A batalha de Hamoukar e as âncoras do Mar Morto

Você acompanhou estas duas interessantes notícias de arqueologia?

Em Tell Hamoukar, na Síria, arqueólogos sírios e norte-americanos encontraram os restos de uma grande batalha que destruiu a cidade por volta de 3500 a.C.

 

A huge battle destroyed one of the world’s earliest cities at around 3500 B.C. and left behind, preserved in their places, artifacts from daily life in an urban settlement in upper Mesopotamia, according to a joint announcement from the University of Chicago and the Department of Antiquities in Syria. “The whole area of our most recent excavation was a war zone,” said Clemens Reichel, Research Associate at the Oriental Institute of the University of Chicago. Reichel, the American co-director of the Syrian-American Archaeological Expedition to Hamoukar, lead a team that spent October and November at the site. Salam al-Quntar of the Syrian Department of Antiquities and Cambridge University was Syrian co-director. Hamoukar is an ancient site in extreme northeastern Syria near the Iraqi border. The discovery provides the earliest evidence for large scale organized warfare in the Mesopotamian world, the team said (University of Chicago-Syrian team finds first evidence of warfare in ancient Mesopotamia).

E no Mar Morto, que está diminuindo drasticamente o nível de suas águas, duas âncoras, com a madeira bem preservada, acabaram descobertas. A mais antiga pode ser datada por volta de 500 a.C., e a outra é da época romana, por volta do século I d.C.

 

The first anchor, approximately 2,500 years old, was found where the Ein Gedi harbor was once located, and may have been used by the Jews of biblical Ein Gedi. The later anchor, some 2,000 years old, was constructed according to the best Roman technology and probably belonged to a large craft used by one of the rulers of Judea. As the sea recedes further, we may yet get to see the ship to which this anchor belonged. The 2000-year-old anchor, which originally weighed a massive 130 kg., is made from a Jujube tree and was reinforced with lead, iron and bronze. While the wooden parts are very well-preserved, its metal parts have disappeared almost entirely. Their traces have survived only in the crystals encasing the anchor. The design of the anchor is surprisingly modern: there are two flukes which were reinforced with a hook joint and a wooden plate fixed with wooden pegs, and a lead collar. The anchor also had a tripline, which was used to haul it out of the water. The ingenious earlier anchor, with some of its ropes still attached to it, is in an astonishing state of preservation. The oldest Dead Sea anchor known, it was made from the trunk of an acacia tree, with one of its branches sharpened to a point and originally reinforced with metal, to engage the seabed. Amazingly enough, most of the trunk is still covered in bark. The 12.5 meter-long ropes were made from date-palm fibers, each fashioned from three strands and lashed into grooves in the wood. Both anchors were weighted with a heavy stone lashed laterally (The Jerusalem Post).

CBQ de outubro: considerações sobre profetas e sacerdotes

Acabo de receber o número 4, de outubro de 2005, do volume 67 da CBQ – the Catholic Biblical Quarterly. O último do ano, e traz seis artigos:

Sara R. Johnson, Novelistic Elements in Esther: Persian or Hellenistic, Jewish or Greek?
Craig E. Morrison, The “Hour of Distress” in Targum Neofiti and the “Hour” in the Gospel of John
John Clabeaux, The Story of the Maltese Viper and Luke’s Apology for Paul
John Fotopoulos, Arguments Concerning Food Offered to Idols: Corinthian Quotations and Pauline Refutations in a Rhethorical Partitio (1 Corinthians 8:1-9)
Terrance Callan, The Syntax of 2 Peter 1:1-7
David J. Downs, “Early Catholicism” and Apocalypticism in the Pastoral Epistles.

Na seção Biblical News há um Report of the Sixty-eighth International Meeting of the Catholic Biblical Association of America, realizada de 6 a 9 de agosto de 2005, na Saint John’s University and Abbey, Collegeville, Minnesota. Entre outras coisas, chamou-me a atenção a prestação de contas de Linda Day, editora da revista, sobre a CBQ em 2004: 67 artigos foram recebidos pela revista, dos quais 21 foram aceitos, 28 recusados e 18 ainda estão sendo analisados. Em 2005 a revista publicou 208 resenhas de livros.

Das Resenhas, por enquanto, duas obras analisadas chamaram minha atenção. A primeira foi:

Lester L. GRABBE and Alice Ogden BELLIS (eds.), The Priests in the Prophets: The Portrayal of Priests, Prophets and Other Religious Specialists in the Latter Prophets, London: T & T Clark, 2005. Pp. xii + 230. Este volume traz 11 ensaios que foram apresentados no encontro da SBL de 2002, realizado em Toronto, ocasião em que o grupo dedicado ao tema “Textos Proféticos e seus Antigos Contextos” (Prophetic Texts and Their Ancient Contexts), discutiu o assunto do título.

Lester L. Grabbe, na “Introdução”, sintetizou as posições dos autores sobre o assunto debatido em 4 direções: 1. a natureza do antagonismo, sustentado por muitos especialistas, entre sacerdotes e profetas; 2. o lugar (ou função) do sacerdote nas sociedades israelita e judaíta; 3. a relação dos profetas com o culto; 4. a relação dos sacerdotes com adivinhos, profetas e intelectuais. A resenha foi feita por Dale Launderville, St. John’s University, Collegeville, MN, que no final recomenda a obra para as bibliotecas, talvez por seu preço abusivo!

Na página da editora T & T Clark, há a seguinte descrição da obra:

 

Since at least the 19th century Hebrew Bible scholarship has traditionally seen priests and prophets as natural opponents, with different social spheres and worldviews. In recent years several studies have started to question this perspective. The Priests in the Prophets examines how the priests are portrayed in the Latter Prophets and analyzes the relationship between priests and prophets. The contributors also provide insights into the place of priests, prophets, and some other religious
specialists in Israelite and Judean society in pre-exilic and post-exilic times.

Ou seja: estaria ocorrendo, nos últimos anos, uma mudança da postura, assumida pelos especialistas desde o século XIX, sobre a relação entre sacerdotes e profetas como oponentes naturais. Nos últimos anos, muitos estudos começaram a questionar esta perspectiva…

Li também duas outras resenhas sobre o livro e que foram publicadas pela Review of Biblical Literature.

A de Jacob L. Wright, da Universidade de Heidelberg, Alemanha, publicada em 09 de julho de 2005, que assim termina seu texto:

That the prophets’ criticism of the cult was directed at the incumbents of the priestly office, not the office itself, has been forcefully argued from a wide range of perspectives in this volume. After reading it, I am once again impressed by the need for more research on the place of the Jerusalem temple in the politics and economy of Judah during the Babylonian, Persian, and Hellenistic periods. This research is indeed indispensable to our ongoing attempt to appreciate the social and religious factors that motivated the prophets’ criticisms of the priests.

A de Henrietta L. Wiley, Denison University, Granville, OH, USA, publicada em 17 de dezembro de 2005 e que diz, ainda no começo de seu texto:

Most of the questions that these authors address pertain to the history of Israelite religious life. What were historical characteristics of the roles of priest and prophet? How did they interact? To what historical realities of cultic politics and public worship are the authors of the prophetic books responding? Some pieces address these issues as they relate to specific passages in prophetic literature, while others concern themselves with the role of prophets in general vis-à-vis the cult. Among those in the latter category, a number address the idea that there was bitter antagonism between priests and prophets. This notion has dominated Protestant scholarship for decades, if not centuries, with the claim that prophets of Yahweh preached a religion of ethics against priestly legalism and ritualism that sought not to serve Yahweh but to imitate the imitate Israel’s pagan neighbors. Several of the authors in this volume refute this claim quite nicely.

Bom, como gosto de estudar o profetismo bíblico, é algo que devo tomar como uma “provocação” a ser considerada. “Oponentes naturais” eu não diria, mas continuo a ver, em muitos profetas, uma crítica muito profunda ao modo como o sacerdócio era exercido em Betel, em Jerusalém e, talvez, em outros lugares…

Por outro lado, concordo com Jacob L. Wright, quando ele diz que é necessário aprofundarmos o conhecimento sobre a função do Templo de Jerusalém na política e na economia de Judá durante as épocas babilônica, persa e helenística. O conhecimento destes elementos é fundamental para que possamos avaliar os fatores sociais e religiosos que motivaram a crítica dos profetas aos sacerdotes.

A segunda resenha que me chamou a atenção foi:

Louise J. LAWRENCE and Mario I. AGUILAR (eds.), Anthropology and Biblical Studies: Avenues of Approach, Leiden: Deo, 2004. Pp. 324 $29.95 (resenha feita por John J. Pilch, Georgetown University, Washington, DC).

Isto tem a ver com minha proposta de leitura socioantropológica dos textos bíblicos. Mas o comentário desta obra fica para outra ocasião.

Luedemann concorda em manter com M. Goodacre amistoso diálogo

Em Bíblical Theology, Jim West postou hoje mais uma mensagem de Lüdemann. Ele se propõe a manter um amistoso diálogo com Mark Goodacre, já que suas posições não são assim tão divergentes, como algumas ásperas palavras podem ter dado a entender.

Sob o título Agreement! Luedemann Responds to Goodacre [Obs.: link quebrado – blog descontinuado], dado por Jim ao post, está a proposta de Lüdemann:

I agree that the two of us are not as far apart as our contentious words may have suggested. I do look forward to further mutually respectful exchanges with Professor Goodacre on matters of mutual interest.

Sincerely,Gerd Lüdemann

Jim West sai em defesa de Luedemann e este responde a Mark Goodacre e Stephen C. Carlson

O caso Lüdemann está rendendo…

A defesa de Jim West é uma crítica do autoritarismo presente na Igreja alemã à qual pertence Lüdemann, comparando o caso de David Friedrich Strauss (1808-1874), punido quando lecionava na Universidade de Zurique, Suíça, com o de Gerd Lüdemann, afastado, no final do século XX, da cadeira de Novo Testamento da Faculdade de Teologia da Universidade de Göttingen, Alemanha.

Cito dois pequenos trechos da defesa de Jim West:

A very long time ago a gifted young scholar wrote an impressive, indeed, a groundbreaking work. It was a historical investigation of the Life of Jesus and it’s author was David Friedrich Strauss. Strauss was invited, as a result of that work, to teach at the University of Zurich. When conservative reactionaries got wind of the impending appointment they raised such a ruckus that the governing board (to their eternal shame so far as I am concerned), withdrew the call and pentioned young Strauss off. What had begun with the promise of a very fine academic appointment ended in bitter disillusionment. Strauss’s fury was unleashed against the religionists who, according to him, had ruined his life. He spent the rest of his life, a bitter and disappointed man, doing his best to undermine the facile historical ideology of his enemies (…)Fast forward, now, to the 20th century and change locations from Switzerland to Germany. Precisely the same sort of situation arose when Lüdemann published his work on the Historical Jesus. The same fundamentalists (with different faces but the same spirits) objected so loudly, so forcefully, so maliciously, that the esteemed people on the Board of Governors (or whatever they are in the German University system) buckled to the pressure and denied Gerd his rightful place. To their eternal shame, I might add [Obs.: o blog Biblical Theology, de Jim West, foi descontinuado].

 

Já Mark Goodacre começa seu post de hoje assim:

I have just received this response from Gerd Lüdemann to my comments on his press release (The Christmas Stories are Pious Fairy Tales) and Gerd asks if I would place this in my blog, which I am of course happy to do. I am knee-deep in grading (that’s what they call “marking” here) at the moment but I am looking forward to commenting later. The message below is as I received it from Prof. Lüdemann, with my original blog post in lower case (but combining parts of the press release and my comments) and Prof. Lüdemann’s responses in upper case.

A redescoberta de Maria Madalena

Fenômeno que vale a pena acompanhar é a crescente onda de publicações, em livros e artigos impressos e na Internet, sobre quem foi Maria Madalena. Hoje li, cuidadosamente, a FAQ e as diferentes perspectivas sob as quais a figura de Madalena é abordada, presentes no site de Lesa Bellevie, Magdalene.org. Suas colocações, extremamente claras, pareceram-me muito bem feitas e úteis para quem quiser entrar nesta discussão, que se tornou bem “quente” após a publicação e o sucesso de vendas do livro O Código Da Vinci, de Dan Brown.

Diz a autora sobre as diferentes perspectivas sobre Maria Madalena:

When it comes to Mary Magdalene, there is one word that can be applied more than any other: “controversial.” There are many different views currently in circulation on who she may have been and what her importance really was, so we’re presenting the most popular views that you should know about. Traditional Christian; Gnostic; Apostle; Holy Grail: Bloodline; Holy Grail: Lost Feminine; Beloved Disciple; Temple Priestess.

E recomenda o seguinte roteiro para o visitante de seu site:

We recommend that you start with our Frequently Asked Questions, and then jump to our section about the different perspectives on Mary Magdalene currently in circulation. Afterward, you may wish to check out some of the source documents and sacred writings from the earliest days of Christianity. It is from these texts that scholars have pieced together their pictures of Mary Magdalene. When you’ve gotten a better idea of what it is about Mary Magdalene you’d like to explore, you may want to read some articles exploring different areas of Magdalene scholarship and spirituality.

Além do site, Lesa Bellevie mantém também um blog sobre o mesmo tema, The Magdalene Review.

Resenha de Croatto sobre o livro dos Biblistas Mineiros

Acho que andei meio distraído, mas só hoje é que li a resenha feita por J. Severino Croatto, o saudoso exegeta argentino, sobre o livro publicado pelos Biblistas Mineiros em 2003, História de Israel e as pesquisas mais recentes… Resenha bastante positiva, elogiosa até, em muitos aspectos.

Sobre o livro diz Croatto:

“Este livro, tendo como enfoque a problemática do histórico em seus diferentes sentidos, oferece um panorama tanto expositivo, quanto crítico do que os livros bíblicos ‘dizem’ e do que a ciência bíblica investiga”.

Sobre o meu capítulo, leio:

“Um ensaio sumamente útil para o leitor é o de Airton José da Silva (cap. 3) sobre ‘A história de Israel na pesquisa atual’ (p. 43-87). Os pontos essenciais da problemática histórica: patriarcas, história javista, diferença entre Canaã e Israel, existência de um império davídico-salomônico ou do exílio babilônico, assim como a questão do ‘Israel’ das origens, são tratados de forma muito sintética, mas clara. É excelente a referência aos mais recentes autores que estão discutindo estes assuntos, e valiosa a bibliografia utilizada, que, aliás, inclui dados informativos. Realmente, uma síntese inteligente do tema, tal como está sendo debatido nos círculos acadêmicos”.

A resenha foi publicada, em português e espanhol, no site do Frei Jacir, organizador do livro, mas infelizmente não está mais lá. Visite o site de Jacir de Freitas Faria, Bíblia e Apócrifos.

Livro de Liverani traduzido para o inglês

Saiu a versão inglesa do notável livro de Mario Liverani sobre a História de Israel, Oltre la Bibbia. Storia Antica di Israele, Roma-Bari, Laterza, 2003 [2005 – 4a. ed.]. Confira Israel’s History and the History of Israel, London, Equinox Publishing, 2005.

Na página da editora se lê:

One of Italy’s foremost experts on antiquity addresses a new issue surrounding the birth of Israel and its historic reality. Many a tale has been told of ancient Israel, but all tales are alike in their quotation of the biblical story in its narrative scheme, despite its historic unreliability. This book completely rewrites the history of Israel through the evaluation of textual and literary critiques as well as archaeological and epigraphic findings. Conceived along the lines of modern historical methodology, it traces the textual material to the times of its creation, reconstructs the temporal evolution of political and religious ideologies, and firmly inserts the history of Israel into its ancient-oriental context.

Gerd Luedemann polemiza sobre o Natal

O conhecido professor luterano Gerd Lüdemann, afastado anos atrás pela cúpula de sua Igreja da cátedra de Novo Testamento da Faculdade de Teologia da Universidade de Göttingen, Alemanha, por suas posturas consideradas hipercríticas em relação ao Novo Testamento, gera intensa polêmica às vésperas do Natal, com um press-release sobre o nascimento de Jesus e seu significado.

Gerd Lüdemann (1946-2021)

O texto foi publicado em sua Home Page e igualmente enviado a lista de discussão Biblical Studies ontem, dia 16 de dezembro de 2005.

São 10 itens, nos quais se mesclam afirmações históricas, exegéticas e teológicas. Algumas de suas afirmações são mais do que pacíficas para o mundo acadêmico, outras são permanente objeto de debate, e umas poucas são epistemologicamente complicadas por transitarem do histórico para o teológico, e vice-versa, sem maiores explicações. O resultado da mesclagem, em tom desafiador, é que aquece a polêmica.

Os interessados podem acompanhar o debate que se estabeleceu lendo alguns biblioblogs.

A melhor análise que vi até agora foi feita por Mark Goodacre, com o título de Lüdemann on Christmas.

Acrescento também o link para um livro publicado em 2002, editado por Jacob Neusner, e que documenta a expulsão de Gerd Lüdemann de sua cátedra.

Convém lembrar que o pesquisador foi, na verdade, transferido para a cadeira de História e Literatura do Cristianismo Primitivo na mesma Universidade, ficando proibido de lecionar Novo Testamento.

Gerd Lüdemann faleceu em 23 de maio de 2021, aos 74 anos de idade.

 

Transcrevo aqui o texto

The Christmas stories are pious fairy-tales

Press Release December 16, 2006

The biblical accounts of the birth of the Jesus, the supposed Son of God, are mere inventions and have little relation to what really happened. Historical research has demonstrated this once and for all. Ten unquestionable facts argue against their historical credibility:

1. Written centuries earlier, the quoted words of Old Testament prophets did not predict the coming of Jesus, but referred to events and persons in their past or immediate future. They would have been shocked by the notion that Jesus’ birth was the fulfillment of their prophecies.
2. The New Testament authors derived most events of the Christmas story from prophecies of the Old Testament and misrepresented their original intent in order to make them seem to point to Jesus.
3. The notion that Mary’s pregnancy did not result from intercourse with a male is a canard. The claim of a virgin birth has two sources: the mistranslation of “young woman” by “virgin” (in a passage that clearly did not refer to Jesus!), and the desire of Christians to place their revered leader on the same level as other ancient “sons of God” who were likewise born without participation of a male.
4. The reported worldwide census ordered by Caesar Augustus did not occur.
5. The reported murder of children in Bethlehem ordered by Herod the Great did not occur.
6. Jesus was born in Nazareth, not in Bethlehem.
7. The angels in the Christmas story derive from primitive mythology.
8. The shepherds who kept watch over their flocks are idealized representatives of the poor and outcast, persons emphasized by Luke. They do not appear in Matthew’s story.
9. The magicians from the East are idealized representatives of the Gentiles and of eternal wisdom. They do not appear in Luke’s story.
10. The story of the star of Bethlehem is a fiction intended to emphasize the importance of Jesus – and, of course, to provide an entrance cue for the magicians from the East.

The logical conclusion is unavoidable: the Christmas stories recounted by the Bible and those Christian churches that present them as actual events have lost all historical credibility. Surely Jesus of Nazareth would not wish Christians to spread lies about him!

Göttingen, December 16, 2005

Prof. Dr. Gerd Lüdemann.

 

A Teologia de Guimarães Rosa em Primeiras Estórias

Uma amiga, que está estudando Literatura Brasileira na Europa, enviou-me, nestes dias, um pedido que não consigo atender direito. Se algum especialista na área quiser dar alguma contribuição, por favor, sirva-se do espaço dos comentários deste post.

Estou estudando Guimarães Rosa e tenho que escrever um trabalho sobre a obra Primeiras Estórias. A obra fala do renascimento transcendental do homem, explica seu processo e tudo mais…. Na verdade o que Guimarães Rosa faz na sua obra é teologia… ele fala de morte e ressurreição através de uma linguagem popular mas mítica… exatamente como a Bíblia. Gostaria de escrever sobre isso. Conheceria você algum autor que já tenha abordado o assunto ou algum indício, uma orientação…?