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11.1.4. Os prefeitos e procuradores romanos da Judeia
Copônio: 6-8 d.C.
Marcos Ambívio: 8-12 (?)
Ânio Rufo: 12-15 (?)
Valério Grato: 15-26
Pôncio Pilatos: 26-36
Marcelo: 36-37
Marulo: 37-41 (?)
Cúspio Fado: 44-46
Tibério Alexandre: 46-48
Ventídio Cumano: 48-52
Antônio Félix: 52-60
Pórcio Festo: 60-62
Lucéio Albino: 62-64
Géssio Floro: 64-66
O procurador ou prefeito era um administrador em ligação com o legado que governava a província romana da Síria e dependia dele. Residia em Cesareia, mas subia a Jerusalém e podia lá permanecer conforme as circunstâncias ou as necessidades.
Por causa de Flávio Josefo[9] se pensava que a Judeia fora governada por procuradores (epítropos, em grego, procurator, latim), mas hoje se sabe, graças a uma inscrição sobre Pilatos encontrada em Cesareia[10], que, até Cláudio, os governadores romanos da Judeia tinham o título de éparchos ou praefectus = prefeito. Após Cláudio, que se tornou Imperador no ano 41, podemos falar de “procuradores”. Portanto, a partir de Cúspio Fado (44-46). Entretanto, os dois títulos, para as províncias imperiais, como era o caso da Judeia, eram equivalentes, tendo perdido o significado original da época da República. Tanto o prefeito como o procurador tinham funções fiscais, militares e judiciais[11].
Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia, que pronuncia a sentença de morte contra Jesus de Nazaré, é um governante duro e decidido, que nunca simpatizou com os judeus.
Herodes Agripa I, escrevendo ao Imperador Calígula, descreve-o como inflexível por natureza e cruel por causa de sua obstinação. Acusa-o de venal, violento, extorsivo e tirânico.
Pertence à ordem dos cavaleiros, classe de pessoas ricas, muitos de origem humilde e até descendentes de escravos, que fizeram fortuna das mais variadas maneiras.
Pilatos é nomeado procurador por Tibério, graças à influência de Sejano, o poderoso prefeito da guarda pretoriana em Roma que é realmente quem manobra o poder.
Sejano faz de tudo para prejudicar os judeus. E consegue. Sob um pretexto qualquer, faz com que Tibério tome decisões antijudaicas.
Pilatos faz muitas coisas contrárias aos costumes judeus, desrespeitando-os deliberadamente, para irritá-los e reprimi-los.
Embora saiba que os judeus abominam a reprodução de imagens de qualquer espécie, ele manda cunhar moedas com símbolos gentios. Símbolos como o lituus “um bastão recurvado numa das extremidades, em forma de chifre, que servia para demarcar o recinto onde os sacerdotes pagãos observavam as aves do sacrifício”, e o simpulum, espécie de concha sagrada. Pilatos é o único governante romano que tem tal ousadia[12].
Certa vez, Pilatos manda que seus soldados entrem em Jerusalém, à noite, levando efígies do Imperador nos estandartes. Quando amanhece, o povo se revolta com tal afronta, e ele tenta reprimi-lo. Mas tem que ceder diante da grande coragem dos judeus que preferem morrer a transgredir a Lei. Nas palavras de Flávio Josefo:
“Certa feita, Pilatos mandou levar, de noite, para Jerusalém, um certo número de imagens veladas do César, que os romanos chamavam de ‘estandartes’. Mal o dia clareou, uma grande agitação tomou conta da cidade. Todos quantos chegavam perto, enchiam-se de indignação com o espetáculo, que eles tomaram como uma zombaria grave à lei que proibia colocar qualquer imagem que fosse no interior da cidade. Pouco a pouco a exacerbação dos habitantes da cidade atraiu grandes multidões de pessoas que moravam no campo. E todos se dirigiram a Cesareia, para falar com Pilatos. Suplicavam-lhe que mandasse tirar as imagens de Jerusalém e desistisse de agir contra as normas da religião judaica. Pilatos recusou-se a atender ao pedido deles. Então os judeus se lançaram por terra e ficaram imóveis, no lugar, durante cinco dias e cinco noites.
No sexto dia Pilatos sentou-se numa tribuna, no grande hipódromo da cidade, e convocou o povo, como se quisesse comunicar-lhe uma notícia. Em seguida, porém, fez aos soldados o sinal antes combinado, para cercarem os judeus, de armas na mão. Envolvidos por três fileiras de homens armados, os judeus foram tomados de violenta comoção diante do fato inesperado. Pilatos mandou massacrá-los, caso não admitissem a presença de imagens do Imperador em seu meio. Fez então novo sinal aos soldados para desembainharem as espadas. Os judeus, à uma, jogaram-se por terra, como se tivessem combinado entre si, e ofereceram o pescoço desnudo, declarando em alta voz que preferiam deixar-se matar a transgredir a Lei. Esta atitude heroica do povo em defesa de sua religião causou grande espanto em Pilatos. Ele ordenou, então, que as insígnias do Imperador fossem retiradas de Jerusalém”[13].
11.1.5. De Agripa II ao fim da Judeia
Quando morre Herodes Agripa I (44 d.C.), os romanos não quiseram entregar logo o governo para seu filho Agripa II que é apenas um garoto de 17 anos e vive em Roma. O país é governado, então, pelos procuradores.
Mas em 48 d.C. Agripa II recebe o governo de Cálcis, território antes dirigido por seu tio. Em 52 d.C. Agripa recebe também a antiga tetrarquia de Felipe e partes da Galileia e da Pereia. Já antes, em 49 d.C., ele havia sido nomeado Inspetor do Templo, com direito de designar o sumo sacerdote, embora a Judeia continue governada por procuradores romanos. Agripa II é o último governante da família herodiana. Quando Jerusalém é destruída em 70 d.C., ele muda-se para Roma, onde morre após o ano 93 d.C.
Agripa II vive incestuosamente, dizem, com sua irmã Berenice e não é bem visto pelos judeus, especialmente pelos sacerdotes, graças às mudanças arbitrárias de sumos sacerdotes que sempre fez. Teve pouca influência sobre a comunidade judaica.
É diante de Agripa II e Berenice que Paulo comparece, quando prisioneiro em Cesareia, segundo At 25,23-26,3.
A crescente revolta judaica contra a ocupação romana é, com frequência, atribuída ao sempre vivo espírito nacionalista judaico e à sua imorredoura fé na libertação messiânica, mas historicamente é condicionada e ocasionada pela inabilidade dos procuradores e até mesmo de alguns Imperadores.
Vimos como Pilatos cometera arbitrariedades sem conta, muitas delas com o deliberado propósito de irritar os judeus, julgados totalmente impotentes frente ao poderio romano.
E esta atitude prepotente não para com Pilatos, que afinal é punido pelo que fizera, sendo destituído por Tibério e chamado a Roma, onde tem que se explicar.
O Imperador seguinte, Calígula, proclama-se deus e obriga todas as províncias, inclusive a Judeia, a cultuá-lo, oferecendo-lhe sacrifícios. Quando os judeus se recusam a cultuá-lo, são perseguidos tanto na diáspora (em Alexandria, por exemplo) como na Judeia e demais províncias.
Calígula chega a exigir que uma estátua do Imperador seja colocada no Templo, contra todo o bom senso. Petrônio, legado da Síria, tenta demover o Imperador de seus propósitos: é condenado à morte, ou seja, recebe ordem do Imperador para se suicidar. Só que assassinam Calígula em 41 d.C., e Cláudio, seu sucessor, dispensa os judeus do culto ao Imperador, salvando também a vida de Petrônio.
Na Palestina do século I d.C. havia um verdadeiro clima de terror. Richard L. Rohrbaugh, na Introdução de um volume sobre “As Ciências Sociais e a Interpretação do Novo Testamento ”, diz sobre a expectativa de vida da população do Império Romano nesta época: “Cerca de 1/3 daqueles que ultrapassavam o primeiro ano de vida (portanto, não contabilizados como vítimas da mortalidade infantil) morriam até os 6 anos de idade. Cerca de 60% dos sobreviventes morriam até os 16 anos. Por volta dos 26 anos 75% já tinha morrido e aos 46 anos, 90% já desaparecido, chegando aos 60 anos de idade menos de 3% da população”[14].
É claro que estes dados não são uniformemente distribuídos por toda a população da época. Os que mais sofriam pertenciam às classes mais pobres das cidades e povoados, já que um pobre em Roma, no século I de nossa era, tinha uma expectativa de vida de 30 anos, quando muito. E o autor acrescenta: “Estudos feitos por paleopatologistas indicam que doenças infecciosas e desnutrição eram generalizadas. Por volta dos 30 anos a maioria das pessoas sofria de verminose, seus dentes tinham sido destruídos e sua vista acabado (…) 50% dos restos de cabelo encontrados nas escavações arqueológicas tinham lêndeas”[15].
Com moradias precárias, sem condições sanitárias adequadas, sem assistência médica, com uma má alimentação… Olhemos para a audiência de Jesus, por exemplo: este mesmo Jesus, com seus trinta e poucos anos de idade, era mais velho do que 80% de sua audiência. Uma audiência doente, desnutrida e com uma expectativa de mais 10 anos de vida, se tanto!
Douglas E. Oakman, em um estudo sobre as condições de vida dos camponeses palestinos da época de Jesus , mostra que a violência que sofriam era brutal. Fraudes, roubos, trabalhos forçados, endividamento, perda da terra através da manipulação das dívidas atingiam a muitos. Existia uma violência epidêmica na Palestina. Neste contexto, ele propõe uma leitura radical da oração que chamamos de Pai Nosso[16].
Quando Vitélio Cumano (48-52 d.C.) é procurador, acontece violenta revolta dos judeus durante a festa da Páscoa, por causa de um ultraje cometido por um soldado romano. Cumano reprime o tumulto e vinte mil judeus perdem a vida.
No tempo de seu sucessor Antônio Félix (52-60 d.C.) a tensão aumenta perigosamente. É no seu tempo que surge o grupo dos sicários, assim chamados por usarem em suas ações uma adaga curva e curta chamada “sica”. Sua tática é provocar tumultos e desestabilizar o governo através de assassinatos inesperados de personagens importantes. Escondem a sica sob as vestes e misturados na multidão eliminam não só romanos, mas também quem colabora com a ocupação estrangeira. Um dos assassinados neste tempo pelos sicários é o sumo sacerdote Jônatas.
Outros grupos tentam despertar no povo os sentimentos messiânicos, proclamando-se profetas e fazendo promessas utópicas. Tais grupos são duramente reprimidos pelos romanos através de grandes matanças. Félix manda crucificar inúmeros zelotas durante o seu mandato[17].
Outro procurador terrivelmente corrupto e repressor é Luceio Albino (62-64 d.C.). Seu sucessor Géssio Floro (64-66 d.C.) consegue então jogar a gota d’água para que o ódio acumulado pelos judeus derrame.
Quando, após muitas arbitrariedades, G. Floro requisita 17 talentos do tesouro do Templo, a revolução estoura. Os judeus escarnecem do procurador, fazendo uma coleta para o “pobrezinho” Floro.
Resultado: Floro entrega para os seus soldados uma parte de Jerusalém, para que seja saqueada e crucifica alguns homens importantes da comunidade judaica. O povo, em supremo desprezo, não reage diante do saque, e o desprezo é vingado: há uma carnificina geral.
Então, os revolucionários chefiados por Eleazar, filho do sumo sacerdote, ocupam o Templo e a fortaleza Antônia. Agripa II tenta conter a revolta e não consegue. Céstio Galo, legado da Síria, ataca com uma legião, mas é rechaçado com pesadas perdas, assim como antes Floro teve que se retirar para Cesareia ao ser derrotado. É a guerra definitiva.
Começam os preparativos para o que der e vier. A Galileia é entregue a Josefo, o nosso conhecido historiador Flávio Josefo. Josefo fortifica várias cidades e se prepara. Também as fortalezas de Massada e Heródion são ocupadas pelos rebeldes.
“Reuniu-se um grande número daqueles judeus que queriam a guerra a qualquer preço. Tinham se dirigido para uma fortaleza chamada Massada. Aí surpreenderam a guarnição romana, massacraram-na e em seu lugar colocaram um destacamento constituído pela própria gente. Nessa época, Eleazar, filho do sumo sacerdote Ananias, um jovem de grande atrevimento que comandava então a guarda do Templo, incitou os sacerdotes em exercício a não aceitar donativos ou sacrifícios da parte de não judeus. Este foi o começo propriamente dito da guerra contra os romanos, pois nesta ocasião foi praticamente rejeitado o oferecimento de sacrifício em favor dos romanos e do Imperador”[18].
O Imperador Nero confia então a Palestina a um experiente general: Vespasiano. Em companhia de seu filho Tito, Vespasiano ataca a Galileia na primavera de 67 com 10 legiões (60 mil soldados, sem contar as tropas auxiliares, o que duplica este número). Conquistam facilmente o território, mas a fortaleza de Jotapata só cai após 47 tentativas de assalto. Josefo é aprisionado e muito bem tratado. Até o outono a Galileia está nas mãos dos romanos, que então podem hibernar tranquilamente.
Na primavera de 68 Vespasiano ocupa sucessivamente a Pereia, a costa, as montanhas da Judeia, a Idumeia e a Samaria. Está para atacar Jerusalém quando Nero se suicida.
Vespasiano espera se definir a situação em Roma. Três Imperadores passam pelo trono, mas nenhum para. Finalmente Vespasiano é aclamado Imperador no dia primeiro de julho de 69 e marcha para Roma, deixando a guerra sob o comando de Tito.
Tito cerca Jerusalém pouco antes da Páscoa de 70, com quatro legiões (24 mil soldados). A cidade está repleta de peregrinos. Uma cidade com cerca de 30 mil habitantes fixos. Mas nesta época ultrapassava os 180 mil.
Tito ocupa o setor norte da cidade, abre um fosso ao seu redor para que ninguém escape e em julho de 70 toma a fortaleza Antônia, um dos redutos rebeldes. Como os muros do Templo não cedem, Tito o incendeia. É agosto de 70[19]. Toda a construção é consumida pelas chamas, mas os rebeldes conseguem se refugiar no palácio de Herodes.
Em setembro de 70 também o palácio cai. Os chefes rebeldes, João de Gíscala, zelota, e Simão Bargiora, sicário, são aprisionados e levados triunfalmente para Roma. A cidade é saqueada e os habitantes assassinados, vendidos ou condenados a trabalhos públicos.
Estão ainda de pé três fortificações rebeldes: Heródion, Massada e Maqueronte, defendidas pelos sicários e zelotas. Heródion e Maqueronte caem logo, mas Massada resiste um ano de cerco. Quando finalmente é tomada, os rebeldes incendeiam-na e se suicidam em massa para não caírem em mãos romanas.
Vespasiano manda cunhar moedas sobre as quais estão um soldado romano, uma mulher de luto e uma palmeira simbolizando Israel. A inscrição dizia: IVDEA CAPTA ou IVDAEA CAPTA, ou seja, Judeia conquistada [são várias moedas e há variações na cunhagem]. Em Roma, o arco do triunfo de Tito, de pé ainda hoje, celebra a vitória romana. A Judeia é separada da Síria e torna-se uma província imperial, dirigida por um governador que mora em Cesareia.
Quando reina Adriano (117-138 d.C.), há ainda nova revolta judaica. É que o Imperador, em giro pelo Oriente, decide reconstruir Jerusalém com o nome de Aelia Capitolina e manda fazer um templo dedicado a Júpiter no mesmo local onde existira o Templo de Salomão.
Simeão Bar-Kosibah é o chefe desta nova revolta, começada em 131 d.C. Ele é chamado também de Bar-Kokhba (filho da estrela), numa interpretação messiânica de Nm 24,17, feita por Rabi Aqiba.
Os rebeldes ocupam Jerusalém e algumas fortalezas espalhadas pelo território judaico. Depois de muita luta, um enviado especial de Adriano, Júlio Severo, consegue dominar a revolta, vendendo, em seguida, os rebeldes como escravos. É o ano 135 d.C.
Jerusalém torna-se, então, Colonia Aelia Capitolina e o templo a Júpiter é levantado no local do antigo Templo dos judeus, além dos outros templos construídos na cidade.
Aos judeus Jerusalém foi proibida, sob pena de morte. A Judeia torna-se parte da província Síria-Palestina.
[9] . “O território de Arquelau foi assim reduzido a província e Copônio, um romano da ordem dos cavaleiros, foi enviado por Augusto como procurador (epítropos), com plena autoridade”, diz JOSEFO, F. Bellum Iudaicum, 2, 117.
[10] . A inscrição foi encontrada em 1961 no teatro romano de Cesareia Marítima por uma expedição arqueológica italiana dirigida por Antonio Frova. Está no Museu de Israel, em Jerusalém. Diz: TIBERIEVM PON]TIVS PILATVS PRAEF]ECTUS IVDA[EA]E.
[11] . Cf. SCHÜRER, E. Storia del Popolo Giudaico al Tempo de Gesù Cristo I, p. 441-444.
[12] . Cf. SPEIDEL, K. A. O julgamento de Pilatos: para você entender a Paixão de Jesus. São Paulo: Paulus, 1979, p. 91-92. Sobre Pilatos, leia CARTER, W. Pontius Pilate: Roman Governor, The Bible and Interpretation, September, 2004; CARTER, W. Pontius Pilate: Portraits of a Roman Governor. Collegeville, MN: Liturgical Press, 2003; CARTER, W. O evangelho de São Mateus: comentário sociopolítico e religioso a partir das margens. São Paulo: Paulus, 2003.
[13] . JOSEFO, F. Bellum Iudaicum, 2, 169-174.
[14]. ROHRBAUGH, R. L. Introduction. Em ROHRBAUGH, R. L. (ed.) The Social Sciences and New Testament Interpretation. Grand Rapids: Baker Academic, 2003, p. 4-5.
[15]. Idem, ibidem, p. 5.
[16]. Cf. OAKMAN, D. E. The Countryside in Luke-Acts. Em NEYREY, J. H. (ed.) The Social World of Luke-Acts: Models of Interpretation. Grand Rapids: Baker Academic, 1999, p. 168; OAKMAN, D. E. Jesus, Debt, and the Lord’s Prayer: First-Century Debt and Jesus’ Intentions. Eugene, OR: Cascade Books, 2014; HANSON, K. C.; OAKMAN, D. E. Palestine in the Time of Jesus: Social Structures and Social Conflicts. Minneapolis: Fortress Press, 2002. Confira mais aqui.
[17]. Cf. GRABBE, L. L. Judaism from Cyrus to Hadrian. Volume II: The Roman Period, p. 441-442; GRABBE, L. L. A History of the Jews and Judaism in the Second Temple Period, Volume 4: The Jews under the Roman Shadow (4 BCE-150 CE). London: Bloomsbury, 2021.
[18]. JOSEFO, F. Bellum Iudaicum, 2, 408-409.
[19]. A data exata da destruição do Templo é controvertida. A tradição rabínica diz que foi no dia 9 do mês de Ab (29 de agosto de 70), enquanto Flávio Josefo diz que foi no dia 10 de Ab. Cf. SCHÜRER, E. Storia del Popolo Giudaico I, p. 613-614, nota 115; GRABBE, L. L. Judaism from Cyrus to Hadrian II, p. 460; JOSEFO, F. Bellum Iudaicum, 6, 250.
Última atualização: 21.11.2022 – 07h52