A literatura henóquica em novo livro de Boccaccini

Está para sair, pela Editora Brill, mais um livro sobre a literatura henóquica, editado por Gabriele Boccaccini e John J. Collins. Por enquanto, não tenho mais informações sobre esta obra, a não ser o que está na página da editora.

BOCCACCINI, G.; COLLINS, J. J. (ed.) The Early Enoch Literature. Leiden: Brill, x + 374 p. – ISBN 9789004161542.

Diz a editora Brill:
In recent years there has been a lively debate about the early Enoch literature and its place in Judaism. This volume is intended to represent that debate, by juxtaposing pairs of articles on several key issues: the textual evidence, the relationship to the Torah, the calendar, the relation to wisdom, the relation to the temple, the sociological setting and the relation to the Dead Sea Scrolls. It is not the intention of the editors to impose a consensus, but rather to stimulate discussion by bringing together divergent viewpoints. The book should be a useful textbook not only on the Enoch literature and apocalypticism, but more generally on Second Temple Judaism.

Quatro livros sobre Biblia que valem a leitura

Passei a tarde lendo resenhas de alguns livros sobre Antigo Testamento que me interessam, por suas temáticas e enfoques, de modo especial. Dois sobre Metodologia Bíblica, um sobre o Pentateuco e outro sobre História de Israel. Um de 2005, dois de 2006 e um de 2007.

:: ESLER, P. F. (ed.) Ancient Israel: The Old Testament in Its Social Context. Minneapolis: Fortress, 2005. xvii + 420 p. – ISBN 0800637674

O livro Antigo Israel: o Antigo Testamento em seu contexto social, organizado por Philip Francis Esler, e que trata da análise sócio-antropológica do Antigo Testamento, só recebeu elogios nas resenhas de Hallvard Hagelia, da Noruega, e de Patricia Dutcher-Walls, do Canadá.

Resultado de uma conferência realizada em 2004 na Universidade St. Andrews, na Escócia, o livro traz expressiva contribuição de vários autores para a área da metodologia bíblica. Eu já o mencionara em Leitura socioantropológica da Bíblia.

Resenhas de Hallvard Hagelia, da Ansgar School of Theology and Mission Kristiansand, Noruega, publicada pela RBL em 11 de junho de 2006, e de Patricia Dutcher-Walls, da Vancouver School of Theology, Vancouver, Canadá, publicada pelo Journal of Hebrew Scriptures, vol. 7, de 2007.


:: DOZEMAN, T. B; SCHMID, K. (eds.) A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2006, viii + 198 p. – ISBN 9781589831636

Este livro vem chamando a atenção de muita gente desde que foi publicado no ano passado. É coordenado por Thomas Dozeman e Konrad Schmid e trata do Pentateuco: Um adeus para o Javista? A composição do Pentateuco na interpretação européia recente. Dele já falei em setembro do ano passado, no post Mais uma vez o Javista se despede do Pentateuco. Mas para onde ele estaria indo? É bom dar uma olhada lá primeiro.

A resenha é de J. Harold Ellens, da University of Michigan-Ann Arbor, em Ann Arbor, Michigan, USA, publicada pela RBL em 25 de agosto de 2007, e também é elogiosa.

Parece que neste livro se avança um pouco na direção de um possível consenso, por enquanto inexistente, acerca de como e quando teria sido composto o Pentateuco. Na minha opinião, contudo, muita água ainda vai passar debaixo da ponte até que se chegue a algum acordo sobre o tema.


:: MOORE, M. Philosophy and Practice in Writing a History of Ancient Israel. London: T &T Clark, 2006, x + 205 p. – ISBN 9780567029812

A terceira obra da qual andei lendo uma resenha é uma tese escrita por Megan Moore sob a supervisão de John Hayes da Emory University, Atlanta, Georgia, USA, com o título de Filosofia e prática na escrita de uma História do Antigo Israel. É um livro que se propõe fazer uma avaliação dos pressupostos dos especialistas que se aventuram a escrever “Histórias de Israel”.

E aí, naturalmente, entre outras coisas interessantes, não poderia faltar um balanço da escaramuça que vem acontecendo nos últimos anos entre os “minimalistas” e os “não-minimalistas”, termos, já em si, controvertidos. E o uso das fontes, e até onde vai a credibilidade histórica dos textos bíblicos, e… haja controvérsia!

Ernst Axel Knauf, da Universidade de Berna, em Berna, na Suíça, que é do ramo, acha que a obra contribui para o debate na área e vê relevância neste tipo de balanço. A resenha, por ele assinada, foi publicada pela RBL em 1 de setembro de 2007.

:: DIAS DA SILVA, C. M. Leia a Bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2007, 104 p. – ISBN 9788515033072

Finalmente, quero falar, mais uma vez, do livro do Cássio Murilo Dias da Silva, que acaba de ser lançado pela Loyola. Agradeço ao Cássio que me enviou um exemplar com bela dedicatória.

Por enquanto, li detalhadamente quatro dos sete capítulos e passei os olhos pelo restante do livro. Acredito que o livro, que é sobre metodologia bíblica, possa ser lido com proveito por alunos da graduação em Teologia, logo que tenham adquirido algumas noções de introdução à Bíblia e aos métodos de exegese bíblica.

Graficamente bem cuidado, atento à didática, mas com uma densidade bastante grande, rigoroso no tratamento do tema. Características do autor. Justificadamente diz Cássio na dedicatória, este livrinho tem o máximo de exegese em um um mínimo de páginas. Vou utilizá-lo em minha disciplina de Introdução à S. Escritura, que enfoca prioritariamente os métodos de leitura da Bíblia. Daqui a um ano saberei até onde funciona.

Os quadrinhos explicativos espalhados pelo texto – ah, e a caricatura do autor: comparem o enorme nariz com o minúsculo banquinho! – ajudam bastante. Servem como guia de leitura e podem ser usados para diminir a tensão da séria leitura! Valeu, Cássio. Alunos do Primeiro e Segundo Anos do CEARP mostraram grande interesse no livro. E um aluno do Quarto Ano acha que o livrinho pode ser mais uma ferramenta útil na preparação do exame De Universa Theologiae. Minha única reclamação, por enquanto, é que, ao citar exemplos da literatura brasileira, o autor ignorou Guimarães Rosa…

Juda e os judaitas nos seculos VI-IV AEC

A ideia de fazer uma conferência sobre Judá e os judaítas no período babilônico nasceu em um colóquio de pesquisadores da área, em Paris, no ano 2000.

A conferência aconteceu na Universidade de Tel Aviv, Israel, em maio de 2001. E dela surgiu  

LIPSCHITS, O.; BLENKINSOPP, J. (eds.) Judah and the Judeans in the Neo-Babylonian Period. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2003 [2018], xii + 612 p. – ISBN 9781575060736,

Obra que foi muito bem avaliada em três resenhas às quais tive acesso: na RBL, em 2004, por Bob Becking e por John Kessler, e na CBQ, por John C. Endres, em 2005.


Uma segunda conferência, desta vez cobrindo o período persa foi realizada na Universidade de Heidelberg, Alemanha. Como resultado do debate foi publicado  

LIPSCHITS, O.; OEMING, M. (eds.) Judah and the Judeans in the Persian Period. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2006 [reprint: 2018], xxii + 721 p. – ISBN 9781575061047.

Obra bem recebida nas resenhas de Erhard Gerstenberger, na RBL em outubro de 2006, e de Richard J. Bautch, na CBQ de julho de 2007.


Uma terceira conferência, desta vez sobre Judá e os Judaítas no século IV AEC, foi realizada em Münster, na Alemanha, em agosto de 2005. O volume com os debates acaba de ser publicado, assim como os anteriores, pela Eisenbrauns, agora, no dia 31 de agosto de 2007:
  
LIPSCHITS, O.; KNOPPERS, G. N.; ALBERTZ, R. (eds.) Judah and the Judeans in the Fourth Century B.C.E. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2007, xii + 423 p. – ISBN 9781575061306.

Espero que a contribuição seja tão significativa para a História de Israel como foram as duas primeiras.

Dois novos livros de Philip R. Davies

DAVIES, P. R. The Origins of Biblical Israel. London: Bloomsbury T&T  Clark, 2009, 208 p. – ISBN 9780567137616

Diz a editora:

DAVIES, P. R. The Origins of Biblical Israel. London: Bloomsbury T&T Clark, 2009The book starts from the problem defined by recent archaeological discovery about the societies that formed the backbone of the kingdoms of Israel and Judah, their origins and their relationship. It has become clear that the biblical notion of a 12-tribe ‘nation’ united by descent and religion does not correspond to these findings. The challenge is not to argue endlessly about how far the differing accounts can be reconciled, as a prolongation of an old debate about biblical ‘historicity’, but to try and understand what historical, social and cultural process led to the production of the biblical portrait of an Israel of 12 tribes embracing two kingdoms. Davies argues for the importance of the role of Bethel as a royal sanctuary, then a central sanctuary of the Neo-Babylonian and Persian province of Judah. In particular, the figure of Jacob as the ancestor of ‘Israel’, associated with Bethel, became the eponym of the biblical ‘all Israel’ and the name ‘Israel’ survived as the name of a new society, even as Jerusalem was re-established as the major, and subsequently the only, official Judaean temple.

 

DAVIES, P. R. On the Origins of Judaism. Abingdon: Routledge, 2014, 183 p. – ISBN 9781845533267.

Deste livro diz a editora:

This book covers several basic issues in the formation of early Judaism. It explores the identity of those who produced and canonized the Hebrew Bible and subsequentlyDAVIES, P. R. On the Origins of Judaism. Abingdon: Routledge, 2014 shaped its interpretation, re-examines the significance and impact of Second Isaiah, and the books of Ezra and Nehemiah, traces the root of Jewish apocalyptic literature, and the possible origins of the exodus story. Two final chapters consider the mechanics of table fellowship in diaspora Judaism and consider the ethical systems of the Hebrew Bible and of the Athenian tragedians in the light of their respective social and political structures. Some of these essays have previously appeared but all have been revised.

Novo livro do Cassio: lançamento em 3 de setembro

Hoje Cássio Murilo Dias da Silva enviou-me dois pequenos textos com autorização para publicá-los no Observatório Bíblico. Quero lembrar aos leitores que Cássio estará lançando seu novo livro Leia a Bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2007, 104 p. ISBN 9788515033072, no dia 3 de setembro próximo, como noticiei no link acima.

Os textos abaixo são um Curriculum Vitae do autor e um press-release do livro.

“Meu nome, Cássio Murilo Dias da Silva. Sou nascido em Jundiaí e criado em Campo Limpo Paulista.

Fiz o ensino médio e fundamental em Campo Limpo, nas escolas ‘Francisco Monlevade’ e ‘XV de Outubro’. Cursei a Filosofia no Seminário de Jundiaí e a Teologia na PUC de Campinas. Entre 1988 e 1992, cursei o Mestrado no Instituto Bíblico de Roma, e para lá voltei em 2001, para obter o Doutorado nas chamadas ‘Ciências Bíblicas’. Trata-se de um estudo aprofundado da Bíblia e de tudo o que a ela se relaciona: as línguas antigas, a história antiga, a sociedade e a cultura do povo de Jesus.

Nesta semana lanço meu terceiro livro: Leia a Bíblia como literatura.

O primeiro – Metodologia de exegese bíblica – apresenta as técnicas necessárias para se ler a Bíblia de modo científico. O segundo – Aquele que manda a chuva sobre a face da terra – é a minha tese doutoral, um estudo profundo de alguns trechos do Antigo Testamento, nos quais Deus aparece como o criador e o dominador das chuvas. Este terceiro livro reelabora de modo mais simples várias coisas que já haviam aparecido no Metodologia, mas agora com uma linguagem mais acessível e, por outro lado, com algumas complementações.

Este livro constitui uma ‘caixa de ferramentas’ para quem já tem algum contato com a Bíblia na oração e na catequese, mas não está satisfeito somente com isso e quer mais. Não é uma introdução à Bíblia, e sim uma introdução à leitura da Bíblia como uma obra literária, que não perde nada para os grandes romances ou livros de aventura ou as poesias clássicas.

Isso não diminui em nada o valor da Bíblia. Bem ao contrário, recoloca a Bíblia em seu devido lugar, pois ela não é uma palavra de Deus que ‘caiu do céu em dia de limpeza’, e sim a Palavra de Deus em palavras humanas. Neste novo livro, mostro como os autores bíblicos usaram o que tinham de melhor para transmitir com respeito, veneração e amor a mensagem de Deus. Por isso, o título do livro é um desafio, mas também um conselho: ‘leia a Bíblia como literatura’”.

Até aqui o Curriculum. Agora o press-release:

Leia a Bíblia como literatura: este título quer ser uma provocação, quase um desafio, e nos convida a ler a Bíblia, não como um depósito de verdades ou um repertório de conselhos a serem utilizados na pregação e da doutrinação, e sim lê-la pelo simples prazer de ler uma obra bem escrita.

Sacrilégio? De forma alguma. Se assim o fosse, os primeiros sacrílegos seriam os autores humanos que emprestaram a Deus palavras, conceitos, figuras literárias e os muitos outros elementos que compõem o texto bíblico. De fato, os livros bíblicos não perdem em nada para as grandes obras da literatura universal, nem os autores sagrados são inferiores a tantos mestres da literatura mundial. Todavia, nossa preocupação em ler os textos bíblicos para dele extrair mensagens espirituais quase sempre faz com que não percebamos como os textos bíblicos são bem formulados, com uma profundidade poética impressionante e com um vigor narrativo invejável.

Leia a Bíblia como literatura quer abrir horizontes e oferecer um instrumental acessível aos que já amam a Palavra de Deus e querem aprender a amá-la ainda mais”.

Leia a Bíblia como literatura

É o convite que nos faz Cássio Murilo Dias da Silva em seu mais recente livro. Que será lançado no dia 3 de setembro de 2007, às 19h30, no Anfiteatro da Cúria, em Jundiaí, SP.

DIAS DA SILVA, C. M. Leia a Bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2007, 104 p. ISBN 9788515033072

Sendo este o primeiro volume da nova coleção Ferramentas Bíblicas.

Livro de Lester Grabbe sobre o Período Persa

GRABBE, L. L. A History of the Jews and Judaism in the Second Temple Period: Vol 1, Yehud: A History of the Persian Province of Judah. London: T & T Clark, 2006, 496 p. ISBN 0567043525.

Este é o primeiro de 4 volumes previstos por Lester L. Grabbe para Uma História dos Judeus e do Judaísmo no Período do Segundo Templo. Este volume cobre a época persa, sendo que a edição em capa dura (hardcover) saiu em 2004, enquanto esta, em brochura (paperback), é de 2006.

Esta obra é a expansão de um estudo anteriormente publicado com o título de Judaism from Cyrus to Hadrian. 2 vols. Minneapolis: Fortress, 1992. Ela se tornou necessária, pois ocorreu, principalmente a partir de 1990, uma verdadeira explosão de publicações de livros e artigos sobre o Judaísmo do Segundo Templo. Quem estuda História de Israel ou qualquer área do Antigo Testamento sabe da enorme importância em se conhecer o chamado período pós-exílico, pois foi nas épocas persa e grega que a maioria dos textos da Bíblia Hebraica foi escrita.

Rasgados elogios a esta obra de Lester L. Grabbe foram feitos por John W. Betlyon, da Pennsylvania State University, USA, na resenha escrita para a CBQ de julho de 2007, p. 545-546.

John W. Betlyon conclui assim sua resenha:
Tendo escrito um trabalho que interessa a historiadores, biblistas, arqueólogos e a todos os estudiosos do Período Persa (ca. 550-331 AEC), Grabbe prestou um tremendo serviço ao reunir tantas fontes a novas ideias e possíveis interpretações deste período histórico. Embora o leitor possa não concordar com todas as conclusões de Grabbe, sua pesquisa e seu rigor são impecáveis.

Ora, a obra de 1992 já era muito boa. Portanto, é preciso ir à luta: ler esta também… e torcer para que saiam logo os outros volumes.

Leia mais sobre esta e outras obras de Lester L. Grabbe aqui.

Estudo sociológico sobre seitas no judaísmo antigo

CHALCRAFT, D. J. (ed.) Sectarianism in Early Judaism: Sociological Advances. Abingdon: Routledge, 2014, 256 p. – ISBN 9781845530839.

CHALCRAFT, D. J. (ed.) Sectarianism in Early Judaism: Sociological Advances. Abingdon: Routledge, 2014Este livro apresenta oito estudos – inovadores, segundo a editora – que exploram o fenômeno das seitas no judaísmo antigo e a história das teorias sociológicas sobre movimentos sectários.

Os colaboradores abordam fontes clássicas e contemporâneas da sociologia da religião, como os trabalhos de Max Weber, Ernest Troeltsch, Bryan Wilson, Stark e Bainbridge, Mary Douglas. Leia mais sobre a sociologia (weberiana) das seitas aqui.

Entre os autores estão, além de David J. Chalcraft, Lester L. Grabbe e Philip R. Davies, de quem já li alguns livros, também Peirluigi Pironavelli, Eyal Regev, Cecilia Wassen, Jutta Jokiranta, Albert I. Baumgarten…

Diz a editora:
This book presents eight new and path-breaking studies which explore the phenomenon of sects in ancient Judaism and the history of sociological theorizing of sectarian movements. Contributors draw on a full range of classical and contemporary sources in the sociology religion including the work of Max Weber, Ernest Troeltsch, Bryan Wilson, Stark and Bainbridge, Mary Douglas. The book represents a self-conscious foregrounding of sociological issues which the authors apply to their deep knowledge of the history and texts of the so-called sectarian communities. Critical consideration is given to the contexts in which Jewish sectarianism is to be understood, layers of redaction in the texts, the trajectories of sectarian groups, the location of sectarianism within a long term history of Judaism as well as in the context of the Second Temple; the relations between sects and the wider society, between themselves and between other religious and political movements are considered. Critical approaches are adopted to the reception and application of Weber’s ideas and for the first time a comprehensive survey of the contributions of Weber and Bryan Wilson, rooted in the development of their own work across time, is provided. The limits as well as the potentialities of their typologies and sociological theories are considered. Overall the book breaks out of a non reflective and non informed use of sociological typologies to ground conceptualization of sects and their histories in a purposeful sociological context, making controlled use of sociological theory, concepts and substantive findings of other sectarian movements. The book does not argue for any one sociological method or typology but only leads by example by showing the need to be cautious with the use of comparative material, and to ground theorizing in the very texts of the sociological theorist studied just as careful attention needs to be paid to the textual, historical and material evidence that remains.

Lester Grabbe: como escrever uma História de Israel?

GRABBE, L. L. Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It? Revised Edition. London: T&T Clark, 2017, 328 p. ISBN 978-0567670434.

As histórias de Israel escritas nas últimas décadas ainda deixam questões básicas de metodologia sem respostas. Por exemplo: como escrevemos uma História de Israel? Como nós podemos saber algo sobre a História de Israel?

GRABBE, L. L. Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It? Revised Edition. London: T&T Clark, 2017Em Antigo Israel: o que nós sabemos e como nós sabemos, Lester L. Grabbe, Professor de Bíblia Hebraica e Judaísmo Antigo na Universidade de Hull, Reino Unido, investiga o que nós sabemos através de uma verificação das fontes e como nós sabemos através de uma discussão metodológica e avaliação das evidências. Grabbe não escreve aqui uma História de Israel, mas reúne e analisa os materiais necessários para a escrita de uma História de Israel.

A questão mais importante sobre a história do antigo Israel é: como nós sabemos o que sabemos? Esta questão nos conduz às questões fundamentais deste estudo de Lester L. Grabbe: Quais são as fontes para a História de Israel e como devemos avaliá-las? Como fazê-las “falar” através da névoa dos séculos?

Grabbe analisa fontes originais, incluindo inscrições, papiros e arqueologia e examina os maiores problemas existentes quanto ao uso do texto bíblico para a escrita de uma História de Israel.

 

Diz a editora:
A number of ‘histories of Israel’ have been written over the past few decades yet the basic methodological questions are not always addressed: how do we write such a history and how can we know anything about the history of Israel? In Ancient Israel Lester L. Grabbe sets out to summarize what we know through a survey of sources and how we know it by a discussion of methodology and by evaluating the evidence. Grabbe’s aim is not to offer a history as such but rather to collect together and analyze the materials necessary for writing such a history. His approach therefore allows the reader the freedom, and equips them with the essential methodological tools, to use the valuable and wide-ranging evidence presented in this volume to draw their own conclusions. The most basic question about the history of ancient Israel, how do we know what we know, leads to the fundamental questions of the study: What are the sources for the history of Israel and how do we evaluate them? How do we make them ‘speak’ to us through the fog of centuries? Grabbe focuses on original sources, including inscriptions, papyri, and archaeology. He examines the problems involved in historical methodology and deals with the major issues surrounding the use of the biblical text when writing a history of this period. Ancient Israel makes an original contribution to the field but also provides an enlightening overview and critique of current scholarly debate. It can therefore serve as a ‘handbook’ or reference-point for those wanting a catalog of original sources, scholarship, and secondary studies.

Homenagem a Philip Davies

BURNS, D.; ROGERSON, J. W. (eds.) Far From Minimal: Celebrating the Work and Influence of Philip R. Davies. London: Bloomsbury T & T Clark, 2014, 576 p. – ISBN 9780567114358.

BURNS, D.; ROGERSON, J. W. (eds.) Far From Minimal: Celebrating the Work and Influence of Philip R. Davies. London: Bloomsbury T & T Clark, 2014Esta é uma obra que homenageia Philip R. Davies por ocasião de seus 60 anos de vida. Os autores se propõem refletir sobre a influência de Philip R. Davies nos estudos bíblicos nos últimos 30 anos.

Diz a editora:

Marking the 60th birthday of Professor Philip R. Davies, Dr. Duncan Burns and John W. Rogerson, his former student and colleague, respectively, aim to do him justice. They have comprised articles from their peers to reflect on the impact Professor Davies has made in three particular areas of study: Hebrew Bible, Qumran, and Paleastinian Archaeology; New Testament and Early Judaism; and Biblical Interpretation. The breadth of this volume aims to reflect the scope, interest, and influence of Professor Davies from the last 30 years.