Aberto museu subaquático em Cesareia

Underwater Museum Opens in Caesarea

Maariv reports on a new archaeological museum that opens this week in Caesarea:

Diving equipment, a guide with oxygen-containers on his back, plastic maps, and a totally wet experience may sound like another regular diving endeavor, but in fact, this is the tour that the first Israeli underwater museum will offer, opening this week in Caesarea.

The archaeological park will open this Friday in Caesarea, on the remains of a port that King Herod built 2000 years ago, the Caesarea Maritima, and which sunk underwater after only a century. The park, a project in which hundreds of thousands of dollars were invested, under the direction of Sarah Aharonson, will allow anyone that has undergone a basic diving course to take off his shoes, wear the diving suit, and dive into the past – the port’s remains.

The park is over 25000 square feet in size, and is divided into four tour routes along the ancient port: the port’s entrance, the lighthouse remains, the remains of the piers, the breakwaters, and the docking platforms, remains of jewelry, statue bases, coins, and a shipwreck.

“This is a one-of-a-kind park in the whole world,” says Dr. Nadav Kashtan, a lecturer at the Dept. of Maritime Civlizations at Haifa University, “the explorers-divers will enjoy a special wet experience of time travel.”

Fonte: Yitzhak Sapir – Toldot: April 23, 2006

Eilat Mazar: I work with the Bible in one hand and the tools of excavation in the other

Jim West em seu blog chama a atenção para um artigo sobre Eilat Mazar na Moment Magazine.

O título que escolhi para o post reflete exatamente aquilo que eu comentava hoje em aula, com os alunos do primeiro ano de Teologia do CEARP, sobre a pretensa descoberta do palácio de Davi por Eilat Mazar:

Eu trabalho com a Bíblia numa mão e a ‘picareta’ na outra. Isto é o que arqueólogos bíblicos fazem. A Bíblia é a mais importante fonte histórica e merece, por isso, atenção especial.

Julgue você mesmo… se não acompanhou o caso, leia aqui também.

Encontrados túneis usados pelos judeus na guerra contra Roma

Encontrados em Caná da Galileia túneis usados pelos judeus na guerra contra Roma em 66 d.C.

 

Underground Tunnels Found in Israel Used In Ancient Jewish Revolt

Underground chambers and tunnels used during a Jewish revolt against the Romans nearly 2,000 years ago have been uncovered in northern Israel, archaeologists said Monday.

The Jews laid in supplies and were preparing to hide from the Romans during their revolt in A.D. 66-70, the experts said. The pits, which are linked by short tunnels, would have served as a concealed subterranean home.

Yardenna Alexandre of the Israel Antiquities Authority said the find shows the ancient Jews planned and prepared for the uprising, contrary to the common perception that the revolt began spontaneously.

“It definitely was not spontaneous,” Alexandre said. “The Jews of that time certainly did prepare for it, with underground hideaways here and in other sites we have found.”

The underground chambers at the Israeli Arab village of Kfar Kana, north of Nazareth, were built from housing materials common at the time and hidden directly beneath the floors of aboveground homes — giving families direct access to the hideouts. Other refuges found from the time of the revolt are hewn out of rock.

“This construction was very well camouflaged inside one of the houses,” Alexandre said. “There are three pits under this house and one tunnel leading to another pit. There are 11 storage jars in that pit.”

Built like igloos, the chambers are wide at the base and small at the top. The tunnels between them are short and the ceilings are too low for standing upright.

Zeev Weiss, a professor of archaeology at Hebrew University in Jerusalem not connected to the discovery, said the find “can give us more information about life in the Galilee in the first century and the preparations Jews were making on the eve of the revolt.” Weiss is director of excavations at Sepphoris, which was the largest city in the Galilee at the time of the revolt.

The Jewish revolt against Roman rule ended in A.D. 70, when the Romans sacked Jerusalem and destroyed the Second Temple.

The ancient Jews at the Kfar site built their houses over the ruins of a fortified Iron Age city, reusing some of the stones from the original settlement. Then they dug through 5 feet of debris from the ruins to build their hideaway complex. “It was quite a lot of work,” Alexandre said.

The original settlement, which dates from the 10th and 9th centuries B.C., is also a new discovery.

Alexandre attributes current dating of the original city as an Iron Age settlement to pottery remains, which are plentiful. The excavators have also found large quantities of animal bones, a scarab depicting a man surrounded by two crocodiles and a ceramic seal bearing the image of a lion.

The excavation of the city’s architecture has uncovered fortified walls which still stand 5 feet tall in some places. “It’s magnificent,” said Alexandre. “You can walk among them.”

Fonte: Associated Press – March 15, 2006

O Código de Hammurabi

No blog Awilum.com, me deparo, de repente, ao abrir o leitor de feeds, com uma boa foto do Código de Hammurabi. Nesta semana, este foi um dos assuntos de minha aula de História de Israel, no item Noções de Geografia do Antigo Oriente Médio. É por isso que a melhor tradução deste código feita no Brasil, está aqui, diante de mim, em minha mesa.

Em 1792 Hammurabi (1792-1750 a.C.) subiu ao trono de Babilônia. Consolidou sua posição frente aos vizinhos da Baixa Mesopotâmia e em seguida estendeu seu domínio a Mari, aos elamitas, assírios e gútios. No 31º ano de seu reinado Hammurabi já era senhor da Suméria e de Akkad. Entre outras realizações, Hammurabi desenvolveu uma legislação que ficou famosa através de seu conhecido código, que hoje está no Louvre, em Paris.

Eis um trecho do Epílogo do Código de Hammurabi na tradução de BOUZON, E. O Código de Hammurabi. Introdução, tradução do texto cuneiforme e comentários. 4a edição totalmente revista e melhorada. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 222-223:BOUZON, E. O Código de Hammurabi. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

(Estas são) as sentenças de justiça, que Hammurabi, o rei forte, estabeleceu e que fez o país tomar um caminho seguro e uma direção boa. Eu (sou) Hammurabi, o rei perfeito. Para com os cabeças-pretas, que Enlil me deu de presente e dos quais Marduk me deu o pastoreio, não fui negligente, nem deixei cair os braços; eu lhes procurei sempre lugares de paz, resolvi dificuldades graves, fiz-lhes aparecer a luz. Com a arma poderosa que Zababa e Ishtar me outorgaram, com a sabedoria que Ea me destinou, com a habilidade que Marduk me deu, aniquilei os inimigos em cima e embaixo, acabei com as lutas, promovi o bem-estar do país (…). Para que o forte não oprima o fraco, para fazer justiça ao órfão e à viúva, para proclamar o direito do país em Babel, a cidade cuja cabeça An e Enlil levantaram, na Esagila, o templo cujos fundamentos são tão firmes como o céu e a terra, para proclamar as leis do país, para fazer direito aos oprimidos, escrevi minhas preciosas palavras em minha estela e coloquei-a diante de minha estátua de rei da justiça (…). Que o homem oprimido, que está implicado em um processo, venha diante da minha estátua de rei da justiça, leia, atentamente, minha estela escrita e ouça minhas palavras preciosas. Que minha estela resolva sua questão, ele veja o seu direito, o seu coração se dilate! (…) Que nos dias futuros, para sempre, um rei que surgir no país observe as palavras de justiça que escrevi em minha estela, que ele não mude a lei do país que eu promulguei, as sentenças do país que eu decidi, que ele não altere os meus estatutos!

Uma indicação: quem quiser começar a entender a estrutura da sociedade babilônica da época de Hammurabi e conhecer melhor o que poderá ter significado este Código, leia a Introdução da obra de Emanuel Bouzon, nas p. 15-38. Traz como título Hammurabi, seu tempo e sua obra.

Descobertas seis estátuas de Sekhmet, deusa faraônica da guerra

Folha Online: 08/03/2006 – 13h50

Descobertas seis estátuas de deusa faraônica em Luxor

da Efe, no Cairo

Uma equipe de arqueólogos egípcios e alemães descobriu seis estátuas de pedra da deusa faraônica da guerra, Sejmet [= Sekhmet], durante trabalhos de restauração no templo de Amenófis III, no oeste da cidade monumental de Luxor. O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), Zahi Hawas, disse hoje que as deusas – encontradas em uma câmara oculta do templo, situado na região de Kom al-Hitan, na margem oeste do Nilo – foram esculpidas em rocha escura e aparecem sentadas sobre um trono, segurando em sua mão esquerda a chave da vida, segundo um comunicado do CSA. Hawas acrescentou que três das seis estátuas estão em ótimo estado de conservação e acrescentou que esta é a sétima câmara oculta encontrada pela equipe arqueológica conjunta desde que começaram os trabalhos de restauração do templo de Amenófis III, construído há mais de 3.400 anos. O diretor da missão, Hourig Surouzian, assegurou que três das estátuas estão completas, enquanto a quarta ainda tem uma parte enterrada. Das outras duas, só foram encontradas algumas partes (cont.)

Sobre o novo templo descoberto em Heliópolis

Confira no blog Egyptology News de Andie Byrnes, London, o post Heliopolis Update, sobre a descoberta do Templo em Heliópolis, no Egito, do qual falamos ontem aqui.

Ela diz:

Nevine El-Aref, providing a good summary of the new temple at Heliopolis, with some additional information: “This site is believed to be an important part of the ancient city of Iunu (ancient Heliopolis), which was one of ancient Egypt’s three main cities. In addition to being the city of sun worship, Iunu was an astronomical centre and a literary hub, where intellectuals, including Greek philosophers, studied.

Among the unearthed artifacts were a pink granite colossus, weighing five tonnes, whose features resemble those of Ramses II, and a 1.5 metre sandstone headless statue of a Pharaonic figure, whose back is engraved in hieroglyphic text. While brushing the sand off, three cartouches of Ramses II were also uncovered, scattered on the temple ground, along with an unidentified pink granite royal head wearing a nemes (head dress).

Zahi Hawass, secretary-general of the Supreme Council of Antiquities, told Al-Ahram Weekly that further excavations revealed a number of talatat (small painted stones) bearing the name of Queen Nefertiti. ‘This suggests that the monotheistic King Akhenaten once built a temple or a shrine in this area,’ he said, adding that archaeological evidence of massive constructions of sun temples had been carried out much earlier that the 19th Dynasty.”

Descoberto Templo em Heliópolis com estátuas de Ramsés II

Leia no blog Egyptology News o post More re new temple at Heliopolis.

Two-page article on the National Geographic website re the recent discovery of a temple under a market in Heliopolis, on the outskirts of Cairo: “An Egyptian team has been cooperating with a team from the German Archaeological Institute on the excavations in the Ain Shams and Matariya neighborhoods of Cairo . . . . The temple was built of limestone, and the archaeologists have uncovered the remains of one pillar bearing inscriptions of Ramses II. The researchers are currently excavating the entrance area and the west side of the temple site. They have found chambers for the storage of wheat, a kiln for making amulets, part of a large statue—the head of which weighs 5 tons (4.5 metric tons) and would have stood almost 20 feet (6 meters) tall—and another head of granite, weighing 2 tons (1.8 metric tons). ‘Perhaps the most exciting [find] is an unusual seated statue that shows Ramses II in the leopard skin of a priest, showing that he built this temple as the high priest of Re’, Hawass said.”

O comércio clandestino de bens culturais e o saque da Mesopotâmia

O comércio clandestino de bens culturais só é superado, no mundo, pelo tráfico de drogas e de armas, afirma o Iphan.

Na sexta-feira, dia 24 de fevereiro de 2006, quatro quadros foram roubados em museu do Rio de Janeiro. Quadros de Dalí, Picasso, Monet e Matisse. Segundo a Folha Online de hoje,

a falta de segurança e a riqueza dos acervos das igrejas e museus fizeram com que o Brasil passasse a alvo das quadrilhas especializadas no tráfico de bens culturais, informou ontem a Interpol. De acordo com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o comércio clandestino de bens culturais só é superado, no mundo, pelo tráfico de drogas e de armas (cont.)

Considerado sob tal perspectiva, parece impossível sequer imaginar o tamanho do desastre que está acontecendo com a herança cultural da antiga Mesopotâmia no Iraque. Mas o incrível mesmo é que até os especialistas se acostumam e as denúncias (quase) desaparecem. Para não dizer do público em geral, para quem o fato parece não ser mais tão relevante…

Recomendo especialmente aos meus alunos de História de Israel que considerem os sites listados abaixo. Mesmo com textos em inglês, há muitas fotos, várias delas de sítios e artefatos arqueológicos dos quais estamos falando nas aulas destes dias no item Noções de Geografia do Antigo Oriente Médio.

Leia Mais:
Lost Treasures from Iraq
The Iraq War & Archaeology (veja especialmente: Running tally of sites looted and damaged because of the Iraq War, que lista os sítios arqueológicos saqueados e danificados)

Arqueólogos descobrem tumba com cinco múmias no Egito

Arqueólogos descobrem tumba com 5 múmias no Egito – BBC Brasil: 10 de fevereiro de 2006

Arqueólogos da Universidade de Mênfis descobriram uma tumba com cinco múmias intacta no Vale dos Reis, perto da cidade de Luxor no sul do Egito.

A tumba fica a apenas cinco metros da tumba de Tutankamon, a última descoberta do tipo na região, em 1922.

A identidade das múmias ainda não foi estabelecida.

A tumba foi a 63ª descoberta no Vale dos Reis, que foi usado para sepultamentos por cerca de 500 anos, começando por volta de 1540 antes de Cristo.

A curadora de arte egípcia da Universidade de Mênfis, Patricia Podzorski, disse que a descoberta ocorreu por acaso.

“Os escavadores estavam trabalhando na tumba de um faraó da 19ª dinastia, quando acharam um fosso”, disse Podzorski.

A câmara com os sarcófagos e mais de 20 vasos estava quatro metros abaixo da superfície.

Por alguma razão ainda desconhecida, os sarcófagos haviam sido enterrados em uma pequena tumba, provavelmente de forma apressada.

Segundo Podzorski, a tumba deve pertencer à 18ª dinastia, a primeira do Primeiro Reino (1539-1292 antes de Cristo), cuja capital foi Tebas, que ficava onde é hoje a cidade de Luxor

Leia Mais:
More on Valley of Kings discovery
Updates on the new Kings Valley find