Bagdá em Chamas: blog iraquiano ou invenção americana?

Você decide:

Blog de iraquiana concorre a prêmio literário

Iraquiana relata o caos de Bagdá em blog

E quem escreverá o blog Oriente Médio em Chamas? Pois:

Casa Branca já prepara intervenção para derrubar regime iraniano

Ex-conselheiros dos EUA temem resposta do Irã a possível ataque

Irã tem 40 mil suicidas prontos para atacar EUA, diz jornal

Mais um militar pede a renúncia de Rumsfeld

Coronel Coleman pede desculpas pela destruição causada pelos invasores americanos à antiga Babilônia

O que se disse para a Babilônia da época de Nabucodonosor (séculos VII-VI a.C.), possivelmente com razão, continua, tristemente, a acontecer, sem razão, com a Babilônia do terceiro milênio d.C.: “A larga muralha da Babilônia será completamente arrasada e atearão fogo em suas altas portas. Assim em vão penam os povos e as nações se cansam para o fogo” (Jr 51,58).

Veja o relato da BBC, mas evite “a biscateação hermenêutica*” (veja no final do post o que é):

EUA pedem ‘desculpas’ pela destruição da Babilônia

Um oficial da marinha americana pediu “desculpas” pela destruição causada pelas tropas nos monumentos arqueológicos da Babilônia, no Iraque. Entre os vários danos, as tropas dos Estados Unidos asfaltaram largas áreas da cidade para fazer estacionamentos e um heliporto, destruíram pavimentos de cerca de dois mil anos com o peso dos veículos militares e fizeram barricadas enchendo sacos com material arqueológico. O teto de um edifício vizinho ao heliporto desmoronou em virtude da vibração causada pelos helicópteros. Os estragos causados pelas forças americanas levarão “décadas” para ser restaurados, segundo Donny George, diretor da entidade iraquiana encarregada de preservar monumentos históricos. Em entrevista à BBC, o coronel John Coleman admitiu os danos e pediu desculpas (cont.)

US marines offer Babylon apology

A senior US marine officer says he is willing to apologise for the damage caused by his troops to the ancient Iraqi site of Babylon. US forces built a helicopter pad on the ancient ruins and filled their sandbags with archaeological material in the months following the 2003 invasion. Colonel Coleman was chief of staff at Babylon when it was occupied by the First Marine Expeditionary Force (…) Col Coleman told the BBC that if the Iraqis wanted an apology for the destruction caused by his men he was willing to give one (cont.)

 

*Biscateação Hermenêutica ou Picaretagem Hermenêutica
“Por biscateação hermenêutica compreendemos a atitude, e a prática que lhe corresponde, consistindo em tirar da Escritura simplesmente o que reflete o próprio interesse, sem outra preocupação que de se servir dos textos bíblicos como peças destinadas a um projeto teórico ou prático preestabelecido”, explica BOFF, C. Teologia e Prática: Teologia do Político e suas mediações. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1993, p. 245.

Neste restinho de milênio não dá para fazer mais nada que seja humano?

The Iran Plans
Would President Bush go to war to stop Tehran from getting the bomb?

by Seymour M. Hersh – The New Yorker: Issue of 2006-04-17 – Posted 2006-04-10

The Bush Administration, while publicly advocating diplomacy in order to stop Iran from pursuing a nuclear weapon, has increased clandestine activities inside Iran and intensified planning for a possible major air attack. Current and former American military and intelligence officials said that Air Force planning groups are drawing up lists of targets, and teams of American combat troops have been ordered into Iran, under cover, to collect targeting data and to establish contact with anti-government ethnic-minority groups. The officials say that President Bush is determined to deny the Iranian regime the opportunity to begin a pilot program, planned for this spring, to enrich uranium (cont.)

 

Folha Online: 09/04/2006 – 04h20

EUA estariam planejando ataque contra Irã, diz “New Yorker”

da Ansa, em Teerã e Nova York

O governo norte-americano está preparando uma série de ataques contra as instalações nucleares iranianas de Natanz com o uso de armas nucleares, escreveu hoje a revista “New Yorker”. Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) iniciou hoje uma visita ao Irã. Até segunda-feira chegará em Teerã o diretor-geral da AIEA, Mohammed el Baradei, para “esclarecer” o que o organismo espera das autoridades iranianas. Segundo a publicação, que cita um ex-responsável dos serviços secretos, o presidente George Bush e outros funcionários da Casa Branca consideram o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, como um potencial Adolf Hitler.”Este é o nome que utilizam”, disse o artigo escrito pelo jornalista Seymour Hersh e que sairá na edição de segunda-feira. “A Casa Branca acredita que a única maneira de resolver o problema é mudar a estrutura de poder no Irã, e isso significa guerra”, disse à revista um conselheiro do Pentágono que manteve o anonimato. O ex-responsável dos serviços secretos descreve os preparativos como “enormes, febris e operativos” (cont.)

 

US dismisses Iran attack claims

BBC News: Last Updated: Monday, 10 April 2006, 12:00 GMT 13:00 UK

The US has rejected suggestions that it might be preparing to use nuclear weapons against targets in Iran. A report in The New Yorker magazine said the US was increasing planning for a possible air attack on Iranian nuclear facilities. It said one option being considered was a tactical nuclear strike against underground nuclear sites (cont.)

Partido Kadima deve vencer em Israel

Folha Online: 27/03/2006 – 12h34

Partido de Sharon deve conquistar 40 cadeiras no Parlamento

Daniela Loreto

Criado pelo premiê israelense, Ariel Sharon, o partido de centro Kadima – cujo candidato é o premiê interino Ehud Olmert – deve vencer as eleições israelenses desta terça-feira e conquistar até 40 cadeiras no Parlamento, disse à Folha Online Ephraim Kam, vice-chefe do Centro Jaffee de Estudos Estratégicos da Universidade de Tel Aviv (cont.)

O terceiro aniversário da invasão do Iraque

Bush diz que violência no Iraque não acabará tão cedo

Três anos depois da invasão do Iraque e com mais de 2.300 mortos desde então, o desapontamento toma conta dos americanos, mas o presidente George W. Bush, cujo legado está em jogo no país árabe, mantém sua política e garante que não voltará atrás.

“Estes últimos três anos testaram nossa determinação. Vimos dias duros e passos para atrás”, admitiu o presidente, que declarou que seu Governo “está consertando o que não funcionou”.

“Terminaremos a missão. Vencendo os terroristas no Iraque, traremos mais segurança para o nosso país”, disse Bush em seu programa semanal de rádio.

As declarações do presidente acontecem dois dias depois que as tropas americanas lançassem o maior ataque aéreo desde o começo da invasão no Iraque, na chamada “Operação Enxame”, em que mais de 60 pessoas foram detidas.

Cenário devastado

O terceiro aniversário do conflito encontra Bush em condições muito diferentes daquela noite do dia 19 (madrugada de 20 no país árabe) de março de 2003, quando deu a ordem de começar a invasão no Iraque com o argumento que o regime de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa, que nunca seriam encontradas.

Se então 69% dos americanos apoiavam o presidente e a guerra, hoje as pesquisas apontam que a popularidade de Bush está no menor nível de seus cinco anos de mandato: entre 36 e 37%.

Atualmente, 57% dos americanos consideram a invasão um erro, contra os 23% que tinham essa opinião em março de 2003.

As mesmas pesquisas também indicam que o andamento do conflito, em que os EUA ainda mantêm mais de 130.000 soldados, é a principal preocupação dos americanos, superando qualquer outro aspecto da política da atual Administração.

Dois terços dos americanos acham que a história lembrará Bush pelo conflito no país árabe e as consequências a longo prazo que este venha a ter, segundo pesquisa elaborada esta semana pelo instituto Gallup.

A fraqueza do presidente relacionada ao Iraque o debilitou muito para enfrentar outros problemas.

A situação ficou clara na semana passada, quando a oposição no Congresso levou ao fracasso de um acordo, apoiado pessoalmente por Bush, para que uma empresa árabe administrasse seis portos americanos.

Numerosos legisladores republicanos se opunham a essa iniciativa, algo que teria sido insólito há apenas um ano, quando o presidente acabava de ser reeleito para um segundo mandato.

Agora, o presidente enfrenta uma moção de censura dentro do Senado, iniciativa do senador democrata Russ Feingold que tem um único precedente, em 1834, contra Andrew Jackson. Apesar de ter caráter meramente formal, a moção requer a realização de uma votação no plenário da câmara.

Bush também teve que abrir mão de uma série de iniciativas internas promovidas com estardalhaço, como a reforma do sistema previdenciário, e optar por objetivos muito mais modestos, como mudanças na assistência médica aos idosos.

Segundo declarou ao jornal “USA Today” o analista político Steven Schier, autor do livro “High Risk and Big Ambition: The Presidency of George W. Bush”, a Casa Branca “esperava no segundo mandato se dedicar a outra série de coisas, como a reforma da Previdência Social, mas tudo isso ficou de lado por causa do Iraque”.

Um dos principais assessores das campanhas eleitorais de Bush, Mark McKinnon, afirmou que “a guerra está sendo o motor de praticamente tudo neste Governo”.

Diante da situação, o presidente se viu obrigado, pela segunda vez em quatro meses, a iniciar uma campanha de discursos em defesa da guerra.

A primeira, em novembro, levou a uma alta nos índices de popularidade de Bush em um momento em que o presidente enfrentava uma difícil situação devido não apenas à guerra, mas também ao impacto do furacão Katrina e à apresentação de acusações formais de perjúrio contra um alto funcionário da Casa Branca, entre outras questões.

Em sua nova campanha, apresentada na segunda-feira passada, Bush assegurou, como tem feito até agora, que os EUA se manterão no Iraque o tempo que for necessário.

Mas também reconheceu que o país árabe atravessa momentos muito delicados, especialmente com a violência confessional que explodiu após o atentado contra a Mesquita Dourada de Samarra, um dos principais santuários xiitas.

“Gostaria de poder dizer que a violência está diminuindo e que o caminho pela frente será um mar de rosas. Não será”, disse o presidente ao pedir paciência aos americanos.

A mensagem é muito diferente da transmitida pela faixa com a frase “Missão cumprida” que aparecia atrás do presidente americano quando este deu por encerradas, no começo de maio de 2003, as principais operações militares no Iraque.

Fonte: Folha Online – 18/03/2006

 

Europa e Ásia protestam contra invasão no Iraque

Uma série de protestos contra os três anos da invasão dos Estados Unidos no Iraque, que serão completados amanhã, aconteceram neste sábado. Além da Europa, ocorreram manifestações na Austrália, no Japão e na Turquia.

Em Sidney, na Austrália, 500 pessoas protestaram nas ruas da cidade com placas com frases como “Parem a guerra agora” e “Tropas fora do Iraque”. Alguns traziam fotografias do presidente norte-americano George W. Bush, afirmando que ele era o maior terrorista do momento.

Em Londres, na Inglaterra, os protestos aconteceram próximo à sede do Parlamento e do Big Ben. Placas brancas cobertas com tinta vermelha simbolizavam o sangue derramado pelas vítimas da guerra acompanhavam os manifestantes. Segundo estimativa da polícia inglesa, cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas da cidade para protestar.

Em Tóquio, no Japão, cerca de 2 mil pessoas também passaram a manhã nas ruas. O mesmo aconteceu nas principais ruas de Istambul, na Turquia, na Suíça, na Espanha, na Grécia, entre outros locais.

Fonte: Folha Online – 18/03/2006

 

Iraquianos vivem com medo e insatisfeitos

Três anos após a invasão que acabou com a ditadura de Saddam Hussein, a incerteza e o temor caracterizam a vida cotidiana dos iraquianos, marcada pela insegurança e pela falta de serviços básicos.

Apesar de terem à disposição agora muitos jornais para ler e mais redes de TV para assistir do que antes, os iraquianos lembram com frustração as promessas feitas pelos “libertadores” de tornar o país um modelo de democracia e prosperidade para o resto das nações árabes do Oriente Médio.

As explosões, o barulho das ambulâncias, dos aviões militares e dos tanques são ouvidos diariamente em várias cidades do país, especialmente em Bagdá, onde a criminalidade e a violência política dispararam.

Nesta situação, as famílias pensam duas vezes todos os dias antes de mandarem seus filhos à escola, e as mulheres preferem fazer as compras necessárias por temer que seus maridos sejam assassinados se saírem às ruas.

“Esperávamos que os EUA nos trouxessem calma e prosperidade, mas três anos depois só vimos ataques e carências nos serviços públicos”, disse à Efe Nasser Hassan, proprietário de uma loja de venda de roupa.

Ele se queixa de que teve que contratar um funcionário para trabalhar em sua loja, evitando saídas diárias de casa.

Mais de 30 mil iraquianos, tanto civis como militares, morreram desde 20 de março de 2003 nos atentados que sacodem o país quase diariamente.

São frequentes os anúncios pagos nos jornais sob o título de “Desaparecido”, com a foto de um ser querido supostamente sequestrado ou assassinado, e as aglomerações em frente aos depósitos de corpos e dos hospitais para procurar um parente que “saiu e não voltou”.

Sara, uma viúva de aproximadamente 30 anos e mãe de três filhos, diz que seu marido foi assassinado, supostamente, por um grupo xiita, quando saía de uma mesquita sunita na capital, e que sua família a obrigou a sair de casa para morar na de seu pai devido ao medo de ataques.

Abdelrasul Ali, um mecânico xiita de 37 anos, lamenta a perda de dois membros de sua família durante o regime de Saddam “só por serem xiitas”, e agora sente que, pela mesma razão, está “no ponto de mira dos terroristas, com seus carros-bomba e suas operações suicidas”.

Quem mais teme ser assassinado são os funcionários do novo Governo, os cientistas e os acadêmicos. Segundo Issam al-Rawi, presidente da Liga de Professores Universitários, pelo menos 185 acadêmicos morreram nos últimos três anos.

“O cidadão iraquiano vive em uma situação trágica e obscura. Eu, por exemplo, não trabalho porque sei de que se sair de casa talvez não volte”, disse Abdel Karim Maaruf, professor de Ciências da Universidade de Bagdá.

Uma postura parecida é a de Mazen Abd, formado em Economia e Ciências Políticas. “Estive a ponto de morrer duas vezes, uma na explosão de um carro-bomba há dois anos e outra este ano em um tiroteio quando estava esperando em um posto de gasolina de Bagdá”, lembra.

Os contínuos cortes de fornecimento água potável, eletricidade e gás de uso doméstico, e a falta de gasolina em um país que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo também dificultam a vida dos iraquianos.

“Minha família teve que voltar a usar os antigos fogões de querosene para cozinhar, depois de desaparecerem os bujões de gás doméstico”, diz Hussein Fadel, taxista que passa diariamente horas nas longas filas dos postos de gasolina de Bagdá.

Segundo Assem Jihad, porta-voz do Ministério do Petróleo, o Governo iraquiano teve que importar gasolina e gás para uso doméstico devido aos constantes ataques contra as instalações petrolíferas, repetidos também contras as unidades de tratamento de água e as centrais de energia elétrica.

Os cortes de luz na capital duram 11 horas todos os dias, enquanto os habitantes de outras cidades, especialmente na província rebelde de Al Anbar, vivem 16 horas diárias sem eletricidade.

Analistas do setor elétrico afirmam que a produção atual é de aproximadamente 4.000 megawatts, ou seja, 750 megawatts a menos do que o Iraque produzia até março de 2003.

Fonte: Folha Online – 18/03/2006

 

Milhares vão às ruas para exigir retirada de americanos do Iraque

Milhares de manifestantes saíram às ruas neste sábado em diversas cidades dos Estados Unidos, do Canadá e em São Paulo exigir a retirada das tropas americanas do Iraque, três anos depois do início da ocupação no país.

Em Nova York, o protesto reuniu mil pessoas nas imediações da Times Square, no centro da cidade. “A opinião pública está em peso do nosso lado. Cada dia que passa demonstra que a ocupação é a causa da violência no Iraque”, afirmou Dustin Langley, membro da “Troups Out Now” (Tirem as tropas já), um dos grupos que organizaram as manifestações, por ocasião dos três anos da invasão pela coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque.

“Mas não são os políticos, qualquer que seja seu partido, quem vai acabar com a guerra, por isso temos que sair às ruas”, acrescentou Langley.

Os americanos também se manifestaram em Washington, São Francisco, Los Angeles e dezenas de cidades menores dos Estados Unidos.

Além disso, o grupo pacifista “United for Peace and Justice Coordinating” prometeu mais de 500 eventos nos 50 Estados do país.

Em seu programa semanal de rádio, neste sábado, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reafirmou que o movimento rumo ao Iraque foi “a decisão certa”, mas prometeu superar a violência que causou a morte de 2.300 soldados americanos.

“Terminaremos a missão. Vencendo os terroristas no Iraque, traremos mais segurança para o nosso país”, disse Bush em seu programa semanal de rádio.

Recentes pesquisas mostraram que a popularidade do presidente está no seu menor nível, com cada vez mais americanos céticos em relação à sua gestão da guerra e à invasão para derrubar Saddam Hussein.

No Brasil, cerca de 2.000 pessoas participaram em São Paulo da jornada mundial de protestos contra a guerra do Iraque. A manifestação foi convocada pelos integrantes do Fórum Social Mundial.

Os participantes da marcha denunciaram a militarização dos conflitos e a presença de bases americanas na América Latina.

Brasília se opôs há três anos à intervenção liderada pelo governo do presidente George W. Bush para retirar Saddam Hussein do poder.

No Canadá, país vizinho aos Estados Unidos, centenas de pessoas também protestaram pelo fim da guerra no Iraque e pela retirada das tropas do país do Afeganistão.

Pelo menos 300 pessoas se reuniram no centro de Montreal sob o chamado da organização “Não à Guerra”.

O porta-voz da entidade, Raymond Legault, fez um discurso que condenou a ocupação americana no Iraque, pedindo a saída imediata das tropas canadenses do Afeganistão.

Em Toronto, a cidade mais importante do Canadá, outra manifestação reuniu 1 milhão de pessoas em frente ao consulado americano. Em Ottawa, centenas de manifestantes, principalmente estudantes, desfilaram nas ruas da Embaixada dos Estados Unidos e do Parlamento.

Fonte: Folha Online – 18/03/2006

Por falar em conflito…

Após invadir prisão, Israel teme ações terroristas

 

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Bombardeios de Israel deixam 340 mil desabrigados e mais de 1,4 mil mortos em Gaza; metade são mulheres e crianças – G1: 12/10/2023

Sem energia por conta de bloqueio, hospitais vão virar necrotérios, diz Crescente Vermelho; ministro israelense diz que território ficará sem energia, água e comida até a libertação dos cerca de 150 reféns levados pelo Hamas após o ataque terrorista de sábado.

Inusitado acontecimento: três israelenses atacam Basílica da Anunciação em Nazaré

Folha Online: 03/03/2006

Extremistas israelenses atacam Basílica da Anunciação – da Efe, em Jerusalém

Três extremistas israelenses vestidos de peregrinos cristãos atacaram com explosivos nesta sexta-feira a Basílica da Anunciação, na cidade de Nazaré, informou a rádio pública israelense.

O ataque, perpetrado por um homem e duas mulheres, aconteceu durante uma reza no templo e gerou pânico entre os fiéis. Alguns deles tiveram que receber atendimento médico porque sofreram ataque de nervos.

Os autores do ataque utilizaram explosivos e botijões de gás, os quais foram carregados dentro de um carro de bebê, segundo testemunhas.

O inusitado ataque causou grande confusão dentro da basílica e houve reações indignadas entre as pessoas que se encontravam fora do templo.

Aparentemente, um dos agressores ficou ferido, informou a rádio israelense. Um grupo de policiais que chegou ao templo para deter os agressores teve que se trancar com eles em um quarto da basílica, já que foram cercados por uma multidão que tentava linchá-los (cont.)

A invasão do Iraque pode ampliar as dimensões da Guerra Assimétrica

Lembro aqui o que disse o urbanista e filósofo francês Paul Virilio em entrevista à Folha Online em 6 de abril de 2003: “Acredito que a ‘guerra preventiva’ é uma forma de crime contra a humanidade. Ela não será a primeira batalha de uma 3ª Guerra Mundial, mas o primeiro passo para uma espécie de guerra civil globalizada (…) É uma ameaça verdadeira contra a humanidade”.

 

Guerra no Iraque elevou medo de terror, diz pesquisa

Uma pesquisa global realizada a pedido da BBC com mais de 40 mil pessoas em 35 países indica que a maior parte da população mundial acredita que a guerra no Iraque aumentou o risco de ataques terroristas em todo o mundo. O levantamento aponta que, em média, 60% dos entrevistados concordaram que o risco de atentados cresceu, 12% disseram que a probabilidade de ataques terroristas diminuiu e 15% afirmaram que a guerra no Iraque não teve efeito sobre o risco de atentados. Em 33 países, incluindo o Brasil, a maior parte dos entrevistados disse que o conflito no Iraque aumentou as chances de que novos ataques sejam realizados. “A quase unanimidade dessa avaliação entre os países é fora do comum em pesquisas globais de opinião pública”, afirma Steven Kull, diretor do programa da Universidade de Maryland que estuda a opinião pública em assuntos internacionais. “Apesar do governo Bush ter apontado a intervenção no Iraque como uma maneira de combater o terrorismo, em todo o mundo, incluindo nos Estados Unidos, a maioria das pessoas disse que isso aumentou a probabilidade de ataques terroristas”, acrescenta Kull (…) Em 22 países, a maior parte dos entrevistados apontou a ação militar liderada pelos Estados Unidos para derrubar Saddam Hussein como “um erro”. Nos outros 13 países, a ofensiva no Iraque foi considerada uma “decisão correta” pela maior parte dos entrevistados. Em média, 45% dos entrevistados disseram que a iniciativa de tirar Saddam do poder foi um erro, e 36% afirmaram que foi a decisão correta. “É oficial: os cidadãos em todo o mundo acreditam que os líderes ocidentais cometeram um erro fundamental em sua guerra contra o terror ao invadir o Iraque”, comenta Doug Miller, presidente da companhia GlobeScan. A pesquisa mundial da BBC foi coordenada pela GlobeScan, em parceria com a Universidade de Maryland, e conduzida por empresas locais entre outubro de 2005 e janeiro de 2006. A margem de erro do levantamento varia de 2,5 a 4 pontos percentuais, dependendo do país pesquisado. No Brasil, as entrevistas foram realizadas em oito capitais pela empresa Market Analysis, baseada em Florianópolis.

Fonte: BBC Brasil – Folha Online: 28/02/2006

 

Iraq makes terror ‘more likely’

People across the world overwhelmingly believe the war in Iraq has increased the likelihood of terrorist attacks worldwide, a poll for the BBC reveals. Some 60% of people in 35 countries surveyed believe this is the case, against just 12% who think terrorist attacks have become less likely. In most countries, more people think removing Saddam Hussein was a mistake than think it was the right decision. Some 41,856 people were questioned in the poll for the BBC’s World Service (…) “It’s official. Citizens worldwide think Western leaders have made a fundamental mistake in their war on terror by invading Iraq,” says Doug Miller, president of the international polling firm GlobeScan, which carried out the survey. “Short of the Iraqi government asking them to stay longer, people think the troops should leave,” he says. The countries most eager for US coalition withdrawal are Argentina (80%), Egypt (76%), China (67%) and Brazil (67%). Those which favour troops staying for the time being are the US (58%), Afghanistan (58%), Australia (57%) and Great Britain (56%). However, the picture would be very different should the new Iraqi government ask US-led forces to remain until the situation was stabilised. In that case, there is support in 21 of 34 countries for the coalition to stay. Iraqis themselves are sharply divided over whether US-led forces should leave, with 49% favouring their removal and 49% favouring them to remain. Support for troops staying rises only slightly, to 53%, if the Iraqi government requests it. Iraqis are the most convinced that the removal of Saddam Hussein was right, with 74% agreeing with the move. US President George W Bush has ruled out any hasty withdrawal from Iraq, saying the decision to will be made by military commanders, and not under political pressure.

Fonte: BBC – Tuesday, 28 February 2006