Em shevá contra shevá apenas um sobrevive

Você consegue pronunciar uma meia-vogal, uma semivogal? É algo assim como certas vogais pronunciadas em português de Portugal, que soam meio estranhas para ouvidos brasileiros, pois são muito rápidas ou, se preferir, curtas.

Pois em hebraico existe uma semivogal. Seu nome é shevá e consiste, na sua forma mais simples, de dois pontos colocados sob a consoante, como se fosse o nosso : Parece esquisito, mas o shevá serve para preencher o espaço vazio sob uma consoante desvocalizada (para quem já conhece, observo que a terminologia “vogal” aqui está sendo usada no lugar de “sinal massorético”). Este shevá simples tem um som rápido de “e” e aparece transliterado como um “e” sobrescrito.

Entretanto, no uso do shevá podem surgir muitos problemas. Considere a seguinte situação: em hebraico, uma sílaba é sempre composta por uma consoante e uma vogal (sílaba aberta, como em ba-na-na) ou por uma consoante, uma vogal e outra consoante (sílaba fechada, como em sol). E o que você faria se aparecessem dois shevás no início da palavra, um ao lado do outro – e aparecem – e você sabendo que uma sílaba não pode começar com duas consoantes sem vogal? O jeito é mudar pelo menos um shevá em vogal. Mas qual vogal ele tomaria emprestado? O hîreq qâton, que corresponde ao nosso “i“, como na palavra “fino”, e é representado em hebraico por um . debaixo da consoante.

Que tal ver isso em um filme? Pois é o que fez Chris Huff em sua página Designs by Chris. Veja The Shewa Fight.

Consulte também a Lev Software’s Animated AlefBet Page. Nesta página você verá, também em animação, como devem ser escritas as consoantes do hebraico.

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