Necrológio de Xavier Léon-Dufour no Times

Mark Goodacre observa, em NT Gateway Weblog, com o post Xavier Léon-Dufour Obituary, que o Times traz hoje um necrológio (obituary) do conhecido exegeta francês falecido em 13 de novembro de 2007.

Veja no Times de December 20, 2007: Xavier Léon-Dufour. Liberal scholar who brought historical analysis to Bible study.

Xavier-Léon Dufour was one of the greatest liberal Bible scholars of the 20th century. As such, he often found himself at odds with the conservative Catholic hierarchy, not least with Pope Pius XII himself.

Using historical and critical scholarship to challenge more fundamentalist approaches to the Bible was not, he insisted, to deny the divine element in the origin of Scripture. But the text as we have it today was written by men at specific periods of history.And a critical study of both the men and the history, Dufour maintained with passion, was vital to an understanding of the sacred text.

The new scholarship which had its origin in the work of 19th-century German Protestant scholars, met resistance both from the Catholic hierarchy and from parts of the Protestant establishment. Dufour himself was accused of seeking to deprive priests of their faith…

Na IHU On-Line de Natal: Jesus de Nazaré

A revista IHU On-Line, edição 248, de 17 de dezembro de 2007, tem como tema de capa Jesus e o abraço universal.

 

Diz o Editorial:

“Ao longo dos diversos anos de existência da IHU On-Line e à medida em que ela foi crescendo e se constituindo como uma revista de reflexão, fomos abordando, na última edição do ano, por ocasião do Natal, a figura de Jesus Cristo, sempre sob diversos ângulos. Em 2002 (edição 47), o título de capa era Jesus visto pelos “outros”; em 2003 (edição 88), Ó Cristo, onde estás? Os caminhos da fé cristã na contemporaneidade; em 2004 (edição 128), O cristianismo e a ultramodernidade. Limites e possibilidades do seu futuro. Já em 2005 (edição 169) o tema foi Mudanças no campo religioso brasileiro e, em 2006 (edição 209), Por que ainda ser cristão?

Quem é Jesus? No contexto contemporâneo do pluralismo religioso, qual é a relevância de Jesus de Nazaré? Esta é a questão proposta para os teólogos e as teólogas de várias partes do mundo, de diferentes culturas e de diferentes igrejas, que participam desta edição.

O texto de Faustino Teixeira, professor e pesquisador do PPCIR/UFJF, faz uma bela introdução à presente edição. Ele foi o principal e fundamental parceiro na preparação e elaboração da presente edição. A ele agradecemos, penhoradamente, mais esta parceria, que cada vez mais se fortalece e promete frutos vindouros…”

 

As entrevistas:

:: Faustino Teixeira: Jesus de Nazaré: um fascínio duradouro
:: Felix Wilfred: Jesus pertence ao conjunto da humanidade
:: Michael Amaladoss: Jesus e os avatares na compreensão hindu
:: Joseph O’Leary: O cristianismo foi moldado pelo contexto ocidental
:: Elizabeth Johnson: Jesus e as imagens sobre Deus: para além do masculino e do feminino
:: Elisabeth Parmentier: Feminismo e retorno ao Jesus histórico
:: Maria Clara Bingemer: O rosto feminino de Deus
:: Reinhold Bernhardt: Jesus para além de relativismos e fundamentalismos
:: Claude Geffré: A secreta cumplicidade entre o humanismo de Jesus e o humanismo secular
:: Joseph Moingt: Desacordos entre a pregação de Jesus e a da Igreja
:: John Hick: Deus, Jesus e o pluralismo religioso
:: Gavin D’Costa: O homem que torna Deus uma realidade para nós
:: Peter Hünermann: A unidade de Jesus com os seres humanos

A Bíblia e seu tempo

No site da Revista História Viva, publicada pela Duetto, como noticiado ontem no post The Bible Unearthed em DVD: agora no Brasil, já está está disponível o primeiro DVD de A Bíblia e seu tempo – um olhar arqueológico sobre o Antigo Testamento.

Preço: R$ 24,90 + frete. Mas, veja também nas bancas.

Trechos dos dois DVDs podem ser vistos no site.

Sobre o conteúdo, diz o site:
De onde veio o povo de Israel? O que realmente sabemos sobre os patriarcas Abrão, Isaac e Jacó? O êxodo realmente aconteceu? Quando e por que o Antigo Testamento foi escrito? Por que a Bíblia registrou tudo isso? A resposta a todas essas questões está na série de dois DVDs que História Viva traz com exclusividade ao Brasil. O documentário apresenta pesquisas arqueológicas realizadas em Israel, na Jordânia e no Egito, além de estudos realizados na Suíça, França e Estados Unidos. Em um trabalho de dez anos de investigação, os pesquisadores Israel Finkelstein, do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv, e o arqueólogo e historiador Neil Silberman, ambos autores do best-seller A Bíblia não tinha razão [The Bible Unearthed], revelam quais são as evidências históricas por trás dos textos sagrados.

Fundamentalismo em debate

De uns dias para cá, um inflamado debate sobre o que é o fundamentalismo tomou conta de alguns biblioblogs. Um post de Jim West no dia 13 passado – What Is A Fundamentalist? – causou uma reação em cadeia.

Hoje li o post de Michael Pahl, What is a “fundamentalist”?, no The Stuff of Earth, que me agradou muitíssimo. Sem entrar na polêmica em curso, ele procura definir o fundamentalismo a partir de uma perspectiva epistemológica e histórica. Recomendo a leitura deste texto.

Em 7 de janeiro de 2006 escrevi sobre o assunto em Fundamentalismo: um desafio ecumênico. E no dia 3 de fevereiro de 2007 voltei a escrever sobre o tema em Fundamentalismo: um modo de estar no mundo. Quase dois anos depois do primeiro post, o desafio parece mais atual do que nunca.

Ontem vi a indicação de um livro sobre o tema, e que pode ser interessante: HARRIS, H. A. Fundamentalism and the Bible. London: Equinox Publishing, 2010, 256 p. – ISBN 9781845531522.

The Bible Unearthed em DVD: agora no Brasil

Em 2 de novembro de 2006 escrevi o post The Bible Unearthed de Finkelstein e Silberman vira filme. Releia, por favor.

Depois, leia este outro post, escrito em 18 de janeiro de 2007: Jim West resenha The Bible Unearthed em DVD. Resenha que prossegue aqui, aqui, aqui e aqui.

Ontem recebi de Cláudia A. P. Ferreira, Professora da UFRJ, a notícia de que o documentário foi traduzido para o português e está sendo lançado pela Duetto Editorial em 2 DVDs com o título A Bíblia e seu tempo – um olhar arqueológico sobre o Antigo Testamento.

Além da loja da Duetto, onde estará disponível, o documentário será vendido também nas bancas, pois é parte da revista História Viva.

Por enquanto, é só isso que sei. A data prevista para o lançamento era ontem, mas no site da Duetto não há, ainda, nenhum anúncio. Quando conseguir mais informações, colocarei aqui.

Este será um excelente instrumento para as aulas de História de Israel.

O primeiro DVD já está à venda. Clique aqui.

O mundo antigo nos blogs

Recomendo a leitura de três posts de Bill Caraher, Professor do Departamento de História da Universidade North Dakota, USA.

Os textos, muito interessantes, estão no seu blog The Archaeology of the Mediterranean World e no blog coletivo Ancient World Bloggers Group e foram publicados a partir de 13 de dezembro de 2007:

:: Blogging Archaeology or the Archaeology of Blogging: Metablogging the Ancient World
:: Blogging Archaeology or the Archaeology of Blogging: Metablogging the Ancient World Part 2
:: Blogging Archaeology or the Archaeology of Blogging: Metablogging the Ancient World Part 3

Olhando os três posts acima de outro ângulo:
:: A primeira parte é uma história e taxonomia dos blogs acadêmicos – Part 1 is a short history of blogging and academic blogging in particular.
:: A segunda parte examina blogs de arqueologia – Part 2 is a more focused examination blogs on archaeology.
:: A terceira parte é uma primeira tentativa de uma “arqueologia” do blogar – Part 3 is a first attempt at an archaeology of blogging.

Niemeyer: o arquiteto de todos os brasileiros

Vida de Niemeyer é descrita em um volume da série “Folha Explica”; leia introdução – Folha Online: 03/07/2007

Durante 100 anos de vida, Oscar Niemeyer realizou obras singulares como o conjunto da Pampulha –projeto pioneiro de novas faces da arquitetura no mundo–, o Edifício Copan, o conjunto do Parque Ibirapuera e a criação de Brasília (ele trabalhou no plano piloto com a equipe de Lucio Costa). Entre seus projetos mais recentes estão o Sambódromo, o Memorial da América Latina e o Museu de Niterói.

O livro “Oscar Niemeyer”, da série “Folha Explica” da Publifolha, mostra a trajetória deste que é um dos mais importantes criadores brasileiros vivos, reconhecido em todo o mundo. O livro conta com fotos e doze ilustrações feitas pelo próprio Niemeyer e foi escrito pelo consagrado Ricardo Ohtake, arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, mas que prefere considerar-se um designer gráfico.

Niemeyer sempre se superou, com sua inegável capacidade de gerar novas ideias, buscar soluções até então desconhecidas e ousar na técnica. Leia a seguir a introdução do livro “Oscar Niemeyer”.

Introdução

Segundo se ouve e se lê, Oscar Niemeyer é: o mais importante criador brasileiro vivo, reconhecido em todo o mundo; o único brasileiro que será lembrado no século 30; o arquiteto que realizou o maior número de importantes projetos construídos na história da humanidade. Afora estas tiradas midiáticas, mas que não deixam de ter sua dose de verdade, Niemeyer transformou em coisa corriqueira o fato de projetar obras importantes.

Com soluções totalmente inesperadas, propostas estruturais fora de qualquer compêndio e uso de materiais simples, ele cria espaços comoventemente democráticos. Niemeyer praticamente banalizou o significado de “obra importante de arquitetura”, pois quase anualmente produz (e vê construída) uma delas que, para qualquer arquiteto, seria o “projeto da vida”.

Trabalhador inveterado, sempre com jornadas de 12 horas, inclusive aos sábados e domingos, na época de Brasília chegou a se mudar para um escritório de canteiro de obra, como funcionário da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil).

Em inúmeras ocasiões, abriu mão de receber honorários, por motivos éticos, ou se as amizades falassem mais alto. Apesar de sua produção monumental, sempre teve vida comedida e trabalha até hoje para viver. Jamais deixou de ter posições políticas claras. Militante convicto do Partido Comunista, só nos últimos tempos abandonou a posição partidária, sem que isso amenizasse seu protesto contra a desigualdade social existente no mundo.

Este livro segue os 100 anos de vida de Oscar Niemeyer. Começa pelos trabalhos anteriores ao do conjunto da Pampulha (1942), o primeiro projeto de sua total responsabilidade e pioneiro das novas faces da arquitetura que se implantavam no mundo. Daí até Brasília passou uma década e meia, tempo para Oscar desenvolver vários projetos de grande porte e preparar-se para enfrentar o maior desafio imaginado por um arquiteto: inventar a nova capital de um país. Quando ficou difícil trabalhar no Brasil, durante a ditadura militar, a Europa o recebeu de braços abertos.

Neste período, Niemeyer produziu obras que o tornaram ainda mais conhecido no mundo. Após sua volta (1974), com os preconceitos políticos diminuindo aos poucos devido à redemocratização, Niemeyer continuou a criar espaços de rara inventividade, por todo o país. Setenta anos de vida profissional, com muita clareza de onde e como focar o trabalho, muita rapidez nas ações, incansável no enfrentamento de desenhos e textos.

Mesmo num país subdesenvolvido e atuando nesta área difícil e cara que é a arquitetura, Niemeyer, com sua ousadia infinita, sempre soube até onde se pode chegar e muitas vezes chegou até onde ninguém tinha chegado antes. Se é comum a experiência de ter ido longe junto com ele Niemeyer é o nosso arquiteto, de todos nós, brasileiros, isso se deve, sem dúvida a seu sentido enorme de solidariedade, inseparável da obra que ele construiu.

CPMF

:: O PSDB perdeu – Kennedy Alencar na Folha Online: 13/12/2007

:: Conheça a história da CPMF – Folha Online: 15/08/2007 – 19h46

:: Fim da CPMF põe pressão sobre finanças brasileiras, diz ‘FT’ – BBC Brasil: 13 de dezembro, 2007 – 09h22 GMT (07h22 Brasília)

:: Governo descarta reduzir meta de superávit primário com fim da CPMF – Folha Online: 13/12/2007 – 09h11

 

A batalha e a guerra da CPMF – Flávio Aguiar – Carta Maior: 12/12/2007

Fico pensando como devem ser as reuniões de pauta dos grandes jornalões brasileiros. Antes se perguntava: o que vamos publicar? Agora se perguntam: o que não vamos publicar? Imagino que deva haver uma prioridade na agenda, assim estabelecida: 1) o que não podemos nem devemos publicar de jeito nenhum; 2) o que não publicaremos a não ser que seja muito vergonhoso; 3) o que não tem jeito, temos que publicar; 4) o que queremos publicar, contra o governo Lula e a esquerda, etc. E por aí vai. No caso em pauta, a votação da CPMF, é por aí.

Por exemplo, os jornalões não podem publicar o que a imprensa internacional alardeia, que Lula é recebido no mundo inteiro como o representante legítimo do 3° Mundo. Não é Chávez, não é Evo, é Lula. Não podem publicar que a descoberta das novas jazidas petrolíferas na costa brasileira é um acontecimento tão ímpar quanto os achados de Monteiro Lobato na década de 30. Não podem publicar que o país vai dando certo, apesar de seus problemas, aliás provocados pelas políticas e governos (inclusive os ditatoriais) que esses mesmos jornalões sempre apoiaram.

Imagino as crises de gastrite e úlcera nestas redações ao se constatar que não só Lula sobreviveu aos ataques do suposto mensalão, como sua popularidade continua em alta, e vai bem obrigado. Que o que garantiu a reeleição de Lula foram as políticas sociais do governo, que sem elas ele estava fora, e que com elas ele saltou por cima das campanhas para derrubá-lo na curva de 2006.

O mesmo acontece agora com relação à CPMF.

Não se pode noticiar que há uma batalha e uma guerra em torno da CPMF. Mais ou menos como se segue.

Os DEMos descobriram um campo de batalha. Eles são fortes no Senado. Pobres coitados nas alianças executivas com o PSDB, na Câmara Alta eles são fortes, e podem travar batalhas decisivas. Como são fracos nos executivos estaduais, podem rifar este caráter institucional da sua representação. Afinal, os senadores representam estados, por isso a representação numérica deles é igualitária, e Sergipe, constitucionalmente, tem tantos senadores quanto São Paulo. Mas os DEMos se sentem acima disso, rifam a sua representação institucional e constitucional e passam a agir em função de seus próprios interesses. Se sentem fortalecidos, porque nos estados e no plano federal, em termos executivos, são acaudilhados pelo PSDB. Mas no Senado podem ensaiar uma disputa para 2010, quando dois cargos do Senado, por estado, estarão em jogo, em pé de igualdade com seus aliados/adversários do PSDB. O PSDB se vê forçado a tergiversar na questão. Seus governadores, inclusive o menino dos olhos José Serra, quer a verba do imposto. Mas as alianças com os DEMos tanto em S. Paulo como no Rio periclitam. O que fazer?

Bom, uma coisa que podem fazer é recomendar moderação a seus arautos na imprensa. Outra não tem sido a posição dos jornalões, pela primeira vez surpresos numa crise que não sabem administrar completamente. Pior que isso, só na eleição de 2006, quando o povo atropelou-os na maior. Os editoriais do Estadão (4 e 7/12) e da Folha (3/12) sobre o assunto têm sido modelares na cautela. A Folha é conhecidamente serrista, e privar Serra da CPMF, inclusive pensando no futuro, é um problema. Já o Estadão foi mais claro, e disso logo trataremos. Os DEMos, como já se disse aqui, estão travando a batalha da CPMF: querem garantir seu espaço em 2010, que é no Legislativo, e no Senado, câmara alta cujo valor corporativo para si descobriram, rifando o caráter constitucional da sua representação. Acaudilham o PSDB, que se sente fraco para contrariá-los, pois precisa do seu apoio nas gestões estaduais que mantém, embora nelas precisem da CPMF.

Mas há uma guerra da CPMF, a velha guerra de classes. Isso, Estadão e FIESP representam. Vejam só. São 40 bilhões de reais num ano. A alíquota representa só 0,38% das transações com cheques e transferências bancárias. Graças a isso, as grandes empresas se vêm obrigadas a contratar profissionais caríssimos, especialistas em tributração, para driblar a CPMF. O editorial do Estadão foi claro: se for para garantir o superávit primário (para pagar a dívida pública, 80% dela em mãos de 15 mil clãs familiares), tudo bem quanro à arrecadação. Se for para “investimentos menos rentáveis”, leiam-se, os sociais, coisa que os jornalões não têm coragem de escrever, não.

Aí, nós estamos na guerra, isto é, na velha e querida luta de classes. 72% da CPMF é paga por pessoas jurídicas, sobretudo as grandes empresas. 28% pelas pessoas físicas. Dentro dos 28%, 22% são da classe média.

Ou seja, as grandes empresas, representadas nominalmente ou pela ação política da FIESP, não querem que 35 bilhões de reais de sua contribuição corram o risco de ir para investimentos sociais, nem mesmo para seus apaniguados sob a forma de retorno ao capital financeiro através dos títulos da dívida pública. É uma luta de classes que ninguém confessa, mas todo mundo faz.

Uma coisa nisso tudo nos surpreende: os defensores do governo no Congresso, no Senado, nos partidos, foram incapazes de produzir um discurso coerente sobre a CPMF. Um sinal: lá atrás, se opuseram a ela porque era “dinheiro para o FHC”, não por uma visão estratégica do tributarismo brasileiro. As esquerdas não têm proposta para a reforma tributária, essa é a verdade verdadeira. Tudo fica na dependência das ações de Lula darem certo. Tomara que deem. 40 bilhões de reais nas mãos do primeiro governo distributivista de renda desde Vargas não é de jogar fora.

John Strugnell por Daniel J. Harrington

Como assinalado por Jim West , o SBL Forum publicou no dia 10 um necrológio [obituary] de John Strugnell por Daniel J. Harrington.

 

John Strugnell 1930-2007

John Strugnell (1930-2007) was one of the members of the original team of Dead Sea scrolls editors and later became editor-in-chief of the project. He was Professor of Christian Origins at Harvard Divinity School from 1967 to 1990. He fostered the study of the Qumran manuscripts and Second Temple Judaism and their significance for early Christianity.

Born in Barnet, UK, on May 25, 1930, Strugnell attended St. Paul’s School in London and received bachelor’s and master’s degrees from Jesus College at Oxford University. In 1954 he was nominated by his teacher G. R. Driver to join the editorial team and so broke off his doctoral studies. He quickly established himself as a talented decipherer of the Qumran manuscripts. He spent 1956-57 at the Oriental Institute at the University of Chicago and returned to Jerusalem from 1957 to 1960.

Between 1960 and 1967 he taught at Duke University Divinity School and was then appointed to Harvard Divinity School where he carried on his research on the Qumran texts and made frequent trips to Jerusalem. In 1984 he succeeded Pierre Benoit as editor-in-chief of the scrolls project and the Discoveries in the Judaean Desert series. In 1990 he was replaced by Emanuel Tov in these positions. The change was occasioned by Strugnell’s erratic behavior due to a bipolar condition and in particular by his negative comments about Judaism as a religion during a newpaper interview in Israel. After hospitalization and a long recovery, Strugnell resumed his research on the Qumran scrolls until he suffered a severe stroke in February 2001. He died at Mount Auburn Hospital in Cambridge, MA, on November 30, 2007. He is survived by his former wife, Cecile Pierlot, and their five children.

Much of Strugnell’s most important scholarly work came in the early years of his collaboration with the Dead Sea scrolls editorial team in Jerusalem. There he showed a remarkable facility in assembling fragments, deciperhing badly damaged manuscripts, and identifying texts. His most significant publications appear in the DJD volumes devoted to 4QMMT (with Elisha Qimron) and 4QInstruction (with Daniel J. Harrington). In recent years he took a special interest in the Qumran wisdom texts and wrote several articles on their language and interpretation.

Perhaps even more important to Strugnell than his own publications was his commitment to train a new generation of scholars who might work successfully on Qumran texts and in the field of Second Temple Judaism. They include Harold Attridge, James H. Charlesworth, John Collins, Carol Newsom, Eileen Schuller, Thomas Tobin, and Sze-kar Wan. He gave to his doctoral students enormous amounts of time and attention, patterned after the Oxford tutorial system in which he was educated. I was one of the first beneficiaries of his generosity at Harvard in my work on Pseudo-Philo’s Liber Antiquitatum Biblicarum. He was also remarkably generous in helping other students and professors with their projects. When I once asked why he was spending several weeks poring over a huge book manuscript written by a fellow scholar, he said, “This is going to be an important book, and I want to make it as good as I can.”

As editor-in-chief of the Dead Scrolls project Strugnell sought to maintain the integrity and continuity of the project while opening it up and restructuring the team and their assignments. He included Israeli scholars such as Emanuel Tov and Devorah Dimant and worked closely with Elisha Qimron on 4QMMT. The great European scholars Florentino García Martínez and Émile Puech regard him as one of their teachers too. These distinguished students and scholars have gone on to train their students in Qumranology and Second Temple Judaism. In his modest way Strugnell was a remarkably effective teacher.

While being relieved of his post as editor-in-chief in 1990 was a bitter pill, his successor Emanuel Tov made it somewhat easier for him to swallow. Tov had done his first formal study of the Qumran texts under Strugnell during a two-year postdoctoral stay at Harvard in the late 1960s. Tov was eager to keep Strugnell on the team and so assigned 4QInstruction to him (with me as a collaborator). Strugnell in turn shared his great knowledge of the scrolls and the project with Tov, and gave him whatever advice and help that he could during Tov’s remarkably efficient and successful completion of the publication project during the 1990s and early 2000s. Thus what had been criticized as “the academic scandal of the twentieth century” became, in my opinion, the academic miracle of the twentieth century.

Daniel J. Harrington (12/10/07)

Lancelotti recebe Premio Direitos Humanos 2007

A notícia, com data de 11 de dezembro de 2007, foi lida na página da CNBB e diz:

Padre Júlio Lancelotti recebe Prêmio Direitos Humanos 2007 da Presidência da República

O padre Júlio Lancelotti recebe logo mais, às 11h, o Prêmio Direitos Humanos 2007 da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). Além de ministros, autoridades e entidades ligadas aos Direitos Humanos, participam da cerimônia, que acontece no Palácio do Planalto, o vice-presidente da República, José Alencar e o ministro da SEDH, Paulo Vannuchi. O Prêmio “é concedido pelo Governo Federal a pessoas e organizações cujos trabalhos na área dos direitos humanos sejam merecedores de reconhecimento e destaque por toda a sociedade”, informa um comunicado da Secretaria divulgado ontem. Trata-se da 13ª edição e que contemplará dez categorias, entre elas Enfrentamento à Pobreza, destinado ao padre Lancelotti, da arquidiocese de São Paulo. Segundo o bispo auxiliar de São Paulo, dom Pedro Luiz Stringhini, os bispos do Estado ficaram contentes pelo reconhecimento dado ao padre Lancelotti, que atua há 30 anos na arquidiocese junto aos pobres e na defesa dos direitos humanos. “O padre Júlio passou por momentos difíceis de acusações que recaíram sobre ele, a partir de uma extorsão que ele sofreu e denunciou. Portanto, o prêmio é importante…