A ignorância é atrevida e polifacética

Quem gostava de dizer esta frase era o valadarense romanizado, Juarez Dutra, meu amigo, que já era bibliotecário do Colégio Pio Brasileiro nos meus tempos de estudante em Roma.

E ele dizia que a frase era de Zaratustra, quando, na verdade, era uma boa invenção dele mesmo, para ser dita diante de um absurdo desmedido. Daqueles que a gente é obrigado a ouvir com certa frequência…

 

Pois veja as pérolas de cultura bíblica que você encontra em Will you read the original DEAD SEA SCROLLS when they come to the Internet?

O precioso tesouro foi recolhido por Mike Aubrey e reproduzido hoje em seu biblioblog En Epheso no post Gems in the Biblical Scholarship, que, com o queixo caído, acabei de ler.

The Dead Sea Scrolls verify that the “New Testament” was originally written in Hebrew, not Greek, as the early “church” has claimed and lied about for centuries. In fact, that was why the scrolls were originally hidden. The Jews didn’t want the Romans or Greeks to get their scriptures, so many were hidden for that reason. It’s interesting and exciting to learn about!

NT Greek fans think the New Testament “must” have been written in Greek because Paul’s letters were circulated to groups of believers in some Greek cities like Corinth. But remember that those letters went to Jewish believers first. They had to be circulated to EVERY group of Jewish believers. That could only happen if Hebrew or Aramaic was used, because either of those languages were the common languages understood by all Jewish believers everywhere. So there is nothing problematic about the early letters and New Testament writings being in Hebrew or Aramaic.

 

É isso mesmo. São as “fantásticas” ideias que as pessoas continuam a ter sobre os Manuscritos do Mar Morto… É urgente que o Emanuel Tov ou o García Martínez tomem conhecimento dessa novidade, já que eles não foram capazes de descobri-la por si mesmos! O R. De Vaux deve estar rolando no túmulo!

FAQ sobre Jeremias: bibliografia foi atualizada

Renovei a bibliografia do texto sobre o “véio Jeré”, que estarei estudando com o segundo ano de Teologia a partir da próxima semana.

Confira a bibliografia (mínima) no final de: Perguntas mais Frequentes sobre o Profeta Jeremias.

E faço uma triste constatação: alguns bons livros sobre Jeremias traduzidos para o português estão esgotados, e embora a bibliografia em inglês seja enorme, a “nossa” vai minguando, quando deveria, entendo eu, crescer…

Além do que, na enquete Qual é o seu profeta preferido? Jeré está apanhando feio de Isaías, o que é, igualmente, lamentável!

Ah! No próximo número da Estudos Bíblicos produzida pelos Biblistas Mineiros, e que sairá em maio de 2010, volto a escrever sobre o “véio Jeré”. Confira aqui.

Foi o que ficou definido em nossa reunião, em Belo Horizonte, no dia 6 deste mês. Depois falo mais sobre isso.

História de Israel: recomendo dois artigos

As aulas estão aí, é hora de “pegar no batente” novamente. E para quem estuda História de Israel recomendo dois artigos publicados em julho em The Bible and Interpretation.

E não é só: há muita coisa boa por lá sobre Arqueologia, Manuscritos do Mar Morto, Jesus Histórico, Interpretação da Bíblia…

Mas, os dois artigos são:

:: The Persian Period and the Origins of Israel: Beyond the “Myths” – By Efraín Velázquez II – Universidad Adventista de las Antillas, Puerto Rico – July 2009

Diz o Abstract:
The issues of settlement and the origin of Israel are commonly associated with the Late Bronze and Iron Ages. These periods have been considered the loci of the early biblical materials. However, more recently, these assumptions about the origin of the biblical texts and even the factuality of the events presented in them have been questioned. The discussion of the origins of Israel is now focused on the Persian period. Whereas this newer emphasis is somewhat strained and tends to repeat some of the unfortunate mistakes made by earlier interpreters, the debate over Israel in the Persian period nevertheless illuminates the discussion of Israel’s origin in earlier periods.

:: On Those We Influence – By Thomas L. Thompson – Professor Emeritus: University of Copenhagen – July 2009

Começa assim:
I have just returned from a two-week lecture tour in the Middle East, which included talks in Damascus, Amman, and East Jerusalem. Revisiting old friends after an absence of some four years, I find myself still much preoccupied with the discussions and conversations I took part in while I was there. Among some of the questions on my mind is the one raised by Professor Eric Meyer in his essay to Bible and Interpretation [Israel and Its Neighbors Then and Now: Revisionist History and the Quest for History in the Middle East Today] about the influence I have had on the historical self-understanding of Palestinians.