Seleção dos melhores posts de maio de 2007.
Feita por Danny Zacharias em seu biblioblog Deinde.
Blog sobre estudos acadêmicos da Bíblia
Seleção dos melhores posts de maio de 2007.
Feita por Danny Zacharias em seu biblioblog Deinde.
O caso RCTV e a liberdade de imprensa
Nos últimos dias, os grandes grupos midiáticos brasileiros reproduziram à exaustão textos, comentários, editoriais e matérias de rádio e televisão sobre o golpe que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estaria desferindo na liberdade de imprensa ao não renovar a concessão pública da RCTV, um dos grandes canais de TV privados daquele país. Na verdade, nem se fala em “não renovação da concessão”, mas sim em “fechamento” do canal. Outra sutileza linguística ocorre quando esses grupos falam, sempre de modo lateral, sobre a “suposta” participação da RCTV na tentativa de golpe de Estado contra Chávez, em abril de 2002. O uso da palavra “suposta”, neste caso, pode significar duas coisas: desinformação ou má fé. Considerando a quantidade de material disponível sobre a participação da RCTV no golpe, a primeira alternativa deve ser logo descartada.
O papel desempenhado por jornalistas e executivos da RCTV, e de outros grandes grupos midiáticos venezuelanos foi admitido e aplaudido com orgulho pelos próprios protagonistas que hoje tentam se proteger atrás do escudo da “liberdade de imprensa”. Os mesmos agentes que produziram um bloqueio de informações, que articularam junto com os militares e empresários golpistas a tentativa de golpe, que pisotearam a Constituição venezuelana, hoje elevam seus gritos contra a ameaça à liberdade de expressão na Venezuela. São os mesmos também que apoiaram a retirada do ar da TV pública venezuelana, durante o golpe, para que a população não soubesse que Chávez não havia renunciado, mas sim preso pelos golpistas. São os mesmos que, no dia seguinte ao golpe, contavam na TV com orgulho como haviam ajudado a depor um presidente eleito pelo voto popular. Clique AQUI para ver um trecho do documentário “A Revolução não será televisionada” que mostra esse momento sublime da liberdade de imprensa. (Outros depoimentos similares podem ser vistos no site Vi o Mundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha, que também publicou o artigo de Naomi Klein, citado a seguir).
As mentiras da mídia venezuelana
Esses fatos não são mencionados pela mídia brasileira. Muito pelo contrário. O telejornal Hoje, da Rede Globo, por exemplo, em sua edição de 28 de maio, afirma que Chávez acusou a RCTV de fazer oposição ao governo e, por isso, teria determinado o fechamento da mesma. Nenhuma referência foi feita ao papel da emissora durante o golpe. Para contrapor esse tipo de deformação, não custa lembrar o depoimento de um ex-diretor da própria RCTV sobre a atuação da emissora durante o golpe. Em um artigo escrito ainda em 2003, intitulado “As (muitas) mentiras da mídia venezuelana, Naomi Klein, conta a história de Andrés Izarra, ex-jornalista da RCTV, que disse que a campanha que culminou com a tentativa de golpe contra Chávez em 2002 “causou tanta violência contra a informação verdadeira que as quatro redes de tevê privadas deveriam perder o direito às suas concessões públicas”.
O currículo de Izarra não permite que ele seja “acusado” de chavismo. Ele foi ex-editor da CNN em espanhol para a América Latina até ser contratado como gerente de produção do telejornal de maior audiência do país, El Observador, da RCTV. No dia 13 de abril de 2002, escreve Naomi Klein, um dia depois que o líder empresarial Pedro Carmona assumiu o poder, Izarra pediu demissão do emprego sob condições que descreveu como “de extremo stress emocional”. A partir daí, passou a denunciar a ameaça à democracia que surge quando a mídia decide abandonar o jornalismo e assumir uma posição política onde passa a usar seu poder de persuasão “para ganhar uma guerra causada pelo petróleo”. Não custa lembrar também, neste mesmo contexto, o papel da imensa maioria da mídia dos EUA que abraçou as mentiras do governo Bush no processo de invasão do Iraque.
Com a palavra, um ex-gerente da RCTV
Nos dias que precederam o golpe de abril, relembra ainda Naomi Klein, os maiores grupos midiáticos privados da Venezuela (Venevision, RCTV, Globovision e Televen) “trocaram a a programação regular por insistentes discursos antichavistas, interrompidos apenas por comerciais convocando os telespectadores a ocupar as ruas: Nenhum passo atrás. Saia! Saia! Agora!. Os anúncios eram patrocinados pela indústria do petróleo, mas as emissoras colocavam no ar como se fossem de interesse público”. Enquanto essas emissoras celebravam abertamente a “renúncia” de Chávez”, prossegue o artigo, forças pró-Chávez tentavam reagir e comunicar à população que havia sido presos e não havia renunciado. As emissoras sabiam disso mas não divulgavam. E não era por medo, como disse o produtor executivo da RCTV, David Pérez Hansen, ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre.
Em entrevista publicada nesta segunda-feira (28), ao ser indagado sobre o silêncio da RCTV e de outras emissoras sobre o golpe, Hansen diz que os jornalistas estavam com medo e sofrendo ameaças de morte. Não é o que relata o gerente de produção do principal telejornal da RCTV na época, segundo o artigo de Naomi Klein: “Izarra diz que recebeu instruções claras: nenhuma informação sobre Chávez, seus seguidores, seus ministros ou qualquer outra pessoa que de alguma forma possa ser relacionada a ele. O jornalista assistiu horrorizado enquanto seus chefes ativamente suprimiam as manchetes de última hora. Izarra diz que no dia do golpe, a RCTV recebeu uma reportagem de uma afiliada dos EUA dizendo que Chávez não havia renunciado, mas tinha sido sequestrado e preso. A reportagem não foi ao ar. O México, a Argentina e a França condenaram o golpe e se recusaram a reconhecer o novo governo. A RCTV sabia, mas não divulgou”.
Ainda segundo Izarra, a RCTV tinha um repórter no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, e sabia que o mesmo havia sido retomado por tropas leais a Chávez. Enquanto isso, a emissora transmitia desenhos animados de Tom e Jerry e o filme “Pretty Woman”. “Foi quando decidi dar um basta e fui embora”, admitiu o jornalista. Nenhuma destas informações foi divulgada pela mídia brasileira que segue tratando a participação da RCTV no golpe como “suposta” atuação. Nem o depoimento dos jornalistas das grandes emissoras de TV, revelando que o depoimento de um dos generais golpistas foi gravado na casa de um deles, parece ser suficiente para transformar a suposição em fato. O que nos leva a seguinte pergunta: e se a atuação golpista da RCTV foi um fato? A atuação de um grupo midiático em um processo golpista para derrubar um presidente eleito pelo voto popular é motivo para a não renovação de uma concessão pública? Se não é, o que seria aceitável para não renovar uma concessão?
O assassinato de Danilo Anderson
Em novembro de 2004, o procurador da República Danilo Anderson, que investigava o golpe de Estado de 2002, foi assassinado em um atentado a bomba. A jornalista Patrícia Poleo, o empresário Nelson José Mezerhanne, o general Eugenio Añez e o advogado Salvador Romaní foram acusados como autores intelectuais do crime. Quanto à execução do atentado, as investigações da Justiça venezuelana apontaram fortes indícios de participação da Central de Inteligência Americana (CIA) e de grupos paramilitares colombianos. Filha de Rafael Poleo, proprietário do jornal “El Nuevo País”, Patrícia fugiu para Miami para evitar o julgamento. Acusada de assassinato e foragida da justiça, passou a ser tratada pela grande mídia venezuelana como uma heroína da oposição. A investigação sobre o atentado contra Danilo Anderson não mereceu destaque na mídia venezuelana e tampouco na brasileira. Uma visita ao mais famoso site de buscas do mundo, o Google, revelará quantas matérias saíram na imprensa brasileira sobre o assassinato de Danilo Anderson. O resultado é surpreendente.
Além de ser refratária ao contraponto, a grande mídia brasileira (assim como a venezuelana) também o é em relação a qualquer debate sobre o tema “concessão pública” na área da comunicação. As concessões de rádio e TV, vale lembrar, não são definitivas, como ocorre com qualquer serviço público. Elas têm um prazo e critérios para renovação. Entre esses critérios, não figuram as práticas descritas pelo ex-gerente de produção do principal telejornal da RCTV: a mentira, o boicote à informação, a manipulação e a participação ativa para depor um presidente eleito. A total ausência de contraponto no caso da não renovação da concessão da RCTV é mais do que sintomática. Revela uma cumplicidade explícita e recheada de má-fé em relação a uma elite que tem Miami como sua capital e inspiração de vida. O recurso à bandeira da liberdade de imprensa para defender empresários midiáticos golpistas é uma piada. Uma piada que tem antecedentes na história recente do Brasil. Talvez seja a hora de resgatar investigações sobre como grandes grupos midiáticos brasileiros construíram seus impérios por meio de acordos e parcerias com a ditadura militar. Ou pedir isso também significa uma ameaça a liberdade de imprensa?
Fonte: Marco Aurélio Weissheimer – Carta Maior: 29/05/2007
Dia Histórico para a Humanidade
Com a RCTV, cai também boa parte da credibilidade das corporações de mídia em todo o mundo. Seja a CNN, que falsificou imagens de protestos; sejam as agências de notícias ligadas a Washington ou as emissoras privadas da América Latina, que apoiaram o golpe na Venezuela em 2002. No Brasil, o ímpeto contra Hugo Chávez já coleciona distorções, meias verdades e mentiras inteiras.
Leia o artigo de Marcelo Salles em Fazendo Media – 31/05/2007
Algumas intromissões são mais intromissões do que outras?
Senado aprovou resolução defendendo retorno da RCTV, na Venezuela. Reação de Chávez é criticada por desrespeitar Congresso e intrometer-se em assuntos internos do Brasil. E o Senado não se manifestou sobre assuntos internos da Venezuela?
Leia o artigo de Marco Aurélio Weissheimer em Carta Maior – 01/06/2007
Brandon Wason, em Biblioblogs.com, entrevista Rick Brannan, autor de Ricoblog e de PastoralEpistles.com, escolhido como o biblioblogueiro do mês de junho de 2007.
Rick Brannan trabalha no Logos Bible Software.
Den Verrückten sage ich nur Verrücktes. Ao doido, doideiras digo.
Inspirado por Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, é o que penso que devo dizer destas falas do professor William Dever.
Que falas? As que estão na reportagem Archeology prof takes digs at some fellow academics.
Publicada pelo The Jewish news weekly of Northern California, com data de 1 de junho de 2007.
Se o link eventualmente parar de funcionar neste incerto jornal, confira a presepada do Dever aqui.
Em Thoughts on Antiquity se lê no post de Chris Weimer What is the “Old Testament”? o seguinte:
There’s been a little discussion going on about what nomenclature to give what is commonly referred to as the “Old Testament”. Claude Mariottini started the conversation with an article, and like the author of that article, decides on Old Testament as best, partly for theological reasons. Richie at Ecclesiastical Mutt responded with the general advice of keeping things “PC”. Chris Heard responded advocating “Tanakh”. He especially notes (in the comments) that it’s only to be used when specifically referring to the Tanakh (…) Overall, I think Jewish scriptures fits it best.
Claude Mariottini responde hoje a Chris Heard com Old Testament or Tanakh: A Response to Chris Heard.
Gostaria de lembrar que no dia 31 de janeiro de 2006 escrevi: Antigo Testamento/Primeiro Testamento/Bíblia Hebraica/Tanak… que rótulo usar?
Neste post cito e recomendo Tyler F. Williams que, em Codex, escreveu: Old Testament/First Testament/Hebrew Bible/Tanak: What’s in a Name? Quite a Bit Actually!
No contexto da atual discussão, acredito que uma releitura deste post de Tyler Williams poderia ser útil.
Atualizando: 31.05.2007 – 16h00
O próprio Tyler Williams propõe novamente o mencionado post. Argumenta: My position hasn’t changed since my previous post, so I thought I would reprint it here for you all. Também Duane Smith em Abnormal Interests contribui para a discussão com Those Mostly Hebrew Writings.
As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:
Jean-Marie Auwers and Églantine Proksch-Strajtmann
Concordance du Siracide: Grec II et Sacra Parallela
Reviewed by Jeremy Corley
Eve-Marie Becker
Das Markus-Evangelium im Rahmen antiker Historiographie
Reviewed by Christine Gerber
Fiona C. Black, ed.
The Recycled Bible: Autobiography, Culture, and the Space Between
Reviewed by Diane M. Sharon
D. A. Carson and Douglas Moo
An Introduction to the New Testament, 2nd edition
Reviewed by John Paul Heil
Patrick J. Hartin
James, First Peter, Jude, Second Peter
Reviewed by Karl-Wilhelm Niebuhr
Joy Philip Kakkanattu
God’s Enduring Love in the Book of Hosea: A Synchronic and Diachronic Analysis of Hosea 11,1-11
Reviewed by Sven Petry
Hans-Christian Kammler
Kreuz und Weisheit: Eine exegetische Untersuchung zu 1 Kor 1,10-3,4
Reviewed by H. H. Drake Williams III
Terrence J. Keegan
First and Second Timothy, Titus, Philemon
Reviewed by I. Howard Marshall
Ralph Klein
1 Chronicles
Reviewed by Gershon Galil
Douglas A. Knight
Rediscovering the Traditions of Israel
Reviewed by Steven L. McKenzie
Bruce J. Malina and John J. Pilch
Social-Science Commentary on the Letters of Paul
Reviewed by Valérie Nicolet Anderson
Bruce Metzger
Apostolic Letters of Faith, Hope, and Love: Galatians, 1 Peter, and 1 John
Reviewed by Timothy Wiarda
Carolyn Osiek and Margaret Y. MacDonald, with Janet H. Tulloch
A Woman’s Place: House Churches in Earliest Christianity
Reviewed by David Parris
Rolf Rendtorff
Leviticus 1,1-10,20
Reviewed by Erhard S. Gerstenberger
F. Scott Spencer
Dancing Girls, Loose Ladies, and Women of the Cloth: The Women in Jesus’ Life
Reviewed by Patrick E. Spencer
R. S. Sugirtharajah, ed.
Voices from the Margin: Interpreting the Bible in the Third World, 3rd edition
Reviewed by Gerald O. West
Phillip Towner
The Letters to Timothy and Titus
Reviewed by Raymond F. Collins
L. L. Welborn and Kathy L. Gaca, eds.
Early Patristic Readings of Romans
Reviewed by Peter Tomson
Em Abnormal Interests, Duane Smith chama a atenção para o artigo de Walter Reich, King Herod’s return, no Los Angeles Times de hoje.
Walter Reich é Professor de Assuntos Internacionais, Ética e Comportamento Humano na Universidade George Washington, Washington, DC, e escreve aqui sobre o uso político da arqueologia no Oriente Médio, tomando como ponto de partida o caso da descoberta da Tumba de Herodes.
Em determinado ponto ele diz:
For Israelis, such finds are seen as an emblem of the Jews’ ancient and unbroken connection with the land, going back 3,500 years, that justifies the existence of Israel as a Jewish state. For Palestinians, they’re seen as a way of legitimizing Israel — the creation of which turned many of them or their forebears into refugees — and are therefore often dismissed as myth or fantasy.
E termina assim seu artigo:
Only when each side recognizes the historical right of the other to live in the region will it be possible to begin to talk about peace and a fair reckoning on Jerusalem. And only then will it be possible to put Herod’s vengeful ghost back into his haunted archeological tomb.
By Walter Reich – May 30, 2007
WALTER REICH is a professor of international affairs, ethics and human behavior at George Washington University, a senior scholar at the Woodrow Wilson International Center for Scholars and a former director of the U.S. Holocaust Memorial Museum.
AFTER 2,000 YEARS of indignity and ignominy, Herod the Great has finally gotten his revenge.
During their revolt against Roman rule over Judea between AD 66 and 72, Jews who remembered King Herod as a Roman puppet smashed his sarcophagus, which had been interred with royal pomp about 70 years before. Christians have identified him as a baby killer who forced Jesus’ family to flee Bethlehem. And Herod’s habit of having his rivals and relatives killed has hardly burnished his image.
True, he built monumental projects — not only Masada and Caesarea but the grand expansion of the second Jewish temple in Jerusalem, the best-known remnant of which is the Western Wall. In the main, though, he’s been a forgotten and derided historical figure.
But now Herod is back, at least in spirit. Israeli archeologists announced earlier this month that they’ve found his tomb, eight miles south of Jerusalem. And that tomb has become yet another impediment on the already impassable road to Israeli-Palestinian peace.
In the land of Israel — or Palestine, as Palestinians and others call it — anything that demonstrates the area’s Jewish past, whether above ground or below, makes a big impression.
For Israelis, such finds are seen as an emblem of the Jews’ ancient and unbroken connection with the land, going back 3,500 years, that justifies the existence of Israel as a Jewish state. For Palestinians, they’re seen as a way of legitimizing Israel — the creation of which turned many of them or their forebears into refugees — and are therefore often dismissed as myth or fantasy.
In 1983, I saw how the unearthing of evidence of the Jewish past gives heart to some Israelis. While researching a book on the West Bank, I visited the Jewish settlement of Shiloh, in the northern West Bank. Archeologists were digging at the nearby site of ancient Shiloh, which in biblical times was the first capital of Israel. It was in Shiloh that, according to the Hebrew Bible, the Ark of the Covenant rested. Every evening the archeologists would display their finds. When they showed artifacts from the Israelite period, the settlers cheered; for them this was proof that they were now living in the ancient heart of the land of Israel.
Small wonder that archeological finds like these provoke many Palestinians to deny that such discoveries, and any other evidence of Jewish history in either Israel or the West Bank, have anything to do with Jews. After the recent announcement that Herod’s tomb had been found, the Palestinian response was quick and sharp. A Palestinian official said the finding lacked scientific credibility and was driven by ideological motivations.
But this episode of archeological denial pales in comparison with the decades of denial in the case of Jerusalem’s Temple Mount, which is known to Arabs as Haram al Sharif, or the Noble Sanctuary.
In 1930, when Britain administered the area, the Supreme Muslim Council in Jerusalem noted that the Temple Mount’s “identity with the site of Solomon’s Temple is beyond dispute.” But at the Camp David summit in 2000, Yasser Arafat insisted that a Jewish temple had existed not on the Temple Mount but in Nablus. And an Arafat aide, Saeb Erekat, said, to President Clinton’s amazement, “I don’t believe there was a temple on top of the Haram, I really don’t.” Mahmoud Abbas, the current Palestinian Authority president, later agreed with Erekat, as did the mufti of Jerusalem. Arafat later went further and denied the temple existed anywhere in Israel, the West Bank or Gaza, including Nablus.
Today, denial of the temple’s existence has become a mainstay of Palestinian rhetoric. “They say that the temple was here,” a Palestinian historian scoffed. “What temple ? What archeological remains?” And temple denial has turned into temple removal. During the last few years, Palestinians have discarded remains of the first and second temples.
This absurd Palestinian denial of Jewish roots in the land has been matched on the part of Israelis who deny that there was a large and long-indigenous population of Arabs in Palestine when the Zionist movement vastly expanded the number of Jews in the area more than 100 years ago. Fortunately, the denial of Palestinian history has been utterly discredited among nearly all Israelis.
Only when each side recognizes the historical right of the other to live in the region will it be possible to begin to talk about peace and a fair reckoning on Jerusalem. And only then will it be possible to put Herod’s vengeful ghost back into his haunted archeological tomb.
Andei falando sobre isso em:
O tom político da arqueologia em Jerusalém
Tumba de Herodes e conflito no Oriente Médio
Tumba de Herodes em território palestino ocupado
Estive estudando hoje, com o Primeiro Ano de Teologia do CEARP, a Questão Sinótica – o “Synoptic Problem” do título. E, coincidentemente, Brandon Wason coloca em seu blog Novum Testamentum uma votação sobre a questão sinótica.
Visite, como recomenda Brandon, o Synoptic Problem Website, de Stephen C. Carlson. Neste site há um bom panorama das várias hipóteses da relação entre os evangelhos sinóticos.
Por que estamos estudando este assunto já no primeiro ano? Para exemplificar a aplicação da Crítica Literária – um dos aspectos do método histórico-crítico de leitura da Bíblia – ao Novo Testamento.
Para o Antigo Testamento o exemplo usado foi a formulação da teoria das fontes e/ou tradições do Pentateuco, desde seus inícios, passando pelo consenso wellhauseniano até a sua crise atual. Crise que foi deflagrada, em boa parte, pelo pioneirismo de Thomas L. Thompson, ao estudar os patriarcas, e pelos estudos fundamentais de John Van Seters, H. H. Schmid e Rolf Rendtorff. Veja aqui.
Judeus ultraortodoxos pedem proibição dos computadores
da Efe, em Jerusalém
Um grupo de judeus ultraortodoxos lançou uma campanha para proibir totalmente o uso de computadores, por considerar que são “o mal disfarçado” e o autêntico “Satã”.
Os “gerrer”, uma seita hassídica (corrente mística judia) fundada no século XIX, batem de porta em porta tentando convencer os membros da comunidade que possuem um computador dos “perigos espirituais” que isto representa para sua família, segundo a edição de hoje do jornal “Ha’aretz”.
Embora os ultraortodoxos sejam proibidos de ver televisão, ir ao cinema e usar o computador, muitos destes religiosos radicais têm o aparelho em suas casas.
“A inclinação ao mal e o Satã corruptor se envolveram em uma inocente fantasia em forma de computador”, afirmava no domingo o editorial do jornal ultraortodoxo “Hamodia”, controlado pela seita “Ger”.
O jornal critica o “declive espiritual” da juventude “haredi” (em hebraico, os “temerosos” de Deus), exposta a imagens proibidas na internet.
No entanto, os líderes rabínicos são resistentes a proibir os computadores, conscientes da importância deste avanço tecnológico também entre os judeus mais religiosos.
Por isso, os “gerrer”, que não pretendem mais convencer os “sábios de Israel” para que imponham este critério, assinam o editorial em nome dos “pais e educadores e dos que estão atentos ao mal-estar das pessoas que buscam um modo de vida fora do abismo”.
Com sede em Jerusalém, a seita “Ger” é uma das mais influentes, apesar de a maioria de seus 200 mil adeptos europeus ter morrido durante o Holocausto.
Há poucos dias, o rabino Ovadia Yosef, líder espiritual do partido Shas sefardita, entrou no debate iniciado pelos ultrarreligiosos asquenazes (originais do centro e leste da Europa), com a proposta de uma internet própria.
Trata-se de um sistema que permitiria apenas o acesso a uma série de sites aprovados por um comitê rabínico especial.
Fonte: Folha Online: 28/05/2007
Ultra-orthodox newspaper opens new front in Haredi war on computers
By Yair Ettinger, Haaretz Correspondent
An op-ed in the ultra-Orthodox newspaper Hamodia yesterday urged readers to avoid computers, which it called the devil in disguise. “The evil inclination, the corrupting satan, have wrapped themselves in an innocent disguise in the form of a computer,” wrote publicist Y. Sofer. He blamed the “spiritual descent” of ultra-Orthodox youth on exposure to forbidden images online. This is the latest salvo in a campaign by the Gerrer Hasidic sect, which controls Hamodia, to rid the community of computers (cont.)
Fonte: Haaretz – Last update – 10:33 28/05/2007.
As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:
Elie Assis
Self-Interest or Communal Interest: An Ideology of Leadership in the Gideon, Abimelech and Jephthah Narratives (Judg 6-12)
Reviewed by Yairah Amit
John N. Day
Crying for Justice: What the Psalms Teach Us about Mercy and Vengeance in an Age of Terrorism
Reviewed by Horst Seebass
Zev Garber, ed.
Mel Gibson’s Passion: The Film, the Controversy, and Its Implications
Reviewed by Mark Goodacre
Meik Gerhards
Studien zum Jonabuch
Reviewed by Friedemann W. Golka
Yohanan A. P. Goldman, Arie van der Kooij, and Richard D. Weis, eds.
Sôfer Mahîr: Essays in Honour of Adrian Schenker
Reviewed by Dany Nocquet
Thomas J. Kraus and Tobias Nicklas, eds.
New Testament Manuscripts: Their Texts and Their World
Reviewed by Christopher Tuckett
Alfred Marx
Les systèmes sacrificiels de l’Ancien Testament: Formes et fonctions du culte sacrificiel à Yhwh
Reviewed by James W. Watts
Jerome Murphy-O’Connor, Cettina Militello, and Maria-Luisa Rigato
Paolo e le donne
Reviewed by Ilaria Ramelli
Stanley E. Porter, ed.
Hearing the Old Testament in the New Testament
Reviewed by Michael Labahn
Reviewed by Gert J. Steyn
John Sandys-Wunsch
What Have They Done to the Bible? A History of Modern Biblical Interpretation
Reviewed by Jan van der Watt
Dieter Sänger and Matthias Konradt, eds.
Das Gesetz im frühen Judentum und im Neuen Testament: Festschrift für Christoph Burchard zum 75. Geburtstag
Reviewed by William R. G. Loader
Stanley H. Skreslet
Picturing Christian Witness: New Testament Images of Disciples in Mission
Reviewed by Dirk G. van der Merwe
Willard M. Swartley
Covenant of Peace: The Missing Peace in New Testament Theology and Ethics
Reviewed by Joel Stephen Williams
John Van Seters
The Edited Bible: The Curious History of the “Editor” in Biblical Criticism
Reviewed by Eckart Otto