O mundo perdeu a confiança nos USA a partir do momento em que aplicaram o conceito de guerra preventiva

Folha Online: 10/09/2006 – 09h51

Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, em Washington

Cinco anos depois, EUA estão mais fracos e sós

Só para quem tem “memória curta”:

Acredito que a ‘guerra preventiva’ é uma forma de crime contra a humanidade. Ela não será a primeira batalha de uma 3ª Guerra Mundial, mas o primeiro passo para uma espécie de guerra civil globalizada (…) É uma ameaça verdadeira contra a humanidade, diz Paul Virilio, 70, urbanista e filósofo francês, em entrevista à Folha Online de 06/04/2003 – 10h55.

Colocando a si mesmo acima da lei, Bush admite prisões secretas da CIA

Num claro descaso pelas convenções internacionais e colocando a si mesmo acima da lei, o presidente dos EUA admite pela 1ª vez que seu governo mantém prisões secretas e captura suspeitos de terror em outros países.

Leia na Folha Online: 06/09/2006 – 15h42: Bush admite prisões secretas da CIA e capturas fora dos EUA

Leia na BBC Brasil: 06 de setembro, 2006 – 19h53 GMT: Bush admite pela 1ª vez prisões da CIA fora dos EUA

Leia na BBC News: Wednesday, 6 September 2006, 19:21 GMT: Bush admits to CIA secret prisons

Traumatizados pelos resultados da mais recente pesquisa presidencial…

…Bateu um desespero nas cercanias do comitê de Alckmin. Entre quatro paredes, há um intenso esvoaçar de panos. Difícil encontrar alguém que ainda não tenha jogado a toalha. Em diálogos privados, longe de gravadores e blocos de anotação, o timbre é de velório….

…Mesmo depois de injetar em seu programa televisivo doses calculadas de ataques a Lula, Alckmin manteve-se inerte. Tinha 27% das intenções de voto há uma semana. Hoje, ostenta os mesmos 27%. Como se fosse pouco, Lula, seu principal rival, vende saúde. O presidente oscilou para cima – foi de 50% para 51%…

É o que diz o blog de Josias de Souza, no post Alckmin vai à UTI e respira com ajuda de aparelhos, escrito em 05/09/2006, às 20h30.

Governo Bush derrotado…

BBC Brasil: 29 de junho, 2006 – 16h03 GMT (13h03 Brasília)

Guantánamo: Para Supremo dos EUA, tribunais são ilegais

A Suprema corte norte-americana declarou que o governo Bush não tem autoridade para julgar suspeitos de terrorismo em tribunais militares de Guantánamo. A decisão, que é considerada um marco na justiça do país, veio no caso onde um ex-motorista de Osama Bin Laden, Salim Ahmed Hamdan, pedia a anulação de seu julgamento. O desfecho do apelo de Hamdan não significa que o centro de detenção vá ser fechado imediatamente, nem que os prisioneiros tenham de ser libertados. Mesmo assim, a sentença, que diz que os procedimentos oficiais violaram a Convenção de Genebra, foi um duro golpe para o governo (cont.)

Leia Mais:
US Guantanamo tribunals ‘illegal’

O Estado quer vender dados pessoais? Se for o que parece ser…

Vender os dados dos documentos de todos os cidadãos do Estado de São Paulo para empresas privadas? Se for o que parece ser, que coisa mais maluca… Já vou avisando que sou o Capitão Nemo, aquele do submarino Nautilus!

Quem pensa conhecer o que é o fetichismo da mercadoria, volte a aprofundar o tema… Chamem o Marx, depressa! Só o que você receberá de mais spam, mais telemarketing, mais cartões não solicitados, todo tipo de lixo publicitário… dá para imaginar? Bem, esse é o lado chato da comercialização da privacidade. E o perigoso? Deixo para sua imaginação… Até mesmo porque todos os seus dados, com certeza (expressão do gosto do paulistano!), irão parar em CDs piratas na Santa Ifigênia [os sublinhados no texto da Folha são meus].

Folha Online: 04/06/2006 – 09h12

Governo quer vender dados dos paulistas


André Caramante – da Folha de S.Paulo

Enquanto tenta controlar os impactos da maior crise na segurança da história de São Paulo, o secretário Saulo de Castro Abreu Filho apresentou um projeto pelo qual autoriza que empresas particulares administrem e vendam a base de dados com a ficha pessoal de todos os cidadãos que tiraram documento no Estado. Hoje, por lei, o sigilo e a manutenção dos dados são responsabilidade do poder público. Para transferir as fichas para a iniciativa privada, Abreu Filho quer que empresas escolhidas por licitação modernizem toda a base de dados que, hoje, o Estado administra. Parte da proposta é converter do papel para meios digitais 45 milhões de fichas datiloscópicas e 60 milhões de registros criminais. Segundo o economista técnico da unidade de PPP (Parceria Público-Privada) Deraldo Mesquita Júnior, da Secretaria de Economia e Planejamento, a empresa escolhida deverá gastar, só no início do projeto, cerca de R$ 490 milhões. Ele também disse que uma das “contrapartidas” é a exploração comercial desses dados, que poderão ser repassados para bancos, administradoras de cartões de crédito e redes de magazines e de telemarketing (…) Um dos maiores problemas que deverão ser enfrentados com o repasse das informações dos cidadãos para o setor privado é o mesmo que envolve a base de dados de empresas de telefonia e da própria Receita Federal. Na rua Santa Ifigênia (região central de São Paulo), a poucos metros da sede da 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, vendedores ambulantes negociam ilegalmente, por aproximadamente R$ 100, CDs piratas com dados pessoais – como endereço, CPF, renda anual e número de telefone (cont.)

Leia Mais:
Projeto de venda de dados é inconstitucional, diz advogado
Venda de dados dos paulistas está em estudo, diz secretaria

Caros Amigos lança edição extra sobre o PCC

Caros Amigos – maio de 2006

Nossa primeira edição extra

 

O repórter João de Barros vinha levantando tudo sobre o PCC desde janeiro deste ano. Reuniu tanto material, que havíamos decidido publicar a reportagem em série, três edições seguidas de Caros Amigos a partir do próximo mês. Com o acontecimentos do fim de semana do Dia das Mães, resolvemos lançar esta edição extra, que trata da força da organização criminosa que desta vez apavorou toda a cidade de São Paulo. Talvez tenha sido seu último ato espetaculoso, pois ultrapassou os limites de tolerância que vinham sendo estabelecidos em acordos entre o “partido”, como se autodenomina o PCC, e o governo do Estado de São Paulo. Daí que na terça-feira, dia 16, duas versões corriam os noticiários: gente do próprio governo se contradizendo, uns declarando que de novo houve acordo; outras, inclusive o governador, afirmando que não houve. Impossível determinar quem está com a verdade. O que se sabe, com certeza, é que ao deixar o Deic, o departamento policial onde veio prestar depoimento na sexta-feira anterior sobre a informação de que haveria ações criminosas em São Paulo no Dia das Mães em represália à transferência de 765 prisioneiros ligados ao PCC para o presídio de Presidente Venceslau, um grupo de presos (entre eles o líder do PCC, Marcola), foi levado diretamente para o Regime Disciplinar Diferenciado – uma nova versão da solitária – do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Assim, segundo fonte segura, Marcola, isolado no RDD, teria ficado surpreso ao saber a dimensão dos ataques que ele próprio teria planejado. Como o PCC sempre agiu na surdina, Marcola concluiu que os atentados estavam se voltando contra o próprio “partido”, que ele nem de longe deseja que seja tido como inimigo público, o que acabou acontecendo. Não era para menos (cont.)

Leia Mais:
Folha Online: Secretário da Administração Penitenciária de SP pede demissão
Folha Online: Ex-secretário diz que negociou com PCC

São Paulo sob ataque de dois entrevistados

Folha Online: 18/05/2006 – 08h54

Burguesia terá de abrir a bolsa, diz Lembo

Mônica Bergamo – Colunista da Folha de S.Paulo

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, afirma que o problema de violência no Estado só será resolvido quando a “minoria branca” mudar sua mentalidade. “Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa”, afirmou. “A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações.” Lembo criticou o ex-governador Geraldo Alckmin, que disse que aceitaria ajuda federal contra as ações do PCC se ainda estivesse no cargo, e o ex-presidente FHC, que atacou negociação entre o Estado e a facção criminosa para o fim dos ataques. Leia abaixo os principais trechos da entrevista (cont.)

Leia Mais:
Em entrevista, suposto líder do PCC nega acordo para encerrar ataques
PFL e PSDB evitam polemizar declaração de Lembo
Suspeitos mortos pela polícia em onda de ataques em SP somam 107