde e financeiras. A proposta também exige auditagem independente de empresas que utilizem rastreamento comportamental para que elas cumpram os padrões de defesa da privacidade (cont.)

Fonte: Folha Online: 05/11/2007

Uma pena que não é aqui… ah, mas um dia vão ter que respeitar a gente. Telemarketing e spam são pragas das mais irritantes!