Seca severa contribuiu para o colapso da Idade do Bronze

No item 2 de minha “História de Israel”, quando trato das origens de Israel, procuro explicar o que pode ter provocado o colapso das civilizações na Idade do Bronze Recente.

Escrevi:

“Mario Liverani, em Para além da Bíblia: História antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008. p. 59-80, assim como muitos outros pesquisadores, tenta explicar a catástrofe como resultado de uma conjunção de fatores dramáticos.

Isso pode ser verificado, por exemplo, com a severa crise climática na região do Saara, fazendo com que tribos líbias entrassem no vale do rio Nilo à procura de pastagens e água aí pelo fim do século XIII e início do século XII a.C. Os faraós Merneptah e Ramsés III se vangloriam de tê-las combatido, mas parece que tiveram que se adaptar à nova realidade.

Também na Ásia Menor houve uma sequência de anos muito secos no final do século XIII, com chuvas escassas, provocando uma grave carestia, como atestam textos hititas, ugaríticos, egípcios e a moderna dendrocronologia. A tudo isso se somou a pressão dos “povos do mar”, o fenômeno mais impressionante desta época.

Deste modo, Ugarit, Alashiya (Chipre) e toda uma série de reinos e cidades do Egeu, Ásia Menor, Síria e Palestina foram destruídos. Ruiu todo o sistema político do Bronze Recente. Minoicos, micênios, hititas, egípcios, babilônios, assírios, cananeus e cipriotas eram civilizações independentes umas das outras, mas interligadas por rotas de comércio que geravam prosperidade”.

Agora leio um interessante artigo sobre um dos fatores envolvidos na catástrofe da época: a seca.

 

A seca e a queda do Império Hitita – Por Nathan Steinmeyer – Biblical Archaeology Society: February 17, 2023

Como uma seca severa contribuiu para o colapso da Idade do Bronze

Embora a queda do Império Hitita – e de fato o colapso de todo o mundo da Idade do Bronze – tenha sido uma importante área de pesquisa por décadas, novas evidências sobre o que causou o colapso estão continuamente vindo à tona.

De fato, de acordo com muitos estudiosos, esse momento crucial da história não foi o resultado de um só fator, mas foi o resultado de múltiplos fatores. Conforme discutido em um artigo na Nature, um fator importante foi provavelmente uma crise climática.Medinet Habu: Ramsés III x Povos do Mar

Por meio milênio, o Império Hitita – localizado onde hoje é a Turquia e o noroeste da Síria – foi uma das forças mais poderosas do antigo Oriente Médio, muitas vezes competindo pelo poder com outros impérios pelo controle da Síria e do Palestina. Mas tudo isso acabou por volta de 1200 a.C., durante o catastrófico colapso da Idade do Bronze, quando os impérios e reinos da região de repente se desfizeram.

Isso, por sua vez, abriu as portas para muitos reinos chegarem ao poder, incluindo os israelitas e os arameus. No entanto, a causa desse desastre ainda não é completamente compreendida.

O estudo na Nature, que utilizou dendrocronologia (datação de anéis de árvores) e análise de isótopos estáveis, examinou um grupo de antigas árvores de zimbro de Hatti para investigar uma possível causa: a mudança climática.

Essa técnica permitiu que a equipe examinasse o nível de chuva na região com maior precisão temporal do que nunca, o que, por sua vez, revelou uma seca inesperadamente severa entre 1198 e 1196 a.C.

Embora as secas fossem uma ocorrência frequente no mundo antigo, as secas de longo período tinham o potencial de sobrecarregar os sistemas agrícolas e administrativos ao ponto de ruptura.

De acordo com o estudo, provavelmente foi isso que aconteceu com o Império Hitita. Combinada com outros fatores internos e externos, a severa crise ecológica não foi superada.

“Isso teria levado a um colapso da base tributária, deserção em massa do grande exército hitita e provavelmente um movimento em massa de pessoas em busca de sobrevivência. Os hititas também foram desafiados por não terem um porto ou outras vias fáceis para transportar alimentos para a região”, disse Brita Lorentzen, coautora do estudo, ao The Guardian.

Ao longo dos anos estudiosos sugeriram muitos fatores para explicar o colapso da Idade do Bronze, principalmente as invasões e/ou migrações dos povos do mar, mencionadas em fontes egípcias. No entanto, estudos recentes enfatizaram o papel que a natureza desempenhou nesse colapso civilizacional maciço. Amostras de pólen de todo o Mediterrâneo, por exemplo, demonstraram um declínio acentuado na precipitação anual durante os séculos XIII e XII a.C. Estes incluem estudos da Itália, Grécia, Turquia, Síria, Líbano, Israel e Irã.

Vários textos do século XIII, que mencionam escassez de grãos e fome em Hatti, corroboram a evidência de seca de estudos científicos modernos, embora falte o contexto necessário para conectá-los com a seca severa que os pesquisadores datam de 1198 a1196 a.C. Pouco depois dessa época, no entanto, o Império Hitita entrou em colapso, com sua capital, Hattusa, abandonada e nenhuma outra menção a seu último rei, Suppiluliuma II.

Os autores do estudo foram, entretanto, enfáticos em apontar que a seca não foi o único fator no colapso de Hatti e do restante das potências da Idade do Bronze. Em vez disso, eles sugerem que isso pode ter apenas exacerbado questões políticas, econômicas e sociais já existentes enfrentadas pelo império.

CLINE, E. H. 1177 B.C.: The Year Civilization Collapsed. Princeton: Princeton University Press, 2021 (Revised and Updated Edition)Segundo Eric Cline, autor de 1177 a.C.: o ano em que a civilização entrou em colapso, a seca foi apenas um dos inúmeros problemas que os hititas e outros enfrentavam naquela época.

Diz Eric Cline: “Houve uma conjunção de catástrofes que levaram não apenas ao colapso do Império Hitita, mas também ao colapso de outras potências. Elas incluem a mudança climática, que por sua vez levou à seca, fome e migração; terremotos; invasões e rebeliões internas; colapso dos sistemas; e possivelmente doença também. Todos estes fatores provavelmente contribuíram para a ‘tempestade perfeita’ que pôs fim a esta era, especialmente se aconteceram em rápida sucessão, um após o outro, provocando um efeito dominó que levou a uma falha catastrófica de todo o sistema, que era interligado”.

 

Drought and the Fall of the Hittite Empire – Por Nathan Steinmeyer – Biblical Archaeology Society: February 17, 2023

How severe drought contributed to the Bronze Age collapse

While the fall of the Hittite Empire—and indeed the collapse of the entire Bronze Age world—has been an important area of research for decades, new evidence for what caused the collapse is continually coming to the surface. Indeed, according to many scholars, this pivotal moment in history was not the result of one factor, but the perfect storm of causes. As discussed in an article in Nature, a primary factor was likely one of humanity’s oldest enemies, nature.

For half a millennium, the Hittite Empire—located in what is today Turkey and northwestern Syria—was one of the most powerful forces in the ancient Near East, often vying for power with other empires for control of Syria and the Levant. But that all came to a screeching halt around 1200 BCE, during the infamous Bronze Age collapse when the empires and kingdoms of the region suddenly fell apart. This, in turn, led to a long “dark age,” which opened the door for many later kingdoms to come to power, including the biblical Israelites and Arameans. Yet, the cause of this disaster is still not completely understood.

The study in Nature, which utilized dendrochronology (tree-ring dating) and stable isotope analysis, examined a group of ancient Juniper trees from Hatti to look into one possible cause: climate change. This technique allowed the team to examine the level of rainfall in the region with greater temporal precision than ever before, which in turn revealed an unexpectedly severe multi-year drought from 1198–1196 BCE. Although droughts were a frequent occurrence in the ancient world, long-period droughts had the potential to strain agricultural and administrative systems to the breaking point. According to the study, this is likely exactly what happened to the Hittite Empire. Combined with other internal and external factors, the sudden ecological crisis was too much to overcome.

“This would have led to a collapse of the tax base, mass desertion of the large Hittite military, and likely a mass movement of people seeking survival. The Hittites were also challenged by not having a port or other easy avenues to move food into the area,” Brita Lorentzen, co-author of the study, told The Guardian.

Over the years, scholar have suggested many factors to explain the Bronze Age collapse, most notably the invasions (and/or migrations) of the infamous Sea Peoples (including the biblical Philistines), who were first mentioned in Egyptian sources in the 13th-century BCE. However, recent studies have emphasized the role that nature played in this massive civilizational collapse. Pollen samples from around the Mediterranean, for example, have demonstrated a steep decline in annual rainfall during the 13th and 12th centuries. These include studies from Italy, Greece, Turkey, Syria, Lebanon, Israel, and Iran.

Several texts from the 13th century, which mention grain shortages and famines in Hatti, corroborate the evidence of drought from modern scientific studies, although they lack the necessary context to connect them with the severe drought the researchers date to 1198–1196 BCE. Shortly after this time, however, the Hittite Empire collapsed, with its capital city of Hattusa abandoned and no further mention of its last king, Suppiluliuma II.

The authors of the study were quick to point out, however, that the drought was not the only factor in the collapse of Hatti and the rest of the Bronze Age powers. Instead, they suggest that it may have only exacerbated already existing political, economic, and social issues facing the empire.

According to Eric Cline, Professor of Classics and Anthropology at George Washington University and author of 1177 B.C.: The Year Civilization Collapsed, “In my opinion, drought was just one of the numerous problems that the Hittites and others were facing at that time.” Instead, Cline said, “There was a cacophony of catastrophes that led not only to the collapse of the Hittite Empire but also to the collapse of other powers as well. They include climate change, which led in turn to drought, famine, and migration; earthquakes; invasions and internal rebellions; systems collapse; and quite possibly disease as well. All probably contributed to the ‘perfect storm’ that brought this age to an end, especially if they happened in rapid succession one after the other, leading to domino and multiplier effects and a catastrophic failure of the entire networked system.”

Leia também: Severe multi-year drought coincident with Hittite collapse around 1198–1196 BC – Nature: 08 February 2023

Uma introdução à hermenêutica bíblica

SKA, J.-L. Espelhos, lâmpadas e janelas: Introdução à hermenêutica bíblica. São Paulo: Loyola, 2023, 82 p. – ISBN 9786555042443.

Há muitos modos de classificar o imenso leque de métodos literários, mas as imagens frequentes do espelho, da lâmpada e da janela ajudam a definir três principaisSKA, J.-L. Espelhos, lâmpadas e janelas: Introdução à hermenêutica bíblica. São Paulo: Loyola, 2023, 82 p. direções da hermenêutica da antiguidade até os nossos dias.

Este livro quer fornecer um “mapa de orientação”, uma série de palavras-chave ou de metáforas que muitas vezes podem ser encontradas nos manuais de crítica literária ou de interpretação bíblica.

Em relação às escolas e aos métodos, de tempos em tempos a ênfase é colocada no mundo em que o autor viveu; na obra — considerada um documento, um monumento ou um acontecimento —; ou então no papel imprescindível do leitor na elaboração do significado.

Entretanto, o que é indispensável é o fato de que a leitura dos textos antigos requer um esforço de tradução não apenas linguístico, pois a distância cultural que nos separa do universo bíblico obriga o leitor moderno a entrar na cultura de um povo de agricultores e pastores, em um mundo de pequenas aldeias em que tanto a política como a economia funcionavam de modo muito diferente dos dias atuais.

O original italiano é de 2014.

Quem é Jean-Louis Ska? Clique aqui.

Descoberto um fragmento siríaco do Evangelho de Mateus

Palimpsesto (do grego antigo παλίμψηστος, transl. “palímpsêstos”, “aquilo que se raspa para escrever de novo”: πάλιν, “de novo” e ψάω, “arranhar, raspar”) designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi eliminado para permitir a reutilização.

Descoberto no Vaticano fragmento do Evangelho de 1.750 anos

Com ajuda de fotografia ultravioleta, pesquisador encontra um dos manuscritos mais antigos do Novo Testamento encoberto sob outros textos.Palimpsesto - Foto: Vatican Library/ÖAW/APA/dpa/picture alliance

Um pesquisador da Academia Austríaca de Ciências (ÖAW, na sigla em alemão) descobriu na Biblioteca do Vaticano um fragmento único de uma tradução de 1.750 anos do Novo Testamento.

Um pequeno fragmento de manuscrito – uma tradução siríaca do grego, escrita no século 3 e copiada no século 6 – foi encontrado encoberto sob outros manuscritos com a ajuda de fotografia ultravioleta [o texto é Mt 11,30-12,26].

A língua siríaca é um dialeto aramaico que surgiu durante o século 1 d.C. de um dialeto aramaico local, tendo papel importante na literatura religiosa e em textos cristãos.

Cerca de 1.300 anos atrás, um escriba na Palestina pegou um livro dos Evangelhos inscrito em siríaco e o apagou”, afirmou o comunicado da ÖAW. O pergaminho era escasso na Idade Média, então os manuscritos eram frequentemente reutilizados. Esses documentos sobrescritos são chamados de palimpsestos.

Palimpsesto duplo

“A tradição do cristianismo siríaco conhece várias traduções do Antigo e do Novo Testamento”, afirmou o especialista em história medieval Grigory Kessel, responsável pela descoberta e cujo trabalho sobre o achado foi publicado na revista especializada New Testament Studies [o artigo pode ser acessado aqui].

Graças à tecnologia moderna, Kessel identificou o texto como a terceira camada de escrita, ou seja, um palimpsesto duplo.

De acordo com o historiador, o manuscrito oferece uma “abordagem única para a fase inicial da história da transmissão textual dos Evangelhos”. Conforme a ÖAW, quanto mais traduções são conhecidas, mais a ciência aprende sobre o texto original dos Evangelhos.

“Até recentemente, apenas dois manuscritos eram conhecidos por conter a tradução siríaca antiga dos evangelhos”, ressalta Kessel. Enquanto um deles está agora preservado na Biblioteca Britânica em Londres, outro foi descoberto como um palimpsesto no Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai. Fragmentos de um terceiro manuscrito foram recentemente identificados pelo Sinai Palimpsests Project.

Descobrindo velhos escritos

O Sinai Palimpsests Project visa tornar novamente legíveis e disponíveis em formato digital os valiosos manuscritos de palimpsestos centenários do famoso Mosteiro de Santa Catarina no Sinai, Egito. Até agora, 74 manuscritos foram decifrados.

Claudia Rapp, diretora do Instituto de Pesquisa Medieval da ÖAW e também integrante do Sinai Palimpsests Project, destacou que a tradução siríaca do século 3 foi escrita pelo menos um século antes dos mais antigos manuscritos gregos remanescentes, como o importante Codex Sinaiticus.

“A descoberta de Kessel prova quão produtiva e importante pode ser a interação das tecnologias digitais mais modernas na pesquisa ao encontrar manuscritos medievais”, disse Rapp.

Fonte: DW – 06/04/2023

Morreu o biblista James Aitken (1968-2023)

James Aitken morreu de infarto no dia 7 de abril de 2023. Ele era um conhecido pesquisador da Septuaginta (LXX) e professor da Universidade de Cambridge, Reino Unido.

O comunicado da SOTS diz:

“It is with immense sorrow that we write to inform you that Professor Jim Aitken died peacefully in the early hours of this morning, with his family by his side. A belovedJames Aitken (1968-2023) colleague, scholar, teacher, supervisor, and friend, Jim was held in high esteem and affection by all who knew him. As Professor of Hebrew and Early Jewish Studies, he commanded an international reputation, while here in Cambridge he provided distinguished leadership as Faculty Chair (2019-22), particularly during the pandemic. As we mourn his untimely passing, we extend our condolences to the members of his family and to his fiancée, Diana. We will be in touch again as further details become available”.

Alastair G Hunter – SOTS Membership Secretary

 

Suas áreas de pesquisa eram o texto e a linguagem da Bíblia Hebraica, a literatura e a história do judaísmo antigo, além da semântica hebraica. Uma área especial de pesquisa era a versão grega da Bíblia (a Septuaginta), incluindo sua linguagem, exegese e lugar na sociedade judaica do Segundo Templo.

Veja uma lista de suas publicações, em pdf, clicando aqui.

 

Da página da Universidade de Cambridge:

Professor Aitken studied at the Universities of Durham and Cambridge. He subsequently worked on projects on Hebrew semantics (Cambridge) and on the Greek Bible (Reading) before teaching Hebrew and Aramaic in the Faculty of Oriental Studies [AMES] (Cambridge), and then Jewish-Christian relations in the Centre for the study of Jewish Christian Relations (the Woolf Institute, Cambridge). He began teaching in the Faculty of Divinity in 2009.

Research Interests

Professor Aitken’s interests lie in the text and language of the Hebrew Bible, and in the literature and history of ancient Judaism. A particular area of research currently is the Greek version of the Bible (the Septuagint), including its language, exegesis and place within second temple Jewish society. He also works on Hebrew semantics and upon issues in ancient Jewish literature and history.

Se você usa Linux Mint

Se você usa Linux Mint não deixe de conferir as muitas dicas úteis do Easy Linux Tips Project.

Este site se propõe fornecer “dicas fáceis para Linux Mint e Ubuntu, tanto para iniciantes quanto para usuários avançados” (Easy tips for Linux Mint and Ubuntu, both for beginners and for advanced users).

Destaco a clareza das dicas e a prioridade dada à estabilidade e segurança. Isto faz do site um guia muito útil para o usuário comum, que usa o Linux Mint para o trabalho do dia a dia.

Diz o site:

Guia completo para iniciantes do Linux Mint. Linux Mint é um “Linux fácil”, ou um “Linux para leigos”. É eminentemente adequado para iniciantes com Linux e tornou-seLinux Mint 21.1 Vera muito popular por causa disso. O Linux Mint é totalmente gratuito, portanto não custa nada.

As instruções e dicas simples e eficazes neste site ajudarão você a ter uma experiência tranquila com o, segundo muitos, melhor e mais fácil sistema operacional Linux disponível no momento: Linux Mint 21.1 Vera, que é construído sobre o excelente Ubuntu 22.04 LTS.

As instruções, dicas e truques neste site foram escritos principalmente para o Linux Mint 21.1 Vera. Mas você também pode usá-los para a versão 22.04.x do Ubuntu e seus sabores, desde que você faça isso primeiro (*clique*).

Veja quem é o autor do site, da Holanda, clicando aqui.

 

Complete starter’s guide for Linux Mint. Linux Mint is “Linux made easy”, or even “Linux for dummies”. It’s eminently suitable for beginners with Linux, and has become very popular because of that. Linux Mint is entirely free, so it won’t cost you anything!

The simple and effective how-to’s and tips on this website, will help you to have a smooth experience with (probably) the best and easiest Linux operating system available at this time: Linux Mint 21.1 Vera, which is built on the excellent Ubuntu 22.04 LTS.

The how-to’s, tips and tricks on this website are mainly written for Linux Mint 21.1 Vera. But you can also use them for version 22.04.x of Ubuntu and its flavours, provided that you do this first (*click*).

I’m an ordinary Linux desktop user from The Netherlands (Holland). My knowledge of Linux is that of an advanced end user. No more, no less.

In 2006 I became a full-time Linux desktop user, so I have over a decade of practical hands-on experience. Mainly (but not exclusively) with Linux Mint and members of the Ubuntu family.

O Batista e Jesus

DESTRO, A.; PESCE, M. O Batista e Jesus: Dois movimentos judaicos no tempo da crise. São Paulo: Loyola, 2023, 244 p. – ISBN 9786555042481.

Qual foi a relação entre Jesus e João Batista? O movimento de Jesus era afiliado ao de João ou foi uma iniciativa autônoma? Jesus foi simplesmente um discípulo do BatistaDESTRO, A.; PESCE, M. O Batista e Jesus: Dois movimentos judaicos no tempo da crise. São Paulo: Loyola, 2023, 244 p. ou soube interpretar solicitações e exigências que iam além do renascimento pela água do Jordão?

Jesus e João são duas figuras gigantescas que por dois milênios tiveram influência determinante sobre as culturas que se inspiraram no cristianismo. Não se pode compreender Jesus, sua ação e seu pensamento, sem antes entender João. Sua atividade, seu sucesso e muitas de suas ideias estão na base da história de Jesus.

Este livro analisa de modo profundo a relação entre Jesus e o Batista sem ter a intenção de escrever duas novas biografias ou de reconstruir completamente suas fisionomias religiosas. Desejou-se apenas apresentar a proximidade deles com as necessidades fundamentais da população judaica e as soluções que, segundo eles, poderiam ter resolvido a crise que ela atravessava. Essa abordagem permite que os leitores descubram traços muito significativos e pouco conhecidos da relação entre João Batista e Jesus.

Veja o sumário do livro em pdf.

O original em italiano é de 2021.

Adriana Destro foi docente de Antropologia Cultural na Universidade de Bolonha. Mauro Pesce, biblista e historiador, é professor titular de História do Cristianismo na Universidade de Bolonha, Itália.

Leia também:
Two Forthcoming Books: John of History, Baptist of Faith & Christmaker – March 25, 2023 By James F. McGrath

Mulheres e religião em Israel

ACKERMAN, S. Women and the Religion of Ancient Israel. New Haven, CT: Yale University Press, 2022, 576 p. – ISBN 9780300141788.

Ao longo da narrativa bíblica a vida religiosa israelita é dominada por atores masculinos. Quando as mulheres aparecem, muitas vezes são vistas apenas comoACKERMAN, S. Women and the Religion of Ancient Israel. New Haven, CT: Yale University Press, 2022, 576 p. participantes tangenciais, acidentais ou passivas. No entanto, apesar de sua ausência no registro escrito, muitas vezes elas estavam profundamente envolvidas na prática religiosa e na observância de rituais.

Neste estudo, Susan Ackerman apresenta um relato abrangente das experiências religiosas das mulheres israelitas antigas. Ela examina os vários locais de sua prática, incluindo santuários domésticos, santuários regionais e templos nacionais; o calendário de rituais religiosos que as mulheres observavam semanalmente, mensalmente e anualmente e seus papéis especiais em ambientes religiosos.

Baseando-se em textos, arqueologia e cultura material e documentando as distinções entre as experiências das mulheres israelitas e as de seus homólogos masculinos, Ackerman reconstrói uma imagem essencial da religião vivida pelas mulheres na cultura israelita antiga.

Susan Ackerman é professora de religião no Dartmouth College desde 1990. Clique aqui e veja as obras de Susan Ackerman.

 

Throughout the biblical narrative, ancient Israelite religious life is dominated by male actors. When women appear, they are often seen only on the periphery: as tangential, accidental, or passive participants. However, despite their absence from the written record, they were often deeply involved in religious practice and ritual observance.

In this new volume, Susan Ackerman presents a comprehensive account of ancient Israelite women’s religious lives and experiences. She examines the various sites of their practice, including household shrines, regional sanctuaries, and national temples; the calendar of religious rituals that women observed on a weekly, monthly, and yearly basis; and their special roles in religious settings.

Drawing on texts, archaeology, and material culture, and documenting the distinctions between Israelite women’s experiences and those of their male counterparts, Ackerman reconstructs an essential picture of women’s lived religion in ancient Israelite culture.

Susan Ackerman is the Preston H. Kelsey Professor of Religion at Dartmouth College, where she has taught since 1990.

Lemche faz um balanço do minimalismo

LEMCHE, N. P. Back to Reason: Minimalism in Biblical Studies. London: Equinox Publishing, 2022, 198 p. – ISBN 9781800501881.

Vinte anos atrás alguns biblistas da Universidade de Copenhague foram denunciados como niilistas e uma ameaça à civilização ocidental. Qual foi o crime deles? ElesLEMCHE, N. P. Back to Reason: Minimalism in Biblical Studies. London: Equinox Publishing, 2022, 198 p. expuseram as falácias da pesquisa bíblica histórico-crítica tradicional, que não era nem histórica nem crítica.

Embora a interpretação histórico-crítica da Bíblia tenha se desenvolvido ao longo de um período de mais de cem anos, ela acabou, com a ajuda de uma paráfrase racionalista das histórias do Antigo Testamento, criando uma sociedade fora deste mundo chamada de Israel bíblico. Israel não era como nenhuma outra sociedade no mundo antigo, e dificilmente uma sociedade histórica real. Foi estruturado como um castelo de cartas.

Portanto, quando alguns estudiosos começaram a questionar o conteúdo histórico da construção do antigo Israel, como era comumente chamado, o edifício desabou, primeiro aos poucos e depois totalmente.

Este estudo aborda o desenvolvimento do ‘minimalismo’ a partir de suas raízes no paradigma histórico-crítico e delineia uma teoria alternativa que expõe e explica a intenção por trás da falácia de usar uma história encontrada no Antigo Testamento para simplesmente inventar o conceito bíblico de Israel.

Leia uma resenha bastante favorável do livro, clicando aqui.

Quem é Niels Peter Lemche?

Niels Peter Lemche (nascido em 6 de setembro de 1945)Twenty years ago some biblical scholars at the University of Copenhagen were denounced as being nihilists and a threat to western civilization. What was their crime? They had exposed the fallacies of traditional historical-critical biblical scholarship, which was neither historical nor critical. Although the historical-critical interpretation of the Bible had developed over a period of more than a hundred years, it had ended up, with the help of a rationalistic paraphrase of the stories of the Old Testament, creating a society out of this world called biblical Israel. Israel was like no other society in the ancient world, and scarcely a real historic society at all. It was structured like a house of cards. Therefore, when some scholars began to question the historical content of the construction of ancient Israel, as it was usually called, the edifice broke down, first in bits and then totally. This study addresses the development of ‘Minimalism’ from its roots in the historical-critical paradigm and outlines an alternative theory which exposes and explains the intention behind the fallacy of using a story found in the Old Testament to simply invent the biblical concept of Israel.

Niels Peter Lemche has been publishing in the field of Old Testament studies for fifty years. He has been both Assistant Professor at Aarhus University, Denmark, from 1978 to 1986 and Professor of Theology at the University of Copenhagen from 1987 to 2013.

Francisco: 10 anos

Algumas leituras:

:. A Opção Francisco: uma lufada de ar e virada profética. 10 anos de pontificado – Por João Vitor Santos – IHU: 13 Março 2023Francisco: 10 anos

Em 13 de março de 2013, Mario Jorge Bergoglio foi eleito papa. Francisco chega como reformador. Dez anos depois, em meio a forte oposição, como o pontífice concebe saídas para as crises em nosso tempo?

:. 10 anos de pontificado de Francisco. Alguns olhares – Por João Vitor Santos – IHU: 13 Março 2023

Em 2013, Mario Bergoglio é eleito papa. Dez anos depois, analistas ouvidos pelo IHU destacam que o maior avanço é ver a Igreja em meio ao povo, mas o desafio reside justamente em vencer as resistências internas a esse estilo de Francisco.

:. 10 anos de pontificado de Francisco: alguns olhares (2) – Por João Vitor Santos – IHU: 14 Março 2023

Ainda para marcar uma década do “papa argentino”, o IHU publica outras análises sobre as marcas e transformações da Igreja no mundo.

 

Leia Mais:
Francisco no Observatório Bíblico