Monopólio do conhecimento?

Historiador americano teme que Google crie monopólio do conhecimento, leia trecho
Na obra “A Questão dos Livros” (Companhia das Letras, 2010), o historiador Robert Darnton denuncia o risco de concentração de conhecimento nas mãos de uma única empresa. O intelectual, diretor da biblioteca da Universidade de Harvard (um dos maiores acervos do mundo), se refere mais especificamente ao Google, que atualmente negocia a digitalização das bibliotecas dos principais centros universitários dos EUA. A intenção da megacorporação é escanear as coleções e torná-las acessíveis na rede mediante assinaturas pagas. Darnton falará do tema, com Peter Burke, de “Uma História Social do Conhecimento” (Zahar), e John Makinson na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), nos dias 5 e 6 de agosto, nas mesas “O livro: capítulo 1” e “O livro: capítulo 2”. “A Questão dos Livros” ainda traça um panorama da história das publicações impressas e arrisca previsões sobre qual destino terão com a digitalização. Com um texto simples e acessível, Darnton levanta debates essenciais sobre o futuro do conhecimento em nossa sociedade, questão que envolve desde o acesso livre à obras raras e fora de catálogo, até as grandes polêmicas com direitos autorais.

Fonte: Folha.com: 31/07/2010 – 11h29

Não se pode sucumbir à twitterização da literatura

”Slow Reading”: rebelar-se contra o Twitter e ler com lentidão

Depois do Slow Food, do Slow Travel e da Slow Life, chegou o momento do Slow Reading. Tendo partido do outro lado do oceano e aportado na Inglaterra e no resto da Europa, o movimento composto por acadêmicos, escritores, críticos literários, livreiros e naturalmente leitores – já que é disso que essencialmente se trata – está buscando promover uma revolução na nossa relação com os livros e, em geral, com todo texto escrito: ler com lentidão, em um mundo que nos leva a ler sempre mais rapidamente. Um slogan que significa ler volumes pesados, rebelando-se contra a tendência de publicar livros sempre mais breves e artigos sempre mais curtos nos jornais ou nos sites da Internet. A palavra de ordem é aprofundar, sem temores, em centenas, milhares de páginas, em vez de se limitar a ler por cima e a escanear. Se o elogio da lentidão vale para a boa mesa e para as férias, por que também não deveria ter sentido para a mente?, questionam-se os promotores da campanha. Você ainda está lendo? Provavelmente, já se cansou, segundo algumas recentes pesquisas estatísticas: um estudo do Poynter Institute’s Eyetrack e outro da Nielsen afirmam que muitos de nós perderam a concentração necessária para ler um texto até o fim. Culpa da Internet, segundo Nicholas Carr, autor de “The shallow”* (O raso), no qual defende que o hábito de ler online e de ser continuamente interrompidos por e-mails, SMS e outras formas de comunicação digital, está danificando as faculdades mentais necessárias para absorver informações volumosas e complexas. Estudos científicos confirmam que a “attention span” [= capacidade de concentração], a capacidade de permanecer concentrados em uma única questão, está em diminuição constante, especialmente entre os mais jovens. Enquanto isso, até a literatura é oferecida no Twitter, com Shakespeare, a Odisseia e Jane Austen sintetizados em 140 caracteres. Os seguidores do Slow Reading propõem, como primeira coisa, que se desliguem computadores e celulares, pelo menos quando se pega um livro (ou, no limite, o iPad) nas mãos. “Se você quiser entender o que um texto diz verdadeiramente, se quiser interiorizá-lo, se quiser sentir dentro de você a voz do escritor, deve lê-lo lentamente”, afirma John Miedena, autor de “Slow reading”, o livro que contribuiu para lançar o movimento. “Não se pode sucumbir à ‘twitterização’ da literatura, ao ‘curto é bonito’ a todo o custo”…

* Nota minha: shallow significa raso, pouco profundo, daí, poder ser entendido como superficial, frívolo

Leia o texto completo. Lentamente… A reportagem é do jornal italiano La Repubblica, de 16/07/2010

Fonte: Notícias: IHU On-Line – 17/07/2010

Ribellarsi a Twitter e leggere con lentezza

Dopo lo Slow Food, lo Slow Travel e la Slow Life, è arrivato il momento dello Slow Reading. Partito da oltreoceano, quindi approdato in Inghilterra e nel resto d’ Europa, un movimento composto da accademici, scrittori, critici letterari, librai e naturalmente lettori, poiché di questo essenzialmente si tratta, sta cercando di promuovere una rivoluzione nel nostro rapporto con i libri e in generale con ogni testo scritto: leggere con lentezza, in un mondo che ci spinge a leggere sempre più in fretta. Uno slogan che significa leggere volumi ponderosi, ribellandosi alla tendenza a pubblicare libri sempre più brevi e articoli sempre più corti su giornali o siti internet. La parola d’ ordine è sprofondare senza timore tra centinaia, migliaia di pagine, anziché limitarsi a spulciare e scannerizzare. Se l’ elogio della lentezza vale per la buona tavola e per le vacanze, perché non dovrebbe avere senso anche per la mente, si chiedono i propositori della campagna. State ancora leggendo? Probabile vi siate già stancati, secondo un paio di recenti indagini statistiche: uno studio del Poynter Institute’ s Eyetrack e uno della Nielsen affermano che molti di noi hanno perso la concentrazione necessaria a leggere un testo fino in fondo. Colpa di internet, secondo Nicholas Carr, autore di The shallow (Il bassofondo), in cui sostiene che l’ abitudine a leggere online, e a venire continuamente interrotti da email, sms ed altre forme di comunicazione digitale, sta danneggiando le facoltà mentali necessarie ad assorbire informazioni voluminose e complesse. Studi scientifici confermano che l’ attention span, la capacità di rimanere concentrati su una singola questione, è in diminuzione costante, specie trai più giovani. Nel frattempo perfino la letteratura viene data in pasto a Twitter, con Shakespeare, l’ Odissea e Jane Austen sintetizzati in 140 battute. I seguaci dello Slow Reading propongono per prima cosa di spegnere computer e telefonino, almeno quando si prende in mano un libro (o al limite l’ iPad). «Se vuoi capire cosa dice veramente un testo, se vuoi interiorizzarlo, se vuoi sentire dentro di te la voce dello scrittore, devi leggerlo lentamente», afferma John Miedena, autore di Slow reading, il libro che ha contribuitoa lanciare il movimento. «Non si può soccombere alla Twitterizzazione della letteratura, al “breve è bello” ad ogni costo»…

Fonte: Enrico Franceschini – La Repubblica: 16 luglio 2010

Twitter na Biblioteca do Congresso dos EUA

A lógica do Twitter

 

Os usuários do Twitter atualmente transmitem cerca de 55 milhões de tweets por dia. Em apenas quatro anos, foram acumuladas cerca de 10 bilhões dessas mensagens breves. Algumas são pura baboseira. Mas, reunidas, elas provavelmente serão de valor considerável para futuros historiadores. Elas contêm mais observações, registradas na mesma época por mais pessoas, do que jamais foi preservado em qualquer meio. “O Twitter representa dezenas de milhões de usuários ativos. Não existe arquivo com dezenas de milhões de diários”, disse Daniel J. Cohen, um professor associado de história da Universidade George Mason e co-autor de um livro de 2006, “Digital History”. Além disso, ele disse: “O Twitter representa o momento, é onde as pessoas são mais honestas”. No mês passado, o Twitter anunciou que doaria seu arquivo de mensagens públicas para a Biblioteca do Congresso, assim como forneceria atualizações contínuas. Vários historiadores disseram que a herança tem um tremendo potencial…

Leia o texto completo. E leia os comentários, para ver como a notícia gerou controvérsia. O Twitter é isso mesmo ou não?

Fonte: Luis Nassif Online: A lógica do Twitter, por Gilberto Marotta: 02/05/2010

Leia Mais:
Biblioteca do Congresso dos EUA arquivará mensagens do Twitter
– Folha Online: 14/04/2010 – 15h55

A Biblioteca do Congresso dos EUA, em Washington, anunciou que arquivará todas as mensagens públicas postadas no Twitter desde o início do serviço de microblog, em março de 2006. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14).
Os tuítes ficarão arquivados digitalmente nos servidores da instituição. O anúncio foi feito primeiramente no
perfil da biblioteca no Twitter e, depois, no blog oficial

When History Is Compiled 140 Characters at a Time – The New York Times: by Randall Stross, published April 30, 2010 [texto original publicado pelo New York Times]
Twitter users now broadcast about 55 million Tweets a day. In just four years, about 10 billion of these brief messages have accumulated (…) Last month, Twitter announced that it would donate its archive of public messages to the Library of Congress, and supply it with continuous updates. Several historians said the bequest had tremendous potential…

Tweet Preservation – Twitter Blog: April 14, 2010
The Library of Congress is the oldest federal cultural institution in the United States and it is the largest library in the world. The Library’s primary mission is research and it receives copies of every book, pamphlet, map, print, and piece of music registered in the United States. Recently, the Library of Congress signaled to us that the public tweets we have all been creating over the years are important and worthy of preservation…

e o futuro da sua história? dia a dia, bit a bit – Blog do Silvio Meira: 04/04/2010
… no mundo digital, na sociedade da informação, onde não se manda mais cartas “físicas” –a última que mandei não chegou ao destinatário-, há um número de riscos bem claros de muito pouca informação sobreviver aos seus criadores, a menos que estejam a cargo de alguma instituição. não se trata só das contas e repositórios correspondentes nas redes sociais e blogs, que se tornarão inativas e que serão removidas, por não estarem sendo utilizadas vários anos depois da morte de seus autores. trata-se da morte, propriamente dita, de tais repositórios: num crime contra a a história da informação (…) como a maioria dos mortais, mas em um outro nível de competência, a british library está preocupada com a sobrevivência das coleções digitais pessoais, e uma de suas ações nesta direção é o digital lives research project…

Pedofilia: desejo e perversão

Pedofilia. Desejo e perversão é o tema de capa da edição 326 da IHU On-Line, de 26/04/2010. Contribuem para a discussão Mario Fleig, Sócrates Nolasco, Nazir Hamad, Roland Chemama, Philippe Di Folco e Thomas Lacqueur.

As entrevistas:
. Mario Fleig: O pedófilo como vítima de seu desejo e perversão
. Sócrates Nolasco: A pedofilia e as sombras da lei
. Nazir Hamad: As marcas indeléveis da pedofilia
. Philippe Di Folco: A paranoia em torno da pedofilia
. Roland Chemama: O último interdito em nossa sociedade
. Thomas Lacqueur: Nem sempre a pedofilia foi considerada algo errado

São 4 psicanalistas, um jornalista e um historiador os que abordam o tema. São dois brasileiros, um libanês radicado na França, dois franceses e um norte-americano.

Faça o download da revista em formato PDF.

Os Dez Mandamentos – Edição Revista e Atualizada

Leia o excelente artigo Os Dez Mandamentos, de Ladislau Dowbor que está em Carta Maior: 07/04/2010.

Como sociedade, desejamos não somente sobreviver, mas viver com qualidade de vida, e porque não, com felicidade. E isto implica elencarmos de forma ordenada os resultados mínimos a serem atingidos, com os processos decisórios correspondentes. Os Mandamentos abaixo elencados têm um denominador comum: todos já foram experimentados e estão sendo aplicados em diversas regiões do mundo, setores ou instâncias de atividade. São iniciativas que deram certo, e cuja generalização, com as devidas adaptações e flexibilidade em função da diversidade planetária, é hoje viável. Não temos a ilusão relativamente à distância entre a realidade política de hoje e as medidas sistematizadas abaixo. Mas pareceu-nos essencial, de toda forma, elencar de forma organizada as medidas necessárias, pois ter um norte mais claro ajuda na construção de uma outra governança planetária. Não estão ordenadas por ordem de importância, pois a maioria tem implicações simultâneas e dimensões interativas. Mas todos os mandamentos deverão ser obedecidos, pois a ira dos elementos nos atingirá a todos, sem precisar esperar a outra vida.

Considerando que a obediência à versão original dos Dez Mandamentos foi apenas aleatória, desta vez o Autor teve a prudência de acrescentar a cada Mandamento uma nota de explicação, destinada em particular aos impenitentes.

I – Não comprarás os Representantes do Povo
Resgatar a dimensão pública do Estado: Como podemos ter mecanismos reguladores que funcionem se é o dinheiro das corporações a regular que elege os reguladores? Se as agências que avaliam risco são pagas por quem cria o risco? Se é aceitável que os responsáveis de um banco central venham das empresas que precisam ser reguladas, e voltem para nelas encontrar emprego?

Uma das propostas mais evidentes da última crise financeira, e que encontramos mencionada em quase todo o espectro político, é a necessidade de se reduzir a capacidade das corporações privadas ditarem as regras do jogo. A quantidade de leis aprovadas no sentido de reduzir impostos sobre transações financeiras, de reduzir a regulação de banco central, de autorizar os bancos a fazerem toda e qualquer operação, somado com o poder dos lobbies financeiros tornam evidente a necessidade de se resgatar o poder regulador do estado, e para isto os políticos devem ser eleitos por pessoas de verdade, e não por pessoas jurídicas, que constituem ficções em termos de direitos humanos. Enquanto não tivermos financiamento público das campanhas, políticas que representem os interesses dos cidadãos, prevalecerão os interesses econômicos de curto prazo, os desastres ambientais e a corrupção.

II – Não Farás Contas erradas
As contas têm de refletir os objetivos que visamos. O PIB indica a intensidade do uso do aparelho produtivo, mas não nos indica a utilidade do que se produz, para quem, e com que custos para o estoque de bens naturais de que o planeta dispõe. Conta como aumento do PIB um desastre ambiental, o aumento de doenças, o cerceamento de acesso a bens livres. O IDH já foi um imenso avanço, mas temos de evoluir para uma contabilidade integrada dos resultados efetivos dos nossos esforços, e particularmente da alocação de recursos financeiros, em função de um desenvolvimento que não seja apenas economicamente viável, mas também socialmente justo e ambientalmente sustentável. As metodologias existem, aplicadas parcialmente em diversos países, setores ou pesquisas.

A ampliação dos indicadores internacionais como o IDH, a generalização de indicadores nacionais como os Calvert-Henderson Quality of Life Indicators nos Estados Unidos, as propostas da Comissão Stiglitz/Sen/Fitoussi, o movimento FIB – Felicidade Interna Bruta – todos apontam para uma reformulação das contas. A adoção em todas as cidades de indicadores locais de qualidade de vida – veja-se os Jacksonville Quality of Life Progress Indicators – tornou-se hoje indispensável para que seja medido o que efetivamente interessa: o desenvolvimento sustentável, o resultado em termos de qualidade de vida da população. Muito mais do que o produto (output), trata-se de medir o resultado (outcome).

III – Não Reduzirás o Próximo à Miséria
Algumas coisas não podem faltar a ninguém. A pobreza crítica é o drama maior, tanto pelo sofrimento que causa em si, como pela articulação com os dramas ambientais, o não acesso ao conhecimento, a deformação do perfil de produção que se desinteressa das necessidades dos que não têm capacidade aquisitiva. A ONU calcula que custaria 300 bilhões de dólares (no valor do ano 2000) tirar da miséria um bilhão de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia. São custos ridículos quando se considera os trilhões transferidos para grupos econômicos financeiros no quadro da última crise financeira. O benefício ético é imenso, pois é inaceitável morrerem de causas ridículas 10 milhões de crianças por ano. O benefício de curto e médio prazo é grande, na medida em que os recursos direcionados à base da pirâmide dinamizam imediatamente a micro e pequena produção, agindo como processo anticíclico, como se tem constatado nas políticas sociais de muitos países. No mais longo prazo, será uma geração de crianças que terão sido alimentadas decentemente, o que se transforma em melhor aproveitamento escolar e maior produtividade na vida adulta. Em termos de estabilidade política e de segurança geral, os impactos são óbvios. Trata-se do dinheiro mais bem investido que se possa imaginar, e as experiências brasileira, mexicana e de outros países já nos forneceram todo o know-how correspondente. A teoria tão popular de que o pobre se acomoda se receber ajuda, é simplesmente desmentida pelos fatos: sair da miséria estimula, e o dinheiro é simplesmente mais útil onde é mais necessário.

IV – Não Privarás Ninguém do Direito de Ganhar o seu Pão
Universalizar a garantia do emprego é viável. Toda pessoa que queira ganhar o pão da sua família deve poder ter acesso ao trabalho. Num planeta onde há um mundo de coisas a fazer, inclusive para resgatar o meio ambiente, é absurdo o número de pessoas sem acesso a formas organizadas de produzir e gerar renda. Temos os recursos e os conhecimentos técnicos e organizacionais para assegurar, em cada vila ou cidade, acesso a um trabalho decente e socialmente útil. As experiências de Maharashtra na Índia demonstraram a sua viabilidade, como o mostram as numerosas experiências brasileiras, sem falar no New Deal da crise dos anos 1930. São opções onde todos ganham: o município melhora o saneamento básico, a moradia, a manutenção urbana, a policultura alimentar. As famílias passam a poder viver decentemente, e a sociedade passa a ser melhor estruturada e menos tensionada. Os gastos com seguro-desemprego se reduzem. No caso indiano, cada vila ou cidade é obrigada a ter um cadastro de iniciativas intensivas em mão de obra.

Dinheiro emprestado ou criado desta forma representa investimento, melhoria de qualidade de vida, e dá excelente retorno. E argumento fundamental: assegura que todos tenham o seu lugar para participar na construção de um desenvolvimento sustentável. Na organização econômica, além do resultado produtivo, é essencial pensar no processo estruturador ou desestruturador gerado. A pesca oceânica industrial pode ser mais produtiva em volume de peixe, mas o processo é desastroso, tanto para a vida no mar como para centenas de milhões de pessoas que viviam da pesca tradicional. A dimensão de geração de emprego de todas as iniciativas econômicas tem de se tornar central. Assegurar a contribuição produtiva de todos, ao mesmo tempo que se augmenta gradualmente o salário mínimo e se reduz a jornada, leva simplesmente a uma prosperidade mais democrática.

V – Não Trabalharás Mais de Quarenta Horas
Podemos trabalhar menos, e trabalharemos todos, com tempo para fazermos mais coisas interessantes na vida. A sub-utilização da força de trabalho é um problema planetário, ainda que desigual na sua gravidade. No Brasil, conforme vimos, com 100 milhões de pessoas na PEA, temos 31 milhões formalmente empregadas no setor privado, e 9 milhões de empregados públicos. A conta não fecha. O setor informal situa-se na ordem de 50% da PEA. Uma imensa parte da nação “se vira” para sobreviver. No lado dos empregos de ponta, as pessoas não vivem por excesso de carga de trabalho. Não se trata aqui de uma exigência de luxo: são incontáveis os suicídios nas empresas onde a corrida pela eficiência se tornou simplesmente desumana. O stress profissional está se tornando uma doença planetária, e a questão da qualidade de vida no trabalho passa a ocupar um espaço central. A redistribuição social da carga de trabalho torna-se hoje uma necessidade. As resistências são compreensíveis, mas a realidade é que com os avanços da tecnologia os processos produtivos tornam-se cada vez menos intensivos em mão de obra, e reduzir a jornada é uma questão de tempo. Não podemos continuar a basear o nosso desenvolvimento em ilhas tecnológicas ultramodernas enquanto se gera uma massa de excluídos, inclusive porque se trata de equilibrar a remuneração e, consequentemente, a demanda. A redução da jornada não reduzirá o bem estar ou a riqueza da população, e sim a deslocará para novos setores mais centrados no uso do tempo livre, com mais atividades de cultura e lazer. Não precisamos necessariamente de mais carros e de mais bonecas Barbie, precisamos sim de mais qualidade de vida.

VI – Não Viverás para o Dinheiro
A mudança de comportamento, de estilo de vida, não constitui um sacrifício, e sim um resgate do bom senso. Neste planeta de 7 bilhões de habitantes, com um aumento anual da ordem de 75 milhões, toda política envolve também uma mudança de comportamento individual e da cultura do consumo. O respeito às normas ambientais, a moderação do consumo, o cuidado no endividamento, o uso inteligente dos meios de transporte, a generalização da reciclagem, a redução do desperdício – há um conjunto de formas de organização do nosso cotidiano que passa por uma mudança de valores e de atitudes frente aos desafios econômicos, sociais e ambientais.

No apagão energético do final dos anos 90 no Brasil, constatou-se como uma boa campanha informativa, o papel colaborativo da mídia, e a punição sistemática dos excessos permitiu uma racionalização generalizada do uso doméstico da energia. Esta dimensão da solução dos problemas é essencial, e envolve tanto uma legislação adequada, como sobretudo uma participação ativa da mídia.

Hoje 95% dos domicílios no Brasil têm televisão, e o uso informativo inteligente deste e de outros meios de comunicação tornou-se fundamental. Frente aos esforços necessários para reequilibrar o planeta, não basta reduzir o martelamento publicitário que apela para o consumismo desenfreado, é preciso generalizar as dimensões informativas dos meios de comunicação. A mídia científica praticamente desapareceu, os noticiários navegam no atrativo da criminalidade, quando precisamos vitalmente de uma população informada sobre os desafios reais que enfrentamos. A pergunta a se fazer a cada ato de conusmo, não é só se “é bom para mim”, mas se é bem para o planeta e o bem comum, e buscar um equilíbrio razoável. A opção individual é essencial, mas não suficiente.

Grande parte da mudança do comportamento individual depende de ações públicas: as pessoas não deixarão o carro em casa (ou deixarão de tê-lo) se não houver transporte público, não farão reciclagem se não houver sistemas adequados de coleta. Precisamos de uma política pública de mudança do comportamento individual.

VII – Não Ganharás Dinheiro com o Dinheiro dos Outros
Racionalizar os sistemas de intermediação financeira é viável. A alocação final dos recursos financeiros deixou de ser organizada em função dos usos finais de estímulo e orientação de atividades econômicas e sociais, para obedecer às finalidades dos próprios intermediários financeiros. A atividade de crédito é sempre uma atividade pública, seja no quadro das instituições públicas, seja no quadro dos bancos privados que trabalham com dinheiro do público, e que para tanto precisam de uma carta-patente que os autorize a ganhar dinheiro com dinheiro dos outros. A recente crise financeira de 2008 demonstrou com clareza o caos que gera a ausência de mecanismos confiáveis de regulação no setor. Nas últimas duas décadas, temos saltado de bolha em bolha, de crise em crise, sem que a relação de forças permita a reformulação do sistema de regulação em função da produtividade sistêmica dos recursos. Enquanto não se gera uma relação de forças mais favorável, precisamos batalhar os sistemas nacionais de regulação financeira. O dinheiro não é mais produtivo onde rende mais para o intermediário: devemos buscar a produtividade sistêmica de um recurso que é público.

A Coréia do Sul abriu recentemente um financiamento de 36 bilhões de dólares para financiar transporte coletivo e alternativas energéticas, gerando com isto 960 mil empregos. O impacto positivo é ambiental pela redução de emissões, é anti-cíclico pela dinamização da demanda, é social pela redução do desemprego e pela renda gerada, é tecnológico pelas inovações que gera nos processos produtivos mais limpos. Tem inclusive um impacto raramente considerado, que é a redução do tempo vida que as pessoas desperdiçam no transporte. Trata-se aqui, evidentemente, de financiamento público, pois os bancos comerciais não teriam esta preocupação, nem esta visão sistêmica. (UNEP,Global Green New Deal, 2009). Em última instância, os recursos devem ser tornados mais acessíveis segundo que os objetivos do seu uso sejam mais produtivos em termos sistêmicos, visando um desenvolvimento mais inclusivo e mais sustentável. A intermediação financeira é um meio, não é um fim.

Particular atenção precisa ser dada aos intermediários que ganham apenas nos fluxos entre outros intermediários – com papéis que representam direitos sobre outros papéis – e que têm tudo a ganhar com a maximização dos fluxos, pois são remunerados por comissões sobre o volume e ganhos, e geram portanto volatilidade e pro-ciclicidade, com os monumentais volumes que nos levaram por exemplo a valores em derivativos da ordem de 863 trilhões de dólares em junho de 2008, 15 vezes o PIB mundial. A intermediação especulativa – diferentemente das intermediação de compras e vendas entre produtores e utilizadores finais – apenas gera uma pirâmide especulativa e insegurança, além de desorganizar os mercados e as políticas econômicas (1).

VIII – Não Tributarás Boas Iniciativas
A filosofia do imposto, de quem se cobra, e a quem se aloca, precisa ser revista. Uma política tributária equilibrada na cobrança, e reorientada na aplicação dos recursos, constitui um dos instrumentos fundamentais de que dispomos, sobretudo porque pode ser promovida por mecanismos democráticos. O eixo central não está na redução dos impostos, e sim na cobrança socialmente mais justa e na alocação mais produtiva em termos sociais e ambientais. A taxação das transações especulativas (nacionais ou internacionais) deverá gerar fundos para financiar uma série de políticas essenciais para o reequilíbrio social e ambiental. O imposto sobre grandes fortunas é hoje essencial para reduzir o poder político das dinastias econômicas (10% das famílias do planeta é dono de 90% do patrimônio familiar acumulado no planeta). O imposto sobre a herança é fundamental para dar chances a partilhas mais equilibradas para as sucessivas gerações. O imposto sobre a renda deve adquirir mais peso relativamente aos impostos indiretos, com alíquotas que permitam efetivamente redistribuir a renda. É importante lembrar que as grandes fortunas do planeta em geral estão vinculadas não a um acréscimo de capacidades produtivas do planeta, e sim à aquisição maior de empresas por um só grupo, gerando uma pirâmide cada vez mais instável e menos governável de propriedades cruzadas, impérios onde a grande luta é pelo controle do poder financeiro, político e midiático, e a apropriação de recursos naturais.

O sistema tributário tem de ser reformulado no sentido anti-cíclico, privilegiando atividades produtivas e penalizando as especulativas; no sentido do maior equilíbrio social ao ser fortemente progressivo; e no sentido de proteção ambiental ao taxar emissões tóxicas ou geradoras de mudança climática, bem como o uso de recursos naturais não renováveis (2).

O poder redistributivo do Estado é grande, tanto pelas políticas que executa – por exemplo as políticas de saúde, lazer, saneamento e outras infra-estruturas sociais que melhoram o nível de consumo coletivo – como pelas que pode fomentar, como opções energéticas, inclusão digital e assim por diante. Fundamental também é a política redistributiva que envolve política salarial, de previdência, de crédito, de preços, de emprego.

A forte presença das corporações junto ao poder político constitui um dos entraves principais ao equilíbrio na alocação de recursos. O essencial é assegurar que todas as propostas de alocação de recursos sejam analisadas pelo triplo enfoque econômico, social e ambiental. No caso brasileiro, constatou-se com as recentes políticas sociais (“Bolsa-Família”, políticas de previdência etc.) que volumes relativamente limitados de recursos, quando chegam à “base da pirâmide”, são incomparavelmente mais produtivos, tanto em termos de redução de situações críticas e consequente aumento de qualidade de vida, como pela dinamização de atividades econômicas induzidas pela demanda local. A democratização aqui é fundamental. A apropriação dos mecanismos decisórios sobre a alocação de recursos públicos está no centro dos processos de corrupção, envolvendo as grandes bancadas corporativas, por sua vez ancoradas no financiamento privado das campanhas.

IX – Não Privarás o Próximo do Direito ao Conhecimento
Travar o acesso ao conhecimento e às tecnologias sustentáveis não faz o mínimo sentido. A participação efetiva das populações nos processos de desenvolvimento sustentável envolve um denso sistema de acesso público e gratuito à informação necessária. A conectividade planetária que as novas tecnologias permitem constitui uma ampla via de acesso direto. O custo-benefício da inclusão digital generalizada é simplesmente imbatível, pois é um programa que desonera as instâncias administrativas superiores, na medida em que as comunidades com acesso à informação se tornam sujeitos do seu próprio desenvolvimento. A rapidez da apropriação deste tipo de tecnologia até nas regiões mais pobres se constata na propagação do celular, das lan houses mais modestas. O impacto produtivo é imenso para os pequenos produtores que passam a ter acesso direto a diversos mercados tanto de insumos como de venda, escapando aos diversos sistemas de atravessadores comerciais e financeiros. A inclusão digital generalizada é um destravador potente do conjunto do processo de mudança que hoje se torna indispensável.

O mundo frequentemente esquece que 2 bilhões de pessoas ainda cozinham com lenha, área em que há inovações significativas no aproveitamento calórico por meio de fogões melhorados. Tecnologias como o sistema de cisternas do Nordeste, de aproveitamento da biomassa, de sistemas menos agressivos de proteção dos cultivos etc., constituem um vetor de mudança da cultura dos processos produtivos. A criação de redes de núcleos de fomento tecnológico online, com ampla capilaridade, pode se inspirar da experiência da Índia, onde foram criados núcleos em praticamente todas as vilas do país. O World Economic and Social Survey 2009 é particularmente eloquente ao defender a flexibilização de patentes no sentido de assegurar ao conjunto da população mundial o acesso às informações indispensáveis para as mudanças tecnológicas exigidas por um desenvolvimento sustentável.

X – Não Controlarás a Palavra do Próximo
Democratizar a comunicação tornou-se essencial. A comunicação é uma das áreas que mais explodiu em termos de peso relativo nas transformações da sociedade. Estamos em permanência cercados de mensagens. As nossas crianças passam horas submetidas à publicidade ostensiva ou disfarçada. A indústria da comunicação, com sua fantástica concentração internacional e nacional – e a sua crescente interação entre os dois níveis – gerou uma máquina de fabricar estilos de vida, um consumismo obsessivo que reforça o elitismo, as desigualdades, o desperdício de recursos como símbolo de sucesso. O sistema circular permite que os custos sejam embutidos nos preços dos produtos que nos incitam a comprar, e ficamos envoltos em um cacarejo permanente de mensagens idiotas pagas do nosso bolso. Mais recentemente, a corporação utiliza este caminho para falar bem de si, para se apresentar como sustentável e, de forma mais ampla, como boa pessoa. O espectro eletromagnético em que estas mensagens navegam é público, e o acesso a uma informação inteligente e gratuita para todo o planeta, é simplesmente viável. Expandindo gradualmente as inúmeras formas alternativas de mídia que surgem por toda parte, há como introduzir uma cultura nova, outras visões de mundo, cultura diversificada e não pasteurizada, pluralismo em vez de fundamentalismos religiosos ou comerciais.

O fato que mais inspira esperança é a multiplicação impressionante de iniciativas nos planos da tecnologia, dos sistemas de gestão local, do uso da internet para democratizar o conhecimento, da descoberta de novas formas de produção menos agressivas, de formas mais equilibradas de acesso aos recursos. O Brasil neste plano tem mostrado que começar a construir uma vida mais digna para o “andar de baixo”, para os dois terços de excluídos, não gera tragédias para os ricos. Inclusive, numa sociedade mais equilibrada, todos passarão a viver melhor. Tolerar um mundo onde um bilhão de pessoas passam fome, onde 10 milhões de crianças morrem anualmente de causas ridículas, e onde se dilapidam os recursos naturais das próximas gerações, em proveito de fortunas irresponsáveis, já não é possível.

Nesta época interativa, o Altíssimo declarou-se disposto a considerar outros Mandamentos. Sendo o Secretariado do Altíssimo hoje bem equipado, os que por acaso tenham sugestões ou necessitem consultar documentos mais completos, poderão se instruir com outros Assessores, em linha direta sob www.criseoportunidade.wordpress.com. Críticas, naturalmente, deverão ser endereçadas a Instâncias Superiores. Apreciações positivas e sugestões de outros Mandamentos poderão ser enviadas ao blog acima citado, ou no e-mail ladislau@dowbor.org

NOTAS

(1) BIS Quarterly Review, December 2008, Naohiko Baba et al., www.bis.org/publ/qtrpdf/r_qt0812b.pdf p. 26: “In November, the BIS released the latest statistics based on positions as at end-june 2008 in the global over-the-counter (OTC) derivatives markets. The notional amounts outstanding of OTC derivatives continued to expand in the first half of 2008. Notional amounts of all types of OTC contracts stood at $863 trillion at the end of June, 21% higher than six months before”. São 863 trilhões de dólares de derivativos emitidos, frente a um PÌB mundial de cerca de 60 trilhões.

(2) Susan George traz uma ilustração convincente: um bilionário que aplica o seu dinheiro com uma conservadora remuneração de 5% ao ano, aumenta a sua fortuna em 137 mil dólares por dia. Taxar este tipo de ganhos não é “aumentar os impostos”, é corrigir absurdos.

Professor: espécie ameaçada de extinção

Professor vai virar artigo de luxo?

“Apenas 2% dos jovens brasileiros se dizem interessados em seguir a carreira de professor. O dado é de um levantamento feito pela Fundação Carlos Chagas, a pedido da Fundação Victor Civita, com 1.500 estudantes de ensino médio de todo o país. O objetivo do estudo era medir a atratividade da carreira docente, que a contar pelos resultados não anda atraindo muita admiração. Enquanto carreiras como Medicina, Direito ou Engenharia estão no topo do ranking das mais procuradas, o curso de Pedagogia ocupa apenas a 36.ª posição em uma lista de 66 profissões preferidas pelos vestibulandos. A reportagem é de Cecilia Valenza e publicada pelo jornal Gazeta do Povo, 22/02/2010″.

A reportagem começa assim:
Os motivos para o desinteresse vão desde a pouca afinidade com a profissão, passando pelo desestímulo da família e claro a falta de perspectiva com a baixa remuneração. Na percepção dos estudantes, ser professor significa trabalhar muito, ser mal remunerado e ter praticamente nenhum reconhecimento social. O estudo confirmou também uma tendência que já vem sendo observada nas últimas décadas. Com a falta de interesse de alunos de classe média nos cursos de Pedagogia, as vagas vem sendo preenchidas por estudantes de renda mais baixa, na maioria das vezes provenientes de escolas públicas e que em alguns casos apresentam desempenho ruim nos estudos (…) Na opinião da professora e doutora em educação, Regina Maria Michelotto, para entender esses comportamentos é preciso uma visão histórica. “Até meados do século XX o professor era visto com prestígio, era um profissional valorizado cujo salário permitia uma vida digna. Com a mudança social e econômica, a profissão vai perdendo status para outras e o jovem que antes escolhia a carreira com base em uma visão humanista e levando em conta a realização pessoal passa a decidir de acordo com o mercado”, explica.

Uma tendência já conhecida e evidente em qualquer cidade brasileira, mas que não deixa de ser preocupante. Os dados no Estado de São Paulo, então, são alarmantes.

Fonte: Notícias: IHU On-Line – 22/02/2010.

A Comunicação e seus desafios

Acho que vale a pena prestar atenção à edição 315 da Revista IHU On-Line, publicada em 16/11/2009:

Conferência Nacional de Comunicação. Uma conquista e os seus desafios

de 14 a 17 de dezembro de 2009 acontece, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação – Confecom. Pedrinho Guareschi, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Bruno Lima Rocha, professor da Unisinos, Gerson Almeida, secretário nacional de articulação social da Presidência da República, José Sóter, coordenador executivo da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária – Abraço Nacional e secretário geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC, e Roseli Goffman, representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC, discutem a importância e os desafios deste evento, cuja realização é uma dura conquista dos movimentos e organizações populares que lutam pela democratização da comunicação em nosso País (do Editorial).

Leio também no site do Ministério da Cultura:
“Com o tema central Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) se desenvolverá em três eixos temáticos – Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres. O evento será realizado de 14 a 17 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A temática Produção de Conteúdo deverá focar as discussões na produção independente, incentivos, tributação, propriedade intelectual e outros. Quanto à abordagem sobre os Meios de Distribuição deverão ser explorados assuntos relacionados às diversas mídias e às telecomunicações, por exemplo. Já o eixo Cidadania: Direitos e Deveres pretende fomentar amplo debate sobre a democratização e a participação da sociedade na comunicação, a liberdade de expressão, o direito à comunicação e o acesso à cultura, dentre outros temas de interesse nacional. As orientações metodológicas e o texto-base podem ser acessados no documento de referência para a 1ª Confecom. A Confecom será presidida pelo Ministério das Comunicações, com a colaboração direta da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. A Comissão Organizadora Nacional também é composta por outros órgãos do poder público, dentre os quais o Ministério da Cultura, e instituições da sociedade civil. Para o representante do MinC na Comissão, Octavio Pieranti, “a comunicação faz parte da cultura e a cultura é o campo por excelência da comunicação. É preciso discutir uma infraestrutura de comunicação que possibilite maior distribuição de conteúdo”. Processo Preparatório – As etapas estaduais da Conferência estão sendo realizadas pelo país. O processo preparatório à 1ª Confecom incluiu conferências municipais, conferências intermunicipais, conferências livres e a conferência virtual, de âmbito nacional”.

Dia Nacional da Leitura: 12 de outubro

O Dia Nacional da Leitura é comemorado em 12 de outubro.

O objetivo desta data é incentivar a prática da leitura entre jovens e adultos. A leitura é essencial para a formação do senso crítico, estimulando a criatividade, Dia da Leituraimaginação e enriquecendo o vocabulário dos leitores.

A data foi instituída através da Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009, que também prevê a celebração da Semana Nacional da Leitura e da Literatura no Brasil.

Várias campanhas são feitas neste período para incentivar a leitura, principalmente entre crianças e jovens, para que cresçam e desenvolvam o gosto por esta atividade.

Internacionalmente, o Dia Mundial da Leitura é celebrado em 23 de abril, data que marca o aniversário de morte do icônico autor inglês William Shakespeare e do espanhol Miguel de Cervantes.